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1.000 PERGUNTAS E RESPOSTAS DE PROCESSO CIVIL 
 
 DOS MESMOS AUTORES 
 
 * Para as provas das Faculdades de Direito 
 * Para os Exames da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil 
 * Para Concursos Públicos 
 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de PROCESSO PENAL 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO CIVIL 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO PENAL 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO COMERCIAL 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO DO TRABALHO 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO TRIBUTÁRIO 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO CONSTITUCIONAL 
 * 1.000 Perguntas e Respostas de DIREITO ADMINISTRATIVO 
 * 1.000 Perguntas e Respostas sobre o ESTATUTO DA OAB/CÓDIGO DE ÉTICA 
 
 José Cretella Júnior 
 Professor Titular de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP 
 
 José Cretella Neto 
 Advogado em São Paulo 
 
 1.000 PERGUNTAS E RESPOSTAS DE PROCESSO CIVIL 
 
 * Para as provas das Faculdades de Direito 
 * Para os Exames da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil 
 * Para Concursos Públicos 
 
 Respostas atualizadas segundo a Constituição Federal de 1988 e as Leis n.ºs 
8.950, 8.951, 8.952 e 8.953, de 13.12.1994, 9.099, de 26.09.1995 (Juizados Especiais 
Cíveis e Criminais), 9.139, de 30.11.1995 (Agravo de Instrumento), 9.245, de 26.12.1995 
(Procedimento Comum Sumário) e 9.307, de 23.09.1996 (Arbitragem, Tribunal Arbitral) 
 
 5.ª edição 
 
 EDITORA FORENSE 
 
 Rio de Janeiro 
 1999 
 
 1.ª edição - 1996 
 2.ª edição - 1997 
 3.ª edição - 1997 
 3.ª edição - 1998 - 2.ª tiragem 
 4.ª edição - 1998 
 5.ª edição - 1999 
 
 Copyright 
 José Cretella Júnior e José Cretella Neto 
 Gerente de Produção 
 Cesar Lourenço Caneca 
 CIP - Brasil. Catalogação-na-fonte. 
 Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. 
 
C943m 
 
 
 Cretella Júnior, José, 1920 - 
 1.000 perguntas e respostas de processo civil /José Cretella Júnior, José Cretella 
Neto - Rio de Janeiro: Forense, 1999. 
 "Para os exames da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil" 
 "Respostas atualizadas segundo a Constituição Federal de 1988 e..." 
 ISBN 85-309-0436-2 
 1. Processo civil - Miscelânea 2. Direito - Concursos. 
 I. Cretella Neto, José. II. Título. 
96-0916. CDU 347.91/.95 (81)(076.5) 
 
 O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer 
forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão 
da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível (art. 102 da Lei n.º 9.610. de 
19.02.1998). 
 Quem vender, expuser à venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depósito 
ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a finalidade de vender, 
obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, 
será solidariamente responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, 
respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso de reprodução 
no exterior (art. 104 da Lei n.º 9.610/98). 
 A EDITORA FORENSE se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne 
à sua edição, aí compreendidas a impressão, e a apresentação, a fim de possibilitar 
ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo. Os vícios relacionados à atualização da obra, 
aos conceitos doutrinários, às concepções ideológicas e referências indevidas são 
de responsabilidade do autor e/ou atualizador. 
 As reclamações devem ser feitas até noventa dias a partir da compra e venda 
com nota fiscal (interpretação do art. 26 da Lei n.º 8.078, de 11.09.1990). 
 
 Reservados os direitos de propriedade desta edição pela COMPANHIA EDITORA FORENSE 
 Av. Erasmo Braga, 299 - 1.º, 2.º e 7.º andares - 20020-000 - Rio de Janeiro 
- RJ 
 Tel.: (021) 533-5537 - Fax: (021) 533-4752 
 Endereço na Internet: http://www.forense.com.br 
 
 Impresso no Brasil 
 Printed in Brazil 
 
 SUMÁRIO 
 
Abreviaturas e siglas usadas VII 
Apresentação IX 
Nota à 4.ª edição XI 
 
Capítulo I - Processo de Conhecimento 1 
Capítulo II - Processo de Execução 47 
Capítulo III - Processo Cautelar 81 
Capítulo IV - Procedimentos Especiais 95 
 IV.1. Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa 95 
 IV.1.1. Ação de Consignação em Pagamento 
 (CPC, arts. 890 a 900) 95 
 IV.1.2. Ação de Depósito (CPC, arts. 901 a 906) 99 
 IV.1.3. Ação de Anulação e Substituição de Títulos ao Portador 
 (CPC, arts. 907 a 913) 102 
 IV.1.4.Ação de Prestação de Contas (CPC, arts. 914 a 919) 103 
 IV.1.5. Ações Possessórias; (CPC, arts. 920 a 933) 105 
 IV.1.6. Ação de Nunciação de Obra Nova 
 (CPC, arts. 934 a 940) 113 
 
 
 IV.1.7. Ação de Usucapião de Terras Particulares 
 (CPC, arts. 941 a 945) 116 
 IV.1.8. Ação de Divisão e de Demarcação de Terras Particulares 
 (CPC, arts. 946 a 981) 117 
 IV.1.9. Inventário e Partilha (CPC, arts. 982 a 1.045) 119 
 IV.1.10. Embargos de Terceiro (CPC, arts. 1.046 a 1.054) 125 
 IV.1.11. Habilitação (CPC, arts. 1.055 a 1.062) 126 
 IV.1.12. Restauração de Autos (CPC, arts. 1.063 a 1.069) 127 
 IV.1.13. Vendas a Crédito com Reserva de Domínio 
 (CPC, arts. 1.070 e 1.071) 127 
 IV.1.14. Arbitragem ( Lei n.º 9.307, de 23.09.1996) 128 
 IV.1.15. Ação Monitória (Lei n.º 9.079, de 14.07.1995) 131 
 
 IV.2. Procedimentos Especiais de Jurisdição Voluntária 132 
 IV.2.I. Disposições Gerais 132 
 IV.2.2. Procedimentos Específicos 133 
 IV.2.2.1. Alienações Judiciais (CPC, arts. 1.113 a 1.119) 133 
 IV.2.2.2. Separação Consensual (CPC, arts. 1.120 a 1.124) 134 
 IV.2.2.3. Testamentos e Codicilos (CPC, arts. 1.125 a 1.133) 135 
 IV.2.2.4. Herança Jacente (CPC, arts. 1.142 a 1.158) 136 
 IV.2.2.5. Bens dos Ausentes (CPC, arts. 1.159 a 1.169) 138 
 IV.2.2.6. Coisas Vagas (CPC, arts. 1.170 a 1.176) 138 
 IV.2.2.7. Curatela de Interditos (CPC, arts. 1.177 a 1.198) 140 
 IV.2.2.8. Organização e Fiscalização das Fundações 
 (CPC, arts. 1.199 a 1.204) 140 
 IV.2.2.9. Especialização da Hipoteca Legal 
 (CPC, arts. 1.205 a 1.210) 141 
Capítulo V. Ações e Remédios Constitucionais 143 
 V.1. Mandado de Segurança 143 
 V.2. Mandado de Injunção 146 
 V.3. Habeas data 147 
 V.4. Ação Popular 148 
 V.5. Ação Civil Pública 150 
 
Principais Prazos no Processo Civil 151 
 
Bibliografia 155 
 
 ABREVIATURAS E SIGLAS USADAS 
 
Adin - Ação direta de inconstitucionalidade por omissão 
CC - Código Civil 
CF - Constituição Federal 
CP - Código Penal 
CPC - Código de Processo Civil 
DF - Distrito Federal 
EOAB - Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil 
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
MP - Ministério Público 
n.º - número 
OAB - Ordem dos Advogados Brasileiros 
ORTN - Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional 
OTN - Obrigação do Tesouro Nacional 
PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público 
PIS - Programa de Integração Social 
STF - Supremo Tribunal Federal 
STJ - Superior Tribunal de Justiça 
 
 
UFIR - Unidade Fiscal de Referência 
 
 APRESENTAÇÃO 
 
 A seleção, a defesa e a disciplina da classe dos advogados, em toda a República, 
é feita pela OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - criada pelo art. 17 do Decreto 
n.º 19.408, de 18 de novembro de 1930. 
 O texto do art. 17 é o seguinte: "Fica criada a Ordem dos Advogados do Brasil, 
órgão de disciplina e seleção dos advogados, que se regerá pelos Estatutos que forem 
votados pelo Instituto da Ordem dos Estados eaprovados pelo Governo". 
 A OAB constitui serviço público federal e, pois, tem natureza de autarquia, 
que não vem, entretanto, declarada no texto em exame, mas que se deve à construção 
jurisprudencial e à doutrina, mediante reiteradas e unânimes manifestações a respeito. 
 Para a inscrição, como advogado militante, é necessária a aprovação em Exame 
de Ordem (art. 8.º, IV, da Lei n.º 8.906, de 04 de julho de 1994, atual Estatuto da 
OAB). 
 Por esse motivo, periodicamente, em todo o país, são realizadas provas, destinadas 
à seleção dos futuros profissionais do Direito, que só podem requerer inscrição nos 
quadros da respectiva Secção Estadual da OAB, após aprovação no mencionado Exame de 
Ordem. 
 O Exame de Ordem é regulamentado em Provimento do Conselho Federal da OAB (art. 
8.º, parágrafo 1.º). As provas versam, conforme uma das 4 (quatro) áreas de opção 
do candidato (Civil, Penal, Trabalhista e Tributário), sobre questões de Direito Civil, 
Processual Civil, Comercial, Penal, Processual Penal, Tributário e Trabalhista. 
Questões a respeito do Estatuto da OAB e do Código de Ética do advogado são comuns 
a todas as áreas. 
 Está em curso, no entanto, em São Paulo, uma alteração nos exames da OAB, que 
passarão a ser realizados em duas etapas, ambas escritas, quando anteriormente a primeira 
etapa consistia em prova escrita, e a segunda, em prova oral. 
 Escolhendo a área Civil, aos candidatos serão formuladas questões de Processo 
Civil e de Direito Civil. 
 O presente volume traz nada menos do que 1000 questões de Processo Civil, que 
podem e costumam ser objeto das provas propostas pela OAB. 
 Procurou-se facilitar o estudo, organizando as perguntas segundo uma estrutura 
lógica: Processo de Conhecimento, Processo de Execução, Processo Cautelar e 
Procedimentos Especiais (seguida aqui a ordem do Código de Processo Civil), aí incluídos 
os de jurisdição voluntária. Sobre a ação monitória, novidade em nosso Processo Civil, 
também foram formuladas questões. 
 A última parte do livro refere-se às ações e a remédios constitucionais: Mandado 
de Segurança, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação Popular e Ação Civil Pública. 
 Assim, o candidato poderá preparar-se, de modo racional, enfocando as partes 
em que se sentir mais inseguro, mas sem perder de vista o sistema do Código de Processo 
Civil, que consiste em interpretar dispositivos não de forma isolada, mas em consonância 
com todo o conjunto normativo. 
 
