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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA – URCAMP CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CAMPUS BAGÉ CURSO FARMÁCIA GENERALISTA IMONOLOGIA GERAL RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA QUANTIFICAÇÃO DE IGA-IGM-IGG MAUREN DE LIMA VAZ LUCIANA SOUZA BAGÉ, 2017 Sumário 21 – Introdução � 42 – Objetivos: Quantificação de IGG-IGM-IGA � 53 – Materiais � 54 – Metodologia � 85 – Resultados e Discussões: � 86 – Referências: � � 1 – Introdução O sistema imunológico é dividido didaticamente em inespecífico, representado pelos sistemas de fagócitos e Complemento (C), e o específico, representado pela imunidade mediada por linfócitos B (humoral) e linfócitos T (celular). Entretanto, o que ocorre é uma ampla interação entre os diversos componentes da resposta imunológica, que permite prevenir e debelar as infecções, de forma mais eficiente. Aqui serão enfatizadas as provas laboratoriais mais utilizadas na avaliação imunológica de pacientes com infecções de repetição. As deficiências predominantemente humorais representam cerca de 60% das imunodeficiências primárias, em seguida temos as deficiências celulares e de fagócitos responsáveis por cerca de 20 e 18%, respectivamente. As mais raras são as do Sistema Complemento (C). A avaliação da competência imunológica geralmente requer laboratório especializado e o custo financeiro é elevado. Em se tratando de pacientes pediátricos, outro aspecto a ser considerado é a escolha de métodos passíveis de serem executados com a menor quantidade possível de sangue. Por estes motivos, na suspeita de uma imunodeficiência, deve-se solicitar os exames que vão dar mais informações de acordo com a história clínica do paciente. Por exemplo, infecções de repeticão por bactérias extra-celulares sugerem deficiência predominantemente de anticorpos ou deficiência de proteínas do sistema Complemento. Por outro lado, infecções por bactérias intra-celulares e germes oportunistas sugerem deficiência da imunidade celular. Nas deficiências de fagócitos é comum história de abscessos de repetição tendo, principalmente, o Staphilococcus aureus como agente etiológico. Dosagem das imunoglobulinas séricas (IgA, IgM, IgG) é o primeiro exame a ser solicitado na suspeita de Deficiência de Anticorpo. Atualmente, este exame é realizado por um grande número de laboratórios em nosso meio. Por serem proteínas que existem em grande quantidade no nosso organismo, podem ser utilizados os métodos de imunodifusão radial ou nefelometria. Entretanto, alguns serviços, utilizam um método mais sensível como o imunoenzimático (ELISA). A sensibilidade e a especificidade dos três métodos são adequadas. Deve-se sempre comparar os resultados encontrados com valores de normalidade para mesma faixa etária. A IgG é a imunoglobulina de maior concentração plasmática, correspondendo a cerca de 80% das imunoglobulinas séricas sendo a classe principal das defesas sorológicas do nosso organismo. A meia-vida plasmática da IgG é de 23 dias. A IgM é a que alcança valores de adulto mais precocemente, e a IgA mais tardiamente. Níveis de IgM acima de 20 mg/dl em sangue de cordão são sugestivos de infecção intra-uterina. É a classe de anticorpo que predomina na resposta imune primária. A IgM tem potente ação ativadora do C, contudo por causa do seu tamanho (pentâmero) fica restrita ao compartimento intravascular. Nos dois primeiros anos de vida, os níveis de IgA são, geralmente, bem reduzidos. Valores de adultos são somente alcançados por volta dos 8 anos de idade. Na deficiência de IgA, a concentração sérica desta imunoglobulina é sempre menor que 7 mg/dl e o diagnóstico só deve ser confirmado após os 4 anos de idade. De acordo com os níveis de imunoglobulinas séricas, podemos formular as seguintes hipóteses diagnósticas: a) IgM e IgG normais e IgA diminuída = deficiência de IgA b) IgG e IgA normais e IgM diminuída = deficiência de IgM c) IgG e IgA diminuídas e IgM elevada = síndrome de hiper-IgM d) IgM, IgG e IgA diminuídas = hipogamaglobulinemia (agamaglobulinemia, hipogamaglobulinemia transitória da infância ou