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UNIVERSIDADE PAULISTA CLEVERSON MARIANO DE MARINS FERNANDO BERGER OLIVEIRA CONSTRUÇÕES RESIDENCIAIS UTILIZANDO PERFIL "FORMADO A FRIO" GALVANIZADO Araraquara - São Paulo 2015 ii Cleverson Mariano de Marins Fernando Berger Oliveira CONSTRUÇÕES RESIDENCIAIS UTILIZANDO PERFIL "FORMADO A FRIO" GALVANIZADO Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, na Universidade Paulista UNIP de Araraquara. Orientador: Prof.ª Me. Lisiane Pereira Prado Supervisão de TCC: Profa. Me. Eliana Cristina Alvarenga Saraiva Gorgatti Araraquara - São Paulo 2015 iii FICHA CATALOGRÁFICA M337c Marins, Cleverson Mariano de; Oliveira, Fernando Berger Construções residenciais “formados a frio” galvanizados / Cleverson Mariano de Marins; Fernando Berger Oliveira. Araraquara – 2015. 69 f. il. Orientador: Prof.ª. Me. Lisiane Pereira Prado. Supervisão de TCC Prof.ª. Me. Eliana Cristina Alvarenga Saraiva Gorgatti. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Paulista, Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas, Araraquara, 2015. 1. Formado a frio. 2. Steel framing. 3. Construções residenciais a seco. CDU 624 iv CLEVERSON MARIANO DE MARINS FERNANDO BERGER OLIVEIRA CONSTRUÇÕES RESIDENCIAIS UTILIZANDO PERFIL "FORMADO A FRIO" GALVANIZADO Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, na Universidade Paulista UNIP de Araraquara. BANCA EXAMINADORA ________________________________ Profª. Me. Lisiane Pereira Prado ________________________________ Profª. Me. Eloa C.F. Peregrino _______________________________ Profª. Me. Laurenn Borges de Macedo _______________________________ Supervisão de TCC Profª ME. Eliana. C. A Saraiva Gorgatti. v Este trabalho é dedicado à minha família, sempre presente nos dando todo o apoio, aos amigos, companheiros durante os anos da graduação, aos nossos professores, que nos auxiliaram na jornada. vi AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, porque até aqui tem nos sustentado. Às nossas orientadoras, Professora Me. Lisiane Pereira Prado e Professora Me. Eliana C. A. Saraiva À Universidade Paulista UNIP – Unidade Araraquara que nos proporcionou, através de todos os seus funcionários, anos de grande aprendizado. vii RESUMO O presente trabalho trata do dimensionamento de perfil formado a frio para construções residenciais estruturadas com aço leve conhecido como Light Steel Framing (LSF). A pesquisa consiste no dimensionamento de perfis formado a frio empregados em residências populares através de um software de cálculo estrutural e pelo método analítico, a fim de poder comparar os resultados obtidos e mostrar de forma resumida como é feito o processo de dimensionamento utilizando o programa. Foi realizado o levantamento bibliográfico, o que permitiu uma melhor análise do efeito das forças em perfis leves, foi feito um comparativo de custo de uma residência em steel frame com uma residência em alvenaria. Por meio dessa pesquisa, conclui-se a eficiência do método LSF e seus aspectos construtivos, buscou-se entender as características para o início do dimensionamento da estrutura, considerando que se trata de uma abordagem de caráter básico e por fim o comparativo de custo mostrou que a residência em steel frame é mais cara quando comparado com uma residência em alvenaria, no entanto o método em steel frame é mais rápido de executar e possibilita uma obra com menos entulho. Palavras chave: Perfil "formado a frio", steel framing, construções residenciais a seco. viii ABSTRACT The present work deals with the design of cold-formed profile for residential buildings with light weight steel structure known as Light Steel Framing (LSF). The research consists in the cold formed profiles' design used in popular residences through structural calculation software and the analytical method, in order to be able to compare the results and show in short as the sizing process using the program. The bibliographic survey, which allowed a better analysis of the forces' effect on light profiles, was made a comparative housing's cost in steel frame with a residence in masonry. Through this research, we conclude the LSF's efficiency and constructive aspects method, sought to understand the features for the beginning of the sizing of the structure, considering that this is a basic character approach and finally the cost comparison showed that housing in steel frame is more expensive when compared to a residence in masonry, however the method in steel frame is faster to run, and allows a work with less trash.. Keywords: "Cold formed" profile, steel framing, dry residential buildings. ix SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15 1.1. Justificativa ............................................................................................................ 16 1.2. Objetivos ............................................................................................................... 17 1.2.1. Geral .............................................................................................................. 17 1.2.2. Específicos ..................................................................................................... 17 1.3. Metodologia de pesquisa e métodos do trabalho ................................................... 18 2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 19 2.1. Sistema LSF. ......................................................................................................... 21 2.2. Características construtivas ................................................................................... 24 3. PERFIL FORMADO A FRIO. ........................................................................................ 30 4. PLANTA BAIXA E CORTES. ....................................................................................... 31 5. INÍCIO DO DIMENSIONAMENTO ................................................................................ 39 5.1. Determinação das forças devido ao vento ............................................................. 39 5.2. Premissas de cálculo ............................................................................................. 41 5.2.1. Sobre a utilização do software. ....................................................................... 41 5.2.2. Divisão da estrutura. ....................................................................................... 41 5.2.3. Considerações para o Dimensionamento. ...................................................... 42 5.3. Dados de entrada do software ............................................................................... 47 5.3.1. Cálculo da tração do pilar ............................................................................... 48 5.3.2. Cálculo da compressão do pilar ...................................................................... 48 5.3.3. Cálculo da resistência à flexão - eixo Y no pilar .............................................. 49 5.3.4. Cálculo da resistência à Flexão - eixo Z no pilar ............................................. 51 5.3.5. Cálculo da resistência ao esforço cortante - eixo Y no pilar ............................ 52 5.3.6. Cálculo da resistência ao esforço cortante - eixo Z no pilar ............................ 53 5.4. Marcha de cálculo para montantedo pilar ............................................................. 53 5.4.1. Verificação manual do pilar mais solicitado .................................................... 54 6. RESULTADOS OBTIDOS. ........................................................................................... 58 7. ALVENARIA COMPARADA AO STEEL FRAME ........................................................ 60 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. ................................................................................... 67 x LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modelo de construção em steel framing. 21 Figura 2: Detalhe do radier pronto com os dutos para fiação. 24 Figura 3: Tombamento pela ação do vento. 25 Figura 4: Exemplo de ancoragem para contenção de forças devido ao vento. 25 Figura 5: Exemplo de estrutura para fechamento. 26 Figura 6: Esquema de estrutura para fechamento de parede. 26 Figura 7: Estrutura para fechamento de parede com vão para janela. 27 Figura 8: Estrutura de piso em steel frame. 28 Figura 9: Esquema de laje seca. 28 Figura 10: Exemplo de estrutura de telhado. 