 Os Autores 
 
 NOTA À 4.ª EDIÇÃO 
 
 A extraordinária aceitação de nossa coleção 1.000 Perguntas e Respostas tem-nos 
estimulado a aprimorar cada nova edição. 
 A favorável acolhida fica evidenciada pelo fato de, no curto espaço de dois 
anos, sair esta 4.ª edição de Processo Civil, sendo que a 3.ª mereceu duas tiragens. 
 Como deve o leitor imaginar, não é tarefa fácil manter atualizada uma coleção 
que já conta com 10 (dez) volumes, um para cada ramo do Direito exigido pelo rigoroso 
Exame da OAB, em virtude da velocidade com que novos diplomas jurídicos são promulgados; 
no entanto, as dificuldades são mitigadas pelas valiosas sugestões que recebemos de 
 
 
professores e alunos. 
 Acreditamos que "somente erra quem faz". Por isso, desejamos manifestar nossos 
agradecimentos a todos os que nos têm incentivado, com suas críticas e observações 
apontando eventuais erros ou omissões, e contribuindo para melhorar as sucessivas 
edições da coleção, o que, sem dúvida, beneficia os próximos leitores. 
 Continuamos a escrever para quem precisa de livros que, de forma objetiva e 
organizada, ajudem a sistematizar o que já foi aprendido nos clássicos de nossa 
literatura jurídica; jamais foi nossa pretensão substituir as obras fundamentais, 
de leitura obrigatória, e sim, basear-nos em seus conceitos mais precisos, para que, 
nos dias aflitivos que antecedem às provas ou exames, possa o candidato terminar sua 
preparação com segurança e celeridade. 
 Esperamos que a coleção continue a ser útil a todos! 
 
 Os Autores. 
 
CAPÍTULO I - PROCESSO DE CONHECIMENTO 
 
1) O que é o "princípio da ação" (ou da demanda)? 
R.: É o princípio pelo qual o Poder Judiciário somente se pronuncia por provocação 
da parte. Ne procedat judex ex officio. 
 
2) Citar cinco exceções ao princípio da ação, em que o juiz está expressamente autorizado 
a prestar a tutela jurisdicional sem ser demandado pelas partes. 
R.: O juiz pode agir por iniciativa própria em matérias tais como: a) incapacidade 
processual; b) incompetência absoluta; c) prescrição de direitos não-patrimoniais; 
d) abertura de inventário; e) arrecadação de bens do ausente. 
 
3) Quais são as chamadas "condições da ação"? 
R.: As condições da ação são: interesse de agir, legitimidade para a causa, possibilidade 
jurídica do pedido. 
 
4) O que é interesse de agir? 
R.: Interesse de agir é a necessidade que tem a parte de recorrer ao Poder Judiciário 
para sanar o prejuízo que teve ou afastar ameaça de lesão a seu direito. 
 
5) O que é legitimidade para a causa? 
R.: Legitimidade para a causa (legitimatio ad causam) é a qualidade que deve ter a 
parte, para agir juridicamente, seja como autor, seja como réu num processo. 
 
6) Em que difere a legitimidade para a causa da legitimidade para o processo? 
R.: Alguém pode ter direitos (tendo, portanto, legitimidade para a causa) mas, por 
não poder deles dispor (como os interditos, os menores, etc), não poderá propor nem 
contestar ação. Sendo pessoas incapazes para a vida civil, devem ser, conforme o caso, 
assistidas, representadas ou autorizadas a ingressar em juízo. 
 
7) O que é possibilidade jurídica do pedido? 
R.: Possibilidade jurídica do pedido é a existência de previsão legal, ou ausência 
de proibição, para a demanda formulada ao Poder Judiciário, pelo menos em tese. Se 
o credor pleitear que o devedor lhe pague a dívida mediante trabalho escravo, por 
exemplo, ter-se-ia pedido juridicamente impossível, já que o trabalho escravo é vedado. 
 
8) Se o juiz verificar, pelo exame da petição inicial, que alguma das condições da 
ação não está satisfeita, qual será seu procedimento? 
R.: Deverá julgar extinto o processo sem julgamento do mérito (art. 267, VI) ou então 
indeferirá a petição inicial (art. 295, II e III), devido à ocorrência da chamada 
"carência de ação". 
 
 
 
9) Qual o momento processual adequado para a parte argüir a carência da ação? 
R.: Na contestação, em preliminares (art. 301, X). 
 
10) Caso a parte silencie sobre a falta de alguma das condições da ação, ocorrerá 
preclusão? 
R.: Não ocorrerá preclusão, porque a matéria é de ordem pública, passível de ser apreciada 
a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, e mesmo de ofício (art. 267, § 
3.º) . 
 
11) Argüir, como preliminar, que um marceneiro que intermediou a venda de um imóvel 
não é corretor de imóveis. Como se chama este argumento? 
R.: Ilegitimidade de parte. 
 
12) Quanto ao tipo de sentença que se deseja obter, quais são os tipos de ação? 
R.: Declaratória, constitutiva e condenatória. 
 
13) A quem o juiz poderá dar curador especial? 
R.: Ao incapaz, se não tiver representante legal (ou se os interesses do representante 
legal colidirem com os do incapaz); ao réu preso; ao revel citado por edital ou com 
hora certa. 
 
14) Citar três tipos de ações para cuja propositura é indispensável o consentimento 
do cônjuge. 
R.: Ações que versem sobre direitos reais imobiliários; relativas a fatos que digam 
respeito a ambos os cônjuges; ações possessórias, nos casos de composse ou de ato 
praticado por ambos. 
 
15) O que pode fazer o marido cuja esposa se recusa a dar-lhe consentimento para propor 
ação?R.: Deve pedir ao juiz o suprimento da outorga uxória, demonstrando que a recusa se 
deve a motivo injusto ou que é impossível ao cônjuge dá-la. 
 
16) Por quem são representados em juízo a União; o Município; a massa falida; o espólio; 
o condomínio? 
R.: Respectivamente: por seus procuradores; pelo Prefeito ou procurador; pelo síndico; 
pelo inventariante, administrador ou síndico. 
 
17) O que é litigante de má-fé? 
R.: Litigante de má-fé é a parte que se utiliza do processo com desvirtuamento de 
sua finalidade, seja pleiteando contra os termos da lei, ou alterando a verdade dos 
fatos, para tentar conseguir convalidar ato ilegal, ou ainda provocar incidentes 
meramente protelatórios. 
 
18) Quais as conseqüências da litigância de má-fé? 
R.: O juiz condenará o litigante de má-fé a indenizar a parte contrária pelos prejuízos 
sofridos, mais honorários e despesas que realizou. O Estatuto da OAB prevê solidariedade 
entre o advogado e a parte (art. 32 do EOAB). 
 
19) Quando o juiz condena a parte perdedora ao pagamento de honorários à parte vencedora, 
como é feito o cálculo? 
R.: O percentual varia de 10 a 20% sobre o valor da condenação. Para determinar o 
valor exato, o juiz avalia o desempenho do advogado vencedor, o local da prestação 
do serviço, a natureza e o tempo de trabalho. 
 
20) Se o autor não pedir, na inicial, a condenação do réu em honorários em caso de 
perda da demanda, ficará o réu dispensado do ônus da sucumbência? 
R.: Não, a Súmula n.º 256 do STF dispensou a obrigatoriedade de pedido expresso de 
 
 
condenação do réu em honorários. Perdendo a demanda, de qualquer modo, arcará o réu 
com o ônus da sucumbência. 
 
21) Citar seis exemplos de situações em que se dispensa a intervenção de advogado. 
R.: Habeas Corpus; inexistência ou ausência de advogado na sede do juízo; desconfiança 
da parte em relação aos advogados na sede do juízo; habilitação de crédito em falência; 
retificação de registro civil; ações até o valor de 20 salários mínimos ajuizadas 
nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. 
 
22) Poderá o advogado ingressar em juízo sem procuração de seu cliente? 
R.: Via de regra, não poderá fazê-lo, mas, para praticar atos urgentes, ou para evitar 
a prescrição ou decadência de um direito, está autorizado, obrigando-se a apresentar 
a procuração nos 15 dias subseqüentes (prorrogáveis por mais 15 dias, a critério do 
juiz). 
 
23) O que é substituição processual? 
R.: Substituição processual é a demanda, em nome próprio, sobre direito alheio, permitida 
por texto legal expresso. Também chamada de legitimação extraordinária. Ex.: demanda 
proposta pelo curador de um incapaz, para pleitear o pagamento de alugueres devidos 
por terceiros ao curatelado. 
 
24) O que é representação processual? 
R.: Representação processual é a demanda, em nome alheio, sobre direito alheio (ex.: 
pais que representam filhos em juízo ou fora dele). 
 
25) O que é sucessão processual? 
R.: Sucessão processual é a entrada, no processo, do espólio ou dos herdeiros, em 
virtude de falecimento da parte. 
 