imunodeficiência comum variável). Para quantificar anticorpos possuímos inúmeras formas no meio laboratorial, no presente relatório falaremos sobre a Imunodifusão Radial, trata-se de uma técnica de difusão de antígeno e anticorpo seguida de precipitação. Ao se adicionar um antígeno solúvel com um anticorpo também solúvel forma-se um agregado antígeno-anticorpo que é insolúvel e sofre precipitação. Método realizado em gel de agarose com anti-soros específicos já incorporados ao gel. As amostras são aplicadas em “poços” circulares já feitos no gel. À medida que a difusão ocorre, a reação antígeno-anticorpo forma anéis de precipitação e a concentração de antígeno são proporcionais ao raio do anel de precipitação. Ao medir o diâmetro do círculo de precipitado, utiliza-se com uma tabela contendo os valores de diâmetro relacionados com a concentração de antígeno. A técnica permite a comparação simultânea, por exemplo, de vários sistemas antigênicos contra o mesmo sistema de anticorpo de reatividade e especificidade conhecidas, desde que a interação antígeno-anticorpo tenha atingido a zona de equivalência e que esteja em quantidade suficiente para formar turvação ou precipitado visível. Esta técnica é muito utilizada na pesquisa e diagnóstico de determinadas doenças como a cisticercose. As principais desvantagens da imunodifusão radial simples são: a) Método semiquantitativo, b) ser de baixa sensibilidade e; c) requer o uso de extratos antigênicos em concentração elevada, da ordem de mg/mL. Existe uma relação linear entre o quadrado do diâmetro do halo e a concentração do antígeno. Com o uso de antígeno de concentrações conhecidas pode-se fazer uma curva padrão, permitindo determinar a concentração em amostras desconhecidas. É possível inverter o teste, incorporando antígeno na agarose e colocando-se soro nos orifícios. 2 – Objetivos: Quantificação de IGG-IGM-IGA O objetivo da aula prática foi quantificar IGA-IGG-IGM utilizado para tanto o método de Imuno difusão radial, que consiste em um Agar que nada mais é que um precipitado de algas marinhas em que o antígeno difundido nele ou o ante anticorpo contra determinado antígeno se espalha por difusão proporcionalmente. Quanto maior a distancia menos a concentração de anticorpo. 3 – Materiais 1 Centrifuga; 1Luva de látex; 1 Agulhas; 1 Seringas; 1 Garrote; 2 Tubos seco para coleta de sangue; 1 Agar; 1 Pipeta automática de 20µl Ponteiras amarelas. 4 – Metodologia Foi realizada a coleta de sangue de dois colegas conforme instrução do professor, cuidando sempre para que o sangue não coagulasse. Após colocação de luvas de látex, foi garroteado o braço do colega, sentido através do toque onde está à veia, verificado qual o trajeto da mesma, e feito à assepsia do local. Então foi retirada a seringa da embalagem com cuidado evitando assim a contaminação e encaixada a agulha que foi introduzida com cuidado na veia para retirada do material biológico, após foi retirada a agulha da seringa e descartada no DESCARPAC, o material biológico foi colocado com cuidado no tubo já devidamente identificado sempre pela borda do tubo e levemente homogeneizado. Somente após este procedimento nos dois colegas que os tubos foram para centrífuga para separação do plasma da papa de leucócitos. Como mostamos abaixo: Para o procedimento de quantificação de anticorpos utilizamos um Agar e com auxílio da pipeta volumétrica foi retirado do tubo 20µl do plasma, e colocado cuidadosamente em cada orifício do Agar uma gota deste plasma, sendo que cada grupo ficou com um orifício onde determina o IGG, um do IGM e outro do IGA. Utilizamos duas placas devidamente marcada, onde a placa dois e os orifícios 1, 5 e 9 eram os que mostravam a concentração sérica dos anticorpos parao determinado trabalho. Após todos os grupos terem adicionado o material nas placas adicionou-se algodão molhado no centro das placas para manter a umidade do Agar e as mesmas foram para um isopor com gases umedecido permanecendo por 24 horas em temperatura ambiente. Somente no outro dia que podemos observar a precipitação do Agar conforme foto abaixo. Pode-se observar então que na região que marca