29 Figura 11: Planta Arquitetônica do Terreo 31 Figura 12: Planta Arquitetônica do Pavimento Superior 31 Figura 13: Elevação Lateral Esquerda 32 Figura 14: Elevação Lateral Direita 32 Figura 15: Corte Longitudinal seção A-A 33 Figura 16: Estrutura da Fundação 33 Figura 17: Vigamento do Piso 34 Figura 18: Elevação do eixo A 35 Figura 19: Elevação do eixo B 35 Figura 20: Elevação do eixo C 36 Figura 21: Elevação do eixo D 36 Figura 22: Elevação do eixo E 37 Figura 23: Elevação Posterior da estrutura 38 Figura 24: Elevação Frontal da estrutura 38 Figura 25: Caminhamento dos esforços solicitantes 42 Figura 26: Distribuição de cargas e reação dos apoios 45 Figura 27: Esquema do montante 46 Figura 28: Perfil U enrigecido 47 Figura 29: Flambagem lateral com torção 50 Figura 30: Fluxograma para calculo 53 Figura 31: Área efetiva pelo MLE 56 Figura 32: Captura de tela do mCalc 57 Figura 33: Custo Previsto por etapa 64 xi LISTA DE TABELAS Tabela 1: Designação dos perfis de aço formados a frio para uso em light steel framing e suas respectivas aplicações. ..................................................................... 22 Tabela 2: Dimensões nominais usuais dos perfis de aço para light steel framing..... 23 Tabela 3: Fator S2 ..................................................................................................... 40 Tabela 4: Valores mínimos do fator estatístico S3 ..................................................... 40 Tabela 5: Especificações de materiais e solicitações no montante devido a viga piso. .................................................................................................................................. 43 Tabela 6: Especificações de materiais e solicitações no Montante devido a viga do forro. .......................................................................................................................... 43 Tabela 7: Coeficientes de pressão e forma externos para a cobertura da edificação. .................................................................................................................................. 43 Tabela 8: Tabela de perfil U enrijecido. ..................................................................... 55 Tabela 9 – Composição de preço Residência em alvenaria Parte 1. ........................ 60 xii LISTA DE SÍMBOLOS E SUBSCRITOS A - área bruta da seção transversal da barra Aef - área efetiva da seção transversal da barra An - área líquida da seção transversal da barra na região da ligação An0 - área líquida da seção transversal da barra fora da região da ligação As - área da seção transversal do enrijecedor de alma C - parâmetro empregado no cálculo da resistência ao escoamento modificada Cb - fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme empregado na flexão simples Cm - fator empregado no cálculo do momento fletor solicitante na flexão composta Cs - fator empregado no cálculo do momento fletor crítico de flambagem lateral com torção Ct - coeficiente de redução usado no cálculo da área líquida efetiva D - largura nominal do enrijecedor de borda E - módulo de elasticidade do aço, adotado igual a 200 000 MPa Fe - força crítica de flambagem elástica G - módulo de elasticidade transversal, adotado igual a 77 000 MPa Ix ; Iy - momentos de inércia da seção bruta em relação aos eixos principais x e y, respectivamente It - momento de inércia à torção uniforme Iw – momento de inércia ao empenamento da seção transversal KxLx - comprimento efetivo de flambagem global em relação ao eixo x KyLy - comprimento efetivo de flambagem global em relação ao eixo y KzLz - comprimento efetivo de flambagem global por torção L - distância entre pontos travados lateralmente da barra- comprimento da barra MA - momento fletor solicitante, em módulo, no 1º quarto do segmento analisado para flambagem lateral por torção (FLT) MB - momento fletor solicitante, em módulo, no centro do segmento analisado para flambagem lateral por torção (FLT) MC - momento fletor solicitante, em módulo, no 3º quarto do segmento analisado para flambagem lateral por torção (FLT) Mdist - momento fletor crítico de flambagem distorcional elástica. Me - momento fletor crítico de flambagem lateral com torção xiii Mmáx - momento fletor solicitante máximo, em módulo, no segmento analisado para flambagem lateral por torção (FLT) MRd - momento fletor resistente de cálculo Mx,Rd; My,Rd - momentos fletores resistentes de cálculo em relação aos eixos principais x e y, respectivamente MSd - momento fletor solicitante de cálculo Mx,Sd ; My,Sd - momentos fletores solicitantes de cálculo em relação aos eixos principais x e y, respectivamente M0,Rd - momento fletor resistente de cálculo, obtido com base no início de escoamento da seção efetiva, M1 ; M2 - menor e maior momento fletor de extremidade da barra, respectivamente Nc,Rd - força axial de compressão resistente de cálculo Nc,Sd - força axial de compressão solicitante de cálculo Ndist - força axial crítica de flambagem distorcional elástica Ne - força axial crítica de flambagem global elástica Nex ; Ney - forças axiais críticas de flambagem global elástica por flexão em relação aos eixos x e y, respectivamente Nez - força axial crítica de flambagem global elástica por torção Nexz - força axial crítica de flambagem global elástica por flexo-torção Nt,Rd - força axial de tração resistente de cálculo Nt,Sd - força axial de tração solicitante de cálculo VRd - força cortante resistente de cálculo VSd - força cortante solicitante de cálculo Wx - módulo de resistência elástico da seção bruta em relação ao eixo x Wy - módulo de resistência elástico da seção bruta em relação ao eixo y Wc - módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida Wc,ef - módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida Wef - módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra que atinge o escoamento Ɣ - coeficiente de ponderação das ações ou das resistências, em geral Λdist - índice de esbeltes distorcional reduzido λp - índice de esbeltes reduzido do elemento ou da seção completa λp0 -valor de referência do índice de esbeltes reduzido do elemento xiv λ0 - índice de esbeltez reduzido ᶿ - ângulo entre o plano da mesa e o plano do enrijecedor de borda simples x - fator de redução da força axial de compressão resistente, associado à instabilidade global xdist - fator de redução do esforço resistente, associado à instabilidade distorcional xFLT - fator de redução do momentofletor resistente, associado à instabilidade lateral com torção σ - tensão normal, em geral σn - tensão normal de compressão calculada com base nas combinações de ações para os estados-limites de serviço Ψ - relação σ2/σ1 empregada no cálculo do coeficiente de flambagem local 15 1. INTRODUÇÃO O intuito deste trabalho é desenvolver o cálculo estrutural de uma residência padrão popular em Perfil Formado a Frio Galvanizado, denominada Light Steel Framing (LSF), demonstrando as cargas atuantes na estrutura conforme Normas Brasileira vigentes e dimensionando seus elementos estruturais conforme NBR 14762 - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio (2010), em especifico o montante (pilar). Com o dimensionamento do perfil a ser estudado, ou seja, o pilar, o mesmo servira de base para o restante da estrutura e, definido o perfil, faz-se comparação do custo steel frame versus alvenaria. Por se tratar de uma estrutura leve, comparado com a atual alvenaria e até mesmo com as construções em madeira (Wood Framing), o LSF sai na frente, pois a mesma estrutura pode ter seu peso final reduzido em até 50%, comparando-a com os outros métodos construtivos (BRASILIT, 2014) Segundo Pfeil (2008), as formas mais usuais de metais ferrosos são o aço, ferro fundido e o ferro forjado, sendo o aço, atualmente, o mais importante dos três. De acordo com a característica, os aços são classificados em diversas categorias do ponto de vista de suas aplicações. Como por exemplo, os aços utilizados para estruturas devem ter, além de resistência, boa ductilidade, homogeneidade e soldabilidade. Deve ser observada a resistência à corrosão, sendo alcançada com a adição de cobre, visto que estas características garantem ao aço vantagens frente a outros métodos construtivos. Devido ao crescimento populacional e os avanços da tecnologia, o setor de construção civil tem procurado meios mais rápidos de construção a fim de aumentar a produtividade, atender a demanda e reduzir desperdícios, tudo sem aumentar o custo. A construção feita a partir de perfil formado a frio surgiu para atender essa necessidade, uma vez que é um material leve e de fácil manuseio (RODRIGUES, 2012). Essas construções recebem o nome de estruturas em Steel Framing, sendo Frame o esqueleto estrutural desenvolvido para suportar e dar forma à edificação e Framing o processo pelo qual se unem os elementos (SANTIAGO, 2012). O método é diferente dos convencionais pelo fato de sua composição funcionar como um conjunto (estrutura, isolamento, acabamentos, instalações). Por apresentar um projeto de rápida execução, mais leve, mais resistente à corrosão, 16 com maior durabilidade, além do custo reduzido, torna-se mais vantajoso que a construção em alvenaria convencional ou madeira, com fechamento em alvenaria (BRASILIT, 2014). 