Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor(a) Titular: Maria Sara de Lima Dias* * É Doutora em Psicologia, pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Psicologia da Infância e Adolescência, pela Universidade Federal do Paraná, e Especialista em Pedagogia Social, pela Universidade Católica Portuguesa. Atualmente, trabalha com projetos de orientação profissional e planejamento de carreira e atua, principalmente, nos seguintes temas: dinâmica de grupos, cultura, planejamento de carreira, psicologia organizacional e do trabalho, psicologia da educação e saúde e psicologia social e comunitária. Além disso, é professora de cursos de graduação e de Especialização em Psicologia Organizacional e, também, é professora do Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Psicologia Social Comunitária na Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). ÉTica e ReLacionaMenTo inTeRPeSSoaL Valores individuais X valores organizacionais Observamos entre os valores individuais e os valores organizacionais que falta clareza em relação aos conhecimentos que temos no ambiente de trabalho e o respeito que devemos ter sobre questões éticas fundamentais. Valores individuais X valores organizacionais Será que, em um ambiente de trabalhado, todos possuímos as mesmas ideias ou os mesmos valores quando fazemos nossas escolhas? O que é um valor? O que é um valor moral? O que é a vontade? O que é a liberdade? Valores individuais X valores organizacionais A partir disso, é necessário abordar as principais ênfases a respeito das relações entre ética e mercado de trabalho, ou seja, entre a ética como um valor individual e a ética como um valor organizacional. Valores individuais X valores organizacionais Nós, seres humanos, perguntamo-nos a respeito da existência ética em um mundo de constantes transformações, incluindo riscos e benefícios, como: os benefícios da pesquisa genética, a vida humana como mercadoria, a bioengenharia, a violência contra os seres humanos e contra o meio ambiente. Valores individuais X valores organizacionais No ambiente profissional observamos atitudes ou comportamentos de profissionais em situações de extrema delicadeza em termos éticos e morais, por exemplo: o oficial de justiça que deve despejar uma família com pais desempregados e oito filhos, ou o professor e toma conhecimento que um dos seus alunos usa drogas pesadas. Que tipo de atitude tomar? As atitudes exigem um posicionamento que inclui juízo e expressam o senso de comportamento moral de nossa sociedade. Valores individuais X valores organizacionais Segundo Chauí (2003, p. 305), “situações como essas, mais ou menos dramáticas sempre surgem em nossas vidas. Nossas dúvidas quanto à decisão a tomar não manifestam nosso senso moral (isto é, nossos sentimentos quanto ao certo e ao errado, ao justo e ao injusto), mas põe a prova nossa consciência moral”. Valores individuais X valores organizacionais Tanto o senso moral quanto a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, generosidade), a sentimentos provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor e medo) e a decisões que conduzem a ações com consequências, sempre para nós e para os outros. Valores individuais X valores organizacionais Os juízos de fato nos dizem que algo existe, e os juízos de valor são as nossas avaliações sobre as coisas e os acontecimentos. Os juízos de valor são normativos, porque enunciam as normas de como devem ser os bons sentimentos, as boas intenções e as boas ações ou decisões. Valores individuais X valores organizacionais A todo o momento a vida nos impõe um posicionamento ético, podendo-se destacar duas atitudes como possíveis nesse relacionamento: a ética do interesse próprio e a ética orientada para o outro. Cada pessoa tem o seu próprio padrão de valores. Por isso, é imperativo que cada um faça sua reflexão, de modo a compatibilizar seus valores individuais com os valores organizacionais. Valores individuais X valores organizacionais Segundo Chauí (2003, p. 15), “Cremos que nossa vontade é livre para escolher entre o bem e o mal. Cremos também na necessidade de obedecer às normas e às regras de nossa sociedade”. Referência CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
Compartilhar