26) Em que momento deve ser alegada a incapacidade processual do autor ou de sua 
representação irregular? 
R.: Deve ser alegada pelo réu na contestação, em preliminar. 
 
27) O que deve fazer o advogado que tenciona abandonar a causa? 
R.: Deve cientificar o cliente de modo inequívoco sobre sua intenção. Deve ainda 
continuar a representar o cliente durante os 10 dias seguintes, para evitar que este 
sofra prejuízo. 
 
28) O que é litisconsórcio? 
R.: Litisconsórcio é a existência de duas ou mais pessoas, no pólo ativo ou no pólo 
passivo de uma ação, isto é, há mais de um autor ou mais de um réu. Ocorre em casos 
de comunhão de interesses, conexão de causas ou afinidade de questões. 
 
29) De que espécies pode ser o litisconsórcio, conforme os pólos em que estejam as 
partes, na ação? 
R.: Conforme os pólos em que estejam as partes, o litisconsórcio pode ser ativo 
(pluralidade de autores), passivo (pluralidade de réus) ou misto (pluralidade de autores 
e de réus). 
 
30) O que é litisconsórcio facultativo e litisconsórcio necessário? 
R.: Facultativo: pode ser adotado de modo voluntário pelas partes; necessário: para 
propor ou contestar a ação, será obrigatória a formação do litisconsórcio, seja em 
razão de disposição legal, seja em razão da natureza da relação jurídica. 
 
31) O que é litisconsórcio simples e litisconsórcio unitário? 
R.: Simples: a decisão pode ser diversa para cada um dos litisconsortes; unitário: 
a decisão deverá obrigatoriamente ser a mesma para todos os litisconsortes. 
 
 
 
32) Quais os tipos de intervenção de terceiros no processo? 
R.: Os tipos de intervenção de terceiros no processo são: assistência, oposição, nomeação 
à autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo. 
 
33) O que é assistência? 
R.: Assistência é a entrada de terceiro num processo, que tenha interesse jurídico 
na vitória de um dos litigantes sobre a questão (não basta mero interesse econômico), 
colocando-se ao lado do autor ou do réu, para auxiliá-lo. Pode ser simples (o direito 
do assistente não está diretamente envolvido no processo - ex.: fiador que intervenha 
em auxílio do devedor) ou litisconsorcial (a sentença deverá ser uniforme, envolvendo 
também o direito do assistente - ex.: condômino em coisa indivisa, que intervenha 
em auxílio de outro condômino). 
 
34) O que é assistência simples? 
R.: Assistência simples é modalidade de intervenção de terceiro no processo, que 
demonstra interesse jurídico na causa, em processo pendente entre outras partes, para 
auxiliar uma delas. 
 
35) O que é assistência qualificada ou litisconsorcial? 
R.: Assistência qualificada ou litisconsorcial é a entrada de terceiro, titular de 
relação jurídica com o adversário do assistido, e que ingressa na demanda porque esta 
relação jurídica será atingida pela sentença de mérito. 
 
36) O que é oposição? Exemplo. 
R.: Oposição é modalidade de intervenção de terceiros no processo para excluir uma 
ou ambas as partes, e para pleitear para si, no todo ou em parte, a coisa ou o direito 
discutido no processo. Ex.: A move ação de cobrança contra B; C intervém como opoente, 
alegando que o crédito é seu, e não de A. 
 
37) Em que momento deverá ser oferecida oposição? 
R.: A oposição poderá ser oferecida em qualquer momento anterior à prolação da sentença. 
 
38) Como se dá o processamento da oposição? 
R.: Se oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais, correndo 
simultaneamente com a ação. Se oferecida após iniciada a audiência, seguirá o rito 
ordinário (é verdadeira ação!) sem prejuízo da causa principal. A oposição será apreciada 
em primeiro lugar. 
 
39) Quando ocorre nomeação à autoria? Exemplo. 
R.: Ocorre quando, proposta a demanda sobre uma coisa, o réu alegar que não a possui 
em nome próprio, mas em nome alheio, indicando o proprietário ou o possuidor contra 
quem deveria dirigir-se a ação. É procedimento destinado à correção do pólo passivo 
da relação jurídico-processual. Ex.: A, inquilino, é acionado pela Prefeitura para 
demolir parte do prédio, que não lhe pertence. Deve então nomear B, o proprietário, 
à autoria, que é o verdadeiro demandado. 
 
40) Como se dá o processamento da nomeação à autoria? 
R.: O réu requererá a nomeação no prazo para a defesa. O processo fica suspenso, devendo 
ser o autor ouvido em 5 dias. 
 
41) O que é denunciação à lide? Exemplo. 
R.: Denunciação à lide é a citação de terceiro que o autor ou o réu consideram como 
garante de seu direito, no caso de perderem a demanda ("chamamento à garantia"). O 
terceirosó pode ser condenado em relação ao denunciante. A não denunciação acarreta 
a perda do direito de regresso. Não cabe na execução. O denunciado assume, no processo, 
a posição de assistente simples do denunciante. 
 
 
 
42) Como se amplia o processo no caso de denunciação à lide? 
R.: Amplia-se objetiva e subjetivamente. Objetivamente, porque se insere uma demanda 
implícita do denunciante contra o denunciado, de indenização por perdas e danos. E, 
subjetivamente, porque o denunciado ingressa na lide, do lado do autor ou do lado 
do réu, conforme seu interesse. 
 
43) Se o causador de um acidente de automóvel, réu em processo movido pela vítima, 
não desejar pagar porque tem seguro, o que deve fazer? 
R.: Deve denunciar a seguradora à lide. 
 
44) O denunciado entra como parte ou como assistente? 
R.: O denunciado entra como assistente simples. 
 
45) São petições em separado ou no mesmo processo? 
R.: No mesmo processo. 
 
46) Qual o ato processual que deve ser praticado para que o denunciado venha à lide? 
R.: Citação. 
 
47) O denunciado é intimado ou citado para vir ao processo? 
R.: Citado. 
 
48) Se o juiz condena o denunciado a indenizar, como será afetado o réu? 
R.: A responsabilidade do denunciado é somente frente ao denunciante. 
 
49) O que conterá a sentença, no caso da denunciação da lide? 
R.: Julgando o mérito, se procedente a ação, a sentença deverá declarar, conforme 
o caso, o direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos. A sentença 
valerá como título executivo judicial. 
 
50) O que é chamamento ao processo? 
R.: Chamamento ao processo é modalidade de intervenção de terceiros no processo pela 
qual o devedor, citado como réu, pede a citação também de outro coobrigado, a fim 
de que se decida, no processo, a responsabilidade de todos. 
 
51) Em que casos pode o réu chamar terceiros ao processo? 
R.: Quando o réu fizer parte de uma relação jurídica na qualidade de fiador ou for 
um dos devedores. 
 
52) Quem pode ser chamado ao processo? 
R.: O devedor, os devedores solidários e outros fiadores. 
 
53) O que conterá a sentença no caso de chamamento ao processo? 
R.: Julgando o mérito, se procedente a ação, a sentença condenará os devedores ao 
pagamento. Valerá como título executivo judicial, em favor daquele que satisfizer 
a dívida. 
 
54) Quais os casos de intervenção obrigatória do Ministério Público? 
R.: O MP atua na defesa dos interesses da sociedade, quer em relação ao governo, quer 
em relação à Administração Pública, e também quanto a infrações cometidas por 
particulares. É órgão que não pertence a nenhum dos poderes. 
 
55) Em que situações o MP atua no Processo Civil? 
R.: Pode atuar como agente, mandatário (substituto processual) ou como interveniente 
(ou fiscal da lei - custos legis). Representa os interesses da sociedade, interesse 
público, e atua nos casos previstos em lei, como, por exemplo, nas causas em que há 
 
 
interesses de incapazes, nas causas relativas ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, 
curatela, interdição, casamento, etc. 
 
56) O que é jurisdição? 
R.: Jurisdição é o poder-dever que o Estado detém de fazer justiça. É a função exercida 
por meio de um juiz de Direito ou de um Tribunal, dentro do processo, para solucionar 
litígios pelas vias legais. O Estado substitui-se às partes, pois ninguém pode fazer 
justiça com as próprias mãos. 
 
57) O que é competência? 
R.: Teoricamente, qualquer juiz poderia, em qualquer lugar, aplicar o Direito e resolver 
litígios. No entanto, pela especificidade das questões tratadas, da localização de 
bens e pessoas, é necessário limitar-se a jurisdição. A competência é, pois, a 
delimitação ou a medida da jurisdição. 
 
58) Quais os critérios para a determinação da competência? 
R.: Critério objetivo (em razão da matéria, das pessoas ou do valor da causa); critério 
territorial (pelo domicílio das partes; da situação da coisa; pelo lugar de certos 
atos ou fatos); e critério funcional, conforme as regras de organização judiciária. 
 
59) Quando é absoluta a competência? 
R.: A competência é absoluta quando fixada em razão da matéria (ratione materiae), 
da pessoa (ratione personae), ou da função (competência funcional). 
 
60) Em que momento é fixada a competência? 
R.: No momento da propositura da ação. 
 
61) Quais os casos em que pode ocorrer alteração na competência, após a propositura 
da ação? 
R.: Quando houver supressão do órgão judiciário ou quando for alterada a competência 
para julgar, em razão da matéria ou da hierarquia. 
 
62) Quando é relativa a competência e de que modo deve ser argüida? 
R.: A competência é relativa quando fixada em razão do território ou em razão do valor 
da causa; deve ser argüida por meio de exceção. 
 
63) Não sendo argüida a incompetência relativa, o que ocorre? 
R.: Prorroga-se automaticamente a competência. 
 
64) Quando pode ser argüida a incompetência absoluta? 
R.: Pode ser argüida a qualquer tempo e grau de jurisdição, antes de ocorrida a coisa 
julgada. Via de regra é argüida em preliminar de contestação. Pode e deve ser declarada 
de ofício, independentemente de exceção. 
 