1.1. Justificativa O estudo de Perfil Formado a Frio, em destaque as construções em LSF, abre uma porta no mercado de construções, visando o tempo de execução necessário para construção de residências padrão popular, lembrando que segundo Rubens Menin (2014), em entrevista à revista SFI da ABECIP, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, no Brasil há uma demanda de construções de residências populares alta. De acordo com Bonduki (2007), com base no Censo de 2000, a necessidade de novas moradias em todo o país era de 6,6 milhões, sendo 5,4 milhões nas áreas urbanas e 1,2 milhão na área rural. Em números absolutos, a maior parte dessa necessidade concentra-se nos Estados do Sudeste (41%) e do Nordeste (32%), regiões que agregam a maioria da população urbana do país, e dispõem da maior parte dos domicílios urbanos duráveis, sendo que 83,2% do déficit habitacional urbano está concentrado nas famílias com renda mensal de até três salários mínimos. A importância deste trabalho está diretamente ligada a necessidade de processos mais rápidos de construções de moradia popular, buscando atender as classes de renda menos acessível a moradia. De acordo com o Ministério do Planejamento, o programa Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009, entregou 1,6 milhões de moradias e está para ser entregue mais 500 unidades na cidade de Uberaba, Minas Gerais, estas 500 unidades estão sendo construídas com a tecnologia Steel Framing. (PORTAL BRASIL, 2014) Este trabalho objetiva dimensionar a estrutura da residência a fim de garantir segurança e conforto para os moradores. Construções em LSF tem demonstrado que atende todos os aspectos técnicos correspondentes a uma construção em alvenaria, visto que o sistema construtivo utiliza somente produtos padronizados com rigoroso controle de qualidade e os produtos do sistema construtivo LSF, atendem aos padrões internacionais de qualidade e são certificados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e Falcão Bauer Centro Tecnológico de Controle de Qualidade, além de cumprirem as Normas Brasileiras. 17 1.2. Objetivos Dimensionar elementos estruturais (pilares) de uma residência padrão popular de 64m², utilizando Perfil Formado a Frio Galvanizado, dimensionado conforme NBR 14762:2010, utilizando software especifico para estruturas metálicas e realizar o dimensionamento analítico do perfil pilar de forma manual. 1.2.1. Geral De forma geral o trabalho objetiva o processo de construção de uma residência em steel frame e o dimensionamento do pilar de sustentação da estrutura. 1.2.2. Específicos Especificamente o trabalho abordara o dimensionamento de um pilar da estrutura em steel frame, comparando o dimensionamento realizado com o auxilio de software de estrutura metálica ao dimensionamento realizado de forma analítica e posteriormente comparar o custo da residência em steel frame com uma residência em alvenaria. 18 1.3. Metodologia de pesquisa e métodos do trabalho Este estudo foi realizado por meio de pesquisa exploratória a qual se deu por levantamento bibliográfico, seguido, posteriormente por estudo de caso. De acordo com Figueiredo (2007), entende-se por pesquisa exploratória aquela que: Na maioria dos casos são pesquisas que envolvem levantamento bibliográfico; ou ainda, aquela que geralmente proporciona maior familiaridade com o problema, ou seja, tem o intuito de torna-lo explicito. (FIQUEIREDO, 2007, P. 91). ndo Já para este mesmo autor (op. Cit, 2007), o estudo de caso tem como objetivo aprofundar a descrição da realidade. Consiste no estudo profundo de um ou poucos objetos, de maneira que permita o detalhamento, bem com o preservar o caráter unitário do objeto estudado, e ainda, descrever a situação em que está sendo feita a investigação. (FIGUEIREDO, 2007, P. 1003) 19 2. REVISÃO DA LITERATURA De acordo com Holz (2008), devido à revolução industrial no fim do século XVIII, surgiram novas possibilidades e os antigos materiais como a pedra e a madeira foram substituídos gradativamente pelo concreto, em seguida pelo concreto armado e metais como o aço. No início do século XX, devido à rápida industrialização, as cidades atraíram grande parte da população, porém, inexistiam políticas habitacionais que impedissem a formação de áreas urbanas irregulares e ilegais. Conforme Bellei H. et al. (2008), as evidências mais seguras da primeira obtenção do ferro indicam que tal fato se deu a aproximadamente 6 mil anos A.C., em civilizações como as do Egito, Babilônia e índia. O ferro era, então, um material considerado nobre, devido à sua raridade, com sua utilização limitada a fins militares ou como elemento de adorno nas construções. A utilização do ferro em escala industrial só teve lugar muito tempo depois, em meados do século XIX, devido aos processos de industrialização que experimentavam os países mais desenvolvidos pela revolução industrial,tais como Inglaterra, França e Alemanha. Paralelamente ao auge da produção de ferro, desenvolveram-se progressos na elaboração e conformação deste metal; já nos meados do século XVIII se laminavam pranchas de ferro na Inglaterra; em 1830, trilhos para estradas de ferro; em 1854 primeiramente na França, os perfis de seção I de ferro forjável, que se tornaria a peça fundamental da construção em aço. Rosenblum (2009, p. 28) menciona que a primeira obra importante construída em ferro foi a Ponte sobre o Rio Severn em Coalbrookdale, Inglaterra, em 1779. Essa ponte, com um vão simples de 31 m formada por um arco de elementos de ferro fundido existe até hoje. O professor Vahan Agopyan, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em uma entrevista para a rede globo (2013), diz que a construção civil consome até 75% da matéria prima do planeta e é uma das maiores poluidoras do mundo. De acordo com Carvalho, et al. (2014) dois são os processos de fabricação dos perfis formados a frio: contínuo e descontínuo. Contínuo é realizado a partir do deslocamento de uma chapa de aço sobre os roletes de uma perfiladora. Os roletes definem à chapa a forma definitiva do perfil. Quando o perfil deixa a linha de perfilação, ele é cortado no comprimento indicado no projeto. O processo 20 descontínuo é realizado mediante o emprego de uma prensa dobradeira. A matriz da dobradeira é prensada contra a chapa de aço, obrigando-a a formar uma dobra. Várias operações similares a essa, sobre a mesma chapa, fornecem à seção do perfil a geometria exigida no projeto. O comprimento do perfil está limitado à largura da prensa. O processo contínuo é utilizado por fabricantes especializados em perfis formados a frio e o processo descontínuo é geralmente utilizado pelos fabricantes de estruturas metálicas. Segundo a NBR 14762 (ABNT, 2010), recomenda-se ouso de aços com qualificação estrutural e que possuam propriedades mecânicas adequadas para receber o trabalho a frio. Devem apresentar a relação entre a resistência à ruptura e a resistência ao escoamento fu/fy maior ou igual a 1,08, e o alongamento após ruptura não deve ser menor que 10% para base de medida igual a 50 mm ou 7% para base de medida igual a 200 mm, tomando-se como referência os ensaios de tração conforme ASTM A370. Na opinião de Pfeil et al. (2010) a arquitetura do aço, quando bem utilizada, produz em função das características do aço construções leves, modernas e arrojadas, mas sempre com excelentes resultados econômicos. O projeto arquitetônico de um edifício com estrutura metálica permite com facilidade o emprego de outros materiais complementares industrializados e pré-fabricados, gerando condições de projetar economicamente grandes vãos livres e ainda uma grande liberdade de formas. Outro ponto importante é o correto orçamento da obra, pois de acordo com Ávila et al. (2003) orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos necessários a realização de uma obra ou serviço, bem como os respectivos custos e duração dos mesmos. O foco principal do estudo de construções a seco está diretamente ligado ao programa lançado pelo governo para atender as famílias de baixa renda que não possuem moradia própria, denominado Minha Casa Minha Vida. De acordo com Furtado et al. (2015) em nota técnica no IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, desde quando foi criado pela Medida Provisória (MP) nº 459, convertida em Lei nº 11.977/2009, de julho do mesmo ano, o Minha Casa Minha Vida (MCMV) ganhou a hegemonia da provisão habitacional no Brasil. 