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14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 1 Fundamentos do Oxicorte Docente: Mário Bittencourt Sumário � Experiência de Lavosier � Definição do Processo de Oxicorte � Esquema do Processo � Vantagens e Desvantagens � Pré-requisitos para o Oxicorte � Oxigênio � Combustíveis � Maçarico de Corte � Bico de Corte � Oxicorte Manual e Mecanizado 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 2 � 1777- Lavosier mostrou que um arame de ferro aquecido acima do seu ponto de fusão e rodeado por oxigênio continua a queimar sem uma chama adicional. Experiência de Lavosier Experiência de Lavosier 1. Fio de ferro aquecido ao rubro 2. Vidro contendo oxigênio puro 3. Queima violenta emitindo chama 4. Formação de óxido de ferro 5. Destacamento doóxido formado 6. Continuidade da reação 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 3 Definição do Processo Oxicorte � É um processo de corte de metais através da reação de combustão localizada e contínua entre um jato de oxigênio puro e o ferro contido nesses metais. � O jato de oxigênio age sobre um ponto do metal previamente aquecido à sua temperatura de queima por uma chama oxi-combustível. � Esta combustão produz óxidos de ferro que junto com uma pequena região circunvizinha do metal não oxidado funde, sendo arrastada pela ação mecânica do jato de oxigênio de corte, expondo a este jato mais metal para a continuidade da reação. � A largura estreita e progressiva de metal removido promove a separação das partes. Definição do Processo Oxicorte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 4 Definição do Processo Oxicorte CHAMA CORTE JATO OXIGÊNIO PURO ÓXIDOS FORMADOS BICO DE CORTE � A largura estreita e progressiva de metal removido promove a separação das partes. � Esta largura é chamada de sangria, largura do rasgo, “kerf” ( do inglês). Definição do Processo Oxicorte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 5 Definição do Processo Oxicorte 1. Jato de oxigênio de corte 2. Formação de óxidos 3. Metal fundido óxidos 4. Metal de base 5. Expulsão dos Definição do Processo Oxicorte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 6 Definição do Processo Oxicorte EXPULSÃO ÓXIDOS FORMADOS DESLOCAMENTO DO MAÇARICO SANGRIA OU KERF MAÇARICO DE CORTE Definição do Processo Oxicorte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 7 Expulsão dos Óxidos Formados � O calor da reação é suficiente, em alguns casos, para manter a temperatura necessária de queima, não sendo necessária a chama de aquecimento, conforme demonstrado por Lavosier. Reações exotérmicas de oxidação do ferro 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 8 0Fe + 0,5 O2 FeO + Calor (64,3 kcal) 3Fe + 2,0 O2 Fe3O4 + Calor (266,9 kcal) 2Fe + 1,5 O2 Fe2O3 + Calor (198,5 kcal) Reações exotérmicas de oxidação do ferro Esquema do Processo Oxi-combustível REGULADOR OXIGÊNIO REGULADOR GÁS COMBUSTÍVEL CILINDRO OXIGÊNIO CILINDRO GÁS COMBUSTÍVEL MANGUEIRA GÁS COMBUSTÍVEL MANGUEIRA DE OXIGÊNIO MAÇARICO EXTENSÃO DE SOLDA EXTENSÃO DE OXICORTE METAL ADIÇÃO (VARETAS) FLUXO 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 9 Esquema do Processo Esquema do Processo 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 10 Esquema do Processo Vantagens � Corte de espessuras de 5 a mais de 300mm, trocando- se apenas o bico de corte. � Chama simétrica, possibilitando mudança de direção do corte instantaneamente. � Facilidade de corte de chanfro, utilizando um ou mais maçaricos. � Investimento baixo. 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 11 Corte de Bisel Corte de Chanfro 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 12 Desvantagens � Baixa velocidade de corte. � Corte com produtividade e qualidade somente dos aços carbono e baixa liga. � Maior distorção nas peças cortadas. � Processo utiliza chama, que sem os cuidados necessários, pode acarretar acidentes. Pré-requisitos para o Oxicorte � Temperatura de queima do metal TQUEIMA < TFUSÃO � Temperatura de fusão dos óxidos TFUSÃO ÓXIDOS < TFUSÃO METAL < TCORTE 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 13 Pré-requisitos para o Oxicorte � Reação de combustão exotérmica para manter a temperatura de início de oxidação, tornando o corte auto sustentável � Metal apresentar baixa condutividade térmica, caso contrário a rápida dissipação de calor por condução faz com que o processo não inicie ou seja interrompido com frequência. Pureza do Oxigênio de Corte � Pureza < 0,5% � VCORTE < 10% 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 14 Combustíveis � Essencial para produtividade/qualidade do processo � Cada aplicação deve ser analisada para a escolha do combustível. � Um perfeito combustível para todas as aplicações NÃO EXISTE. Combustíveis Existentes � Acetileno � GLP - Gás Liquefeito de Petróleo � Propano � Metano - Gás Natural � Propileno � Misturas (Flamal, Tetrene, Crylene,etc) � Querosene