65) Quais as conseqüências da decretação da incompetência absoluta? 
R.: Os atos decisórios serão considerados nulos, e os autos serão remetidos ao juiz 
competente. 
 
66) Quando é relativamente competente o juiz brasileiro? 
R.: O juiz brasileiro tem competência relativa nos casos em que: a) o réu, de qualquer 
nacionalidade, tiver domicílio no Brasil; b) a obrigação tiver que ser cumprida no 
Brasil; c) a ação se originar de fato ocorrido ou praticado no Brasil. 
 
67) Quando é absolutamente competente o juiz brasileiro? 
R.: O juiz brasileiro tem competência absoluta nos casos em que a ação: a) versar 
sobre imóveis situados no Brasil; b) for sobre inventário e partilha de bens situados 
no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro, mesmo que nunca tenha residido 
 
 
no Brasil. 
 
68) O que é competência absoluta virtual? 
R.: Competência absoluta virtual é aquela que poderá surgir após a propositura da 
ação, passando de competência relativa para absoluta, desprezando-se a aparência 
inicial. Ocorre nos chamados juízos universais, como os da falência, da insolvência 
civil, e da sucessão. 
 
69) Qual o foro competente para propor ação contra réu incapaz? 
R.: O do domicílio do representante do incapaz. 
 
70) Qual o foro competente para julgar as ações em que for autora a União? 
R.: Na seção judiciária em que tiver domicílio o réu. 
 
71) Onde poderão ser aforadas as causas intentadas contra a União? 
R.: Poderão ser aforadas na seção judiciária onde for domiciliado o autor, ou na que 
houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda, ou onde esteja situada a coisa, 
ou ainda no Distrito Federal. 
 
72) O que são ações conexas? 
R.: Ações conexas são aquelas que apresentam, em comum, o objeto ou a causa de pedir. 
 
73) Dar exemplos de ações conexas. 
R.: Ação de alimentos e ação de investigação de paternidade; de despejo e consignatória 
de aluguéis; de divórcio e de separação judicial; de usucapião e reivindicatória. 
 
74) O que é continência entre duas ou mais ações? 
R.: Continência entre duas ou mais ações é a existência, em todas das mesmas partes 
e da mesma causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange os das 
outras. 
 
75) O que sucede quando ocorre conexão ou continência entre duas ou mais ações? 
R.: O juiz, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes, poderá ordenar a 
reunião das ações, propostas em separado, decidindo simultaneamentesobre todas. 
 
76) O que é prevenção de juízo? 
R.: Correndo em separado duas ou mais ações conexas perante juízes de mesma competência 
territorial, fica prevento o juízo (isto é, fica competente), no qual o juiz despachou 
em primeiro lugar. 
 
77) Em que situação podem as partes convencionar sobre o foro competente para julgar 
uma ação entre elas? 
R.: O acordo, que deve constar de documento escrito, aludindo ao negócio jurídico 
celebrado entre as partes, poderá dispor sobre modificação da competência original 
em função do valor e do território, elegendo o foro. Nunca, porém, em razão da matéria 
ou da hierarquia. 
 
78) O que é conflito de competência? 
R.: Conflito de competência é o fenômeno que ocorre quando dois ou mais juízes: a) 
se declaram competentes para julgar o feito (conflito positivo); b) se declaram 
incompetentes para julgar o feito (conflito negativo); controvertem acerca da reunião 
ou da separação de processos. 
 
79) Quem pode suscitar o conflito de competência? 
R.: Qualquer das partes (desde que não tenha oferecido exceção de incompetência), 
o Ministério Público e o juiz. 
 
 
 
80) De que forma será suscitado o conflito de competência ao Presidente do Tribunal? 
R.: Pelo juiz, por petição; pela parte e pelo MP por petição. Ambos devem ser instruídos 
com os documentos necessários à prova do conflito. 
 
81) O que é conflito de atribuição e como se regula a controvérsia? 
R.: Conflito de atribuição é aquele que ocorre entre autoridade administrativa e 
autoridade judicial, quando esta última está administrando, e não julgando. Resolve-se 
pelas normas constantes dos regimentos internos dos tribunais. 
 
82) Existindo lacuna ou obscuridade na lei, como deverá o juiz julgar? Ele pode eximir-se 
de proferir uma sentença? 
R.: Não existe, no Direito brasileiro, o princípio do non liquet. O juiz deverá, à 
falta de normas legais, aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais do 
Direito. 
 
83) O que é ultra petita e extra petita? 
R.: O juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta. Se conceder ao demandante 
mais do que este pediu (ex.: pediu 100 cabeças de gado, o juiz concedeu 150), a sentença 
será ultra petita. Se conceder ao demandante algo diverso do que foi pedido (ex.: 
pediu 100 cabeças de gado. O juiz concedeu as 100 cabeças e mais 1.000 kg de ração) 
a sentença será extra petita. Em qualquer dos casos, a decisão é nula. 
 
84) O que é prova? 
R.: Prova é qualquer meio destinado a demonstrar a veracidade de fato ou de alegação. 
 
85) Quais os fatos que não dependem de prova? 
R.: Os notórios; os afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; os 
admitidos no processo, como incontroversos; em cujo favor milita presunção legal 
absoluta de existência ou de veracidade (juris et de jure). 
 
86) Quais os meios de prova usuais? 
R.: Prova testemunhal, documentos, declarações das partes, vistorias, perícias, 
inspeção judicial. 
 
87) Quais as provas não admitidas em juízo? 
R.: As ilegais; as obtidas por meios ilegais ou fraudulentos; as imorais; a confissão, 
em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. 
 
88) Quem pode indicar os meios de prova? 
R.: As partes e o Ministério Público, quando couber. O juiz deferirá ou não as provas 
indicadas. O juiz também poderá determinar, de ofício, as provas que desejar para 
a instrução do processo. 
 
89) Como serão valoradas as provas? 
R.: O juiz segue o princípio do convencimento racional, isto é, ele é livre para apreciar 
as provas, mas não o fará de modo arbitrário, uma vez que deverá fundamentar a sentença 
sobre os fatos e as circunstâncias do processo. 
 
90) Citar algumas hipóteses em que o juiz não poderá julgar a causa. 
R.: Quando for parte; quando prestou depoimento como testemunha; quando for cônjuge, 
parente consangüíneo ou afim de alguma das partes, em linha reta, ou na colateral 
até o terceiro grau. 
 
91) O que é impedimento e suspeição relativamente ao juiz? 
R.: É a ocorrência de fatos ou circunstâncias que podem afetar a imagem de imparcialidade 
do juiz. 
 
 
 
92) Diferenças entre impedimento e suspeição. 
R.: A doutrina considera o impedimento mais grave do que a suspeição. Enquanto o 
impedimento consiste em vício insanável, objetivo e de ordem pública (argüível por 
meio de preliminar à contestação), a suspeição consiste em matéria de cunho meramente 
subjetivo (argüível por meio de exceção, formulada em peça autônoma). O impedimento 
pode ser conhecido de ofício, a qualquer tempo, enquanto que a suspeição deve ser 
alegada pela parte. Não argüindo suspeição dentro do prazo legal, haverá preclusão, 
o que não ocorre com o impedimento. Finalmente, sentença prolatada por juiz impedido 
e transitada em julgado, pode ser rescindida, o que não é possível se o juiz era meramente 
suspeito. 
 
93) O impedimento e a suspeição aplicam-se também ao advogado e ao Ministério Público? 
R.: Sim. Por exemplo, o advogado será impedido de atuar se no processo já estiver 
funcionando um juiz com quem tenha grau de parentesco próximo. Aplicam-se os mesmos 
motivos aos membros do MP, aos serventuários da Justiça, aos peritos, ao intérprete, 
etc. 
 
94) Quem são os chamados auxiliares da Justiça? 
R.: Os chamados auxiliares da Justiça são: escrivão, oficial de justiça, perito, 
depositário, administrador e intérprete, além de outros, cujas atribuições são 
determinadas pelas normas de organização judiciária. 
 
95) O Ministério Público é órgão auxiliar da Justiça? 
R.: O MP é órgão independente, não vinculado a qualquer dos três poderes. Sua função 
é a de defender a sociedade, quer em relação ao Governo e à Administração Pública, 
quer quando a ofensa seja cometida pelos particulares. 
 
96) Quando deve ser designado perito? 
R.: Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. Mas a 
designação de perito é faculdade judicial, podendo o juiz indeferir a realização da 
perícia. 
 
97) Como se realiza o depoimento do surdo-mudo? 
R.: Se o surdo-mudo souber ler e escrever, escreverá as respostas. Se não souber, 
o juiz designará intérprete para traduzir a linguagem de sinais. 
 
98) O que significa o princípio da instrumentalidade das formas? 
R.: Significa que, exceto quando a lei obrigar, expressamente, que um ato deva ser 
praticado de forma determinada, quaisquer atos e termos processuais sejam reputados 
válidos, ainda que realizados de modo diverso, desde que preencham sua finalidade 
essencial. 
 
99) O processo é de ordem pública. Quando, no entanto, correrão os processos em segredo 
de Justiça? 
R.: Quando o interesse público o exigir; aqueles que dizem respeito a casamento, 
filiação, separação judicial, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de 
menores. 
 
100) Quem pode consultar os autos? 
R.: Somente as partes e seus procuradores. Mas terceiros, desde que demonstrem interesse 
jurídico no processo, podem requerer ao juiz certidões. 
 
101) Que idioma deve ser usado nos atos e termos do processo? 
R.: Exclusivamente o português, mas são permitidas expressões latinas ou de outras 
línguas, quando a tradição as consagrou. 
 
102) Quando houver prova documental redigida em idioma estrangeiro, como poderá ser 
 
 
juntada aos autos? 
R.: Deverá vir acompanhada de tradução feita por tradutor juramentado. 
 