21 2.1. Sistema LSF. Santiago (2012), define Light Steel Framing (estrutura leve de aço), como um sistema autoportante de construção a seco. A utilização desse sistema na construção de edifícios de pequeno porte tem crescido significativamente nos países industrializados, como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e China. Freitas (2006), defende que construções em LSF demanda profissionais treinados, projetos detalhados e integrados para garantia da uniformidade na execução das etapas construtivas, mesmo sendo o Brasil um dos grandes produtores de aço no mundo este tipo de matéria prima é pouco utilizado nas construções brasileiras, assim, continua sendo indispensável a divulgação da importância e ganhos alcançados com este sistema construtivo e treinamento dos profissionais envolvidos nas fases do projeto. Segundo Dannemann (2011), por se tratar de uma estrutura leve, as construções em LSF, tem maior capacidade de resistir a terremotos do que as estruturas em concreto armado, porém deve-se estar atento a correta ancoragem e travamento da estrutura devido as ações dos ventos, como demonstrado na Figura 1 Figura 1: Modelo de construção em steel framing. Fonte: Freitas (2006) 22 De acordo com Garner (2015), os perfis típicos para o uso em Light Steel Framing são obtidos por perfilagem a partir de bobinas de aço revestidas com zinco ou liga alumínio e zinco pelo processo continuo de imersão a quente ou por eletrodeposição, conhecido como aço galvanizado. A espessura da chapa varia entre 0,80 até 3,0 mm segundo a NBR 15253 - Perfis de aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis estruturais reticulados em edificações — Requisitos gerais (2014). As seções mais comuns nas edificações em Light Steel Framing são as com formato em “C” ou “U” enrijecido (Ue) para montantes e vigas e o “U” que é usado como guia na base e no topo dos painéis, como demonstrado nas Tabelas 1 e 2. Tabela 1: Designação dos perfis de aço formados a frio para uso em light steel framing e suas respectivas aplicações. Fonte: NBR 15253 (ABNT, 2014). 23 Tabela 2: Dimensões nominais usuais dos perfis de aço para light steel framing. Fonte: NBR 15253 (ABNT, 2014). 24 2.2. Características construtivas Por ser muito leve, a estrutura de LSF e os componentes de fechamento exigem bem menos da fundação do que outras construções. A fundação deve ser continua para suportar os painéis ao longo de sua extensão. A topografia e o tipo de solo são os elementos principais a serem avaliados na escolha do tipo de fundação (DANNEMANN, 2011). De acordo com Bastos (2006) o radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje e transmite as cargas da estrutura para o terreno. Os componentes estruturais fundamentais do radier são a laje de concreto e as vigas no perímetro da laje e sob as paredes estruturais ou colunas. Sempre que o tipo de terreno permite, a laje radier é a fundação mais comumente utilizada para construções em Light Steel Framing, conforme Figura 2 Figura 2: Detalhe do radier pronto com os dutos para fiação. Fonte: Santiago, 2012. A fim de evitar o movimento pela pressão do vento, Figura 3, a estrutura deve ser ancorada na fundação como demonstrado na Figura 4. Esses movimentos podem ser de translação ou tombamento com rotação do edifício. A translação é a ação onde o edifício desloca-se lateralmente devido a ação do vento. Tombamento é a elevação da estrutura em que a rotação pode ser causada por assimetria na direção dos ventos que atingem a edificação. (CARVALHO, et al, 2014). 25 Figura 3: Tombamento pela ação do vento. Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 4: Exemplo de ancoragem para contenção de forças devido ao vento. Fonte: Freitas (2006) 26 No sistema LSF os painéis de fechamento podem funcionar também como sistema estrutural. Os painéis associados a elementos de vedação exercem a mesma função das paredes das construções convencionais. Os painéis são estruturais ou autoportantes quando compõem a estrutura, suportando as cargas da edificação, e podem ser tanto internos quanto externos. E não são estruturais quando funcionam apenas comofechamento externo ou divisória interna, ou seja, sem ter função estrutural. (BRASILIT, 2014), conforme Figuras 5 e 6 Figura 5: Exemplo de estrutura para fechamento. Fonte: Santiago (2012) Figura 6: Esquema de estrutura para fechamento de parede. Fonte: Crasto (2005) 27 A Figura 7 ilustra um exemplo de parede estrutural com vão para janela. Figura 7: Estrutura para fechamento de parede com vão para janela. Fonte: Crasto (2005) O piso emprega o mesmo princípio dos painéis de fechamento lateral (paredes), ou seja, perfis galvanizados com separação equidistantes dos elementos estruturais ou modulação, determinada pelas cargas a que cada perfil está submetido. Essa modulação, na maioria dos casos é a mesma para toda a estrutura, painéis, lajes e telhados. (BRASILIT, 2014), conforme mostra Figura 8. 28 Figura 8: Estrutura de piso em steel frame. Fonte: Freitas (2006) De acordo com Santiago (2012), a laje pode ser do tipo úmida, quando se utiliza uma chapa metálica ondulada parafusada as vigas e preenchida com concreto que serve de base ao contra piso. Ou do tipo seca, quando utiliza placas rígidas de OSB, cimentícias ou outras parafusadas a estrutura do piso, Figura 9. Figura 9: Esquema de laje seca. Fonte: Freitas (2006) 29 A estrutura de um telhado inclinado em Light Steel Framing é semelhante à de um telhado convencional, Figura 10, porém a armação de madeira é substituída por perfis galvanizados. Para possibilitar o princípio de estrutura alinhada, a alma dos perfis que compõem tesouras ou caibros devem estar alinhadas a alma dos montantes dos painéis de apoio e suas seções em coincidência, de modo que a transmissão das cargas seja axial. (RODRIGUES, 2012). Ainda para este mesmo autor (op. Cit, 2012), quando isso não for possível, da mesma forma que ocorre com lajes e painéis, deve-se usar uma viga composta a fim de permitir a distribuição das cargas aos montantes. Telhados inclinados em Light Steel Framing podem ser construídos a partir de uma estrutura de caibros ou por meio de tesouras ou treliças. Figura 10: Exemplo de estrutura de telhado. Fonte: Rodrigues (2012) 30 3. PERFIL FORMADO A FRIO. Os perfis formados a frio são identificados pelos cantos arredondados. Por mais afiada que seja a punção da dobradeira, um raio de dobradura surge ao se pressionar a chapa contra a matriz. As barras tracionadas são encontradas em treliças, tirantes e contraventamentos. Barras comprimidas são encontradas em treliças planas ou espaciais, escoras, montantes e contrafortes. A barra tracionada pode entrar em colapso de duas maneiras, escoamento generalizado à seção bruta e ruptura da seção liquida, enquanto nas barras comprimidas o colapso ocorre por escoamento, flambagem local de um ou mais elementos do perfil, flambagem global, flambagem por distorção e pela interação entre eles. (CARVALHO, et al, 2014). De acordo com Crasto (2006), o conceito estrutural do sistema “Light Steel Framing” é dividir as cargas em um maior número de elementos estruturais, sendo que cada um é projetado para receber uma pequena parcela de carga, o que possibilita a utilização de perfis conformados com chapas finas de aço. 31 4. PLANTA BAIXA E CORTES. As Figuras 11 e 12 mostram as plantas arquitetônicas do projeto que será utilizado para o estudo do cálculo estrutural do sistema construtivo em Steel Frame. O projeto consiste em uma residência padrão popular tipo sobrado. Figura 11: Planta Arquitetônica do Terreo Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 12: Planta Arquitetônica do Pavimento Superior Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 32 As elevações lateral esquerda e direita são demonstradas nas Figuras 13 e 14 Figura 13: Elevação Lateral Esquerda Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 14: Elevação Lateral Direita Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 