a concentração sérica de IGM possuímos 5mm de precipitação, onde marca IGG temos 9mm de precipitação e onde temos IGA possuímos 25mm de precipitação. Guiando-se pela tabela de referencia temos: IGM 83 visto que temos precipitação de 5mm; IGG 2970 visto que temos 9 mm de precipitação; Os resultados de IgG obtidos do paciente são comparados aos valores de referência para a idade e para a população em estudo, além de levar em conta a metodologia utilizada. Pode estar aumentada em infecções, mieloma IGG, doenças autoimunes, doença hepática crônica, artrite reumatóide, doenças parasitárias e sarcoidose, entre outras. Pode estar diminuida na imunodeficiência congênita ou adquirida, síndromes perdedoras de proteínas, gestação, Macroglobulinemia de Waldestrom e mieloma não secretor de IgG. Quando aumentada no liquor isoladamente, denota a existência de processo inflamatório/infeccioso no SNC, ou ainda a presença de doenças desmielinizantes ou neoplásicas, processos que podem ser secundários ou primários, que serão esclarecidos com a correlação com a dosagem sérica. IGA possuímos 25mm de precipitação, seguindo a tabela de referencia não possuímos esta medida o que impossibilita conferirmos a quantidade de anticorpos IGA, visto que não temos os valores de referência. Portanto, valores estão bem acima do esperado. Impossibilitando a criação do gráfico. Percebendo-se os valores de referência percebemos que está elevada a quantidade de anticorpos IGG na paciente. IGM está dentro da normalidade. 5 – Resultados e Discussões: Como verificado no Agar observamos a precipitação, que nos levou a definição de quantidade de anticorpos IGG e IGM do paciente. Não soubemos identificar IGA pois tivemos uma precipitação maior do que temos acesso na tabela de referência, com posse desse resultado podemos supor que a o aumento de IGG, que pode estar relacionada a vários fatores, e aconselha-se uma avaliação mais detalhada do caso. 6 – Referências: http://www.ciencianews.com.br/aulavirt/metodos.pdf http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/14483 BELLANTI, J.A.- Clinical Immunology. Pediatr. Clin. North Am., 41(4), 1994. FLEISHER, T.A & TOMAR, R.H. - Introduction to Diagnostic Laboratory immunology. JAMA, 278(22):1823-1834, 1997. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/moda/metodos-qualitativos-imunodifusao-dupla-radial/33163 http://www.alvaro.com.br/laboratorio/menu-exames/IGG Tubo devidamente centrifugado. �PAGE \* MERGEFORMAT�9� _1573247889.xls Gráf1 4 32 4.1 36 4.2 41 4.3 46 4.4 51 4.5 56 4.6 61 4.7 66 4.8 61 4.9 77 5 83 D IGM Plan1 D IGG IGM IGA 4 226 32 44 4.1 260 36 51 4.2 295 41 58 4.3 331 46 66 4.4 357 51 73 4.5 405 56 81 4.6 443 61 89 4.7 483 66 98 4.8 523 61 106 4.9 564 77 114 5 606 83 123 5.1 648 88 132 5.2 692 94 141 5.3 736 100 150 5.4 781 106 160 5.5 1827 112 169 5.6 874 119 179 5.7 922 125 189 5.8 970 131 199 5.9 1020 138 210 6 1070 145 220 6.1 1121 152 231 6.2 1173 159 242 6.3 1226 166 253 6.4 1280 173 264 6.5 1334 180 275 6.6 6.7 6.8 6.9 7 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 7.9 8 2253 303 467 8.1 2321 312 481 8.2 2389 321 486 8.3 2459 331 510 8.4 2530 340 525 8.5 2601 350 540 8.6 2673 359 555 8.7 2746 369 570 8.8 2820 379 586 8.9 2895 389 601 9 2970 399 617 Plan1 Plan2 D IGM Plan3 _1573247123.xls Gráf1 8 2253 8.1 2321 8.2 2389 8.3 2459 8.4 2530 8.5 2601 8.6 2673 8.7 2746 8.8 2820 8.9 2895 9 2970 Plan1 D IGG IGM IGA 4 226 32 44 4.1 260 36 51 4.2 295 41 58 4.3 331 46 66 4.4 357 51 73 4.5 405 56 81 4.6 443 61 89 4.7 483 66 98 4.8 523 61 106 4.9 564 77 114 5 606 83 123 5.1 648 88 132 5.2 692 94 141 5.3 736 100 150 5.4 781 106 160 5.5 1827 112 169 5.6 874 119 179 5.7 922 125 189 5.8 970 131 199 5.9 1020 138 210 6 1070 145 220 6.1 1121 152 231 6.2 1173 159 242 6.3 1226 166 253 6.4 1280 173 264 6.5 1334 180 275 6.6 6.7 6.8 6.9 7 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 7.9 8 2253 303 467 8.1 2321 312 481 8.2 2389 321 486 8.3 2459 331 510 8.4 2530 340 525 8.5 2601 350 540 8.6 2673 359 555 8.7 2746 369 570 8.8 2820 379 586 8.9 2895 389 601 9 2970 399 617 Plan1 D IGG Plan2 Plan3
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