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Os objetivos de cada operador do Direito são diferentes, portanto o representante de uma parte envolvida não poderá narrar os fatos de um caso concreto com a mesma versão da parte contrária. Portanto o juiz deve sempre considerar os dois pontos e vista apresentados pelas partes, dentre outros elementos a serem analisados, antes de prolatar decisão dele. Observe: Caso Concreto A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro no setor de produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em cheio o olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro. Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual para o resto de sua vida. Questão 1 A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 10 linhas, a escolha lexical intencional do advogado, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. Questão 2 Identifique, no parágrafo acima, pelo menos duas informações ou versões que a parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta. Trabalho de pesquisa: Função persuasiva da narrativa jurídica No texto narrativo está presente a transformação no espaço e no tempo, buscando-se apenas informar tais fatos ao juiz. Mas, por ser uma criação do intelecto humano, a narrativa jurídica assume um ponto de vista que parte de seu autor, construída a partir de sua interpretação pessoal, de forma que se torna uma tese a ser comprovada pela argumentação. Questão 3 Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva fragmento de um voto em que a narração esteja a serviço da argumentação. Desenvolvimento Resposta questão 1 O prego atingiu em cheio o olho do trabalhador, esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho e pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual pelo resto da vida Resposta questão 2 É dever do reclamante ao prestar serviço autônomo utilizar equipamento de proteção individual (EPI), a culpa foi devido a inobservância no dever do cuidado, quer seja, por negligência, imprudência ou imperícia. Resposta questão 3 Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL N º1.111.566 D F (20 09/002 5086 -2) (f) VOTO-VISTA O EX MO. SR. MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR: Senhores Ministros, a Matéria em debate já foi objeto de extensa análise pelos que me antecederam. Vou Ser, em razão disso, econômico em minhas considerações. Com o advento da Lei n. 11.705/2008, i nseriu-se a exigência de quantidade mínima de álcool no sangue para se configurar o crime de embriaguez ao volante e excluiu-se a necessidade de exposição a da no potencial. E esse decreto-o Decreto n. 6.48 8/200 8 –, por sua vez, limita-se a cuidar apenas do exame de sangue e do teste em aparelho de ar alveolar-pulmonar para demonstrar a correlação dos resultados d esses exames com o percentual de 0,6 dc, previsto no tipo penal. Não há referência alguma a outro tipo de prova, mesmo ao exame clínico, quando poderia, se fosse essa a vontade do legislador, estabelecer parâmetros de equivalência com o critério objetivo de 0,6 dc. Não vejo, por essas razões, como admitir que a concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 decigramas seja comprova do por outros meios de prova que não aqueles que permitam precisar, com certeza, a presença desse percentual. Acompanhando, assim, a divergência inaugurada pelo Ministro Macabu, pedindo vênia aos que pensam de forma diferente, nego provimento ao recurso especial. Professora: Marcia Rocha Teodoro Aluno: Anderson Silva Junior Matrícula: 201607189828
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