33 Na Figura 15 é mostrado o corte longitudinal do sobrado e na Figura 16 é apresentado a planta do projeto de fundação. Figura 15: Corte Longitudinal seção A-A Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 16: Estrutura da Fundação Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 34 A Figura 17 apresenta a planta do vigamento do piso, que contem painéis portantes e não portantes Figura 17: Vigamento do Piso Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 35 As Figura 18 e 19 demonstram as estruturas de fechamento para os eixos A e B, respectivamente (ver eixos nas Figuras 11 e 12). Figura 18: Elevação do eixo A Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 19: Elevação do eixo B Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 36 As Figuras 20 e 21 ilustram as estruturas de fechamento para os eixos C e D, respectivamente (ver eixos nas Figuras 11 e 12). Figura 20: Elevação do eixo C Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 21: Elevação do eixo D Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 37 A Figura 22 ilustra a estrutura de fechamento para o eixo E (ver eixo nas Figuras 11 e 12). Figura 22: Elevação do eixo E Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 38 As elevações posterior e frontal do imóvel em steel frame estão ilustradas nas Figuras 23 e 24 Figura 23: Elevação Posterior da estrutura Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Figura 24: Elevação Frontal da estrutura Fonte: Adaptado por Marins; Oliveira (2015 39 5. INÍCIO DO DIMENSIONAMENTO 5.1. Determinação das forças devido ao vento Para início de dimensionamento dos pilares seguiu-se a determinação da NBR 6123 - Forças devido ao vento em edificações (1988). De acordo com a norma NBR 6123 (ABNT, 1988), primeiro determina-se a velocidade básica do vento, V0, adequada ao local onde será construída a estrutura. A velocidade básica do vento é multiplicada pelos fatores Sଵ ∙ Sଶ ∙ Sଷ. para encontrar a velocidade característica do vento Vk. Foi considerado as seguintes dimensões para determinação da pressão dinâmica. Maior dimensão em planta (a): 8000 mm Menor dimensão em planta (b): 4000 mm Altura no topo da edificação (h): 8100 mm De acordo com o gráfico das isopletas, NBR 6123 (ABNT, 1988), região de Araraquara. - Velocidade básica do vento (V0): 40 m/s - Fator topográfico (S1): leva em consideração as variações do relevo do terreno - Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 = 1,0. Conforme NBR 6123 (ABNT, 1988) Fator de rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o terreno (S2): Para este estudo foi adotado a Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. Seguindo a recomendação da NBR 6123 (ABNT, 1988) adotou-se para a estrutura padrão Classe A: Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20 m. De acordo com a tabela 3 Para categoria IV e Classe A: S2 = 0,86 40 Tabela 3: Fator S2 z (m) Categoria I II III IV V Classe Classe Classe Classe Classe A B C A B C A B C A B C A B C 5 1,06 1,04 1,01 0,94 0,92 0,89 0,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72 0,67 10 1,1 1,09 1,06 1 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,8 0,74 0,72 0,67 15 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0,98 0,96 0,93 0,9 0,88 0,84 0,79 0,76 0,72 20 1,15 1,14 1,12 1,06 1,04 1,02 1,01 0,99 0,96 0,93 0,91 0,88 0,82 0,8 0,76 30 1,17 1,17 1,15 1,1 1,08 1,06 1,05 1,03 1 0,98 0,96 0,93 0,87 0,85 0,82 Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988) Fator estatístico (S3): O fator estatístico S3é baseado em conceitos estatísticos, e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. Como este projeto trata-se de uma edificação residencial (grupo 2): S3 = 1,0 Tabela 4: Valores mínimos do fator estatístico S3 Grupo Descrição S3 1 Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de segurança, centrais de comunicação, etc.) 1,1 2 Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de ocupação 1,0 3 Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação (depósitos, silos, construções rurais, etc.) 0,95 4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88 5 Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção 0,83 Fonte: NBR 6123 (ABNT, 1988) Velocidade característica do vento (Vk): V୩ = V ∙ Sଵ ∙ Sଶ ∙ Sଷ = 40 ∙ 1,0 ∙ 0,86 ∙ 1,0 = 34,4 m/s Pressão dinâmica do vento, conforme NBR 6123 (ABNT, 1988). q = 0,613 ∙ V୩ଶ = 0,613 ∙ 34,4ଶ = 725,4 ୫మ = 0,725 ୩୫మ = 72,54 ୫మ 41 5.2. Premissas de cálculo 5.2.1. Sobre a utilização do software. Para a obtenção dos valores dos esforços solicitantes nos elementos de aço e dos valores do deslocamento da estrutura foi utilizado a programa de cálculo MCalc3DV4. O Dimensionamento segue as orientações das normas NBR 14762 (ABNT, 2010) para perfis formados a frio e da NBR 8800 (ABNT, 2008) para perfis laminados ou soldados. O programa possui ferramentas para a geração de relatório com dados da geometria, ações e gera tabela de envoltória de carregamentos máximos e mínimos, deslocamentos, solicitações e reações de apoio, para as combinações especificadas. Desenho da Deformada e dos Diagramas de Solicitações da estrutura para cada combinação de ações. Verificação de flecha máxima que possibilita visualizar se as flechas foram excedidas conforme o limite determinado pelo usuário nas configurações. (CARVALHO, et al, 2014). 5.2.2. Divisão da estrutura. Primeiramente a estrutura será dividida em vários elementos estruturais, de modo que cada um resista a uma pequena parcela da carga total aplicada, com este critério percebe-se que ao invés de se usar um único elemento robusto o mesmo é substituído por vários elementos esbeltos. Os perfis que devem receber e transmitir as cargas verticais axiais, devido ao carregamento da estrutura e as cargas horizontais devido a ação do vento, será os perfis denominados montantes, distribuídos ao longo da estrutura e espaçados a 400 e 600 mm de distância entre os mesmos. Os montantes além de resistir e transmitir as solicitações da estrutura, receberá a vedação da estrutura através de placas cimentícias fixadas com parafusos auto-brocante. Os montantes serão dimensionados a tração e compressão, podendo ser simples ou composto, com rotulas em suas extremidades. Como a estrutura é dividida em vários montantes, para este estudo será considerado o perfil mais crítico, ou seja, o que recebe os maiores esforços e, após o dimensionamento, este perfil passara a ser considerado para os demais perfis da estrutura. 42 Com a automação dos cálculos através do programa Mcalc3DV4, o mesmo está programado para gerar o memorial de cálculo detalhando o dimensionamento do montante. 5.2.3. Considerações para o Dimensionamento. Para o dimensionamento, foi escolhido, de forma arbitraria, a utilização de um perfil formado a frio tipo U enrijecido de 100x50x17x2, pesando 1,33 kg/m. A Figura 25, exemplifica o caminhamento dos esforços solicitantes e o montante a ser analisado. Caso esse perfil escolhido não passe no pré-dimensionamento, o mesmo deverá ter suas dimensões alteradas. Figura 25: Caminhamento dos esforços solicitantes Fonte: Rodrigues (2012) 43 As cargas utilizadas para o dimensionamento do pilar estão apresentadas nas Tabelas 5 e 6, considerando a largura de influência de 600 mm. Para o dimensionamento da viga piso, arbitrariou-se um perfil U enrijecido 200x39x12x0,95, pesando 2,12 kg/m. As cargas utilizadas para o cálculo estrutural foram retiradas dos catálogos da LP Brasil (2015). Tabela 5: Especificações de materiais e solicitações no montante devido a viga piso. Peso Próprio Placa OSB (18mm) 12 kgf/m² Placa cimentícia (6mm) 10 kgf/m² Revestimento cerâmico (20mm) 40 kgf/m² Forro de Gesso 10 kgf/m² Total (qpp) 72 Kgf/m² Sobrecarga Edificações residenciais conforme NBR 6120 (ANBT, 1980) 150 kgf/m² Total (qsc) 150 kgf/m² Carregamento linear distribuído qpp 72kgf/m² x 0,6m 43,2 kgf/m qsc 150kgf/m² x 0,6m 90 kgf/m Fonte: Adaptado de catálogos da LP Brasil (2015) Tabela 6: Especificações de materiais e solicitações no Montante devido a viga do forro. Peso Próprio Placa OSB (12mm) 8 kgf/m² Forro de Gesso 10 kgf/m² Total (qpp) 18 Kgf/m² Sobrecarga Forro (com acesso) 100 kgf/m² Total (qsc) 100 kgf/m² Carregamento linearmente distribuído qpp 18kgf/m² x 0,6m 10,8kgf/m qsc 100kgf/m² x 0,6m 60 kgf/m Fonte: Adaptado de catálogos da LP Brasil (2015) A Tabela 7 apresenta as solicitações no montante devido a terça da cobertura. Tabela 7: Coeficientes de pressão e forma externos para a cobertura da edificação. Carregamento Vento