ou gasolina 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 15 Escolha do Combustível � Produtividade e balanço econômico � Efeito na velocidade de corte � Espessura da chapa � Tempo de pré-aquecimento requerido � Segurança no transporte e manuseio � Operação manual ou mecanizada � Tipo do corte Temperatura da Chama 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 16 Maçarico de Corte � O maçarico faz a mistura dos gases para produzir a chama de aquecimento. � A função do maçarico de corte é conduzir esta chama à peça a ser cortada e controlar a abertura do jato de oxigênio de corte. Histórico Maçarico de Corte � 1901-Picard criou o primeiro queimador oxi-combustível. � 1904-Jottrand patenteou o primeiro maçarico de corte, colocando a chama e o jato de oxigênio de corte em um único equipamento 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 17 Maçarico de Corte Manual � Diversos tamanhos, materiais, ergonomia, acionamento do jato, etc. Maçarico de Corte Manual 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 18 Maçarico de Corte Manual Maçarico de Corte Manual 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 19 Maçarico de Corte Mecanizado CREMALHEIRA Bico de Corte � Direciona a chama de aquecimento e o jato de oxigênio de corte ao ponto da chapa a ser cortado � Especifica-se o bico de corte de acordo com a espessura da chapa, o gás combustível, etc 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 20 Tabela Bico de Corte Formação da Chama 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 21 � Bicos convencionais: 6 furos � Bicos de alto desempenho: 14 furos � Aquecimento uniforme todas direções Formação da Chama Bico Convencional � Canal do oxigênio de corte cilíndrico. � Custo do bico é mais importante que a velocidade de corte. Ex.: Corte manual. 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 22 Bico Convergente/Divergente � Aumento do fluxo do oxigênio de corte. � Maior velocidade de corte obtida. Bico com Cortina de Oxigênio � Evita a contaminação do jato de oxigênio de corte pelos produtos da chama. 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 23 Conservação � No oxicorte os maçaricos e bicos têm importância similar à que as ferramentas de corte têm para os processos de usinagem. Segurança � Integração das válvulas corta-chama no cabo do maçarico. 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 24 Histórico Máquinas de Oxicorte � 1906 - Mecanização do processo � Primeiras máquinas movidas através de manivelas � Gabaritos metálicos � Leitura ótica de desenhos� C.N.C. Oxicorte Mecanizado – máquina de corte portátil tipo “tartaruga” 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 25 Oxicorte Mecanizado – máquina de corte portátil tipo “tartaruga” Oxicorte Mecanizado – máquina de corte de médio porte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 26 Múltiplos Maçaricos Oxicorte Mecanizado – máquina de corte de grande porte 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 27 Oxicorte Mecanizado – máquina de corte de grande porte Oxicorte Mecanizado – maçaricos acoplados a robot 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 28 Oxicorte Mecanizado � Alimentação automática de chapas � Retirada automática de peças � Execução de chanfro V,X ou K � Elevação automática do maçarico � Velocidade de deslocamento(15m/min) � Acendimento automático do maçarico � Sensor distância bico/chapa � Sistema marcação de peças � Execução automática de chanfros � Controle de velocidade e produtividade � Arquivo de “retalhos” (shapes libraires) � Variação da chama e jato de oxigênio Oxicorte Mecanizado 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 29 Controle da Máquina de Corte Rendimento e Custo � Distribuição do custo (6 a 25mm) - Mão de Obra: 75% - Gases: 15% - Equipamentos: 10% � Custo/metro cortado: 04 maçaricos < 60% � Rendimento fotocélula:25 a 35% � Rendimento C.N.C. :65 a 85% 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 30 Qualidade � ISO 9013- Thermal Cutting - Classification of Thermal Cuts - Geometrical Product Specification and Quality Tolerances Oxicorte de Grandes Espessuras 14/08/2014 Mário Bittencourt – UNESA – 2014.2 31 Oxicorte Aplicado em Siderurgia Bibliografia � ALMEIDA, M. B. Q., Oxicorte, 1 ed., Rio de Janeiro, RJ, Editora SENAI/RJ, 2000. � MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., “Soldagem e corte a gás”. In: Soldagem fundamentos e tecnologia, 3 ed., capítulo 11, Belo Horizonte, MG, Editora UFMG, 2009. � MACHADO, I. G., “Soldagem a arco com proteção por gás e eletrodo consumível (“MIG/MAG”)”. In: Soldagem e Técnicas Conexas - Processos, 1 ed., capítulo 19, Porto Alegre, RS, Editado pelo autor, 1996. � INTERNATIONAL ORGANIZATION for STANDARDIZATION, “Thermal Cutting - Classification of Thermal Cuts - Geometrical Product Specification and Quality Tolerances ”. ISO 9013, Switzerland, 2002.
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