103) Que tipos de atos pratica o juiz no processo? 
R.: O juiz pratica, no processo, os seguintes tipos de atos: sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. 
 
104) Quais os recursos cabíveis contra cada um deles? 
R.: Apelação, nas sentenças; agravo de instrumento nasdecisões interlocutórias. De 
despachos não cabe qualquer recurso. 
 
105) O que é sentença? 
R.: Sentença é a decisão que põe fim ao processo, julgando ou não o mérito. 
 
106) O que é decisão interlocutória? 
R.: Decisão interlocutória é qualquer ato do juiz que, sem pôr fim ao processo, resolve 
questão incidental. 
 
107) O que é despacho? 
R.: Despacho é ato ordinatório do juiz, praticado de ofício ou a requerimento da parte. 
Ex.: "Cite-se". 
 
108) O que são atos meramente ordinatórios? 
R.: Atos meramente ordinatórios são aqueles independentes de despacho. Ex.: juntada 
aos autos, vista obrigatória. 
 
109) Qual o recurso da parte contra ato meramente ordinatório praticado por auxiliar 
da Justiça? 
R.: Este tipo de ato é irrecorrível. A parte, no entanto, pode pedir sua revisão pelo 
juiz. 
 
110) O que é acórdão? 
R.: Acórdão é o julgamento proferido pelos Tribunais. 
 
111) Qual o horário para a prática dos atos processuais? 
R.: Os atos processuais devem ser praticados entre as 6h e as 20h dos dias úteis. 
Mas, a fim de evitar prejuízo, os atos iniciados antes das 20h deverão ser terminados. 
Outros atos, como a citação e a penhora, podem ser realizados, mediante autorização 
judicial, excepcionalmente, fora do horário forense ou aos domingos e feriados. 
 
112) Quais os atos processuais praticados mesmo durante as férias forenses? 
R.: Produção antecipada de provas; citação; arresto; seqüestro; penhora; arrecadação; 
busca e apreensão; depósito; prisão; separação de corpos; abertura de testamento; 
embargos de terceiro; nunciação de obra nova e outros atos análogos. E ainda: atos 
de jurisdição voluntária; atos necessários à preservação de direitos; causas de 
alimentos provisionais; dação ou remoção de tutores e curadores; causas determinadas 
por lei federal. 
 
113) Quando começa a correr o prazo para a resposta do réu, se citado durante feriado 
ou durante as férias forenses? 
R.: O prazo começa a ser contado no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou ao término 
das férias forenses. 
 
114) Para efeitos forenses, o que são feriados? 
R.: Para efeitos forenses, são feriados, os domingos e os dias declarados por lei. 
 
115) Onde devem ser realizados os atos processuais? 
 
 
R.: Em regra, na sede do juízo. Mas podem ser realizados em outro lugar por deferência 
ou de interesse da Justiça, e por obstáculo argüido pelo interessado e aceito pelo 
juiz. 
 
116) Como são determinados os prazos processuais? 
R.: Em regra, pela lei. Às vezes, como no caso de alguns recursos, a jurisprudência 
os determina. Não existindo previsão, o juiz, levando em conta a complexidade da causa, 
poderá determinar os prazos. 
 
117) Como se classificam os prazos? 
R.: Os prazos processuais são classificados em: legais - determinados pelo Código; 
judiciais - fixados pelo juiz; convencionais - acordados pelas partes. 
 
118) O que são prazos dilatórios? 
R.: Prazos dilatórios são aqueles que podem ser reduzidos ou prorrogados por vontade 
das partes, desde que tempestivamente requerido e existindo motivo legítimo. São 
concedidos levando-se em conta o interesse das partes. 
 
119) O que são prazos peremptórios? 
R.: Prazos peremptórios são os inalteráveis pela vontade das partes. Implicam ônus 
imediato e direto à parte e são instituídos pelo interesse público. 
 
120) Como ficam afetados os prazos na ocorrência de feriados ou férias durante o período? 
R.: No caso de feriados, os prazos são contínuos e não se suspendem; no caso de férias 
forenses, o prazo ficará suspenso e recomeçará a ser contado ao término das férias, 
a partir do primeiro dia útil subseqüente. 
 
121) Como são computados os prazos? 
R.: Excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, salvo expressa convenção 
em contrário. 
 
122) Quais os prazos dados à Fazenda Pública e ao Ministério Público? 
R.: São em quádruplo para cuntestar e em dobro para recorrer. 
 
123) Como se contam os prazos para litisconsortes que tenham advogados diferentes? 
R.: Em dobro para contestar, recorrer e falar nos autos, de modo geral. 
 
124) O que é preclusão? 
R.: Preclusão é a perda da possibilidade de praticar ato processual. 
 
125) Quais os tipos de preclusão? 
R.: Os tipos de preclusão são: temporal - o ato não mais pode ser praticado em virtude 
de decurso de tempo; consumativa - a parte deixou passar a oportunidade processual 
para a prática de determinado ato; lógica - a parte fica impedida de praticar determinado 
ato porque já praticou anteriormente ato absolutamente incompatível. 
 
126) Qual a ordem dos trabalhos na audiência? 
R.: Apregoam-se as partes e os advogados; tentativa de conciliação; produção de provas; 
depoimento de peritos; depoimentos de autor e réu; depoimentos das testemunhas do 
autor e das testemunhas do réu; debates orais; alegações finais (ou apresentação de 
memoriais); sentença; lavratura, pelo escrivão, do termo da audiência. 
 
127) Que tipos de quesitos são respondidos pelos peritos? 
R.: Quesitos objetivos, técnicos, formulados pelo juiz e pelas partes. 
 
128) O que é contradita? 
R.: Contradita é a argüição da incapacidade, do impedimento ou da suspeição da testemunha 
 
 
- art. 414, § 1.º. 
 
129) Hipóteses em que é possível fazer uma contradita. 
R.: Quando a testemunha é suspeita, impedida ou incapaz. 
 
130) Em que momento se contradita a testemunha na audiência? 
R.: Após sua qualificação. 
 
131) Qual o primeiro ato realizado pelo juiz ao convocar a testemunha? 
R.: Pedir sua qualificação; adverti-la de que deve dizer a verdade sobre os fatos, 
sob as penas da lei. 
 
132) Como se prova o que se alega na contradita durante a audiência? 
R.: Depoimento da testemunha; depoimento de outras testemunhas; provas documentais. 
 
133) Como deverá proceder o juiz se uma das partes juntar prova documental nova após 
a contestação? 
R.: Deverá ouvir a parte contrária, a respeito do documento, no prazo de 5 dias. 
 
134) Quem deve oferecer prova? 
R.: Normalmente, aquele que alega. 
 
135) Qual legislação inverteu o ônus da prova? 
R.: Código de Defesa do Consumidor. 
 
136) O que é carta de ordem? 
R.: Carta de ordem é a requisição de diligência enviada por tribunal ou membro do 
tribunal a juiz de 1.ª instância. 
 
137) O que é carta precatória? 
R.: Carta precatória é a requisição de diligência enviada por um juiz a outro, da 
mesma instância, em comarca diferente. 
 
138) O que é carta rogatória? 
R.: Carta rogatória é a requisição de diligência à autoridade judiciária estrangeira, 
segundo convenção internacional, se houver. Se não houver, será remetida, depois de 
vertida para o idioma do país estrangeiro, para o país em que deve ser praticado o 
ato. 
 
139) No caso de haver urgência para a prática de atos fora da comarca, como podem 
ser enviadas as cartas de ordem e as precatórias? 
R.: Por meio de telegrama, radiograma ou por telefone. 
 
140) Qual o procedimento do juiz deprecado após o cumprimento da carta? 
R.: Deverá devolver ao juiz de origem (deprecante) no prazo de 10 dias. 
 
141) Como deverá ser cumprida uma carta rogatória vinda do exterior? 
R.: Para que seja cumprida no Brasil, é necessário o exequatur, concedido pelo Presidente 
do STF, sendo remetida depois para o juiz federal do Estado brasileiro em que deverá 
ser cumprida, para execução. 
 
142) Em que casos não será concedido o exequatur? 
R.: Caso o cumprimento da rogatória implique atentado contra a ordem pública ou a 
soberania nacional, ou ainda, faltar-lhe autenticidade. 
 
143) O que é citação? 
R.: Segundo o art. 213 doCPC, citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou 
 
 
o interessado a fim de se defender. 
 
144) Como é feita? 
R.: Por via postal; por oficial de justiça; por edital. 
 
145) A que se destina a citação do réu? 
R.: A completar a relação jurídico-processual, trazendo-o a juízo. 
 
146) Quais os efeitos da citação válida? 
R.: Segundo o art. 219 do CPC, a citação válida: a) torna prevento o juízo; b) induz 
litispendência; c) torna litigiosa a coisa; e, ainda quando decretada por juiz 
incompetente; d) constitui o devedor em mora; e e) interrompe a prescrição. 
 
147) O que é citação por hora certa? 
R.: Citação por hora certa é aquela feita por oficial de justiça, que já tentou sem 
êxito promover a citação do réu por 3 vezes, e que suspeita de ocultação do réu. Qualquer 
pessoa da família ou da vizinhança poderá ser intimada, para que o réu seja avisado 
de que o oficial de justiça deverá retomar ao local em data e hora que designar. 
 
148) É possível fazer citação por hora certa em execução? 
R.: Arts. 598 (aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições que regem o processo 
de conhecimento) e 618, n.º II ("é nula a execução se o devedor não for regularmente 
citado"). Mas, no processo de execução, só se admite citação pessoal. Motivo, aliás, 
de inconformismo dos advogados do autor do processo. 
 
149) Quais são as hipóteses previstas para a citação por edital? 
R.: As hipóteses previstas para a citação por edital são: a) desconhecido ou incerto 
o citando; b) incerto, ignorado ou inacessível o local onde se encontrar; e c) nos 
casos expressos em lei (CPC, art. 231). 
 