Peso próprio da telha com isolamento acústico 10 kgf/m² Qv 72,54 kgf/m² Sobrecarga 25 kgf/m² Largura de influência 0,6m Total (qpp) 12 kgf/m Coeficiente Cpe 1 Total (qsc) 30 kgf/m Total (qv) 42,52 kgf/m Fonte: Adaptado de catálogos da Brasilit (2015) 44 O carregamento total devido a ação Permanente na viga é de 67 kgf/m, sendo que o mesmo foi calculado considerando- se a carga de peso próprio da viga piso de 72 kgf/m², a carga de peso próprio da viga forro de 18 kgf/m², ambas com largura de influência de 0,6 metros e o carregamento do telhado, ao qual a telha tem peso próprio de 10 kgf/m² e largura de influência de 1,2 metros. Carregamento total devido à sobrecarga na viga de 180 kgf/m, foi calculado considerando-se a sobrecarga na viga piso e na viga forro, ambas com largura de influência de 0,6 metros e a sobrecarga no telhado com largura de influência de 1,2 metros. Carregamento total devido ao vento no pilar de 44 kgf/m, foi calculado o qv = 72,54 kgf/m² e largura de influência de 0,6 metros. Para dimensionamento do pilar, foram utilizadas as cargas de reação transferidas da viga de piso, viga do forro, cobertura e vento. Todas as simulações e resultados de dimensionamentos foram geradas com o auxílio do programa Mcalc3DV4. Como observado na Figura 26, a reação devido as cargas que são transferidas para o pilar é de 4,9 kN ou 490 kgf. A carga de 490 kgf será aplicada no sentido vertical do pilar a ser analisado e a força de 44 kgf/m será aplicada na horizontal para dimensionamento do mesmo. De acordo com CARVALHO, et al, 2014, um perfil comprimido pode entrar em colapso por escoamento, flambagem da mesa, flambagem global, flambagem por distorção e pela interação das flambagens. 45 Figura 26: Distribuição de cargas e reação dos apoios Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Na Figura 27, está representado a o carregamento do vento e as reações da viga que o programa recebeu para análise automática do pilar, foi informado ao programa uma carga pontual de 490 kgf e carga de vento 0° distribuída de 44 kgf/m. De acordo com a Norma NBR 14762 (ABNT, 2010), item 6.1.1, na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a estrutura. As ações a considerar classificam-se de acordo com a NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento (ABNT, 2003), em permanente, variável e excepcionais. Para este estudo foi informado aoprograma um estado de combinação e suas ponderações entre peso próprio, sobrecarga e ação do vento. A combinação foi referente a interação entre a ação permanente na estrutura e a ação do vento, cujo valor de ponderação foi adotado, seguindo os critérios da NBR 14762 (ABNT, 2010) que define: ”Nas combinações normais, se as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança forem agrupadas, as 46 ações variáveis que não são favoráveis à segurança podem, opcionalmente, ser consideradas também todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,50 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupação forem superiores a 5 kN/m², ou 1,40 quando isso não ocorrer (mesmo nesse caso, o efeito da temperatura pode ser considerado isoladamente, com o seu próprio coeficiente de ponderação).” Nas combinações especiais ou de construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,30 e 1,20, e nas combinações excepcionais, sempre 1,00, de acordo com NBR 14762 (ABNT, 2010) Por se tratar de uma estrutura simples, não foi necessária a realização de vários tipos de combinação para efeito de dimensionamento. Figura 27: Esquema do montante Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Com as informações de cargas lançadas no programa Mcalc3DV4, o mesmo de forma automática executou o dimensionamento e gerou o relatório das reações com suas interações. Seguindo as prescrições recomendadas pela NBR 8800 (ABNT, 2008) e NBR 14762 (ABNT, 2010), de forma automática o programa gerou o relatório de dimensionamento do perfil adotado. A Figura 28 apresenta o perfil 47 Figura 28: Perfil U enrigecido Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) O perfil adotado consiste na estrutura de sustentação (pilar), o mesmo foi definido com comprimento de 270 cm e travado a 135 cm para diminuir o comprimento de flambagem do perfil. 5.3. Dados de entrada do software Perfil U Enrijecido (Formado a frio) Perfil: UENR 100 x 50 x 17 x 2 (mm) Aço: ASTM A36 fy = 250 MPa fu = 400 MPa Comprimento da Barra KxLx = 135 cm KzLz = 135 cm KyLy = 135 cm Lb = 135 cm O relatório que se segue foi gerado de forma automática pelo programa. O cálculo a tração das forças aplicada ao pilar pode ser visto como segue. 48 5.3.1. Cálculo da tração do pilar ܥ் = 1,00 Coeficiente de redução da área líquida ௧ܰோௗଵ = ∗ଵ,ଵ = 9909,09 kgf Resistência de escoamento ௧ܰோௗଶ = ∗∗ೠଵ,ହ = 10569,70 kgf Resistência à ruptura ௧ܰோௗ = 9909,09 kgf Resistência à tração ௌைூ. ோாௌூௌ். = ேೄேೃ = 0,00 < 1,00 OK! 5.3.2. Cálculo da compressão do pilar Para o cálculo a compressão o programa considera o menor valor de Ne (flambagem elástica da barra), calcula de forma automática o λ0 (índice de esbeltez) e o fator de redução de força axial (X). ܰ௬ = గమ∗ா∗ூ(∗)మ = 74607,31 kgf ܰ௭ = గమ∗ா∗ூ(∗)మ = 16751,25 kgf ܰ௧ = ଵబమ గ మ∗ா∗ೢ(∗)మ + ܩ ∗ ܬ൨ = 12503,06 kgf ܪ = 1 − ௫బమబమ = 0,53 ܰ௫௧ = ேೣାேଶ∗ு ∗ 1 − ට1 − ସ∗ேೣ∗ே∗ு(ேೣ∗ே)మ ൨ = 11508,39 kgf ܰ = 11508,39 kgf ߣ = ඨܣ ∗ ௬݂ܰ = 0,97 ߣ > 1,5 ݁݊ݐã ݔ = ,଼(ఒబ)మ = 0,67 Conforme descrito no livro Curso básico de perfis de aço formado a frio, cujo autor é Paulo Roberto M. de Carvalho, um perfil comprimido pode entrar em colapso por flambagem local e global, que de forma automática é calculado pelo programa. 49 a) Cálculo da resistência à compressão devido à flambagem global ܣிீ = 4,32 ܿ݉² Área efetiva devido à flambagem global ܰோௗ = ௫∗∗ଵ,ଶ = 6053,89 ݂݇݃ Resistência à compressão devido à flambagem global b) Cálculo da resistência à compressão devido à flambagem local ܣி = 4,12 ܿ݉² Área efetiva devido à flambagem local ܰோௗி = ಷಽ∗ଵ,ଶ = 8577,33 kgf Resistência à compressão devido à flambagem local ܰோௗ = 6053,89 kgf Força normal resistente de cálculo à compressão ௌைூ. ோாௌூௌ். = ேೄேೃ = 0,00 < 1,00 OK! 5.3.3. Cálculo da resistência à flexão - eixo Y no pilar 5.3.3.1. Cálculo do momento resistente devido ao início do escoamento efetivo ܣ = 4,36 ܿ݉² Área efetiva da seção ܫ௫ = 68,88 ܿ݉ସ Momento de inércia efetivo da seção em relação ao eixo Y ݀ = 0,00 ܿ݉ Rebaixamento total do eixo baricêntrico ݕீ = ݕீ + ݀ = 5,00 ܿ݉ Posição final do eixo baricêntrico ீܫ = ܫ௫ − ܣ ∗ ݀² = 68,88 c݉ସ Momento de inécia efetivo da seção em relação ao eixo baricêntrico ܹ = ூಸ௬ಸ ೌ = 13,78 ܿ݉ଷ Módulo elástico efetivo ோܰௗ௫ = ௐ∗ଵ,ଵ = 31310,97 kgf. cm Resistência de cálculo à flexão para o início do escoamento 50 5.3.3.2. Cálculo do momento resistente no pilar devido ao estado limite Flambagem Lateral com Torção Quando as ações aplicadas atingem certa intensidade, as barras de aço submetidas à flexão podem flambar, em um processo que envolve translação perpendicular ao plano das ações e rotação em torno do eixo longitudinal que passa pelo centro de torção da seção transversal, como demonstrado na Figura 29. O fenômeno recebe a denominação de flambagem lateral com torção e se constitui em um estado limite último relacionado à instabilidade. (Carvalho et. al., 2014). Como pode ser observado o programa calcula a flambagem lateral com torção no eixo Y e eixo Z Figura 29: Flambagem lateral com torção Fonte: Reis (1996) ܯ = ܥ ∗ ݎ ∗ ඥ ܰ௬ ∗ ܰ௧ = 133239,95 kgf. cm Momento fletor de flambagem lateral com torção ܹ = 13,78 ܿ݉ଷ Módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida ߣ = ටௐ∗ெ = 0,51 ߣ < 0,6 ݁݊ݐã ݔி் = 1,0 ݔி் = 1,0 Fator de redução associado à flambagem lateral com torção 51 Cálculo de ܹ na tensão ߪ = ݔி் ∗ ௬݂ = 2500,00 kgf/cm² ோܰௗ௫ி் = ௫ಷಽ∗ௐ∗ଵ,ଵ = 31310,97 kgf. cm Resistência de cálculo à flexão para o estado limite FLT ܯோௗ௫ = 31310,97 kgf. cm Resistência de cálculo à flexão em relação ao eixo Y ௌைூ. ோாௌூௌ். = ெೄெೃ = 0,72 < 1,00 OK! 5.3.4. Cálculo da resistência à Flexão - eixo Z no pilar 5.3.4.1. Cálculo do momento resistente devido ao início do escoamento efetivo no pilar ܣ = 4,36 ܿ݉² Área efetiva da seção ܫ௬ = 15,47 ܿ݉ସ Momento de inércia efetivo da seção em relação ao eixo Z ݀ = 0,00 ܿ݉ Rebaixamento total do eixo baricêntrico ݔீ = ݕீ + ݀ = 3,23 cm Posição final do eixo baricêntrico ீܫ = ܫ௬ − ܣ ∗ ݀² = 15,47 ܿ݉ସ Momento de inércia efetivo da seção em relação ao eixo baricêntrico ܹ = ூಸ௫ಸ ೌ = 4,79 ܿ݉ଷ Módulo elástico efetivo ܯோௗ௫ = ௐ∗ଵ,ଵ = 10893,98 kgf. cm Resistência de cálculo à flexão em relação ao eixo Z 5.3.4.2. Cálculo do momento resistente devido ao estado limite Flambagem Lateral com Torção no pilar ܥ௦ = −1,00 ܥ = 1,00 ݆ = 6,05 ܿ݉ Parâmetro da seção transversal conforme Anexo E - NBR 14762 (ABNT, 2010) ܯ = ೞ∗ே ∗ ቈ݆ + ܥ௦ ∗ ට݆ଶ + ݎଶ ∗ ൬ேே൰ = 36420,73 kgf. cm Momento fletor de flambagem lateral com torção 52 ܹ = 4,79 ݉ଷ Módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida ߣ = ටௐ∗ெ = 0,57 ߣ < 0,6 ݁݊ݐã ݔி் = 1,0. ݔி் = 1,00 Fator de redução associado à flambagem lateral com torção Cálculo de ܹ na tensão ߪ = ݔி் ∗ ௬݂ = 2500,00 kgf/cm² ܣ = 4,36 ܿ݉² Área efetiva da seção ܫ௬ = 15,47 ܿ݉ସ Momento de inércia efetivo da seção em relação ao eixo Z ݀ = 0,00 ܿ݉ Rebaixamento total do eixo baricêntrico ݔீ = ݕீ + ݀ = 3,23 cm Posição final do eixo baricêntrico ீܫ = ܫ௬ − ܣ ∗ ݀² = 15,47 ܿ݉ସ Momento de inércia efetivo da seção em relação ao eixo baricêntrico ܹ = ூಸ௫ಸ ೌ = 4,79 ܿ݉ଷ Módulo elástico efetivo ܯோௗ௫ி் = ௫ಷಽ∗ௐ∗ଵ,ଵ = 10893,98 kgf. cm Resistência de cálculo à flexão para o estado limite FLT ܯ௬ோௗ = 10893,98 kgf. cm Resistência de cálculo à flexãoem relação ao eixo Y ௌைூ. ோாௌூௌ். = ெೄெೃ = 0,00 < 1,00 OK! 5.3.5. Cálculo da resistência ao esforço cortante - eixo Y no pilar ߣ = ௧ = 21,00 Parâmetro de esbeltez ݇௩ = 5,00 Coeficiente de flambagem local por cisalhamento ߣ = 1,08 ∗ ටೡ∗ா = 68,31 Parâmetro de esbeltez limite para plastificação ߣ = 1,40 ∗ ටೡ∗ா = 88,54 Parâmetro de esbeltez limite para início de escoamento ߣ ≤ ߣ então ோܸௗ = ,∗∗௧∗ଵ,ଵ ோܸௗ௬ = 2290,91 ݂݇݃ Resistência ao esforço cortante em relação ao eixo Y 53 ௌைூ. ோாௌூௌ். = ೄೃ = 0,05 < 1,00 OK! 5.3.6. Cálculo da resistência ao esforço cortante - eixo Z no pilar ߣ = ௧ = 46,00 Parâmetro de esbeltez 5,00 Coeficiente de flambagem local por cisalhamento ோܸௗ௭ = 2509,09 ݂݇݃ Resistência ao esforço cortante em relação ao eixo Z ௌைூ. ோாௌூௌ். = ೄೃ = 0,00 < 1,00 OK! 5.4. Marcha de cálculo para montante do pilar A figura 30 apresenta o fluxograma geral para calculo de montante (pilar) da estrutura em LSF usado pelo software estrutural. Figura 30: Fluxograma para calculo Fonte: Carvalho et. al. (2014) 54 5.4.1. Verificação manual do pilar mais solicitado As características do perfil adotado para o pilar podem ser vistas na Tabela 8. Para o mesmo perfil analisado com o auxílio do software especifico para estrutura metálica, será adotado o processo de cálculo manual para verificação da aceitabilidade do perfil “U” enrijecido de 100x50x17x2, com 270 cm de comprimento usado como pilar na estrutura. A marcha de cálculo adotada para a verificação manual do perfil é a descrita no capitulo 4, item 4.8 do livro de perfis de aço formado a frio 3ª edição do professor Paulo Roberto M de Carvalho. Como se trata da análise do mesmo perfil, a carga pontual aplicada ao montante será de 490 kgf no sentido vertical comprimindo o perfil. ܫ௫ଵ = 70,26ܿ݉ସ ܣଵ = 4,42ܿ݉². ܫଵ = 15,76ܿ݉ସ ܺ = 1,78ܿ݉. ܰ a ser adotado é o menor valor entre: ܰ ௫, ܰ௬ ݁ ܰ௭ ܧ = 2,0 ݔ 10 మ = 200.000 ܯܲܽ ܰ௫ = ߨଶ ∗ ܧ ∗ 70,26(1 ∗ 270)² = 19024 ݂݇݃ ܰ௬ = πଶ ∗ ܧ ∗ 15,76(1 ∗ 270)² = 4267 ݂݇݃ ܰ௭ = 1ݎଶ ቈ πଶ ∗ ܧ ∗ ܥݓ (ܭଶ1ଶ)ଶ + ܩܬ = 1 6,08ଶ ቈ πଶ ∗ ܧ ∗ 381,65 (270)ଶ + 0,385ܧ ∗ 0,059 = 4024݂݇݃ (ܩݒ݁ݎ݊ܽ) Cálculo de ߣ ߣ = ටସ,ସଶ∗ଶହସଶସ =1,65 ߣ ≤ 1,5 ݔ = 0,658ఒబమ ߣ > 1,5 ݔ = 0,877ߣଶ ܺ = 0,32 55 Tabela 8: Tabela de perfil U enrijecido.00000 Perfil Dimensões Eixo x Eixo y Ue m kg/m A (cm²) bw (mm) bf (mm) D (mm) t=tn (mm) ri (mm) Ix (cm4) wx (cm4) rx (cm) xg (cm) x0 (cm) Iy (cm4) wy (cm3) ry (cm) J (cm4) Cw (cm6) r0 (cm) 100 x 50 x 17 x 1,20 2,13 2,71 100 50 17 1,20 1,20 44,15 8,83 4,03 1,79 4,28 10,12 3,15 1,93 0,013 246,61 6,19 100 x 50 x 17 x 1,50 2,64 3,36 100 50 17 1,50 1,50 54,25 10,85 4,02 1,79 4,24 12,33 3,84 1,92 0,025 299,85 6,15 100 x 50 x 17 x 2,00 3,47 4,42 100 50 17 2,00 2,00 70,26 14,05 3,99 1,78 4,18 15,76 4,90 1,89 0,059 381,65 6,08 100 x 50 x 17 x 2,25 3,87 4,93 100 50 17 2,25 2,25 77,89 15,58 3,97 1,78 4,15 17,36 5,39 1,88 0,083 419,43 6,05 100 x 50 x 17 x 2,65 4,51 5,74 100 50 17 2,65 2,65 89,59 17,92 3,95 1,78 4,10 19,74 6,13 1,85 0,134 475,74 5,99 100 x 50 x 17 x 3,00 5,05 6,43 100 50 17 3,00 3,00 99,30 19,86 3,93 1,78 4,06 21,66 6,72 1,84 0,193 521,00 5,94 100 x 50 x 17 x 3,35 5,57 7,10 100 50 17 3,35 3,35 108,55 21,71 3,91 1,77 4,02 23,43 7,26 1,82 0,265 562,68 5,89 Fonte: Carvalho et. al. (2014) 56 Cálculo da área efetiva pelo método MLE, Figura 31. Figura 31: Área efetiva pelo MLE Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) Elemento AA, elemento formado por duas bordas longitudinais vinculadas, ou seja, elementos “enrijecidos”, elemento AL elemento formado por apenas uma borda longitudinal vinculada, ou seja, elementos “não-enrijecidos” Cálculo da área efetiva na tensão ∝= ݔ݂ݕ ߪ = 2500 ∗ 0,32 ∴ ߪ = 800݂݇݃/ܿ݉² Definido o índice de esbeltez reduzido ߣ = /௧,ଽହට಼∗ಶ ߣ = 100 2ൗ 0,95ටସ∗ଶ௫ଵల଼ = 0,52 ݇ = 4 para elemento AA Para λ୮ ≤ 0,673 não é necessário enrijecedor de borda ܾ = ܾ ܣ = ܣ ݐݐ݈ܽ Cálculo de ܰܿ ܴ݀ ܰܿ ܴ݀ = ,ଷଶ∗ସ,ସଶ∗ଶହଵ,ଶ = 29,46݇ܰ ݑ 2946 ݂݇݃ . 57 Como pode-se observar o valor encontrado para a força axial de compressão resistente de cálculo (Nc,Rd) foi bem próximo do valor calculado pelo software, conforme pode ser visto na Figura 32. Figura 32: Captura de tela do mCalc Fonte: Tela gerada pelo mCalc (2015) 58 6. RESULTADOS OBTIDOS. O resultado esperado para este estudo era a determinação de um perfil ideal para suportar a carga de 490 kgf aplicada ao montante, no entanto pode-se perceber que o perfil utilizado no projeto poderia ter sido menor, uma vez que a relação do esforço solicitante de cálculo e o esforço resistente de cálculo é de 0,26, ou seja, o perfil adotado não esta trabalhando com toda sua capacidade resistente. O uso do software garante um melhor desempenho no dimensionamento dado o número de interações matemáticas que o mesmo realiza. Comparando o valor de resistência à compressão calculado pelo programa que foi de 2668,36 kgf e o valor calculado manualmente, 2946 kgf, pode-se dizer que as interações realizadas pelo programa são compatíveis com o que prescreve a NBR 14762:2010, a marcha de cálculo manual também se mostrou eficiente para a determinação do perfil a ser utilizado. Poderia ter sido feito mais interações com o auxilio do software até chegar em uma relação do esforço solicitante de calculo e o esforço resistente de cálculo igual a 1, onde iria trabalhar com uma situação ideal e estaria fazendo um aproveitamento total da seção. Tanto na interação matemática realizado pelo programa, e também pela interação matemática manual da marcha de cálculo, demostra que o perfil adotado suportará a carga de 490 kgf, com isto este perfil será distribuído em toda a estrutura, o que facilita o dimensionamento e não existindo a necessidade de se dimensionar todos os perfis da estrutura, visto que de uma maneira conservadora, ou seja em favor da segurança, o perfil adotado suporta a carga de utilização. Quando observamos o relatório de dimensionamento gerado pelo programa, percebemos as inúmeras verificações que o mesmo realiza, tal facilidade garante ao engenheiro um estudo mais preciso do comportamento do perfil analisado, buscando sempre uma estrutura segura e com menor custo de aquisição, porém apesar de útil, a marcha de cálculo manual desprende tempo e atenção do projetista, visto que as possibilidades de erros em aplicações manuais são muito maiores se comparadas a entradas automáticas de cálculo, bastando ao projetista somente variar a seção do perfil e com apenas um “click” uma nova interação será gerada em segundos. 59 Para este estudo não foi considerado as ações devido ao vento, no dimensionamento manual do perfil, ou seja, o perfil só foi dimensionado manualmente, para a solicitação de compressão. Viu-se que um perfil, quando comprimido, tem sua área modificada, tomando como referência para o cálculo sua área cheia ou área efetiva. Como a NBR14762 (ABNT, 2010), não orienta sobre a necessidade de se considerar a excentricidade, para o dimensionamento do perfil escolhido, não foi atribuído a excentricidade, ou seja, foi considerado que o ponto de aplicação da carga seria no baricentro do perfil. 