150) Citação vs. intimação vs. notificação. Diferenciar. 
R.: Citação: é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de que 
venha a juízo para se defender. 
Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para 
que faça ou deixe de fazer alguma coisa (art. 234). 
Notificação: É o ato judicial escrito, emanado do juiz, pelo qual se dá conhecimento 
a uma pessoa de alguma coisa ou fato de seu interesse, a fim de que possa usar das 
prerrogativas legais. Abolido pela sistemática do CPC, que prevê apenas citação e 
intimação. Vide art. 867 - notificação judicial. 
A citação destina-se a completar a relação jurídico-processual; na intimação, o processo 
já está instaurado; a notificação visa a garantir direitos, dentro de um processo 
ou antes de se instaurar. 
 
151) Réu em país que atravessa guerra civil, com o qual estão cortadas as comunicações 
normais. Qual o procedimento para a citação? 
R.: Citação por edital, pois não chega correio nesse país. 
 
152) Requisitos do mandado de citação. 
R.: Arts. 225, II, e 285, segunda parte: o fim da citação com todas as especificações 
constantes da inicial; advertência de que se a ação não for contestada, presumir-se-ão 
aceitos como verdadeiros os fatos alegados pelo autor; contrafé. 
 
153) A forma normal da citação, após a Lei n.º 8.710, de 24.09.1994, passou a ser 
pelo correio. No entanto, a lei excepciona alguns casos. Citar 3 hipóteses em que 
o réu ou interessado não é citado pelo correio. 
R.: Nas ações de estado; quando o réu for incapaz; quando for ré pessoa jurídica de 
Direito Público. 
 
 
 
154) Quando se fará a citação por meio de oficial de justiça? 
R.: Nos casos indicados no art. 222 do CPC e também se o réu não puder ser citado 
pelo correio. 
 
155) O que é citação ficta? 
R.: Citação ficta é aquela em que não há certeza quanto ao efetivo recebimento pelo 
réu, de forma a levar-lhe a conhecimento a demanda contra ele ajuizada. É o caso da 
citação com hora certa e da citação por edital. 
 
156) O que deve conter o mandado de citação? 
R.: Os nomes do autor e do réu; a finalidade da citação; a cominação, se houver; dia, 
hora e lugar do comparecimento; cópia do despacho; prazo para a defesa; assinatura 
do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. 
 
157) O que é interpelação judicial? 
R.: Interpelação judicial é o meio pelo qual se prova o não-cumprimento de obrigações. 
Serve para preservar responsabilidades, prover a conservação e ressalva de direitos 
ou manifestar formalmente uma intenção. 
 
158) Quando deve ser alegada a nulidade de qualquer ato processual? 
R.: Na primeira oportunidade dada à parte para que fale nos autos, sob pena de preclusão. 
 
159) Quais os efeitos das nulidades sobre os atos processuais? 
R.: Reputam-se sem nenhum efeito todos os atos posteriores, que dele dependam; mas 
a nulidade parcial de um ato não prejudicará as partes que sejam independentes. O 
juiz declarará quais os atos atingidos. 
 
160) Quando houver mais de um juiz ou escrivão, como serão distribuídos os processos? 
R.: Distribuem-se por dependência quando já houver qualquer outro já ajuizado, que 
se relacione com o atual por conexão ou por continência. Quando não houver, a distribuição 
é feita por meios aleatórios, sempre alternando entre juízes e escrivães. 
 
161) Em que momento se considera proposta a ação? 
R.: Se houver juiz na comarca, na data de seu despacho. Mas se não houver juiz e não 
houver cartório, considera-se a ação proposta dentro do prazo decadencial desde que 
a inicial seja entregue em qualquer cartório. 
 
162) Citar 3 casos de suspensão do processo. 
R.: Pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu advogado 
ou de seu representante legal; pela convenção entre as partes; por motivo de força 
maior. 
 
163) Citar 5 formas de extinção do processo sem julgamento do mérito. 
R.: Pelo indeferimento da petição inicial; quando o juiz acolher a alegação de perempção, 
litispendência ou coisa julgada; quando não estiver presente qualquer uma das 3 condições 
da ação; pela convenção de arbitragem (segundo a Lei n.º 9.307/96). 
 
164) Se a ação for julgada extinta sem exame do mérito, poderá o autor intentá-la 
novamente? 
R.: Sim, desde que: a) não tenha ocorrido o caso previsto no art. 267, V (acolhimento 
da alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada); e b) ofereça prova 
de pagamento ou do depósito das custas e honorários advocatícios. 
 
165) O que ocorrerá se o autor, por 3 vezes, der causa à extinção do processo, sem 
julgamento do mérito pelo previsto no art. 267, III (não promover atos ou diligências 
que sejam de sua competência ou abandonar a causa por mais de 30 dias)? 
 
 
R.: A conseqüência é a impossibilidade de intentar pela quarta vez a ação, podendo, 
no entanto, defender-se com relação ao direito em causa. 
 
166) Art. 267, X, confusão entre autor e réu. O que é confusão? 
R.: Confusão é a reunião de autor e réu numa só pessoa. Ex.: A é herdeiro universal 
de B. Ambos são partes em litígio. B falece. A sucede a B, inclusive na relação processual. 
Autor e réu passam a ser a mesma pessoa. 
 
167) Citar 5 formas de extinção do processo com julgamento do mérito. 
R.: Pelo acolhimento ou pela rejeição do pedido do autor; quando o réu reconhecer 
o pedido; quando ocorrer transação; quando for reconhecida pelo juiz a decadência 
ou a prescrição; quando o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação. 
 
168) O que é transação? 
R.: Transação é ato das partes, em que fazem concessões mútuas, para prevenir ou terminar 
um litígio (Código Civil, art. 1.025); a sentença homologatória da transação faz coisa 
julgada, e vale como título executivo judicial (art. 584, III). 
 
169) Quando um juiz de direito acolhe uma transação, o que faz? 
R.: Extingue o processo com julgamento do mérito, desde que a transação abranja todo 
o objeto do processo (art. 269, III). 
 
170) De quantos livrosse compõe o Código de Processo Civil atual? 
R.: De 5 livros. Os 4 primeiros regulam, respectivamente, os processos de conhecimento, 
de execução, cautelar e os de procedimento especial. O último livro contém 10 artigos 
e é denominado Das Disposições Finais e Transitórias. 
 
171) Quais os tipos de procedimento? 
R.: Comum e especial. 
 
172) Em que tipos de procedimento se subdivide o procedimento comum? 
R.: O procedimento comum divide-se em ordinário e sumário. 
 
173) Se não houver indicação específica, qual o tipo de procedimento aplicável às 
ações propostas? 
R.: Procedimento comum. 
 
174) O que é tutela antecipada? 
R.: Tutela antecipada é o provimento liminar, concedido ao autor (ou réu, no caso 
das ações dúplices), destinado a assegurar-lhe, de forma provisória, a tutela 
jurisdicional à relação de direito material em que se funda o litígio; a concessão 
da tutela antecipada não é faculdade ou poder discricionário do juiz, mas direito 
subjetivo processual, que deve ser atendido, desde que satisfeitas as exigências legais 
para tal. É uma antecipação da decisão de mérito, que se jutifica pelo princípio da 
necessidade, pelo qual o atraso na solução definitiva da questão comprometeria a 
efetividade do processo. 
 
175) Quais os pressupostos de admissibilidade da antecipação da tutela? 
R.: A verossimilhança da alegação (fumus boni juris) e o perigo de dano se ocorrer 
demora na providência solicitada (periculum in mora). 
 
176) Qual seria uma condição que pudesse impedir a concessão da tutela antecipada, 
ainda que preenchidos os dois requisitos necessários à sua concessão? 
R.: A tutela antecipada não será concedida se houver perigo de irreversibilidade do 
procedimento antecipado. 
 
177) Em razão do valor, quais as causas que seguem o procedimento sumário? 
 
 
R.: Aquelas que não excedam 20 vezes o salário mínimo, à data da propositura da ação. 
 
178) Procedimento sumaríssimo. Quando se dá a citação para responder? 
R.: O procedimento é agora denominado "sumário". A citação deve ocorrer pelo menos 
10 dias antes da audiência. 
 
179) Procedimento sumário - cabe reconvenção? 
R.: Não, por falta de interesse. Mas na resposta pode o réu passar ao ataque do autor. 
Também não cabe ação declaratória incidental. 
 
180) Como funciona o rito sumário? O que foi alterado? 
R.: Deferida a inicial, o juiz dá 30 dias para a audiência de conciliação. Não comporta 
ação declaratória incidental nem reconvenção. A citação não é para o réu contestar, 
e sim, comparecer à audiência de conciliação. Caso não haja conciliação, o réu 
apresentará sua resposta e o rol de testemunhas na audiência de conciliação. Terceiro 
interessado só poderá ingressar como assistente, ou na fase recursal, como terceiro 
prejudicado. Não há denunciação da lide. No agravo, não há revisor. O juiz decidirá, 
na audiência sobre a impugnação do valor da causa ou a controvérsia sobre a natureza 
da demanda, deteminando, se for o caso, a conversão do procedimento sumário em ordinário; 
ocorrerá a conversão, também, quando houver necessidade de prova técnica de maior 
complexidade. 
 
181) Procedimento sumário - prazo para autor e réu juntarem o rol de testemunhas. 
R.: Autor: na inicial. Réu: na audiência. 
 
182) Citar 3 causas cujo procedimento se dá pelo rito sumário. 
R.: Arrendamento rural e parceria agrícola; de reparação de dano causado em acidente 
de veículo; cobrança de honorários de profissionais liberais (ressalvado o disposto 
em legislação especial). 
 
183) Qual o procedimento seguido para a ação de ressarcimento de danos causados por 
automóvel, no valor de R$ 7.500,00? 
R.: O procedimento deverá ser o sumário, pois o art. 275, II, d, do CPC prevê esse 
rito, para obter ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via 
terrestre, qualquer que seja o valor da casa. 
 
184) O que deve conter a petição inicial no rito sumário? 
R.: Além dos requisitos do art. 282, deve também conter o rol de testemunhas, a indicação 
das provas e a juntada dos documentos pertinentes. 
 
185) Qual o numero máximo de testemunhas? 
R.: No máximo 10. O juiz pode limitar este número para 3 por cada fato que se deseje 
provar. 
 
186) Em que momento deverá o autor requerer perícia se o desejar? 
R.: Já na inicial, devendo formular os quesitos e indicar assistente técnico, se desejar. 
 
187) O que deve fazer o juiz ao mandar citar o réu? 
R.: Deve designar a data da audiência de conciliação. 
 
188) Comparecendo o réu e não se obtendo a conciliação, qual o procedimento do réu? 
R.: Deverá, na própria audiência, apresentar sua resposta, através de advogado, escrita 
ou oralmente, juntando o rol de testemunhas e os documentos que julgar importantes. 
 
189) Se houver necessidade de prova oral, o que fará o juiz? 
R.: Designará data para audiência de instrução e julgamento, dando prazo suficiente 
para virem aos autos a perícia, os laudos técnicos e outros elementos necessários. 
 
 
Designará também audiência caso seja necessário ouvir os peritos. 
 
190) Qual a seqüência de procedimentos na audiência de instrução e julgamento? 
R.: Ouvem-se os peritos, os depoimentos pessoais de autor e réu, os depoimentos das 
testemunhas e seguem-se debates orais. 
 
191) Quais as vedações particulares ao procedimento sumário? 
R.: Não cabem: ação declaratória incidental nem intervenção de terceiros (exceto 
assistência e recurso de terceiro prejudicado). Não cabe reconvenção, embora o réu 
possa formular pedido a seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos na 
petição inicial. 
 
192) O que indicará a petição inicial no procedimento ordinário? 
R.: Art. 282 do CPC: O juiz ou tribunal a que é dirigida; individualização e qualificação 
de autor e réu; fato e fundamentos jurídicos do pedido e o nexo entre eles; o pedido; 
cominação pecuniária para o caso de descumprimento da sentença; valor da causa; as 
provas que o autor pretende produzir; requerimento de citação do réu; endereço onde 
o advogado receberá intimação. 
 
193) Quantas testemunhas o autor e o réu podem arrolar? 
R.: Até 10 cada um (art. 407, parágrafo único, 1.ª parte). 
 
194) O juiz é obrigado a ouvir todas as testemunhas? 
R.: O juiz só é obrigado a ouvir o depoimento de, no máximo, 3 testemunhas para cada 
fato (art. 407, parágrafo único, 2.ª parte). 
 
195) Diferença entre pedido alternativo e pedido sucessivo. 
R.: Alternativo: é aquele em que o cumprimento da obrigação pode ser feito de mais 
de uma maneira. Sucessivo: é aquele formulado de tal modo, que, se o juiz não conceder 
que o réu cumpra o anterior, conceda que cumpra o imediatamente posterior. 
 
196) O que é pedido principal? E subsidiário? 
R.: Principal é o pedido que maior importância tem para o autor. Mas, se não tiver 
sua pretensão satisfeita, indicará uma outra pretensão, acessória da principal. A 
pretensão acessória da principal é denominada subsidiária. 
 
197) O que é cumulação de pedidos? 
R.: Cumulação de pedidos é a formulação de dois ou mais pedidos, no mesmo processo, 
contra o mesmo pólo passivo da ação, desde que os pedidos sejam compatíveis entre 
si, que seja competente o mesmo juízo e que apenas um tipo de procedimento seja cabível. 
 
198) Será cabível a cumulação de pedidos se para cada um deles corresponder um tipo 
diverso de procedimento? 
R.: Será cabível, desde que o autor empregue o procedimento ordinário, pois é o que 
permite maiores chances de defesa. 
 
199) Citar 3 possibilidades de indeferimento da inicial. 
R.: Quando faltar alguma das condições da ação; quando o juiz verificar que ocorreu 
a decadência ou a prescrição; quandoa inicial for inepta. 
 
200) Quando se considera inepta a petição inicial? 
R.: Quando faltar o pedido ou a causa de pedir; da narração dos fatos não decorrer 
logicamente a conclusão; quando o pedido for juridicamente impossível; quando contiver 
pedidos incompatíveis entre si. 
 
201) O que é preclusão? 
R.: Preclusão é vedação a que se volte a fases ou oportunidades processuais já superadas, 
 
 
por inércia da parte, que perde o direito à prática do ato. De praecludo: fechado, 
tapado. Pode ser temporal, lógica ou consumativa. 
 
202) Prescrição vs. decadência. 
R.: Prescrição: Perda do direito à ação, o que leva à impossibilidade de conseguir 
a pretensão no plano material; decadência: perda do direito material, que leva à perda 
da ação. 
 
203) Carência vs. procedência - conseqüências de cada uma. 
R.: Carência: extingue-se o processo sem julgamento de mérito. Procedência: julga-se 
o mérito. 
 
204) Qual o recurso cabível no caso de indeferimento da petição inicial? 
R.: É a apelação. O juiz terá 48 horas para reformar sua decisão. Se não for reformada, 
os autos serão encaminhados para o Tribunal competente. 
 
205) Prazo do réu para contestar ação ordinária. 
R.: 15 dias. 
 
206) A partir de que data? 
R.: Juntada do mandado de citação aos autos. 
 
207) Se existem 3 réus e não consegue o autor citar o terceiro réu, após mais de 3 
meses. O autor resolve desistir da ação com relação ao terceiro réu (o que pode, pois 
o réu ainda não foi citado). Como ficam os prazos em relação aos dois réus que já 
foram citados? 
R.: Ficam prorrogados por 15 dias a partir da ciência da desistência, aos 2 réus 
remanescentes no processo. 
 
208) Dois réus com advogados diferentes. Como se conta o prazo? 
R.: Em dobro. 
 
209) Quais as formas de resposta do réu? 
R.: A resposta do réu, a ser oferecida no prazo de 15 dias, em petição escrita dirigida 
ao juiz da causa, pode ser feita por meio de contestação, exceção e reconvenção (CPC, 
art. 297), sendo que esta última é considerada pela doutrina como verdadeira ação 
autônoma, um contra-ataque do réu, dentro do mesmo processo, em que passa a ocupar 
o pólo ativo desta ação. 
 
210) O que pode ser argüido por meio de exceção? 
R.: Segundo o art. 304 do CPC, qualquer das partes poderá argüir, por meio de exceção, 
a incompetência relativa (CPC, art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição 
(art. 135). 
 
211) O que é e como se deduz uma exceção de incompetência? 
R.: É uma das formas de resposta do réu. Oferecida em petição escrita, dirigida ao 
juiz da causa (art. 297) ou ao relator, em órgão de segundo grau, fundamentada e instruída 
com documentos. Na exceção de incompetência, o excipiente deve indicar o juízo para 
o qual declina. 
 
212) O que é reconvenção? 
R.: Reconvenção é a ação proposta pelo réu (reconvinte) contra o autor (reconvindo) 
no mesmo processo por este instaurado contra aquele. É verdadeira ação, distinta da 
original. 
 
213) Qual o momento da reconvenção? 
R.: A reconvenção é oferecida simultaneamente à contestação. 
 
 
 
214) Qual o prazo para contestar a reconvenção? 
R.: 15 dias. 
 
215) O réu entra com reconvenção. O autor da ação desiste. Extingue-se a reconvenção? 
R.: Não, porque a reconvenção é ação autônoma. 
 
216) Diferença entre confissão e revelia. 
R.: Confissão: admissão, pela parte, da verdade de um fato contrário ao seu interesse 
e favorável ao adversário (art. 348, 1.ª parte) - versa exclusivamente sobre fatos; 
é um meio de prova. Revelia: é a falta de contestação da ação, por parte do réu. 
 
217) Depois de contestada pelo réu, este pode confessar os fatos? 
R.: Pode confessar os fatos, mas não matéria de direito. 
 
218) O que são preliminares? 
R.: O mesmo que objeções, defesa indireta, de caráter meramente formal ou processual. 
Devem ser alegadas ou levantadas antes do mérito, na contestação. 
 
219) Momento de argüição das preliminares - rito ordinário; rito sumário. 
R.: No rito ordinário: na contestação, antes do mérito. 
No rito sumário: na audiência de conciliação, em sua resposta, antes do mérito. 
 
220) Casos de julgamento antecipado da lide. 
R.: Revelia (mas as partes devem ser capazes!); a matéria em discussão é somente de 
direito, ou matéria de direito e de fato, mas já provados nos autos. 
 
221) Julgamento antecipado da lide. É com ou sem julgamento de mérito? 
R.: Se as condições da ação estiverem satisfeitas, com julgamento de mérito. Se não 
estiverem, sem julgamento. 
 
222) Quais os efeitos da revelia? 
R.: Reputam-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor - confissão ficta (art. 319); 
julgamento antecipado da lide (art. 330, n.º II). Os prazos passam a correr para o 
revel, independente de intimação (mas pode intervir no processo a qualquer tempo, 
recebendo o processo no estado). Casos em que não produz efeito: direitos indisponíveis; 
se houver litisconsórcio passivo e um dos réus contestar a ação; se os efeitos da 
revelia não constarem do mandado de citação; se o autor deixou de juntar documento 
indispensável. 
 
223) Se A for parte num processo e o juiz julga a lide antecipadamente por entender 
que a matéria em discussão é somente de direito. A não se conforma, pois entende que 
há fatos em discussão. Qual é o recurso, e sob qual fundamento? 
R.: A anulação do julgamento, fundado na garantia constitucional de ampla defesa. 
 
224) Onde está previsto? 
R.: Na CF de 1988, art. 5.º, LV. 
 
225) Não existe prova documental de um contrato. Em que casos pode-se entrar em juízo 
sem o documento? 
R.: Pode-se produzir prova testemunhal, a depender do valor (no máximo igual a 10 
vezes o maior salário mínimo vigente no país) (art. 401) e se o contrato não depender 
de forma escrita exigida por lei. 
 
226) Será prejudicial o aparecimento de terceiro, que alega ser filho do de cujus 
durante a realização de inventário? 
R.: Sim. Proposta ação de investigação de paternidade, de natureza declaratória, deve 
 
 
ser simultaneamente dirigida petição ao juiz do inventário, para que suspenda o processo 
sucessório, até o julgamento da relação jurídica controvertida. 
 
227) Será prejudicial o aparecimento de outra pessoa, no mesmo inventário, que alega 
ser credor do de cujus, apresentando título de crédito líquido, certo e exigível? 
R.: Não. Cabe ação de execução do credor contra o espólio, devendo a penhora dos bens 
ser pedida no rosto dos autos do inventário. 
 
228) Quando a questão prejudicial é incluída no processo, como se chama? 
R.: Ação declaratória incidental. 
 
229)Além da audiência, quando pode o advogado fazer sustentação oral? 
R.: Perante os Tribunais. 
 
230) O que é sucumbência? 
R.: Sucumbência é o princípio pelo qual a parte vencida deverá pagar a parte vencedora 
as custas e honorários advocatícios. De sucumbir = cair, tombar; é, também, pressuposto 
para a admissibilidade de recurso. A sucumbência pode ser total ou parcial, conforme 
a pretensão seja derrotada no todo ou em parte, respectivamente. 
 
231) Quais as conseqüências da sucumbência? 
R.: Para o perdedor da ação: pode recorrer, se couber recurso; paga as custas e honorários 
advocatícios. 
 
232) Como se calcula a sucumbência? 
R.: Proporcionalmente ao valor da causa. 
 
233) O autor não pediu condenação em sucumbência. O juiz, então, ao julgar, concedeu 
somente honorários e custas. Sua decisão é ultra, extra ou citra petita, ou ainda, 
está de acordo com a lei? 
R.: Está de acordo com a lei. A sucumbência deve necessariamente ser pedida. 
 
234) Pode o advogado substabelecido com reserva de poderes acionar o clientepara 
receber honorários? 
R.: Não. Deve acionar o advogado que substabeleceu a procuração. 
 
235) Quando pode haver suspensão ou sobrestamento do processo? 
R.: Art. 266: para realizar atos urgentes; art. 79: chamamento ao progresso; Art. 
265, II, § 3.º: por acordo entre as partes; art. 72: denunciação da lide; exceção 
de incompetência; impedimento do juiz; suspeição do juiz; morte da parte; morte do 
juiz; força maior. 
 
236) O que é capacidade postulatória? 
R.: Capacidade postulatória é a habilitação do advogado para postular em juízo. 
 
237) O réu revel poderá ingressar no processo? 
R.: Sim, mas os prazos correrão independentemente de intimação. Além disso, o réu 
receberá o processo no estado em que se encontra. 
 
238) O que é saneamento do processo? 
R.: O juiz examinará a inicial e a contestação, além de todos os procedimentos cabíveis 
adotados pelas partes (como preliminares, exceções, reconvenção, etc.). O juiz 
corrigirá eventuais irregularidades menores e designará audiência de conciliação. 
Este procedimento é chamado de saneamento do processo. 
 
239) Qual a natureza jurídica do despacho saneador? 
R.: A natureza jurídica do despacho saneador é de decisão interlocutória, embora a 
 
 
expressão inclua o vocábulo "despacho". Não tem natureza jurídica de despacho de mero 
expediente. 
 
240) Qual o recurso cabível contra o despacho saneador? 
R.: Como o despacho saneador é decisão interlocutória, cabe o recurso de agravo. 
 
241) No caso de uma parte exibir determinado documento e a outra desejar impugná-lo 
alegando que é falso, como procederá? 
R.: Deve apresentar uma argüição de falsidade, um incidente processual que pode ter 
lugar em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
 
242) Qual o prazo para a apresentação da argüição de falsidade? 
R.: 10 dias, contados da intimação da sua juntada aos autos. 
 
243) Argüida a falsidade de determinado documento, como procederá o juiz? 
R.: Intimará a parte que produziu o documento a responder dentro de 10 dias. Se concordar 
em retirar o documento, o juiz não ordenará o exame pericial, que será realizado se 
a parte insistir na validade do documento. 
 
244) Sobre que fatos não está obrigada a depor a testemunha? 
R.: Sobre fatos que acarretem grave dano a si ou a seu cônjuge ou parentes consangüíneos 
ou afins, em linha reta e na colateral até o segundo grau; sobre fatos sobre os quais 
deverá guardar sigilo, em função de seu estado ou profissão. 
 
245) Em que condições podem ser substituídas testemunhas? 
R.: Por falecimento; por enfermidade que as impeça de depor; mudança para endereço 
não conhecido. 
 
246) Como procederá o juiz que for arrolado como testemunha da causa? 
R.: Deve declarar-se impedido para julgar; se nada souber, mandará excluir seu nome 
do rol de testemunhas. 
 
247) Onde são inquiridos o Presidente da República, o Presidente do Senado, os Ministros 
de Estado, os Governadores dos Estados, os Deputados Estaduais, os desembargadores 
e os juízes dos Tribunais de Alçada? 
R.: Em suas residências ou no local onde exercem sua função. 
 
248) Finda a instrução, por quanto tempo dará o juiz a palavra aos advogados do autor 
e do réu (e ao representante do MP, quando cabível)? 
R.: Por 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, a critério do juiz. 
 
249) O que é inspeção judicial? 
R.: Inspeção judicial é uma diligência, que serve como prova secundária, realizada 
pelo juiz ou pelo Tribunal, acompanhado ou não de peritos. As partes têm o direito 
de assistir à inspeção judicial (arts. 440 a 443). 
 
250) Têm as partes o direito de assistir à inspeção judicial? 
R.: Sim. As partes têm o direito (mas não o dever) de assistir a inspeção judicial, 
prestando esclarecimentos e fazendo observações que considerem de interesse para a 
causa (CPC, art. 442, parágrafo único). 
 
251) Quais os requisitos essenciais da sentença? 
R.: Os requisitos essenciais da sentença são: relatório, fundamentos e dispositivo. 
 
252) De que consta o relatório? 
R.: O relatório deverá conter os nomes das partes, a suma do pedido, a resposta do 
réu e o registro das principais ocorrências havidas durante o andamento do processo. 
 
 
 
253) De que constam os fundamentos da sentença? 
R.: Os fundamentos da sentença conterão a análise, feita pelo juiz, das questões de 
fato e de direito apresentadas. 
 
254) De que consta a parte dispositiva da sentença? 
R.: A parte dispositiva, ou conclusão, é aquela que contém as decisões do juiz, sobre 
as questões submetidas pelas partes. 
 
255) O juiz pode alterar a sentença, depois de sua publicação? 
R.: Somente para corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, 
ou retificar erros de cálculo. Pode, ainda, alterar a sentença contra qual uma das 
partes interpôs embargos de declaração. 
 
256) O que é coisa julgada material? 
R.: Coisa julgada material é a eficácia, que torna a sentença de mérito imutável e 
indiscutível, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. A coisa julgada 
material projeta sua força para o exterior do processo em que foi proferida a sentença 
de mérito, proibindo que a matéria já julgada seja novamente discutida em outros 
processos, por já se achar a questão julgada em definitivo. 
 
257) O que é coisa julgada formal? 
R.: Coisa julgada formal é a imutabilidade de decisão judicial, dentro do mesmo processo. 
 
258) Das partes da sentença, qual fará coisa julgada? 
R.: Somente a parte dispositiva. 
 
259) Quando se opera o trânsito em julgado? 
R.: Quando da sentença não mais couber qualquer recurso. 
 
260) Dentro de um processo, o que não faz coisa julgada? 
R.: Os motivos; a verdade dos fatos; a questão prejudicial incidentemente decidida. 
Para que a questão prejudicial faça coisa julgada, é preciso que sobre ela haja pedido 
expresso, nos termos do art. 325. 
 
261) A sentença dada em processo sobre alimentos faz coisa julgada? 
R.: Não faz coisa julgada, como aliás nenhuma relação jurídica continuativa. Sobrevindo 
modificação no estado de direito ou de fato, a parte poderá pedir sua revisão. 
 
262) Quais as sentenças sujeitas obrigatoriamente, ao duplo grau de jurisdição? 
R.: De anulação de casamento; proferidas contra a União, o Estado ou o Município; 
que julgarem improcedente a execução de dívida ativa da Fazenda Pública; sentenças 
concessivas de Mandado de Segurança; as condenações a mais que o dobro da oferta nas 
desapropriações; as que julgarem carentes ou improcedentes, na ação popular. 
 
263) O que ocorre se, vencido o Estado em primeira instância, o Procurador não apelar? 
R.: O juiz ordenará, de ofício, a remessa dos autos ao Tribunal. 
 
264) O que ocorrerá se, vencido o Estado em primeira instância, o Procurador não apela 
nem o juiz envia os autos ao Tribunal? 
R.: O Presidente do Tribunal poderá avocar os autos. 
 
265) O que é uniformização de jurisprudência? 
R.: Uniformização de jurisprudência é incidente que ocorre no julgamento de um recurso. 
Ocorrendo divergência na interpretação de tese jurídica, a Câmara ou Grupo de Câmaras 
poderá atribuir, por meio de acórdão, ao Tribunal Pleno, a solução da questão, no 
plano abstrato. É incidente que pode também ser provocado pela parte. 
 
 
 
266) O que ocorre quando o Pleno decide a questão? 
R.: A Câmara ou Grupo de Câmaras que remeteu a questão deverá completar o julgamento, 
aplicando em concreto a tese dada ao caso. 
 
267) O que é declaração de inconstitucionalidade? 
R.: O juiz da causa ou uma das partes pode pedir que lei ou ato normativo do Poder 
Público seja examinado quanto à sua constitucionalidade, sendo

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