60 7. ALVENARIA COMPARADA AO STEEL FRAME Após o dimensionamento do pilar mais solicitado na construção em LSF, foi feito um levantamento de custo simples de uma residência de 64m², usando o sistema construtivo em Light Steel Frame e o sistema construtivo convencional de pilares e vigas de concreto armado com fechamento em alvenaria, a fim de se fazer um comparativo de parâmetros orçamentários entre os dois sistema construtivos. Em consulta a algumas construtoras da região, foi levantado o custo por metro quadrado de residênciaspadrão popular constituída de pilares e vigas de concreto armado e fechamento em alvenaria, ao qual ficou orçado em R$ 900,00 o metro quadrado da construção, se dividirmos este valor em mão de obra e materiais, chegaremos no valor de R$ 350,00 para mão de obra e R$ 550,00 para materiais, já considerado todos os impostos. Foi elaborado em paralelo outro orçamento da residência em alvenaria utilizando o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI 10/2015), o mesmo tem gestão compartilhada entre Caixa Econômica federal e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulga mensalmente custos e índices da construção civil. A Caixa é responsável pela base técnica de engenharia (especificação de insumos, composições de serviços e projetos referenciais) e pelo processamento de dados, e o IBGE, pela pesquisa mensal de preço, metodologia e formação dos índices. (PORTAL BRASIL, 2014) De acordo com a Tabela 9 Parte I, II e III, segue abaixo a composição de preço da estrutura em alvenaria. Tabela 9 – Composição de preço residência em alvenaria Parte I. Etapas Sub Etapas Material Serviço Total Geral Projetos e Aprovações Total etapa R$ 3.087,75 R$ 3.087,75 Aprovação Legal R$ 1.387,75 R$ 1.387,75 Outros R$ 100,00 R$ 100,00 Projetos R$ 1.600,00 R$ 1.600,00 Fonte: Sinap (2015) 61 Tabela 9 – Composição de preço residência em alvenaria Parte II. Infra Básica Total etapa R$ 2.642,48 R$ 953,22 R$ 3.595,70 Energia Provisória R$ 612,82 R$ 250,00 R$ 862,82 Instalação Barracão Provisória R$ 1.005,76 R$ 100,00 R$ 1.105,76 Ligação de Esgoto R$ 1.023,90 R$ 443,22 R$ 1.467,12 Terraplanagem e Escavações R$ 160,00 R$ 160,00 Fundação Total etapa R$ 2.526,79 R$ 2.630,26 R$ 5.157,06 Caixaria R$ 218,12 R$ 218,12 Ferragem R$ 996,25 R$ 996,25 Impermeabilização R$ 181,53 R$ 181,53 Material Básico R$ 1.130,89 R$ 1.130,89 Pedreiro R$ 2.630,26 R$ 2.630,26 Alvenaria e estrutura Total etapa R$ 5.842,10 R$ 7.610,09 R$ 13.452,19 Caixaria R$ 800,80 R$ 800,80 Ferragem R$ 1.137,20 R$ 1.137,20 Material Básico R$ 3.698,29 R$ 3.698,29 Pedreiro R$ 7.610,09 R$ 7.610,09 Pré-Instalação Condici. de Ar R$ 0,00 R$ 0,00 Preparação Elétrica Básica R$ 205,81 R$ 205,81 Cobertura Total etapa R$ 9.908,32 R$ 3.716,85 R$ 13.625,17 Caixaria R$ 251,03 R$ 251,03 Ferragem R$ 619,39 R$ 619,39 Material Básico R$ 1.734,65 R$ 1.734,65 Pedreiro R$ 2.756,85 R$ 2.756,85 Preparação Elétrica Básica R$ 72,92 R$ 72,92 Serralheria R$ 2.645,68 R$ 2.645,68 Telhamento R$ 4.584,66 R$ 960,00 R$ 5.544,66 Fonte: Sinap (2015) 62 Tabela 9 – Composição de preço residência em alvenaria Parte III. Hidráulica Total etapa R$ 1.189,85 R$ 542,16 R$ 1.732,01 Água Fria R$ 582,24 R$ 582,24 Encanador R$ 542,16 R$ 542,16 Esgoto R$ 574,04 R$ 574,04 Outros R$ 33,57 R$ 33,57 Fechamentos Total etapa R$ 6.028,74 R$ 6.028,74 Parapeito R$ 533,25 R$ 533,25 Soleira R$ 177,75 R$ 177,75 Vidraçaria R$ 2.326,98 R$ 2.326,98 Esquadrias de Madeira R$ 2.990,76 R$ 2.990,76 Elétrica, Telefonia, Rede, Tv a Cabo Total etapa R$ 2.308,80 R$ 440,00 R$ 2.748,80 Fiação R$ 1.188,42 R$ 1.188,42 Outros R$ 56,95 R$ 56,95 Padrão de Energia – Ligação R$ 425,94 R$ 440,00 R$ 865,94 Preparação Elétrica Básica R$ 92,53 R$ 92,53 Quadro de Distribuição R$ 171,06 R$ 171,06 Tomadas e Interruptores R$ 373,90 R$ 373,90 Acabamentos Total etapa R$ 6.295,03 R$ 5.300,45 R$ 11.595,48 Forro R$ 1.152,33 R$ 1.152,33 Iluminação R$ 348,17 R$ 424,34 R$ 772,51 Louças e acessórios banheiro R$ 1.153,59 R$ 101,66 R$ 1.255,25 Pintura e Preparação R$ 677,72 R$ 2.254,88 R$ 2.932,60 Revestimento Cerâmico R$ 2.507,86 R$ 2.209,89 R$ 4.717,75 Rodapé R$ 455,36 R$ 309,68 R$ 765,04 Reboco, Contrapiso e Enquadramentos Total etapa R$ 2.576,51 R$ 7.915,05 R$ 10.491,56 Impermeabilização R$ 50,72 R$ 50,72 Material Básico R$ 2.504,01 R$ 2.504,01 Outros R$ 21,78 R$ 21,78 Serviço R$ 7.915,05 R$ 7.915,05 Total Geral R$ 39.318,62 R$ 32.195,83 R$ 71.514,45 Fonte: Sinap (2015) 63 O custo levantado de acordo com a tabela SINAPI ficou em R$1117,40 o metro quadrado da construção em alvenaria, o que se aproxima do orçado com as construtoras locais (R$ 900,00). Realizou-se também a pesquisa de custo em construtoras da região para a mesma residência em Light Steel Frame, a qual foram levantados os valores separando a composição da seguinte forma: Radier: foi considerado o mesmo valor da residência em alvenaria, R$ 5.157,06 Estrutura de aço (cálculo estrutural, planta de montagem): R$310,00 o metro quadrado. Emplacamento Fechamento e Cobertura: R$320,00 o metro quadrado. Mão de obra para a estrutura em Steel Frame: R$300,00 o metro quadrado. Se considerarmos uma relação direta entre os dois sistemas poderemos chegar a composição de preço final das estruturas, com os seguintes valores: Custo da Residência em alvenaria, R$1117,40 o metro quadrado. Custo da residência em Steel Frame, R$1517,40 o metro quadrado. A Distribuição normal dos custos de uma obra, em alvenaria convencional, está demonstrada na Figura 33. 64 Figura 33: Distribuição dos custos em alvenaria Fonte: Criado por Marins; Oliveira (2015) 65 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora pouco utilizado no Brasil, as construções em Light Steel Frame, esta difundida em países desenvolvidos a mais de 100 anos, a aceitação deste método construtivo tem encontrado resistência devido à falta de qualificação dos engenheiros e arquitetos que desconhecem o sistema e também não tem interesse em pesquisar e desenvolver novas tecnologias. As construções artesanais embora atendam a necessidade das obras residenciais, tem se mostrado ultrapassada se comparado ao processo aqui estudado, vale lembrar da famosa máquina de escrever que até na década de 90 era possível encontra-la e a mesma atendia nossas necessidades, porém hoje com o avanço dos computadores a mesma se tornou obsoleta. O sistema mostra ser um divisor na forma de se construir, pois o mesmo utiliza matéria prima de qualidade, com alto grau de controle nos processos de produção e mão de obra qualificada, juntando estes dois aspectos o sistema já sai na frente quando o cliente final busca uma estrutura de qualidade comprovada, sem contar os ganhos gerados ao meio ambiente, pois o sistema não gera resíduos, podendo toda a sobra de matéria, que é pequena, ser aproveitada em outras etapas construtivas e a garantia de reciclagem do aço que é 100% reciclável. Percebe-se que o sistema gera algumas vantagens, como: obra limpa, construção a seco, facilidade de montagem e manuseio, redução de prazos quando comparado a alvenaria, leveza e redução de custos na fundação, em regiões onde é mais frequente os abalos sísmicos a utilização do sistema tem se mostrado superior a alvenaria, visto que no Chile, EUA, e Japão foi comprovado que as residências em aço galvanizado não desmoronaram sobre seus habitantes como as residências em alvenaria. (Gomes, 2013) Pode- se observar no dimensionamento do pilar, que o valor encontrado com o auxílio do software de dimensionamento ficou dentro do esperado quando dimensionado o pilar de forma analítica, tanto o resultado da interação automática quanto o resultado da interação manual se mostraram satisfatórios, vale ressaltar que o uso de cálculo automatizado garante mais agilidade e valores mais precisos ante ao processo manual. 66 Outro ponto observado foi o custo da estrutura em steel frame, que ficou cerca de 36% mais alto que o valor da construção em alvenaria, porém os ganhos com a rápida execução da obra podem gerar renda ao proprietário. 67 REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS. AGOPYAN, Vahan. Construção Civil consome até 75% da matéria-prima do planeta.13 jul. 2013 Entrevista concedida para o globo ciência. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/07/construcao-civil-consome- ate-75-da-materia-prima-do-planeta.html> Acesso 14 nov. 2015 ARAÚJO, Luís O. 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NBR 14762: Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio. Rio de Janeiro: ABNT, 2010 68 ÁVILA, Antônio V.; LOPES, Oscar C.; LIBRELOTTO, Liziane I. Orçamento de obras. Florianópolis: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2003. Disponível em: <http://pet.ecv.ufsc.br/arquivos/apoio-didatico/ ECV5307-20Orçamento.pdf> Acesso em: jul. 2015. BARROS, Mercia M. S. B. de; MELHADO Silvio B. Recomendações para a produção de estruturas de concreto armado em edifícios. São Paulo: EPUSP, 1998. Departamento de engenharia civil. Disponível em: <http://www.pcc.usp.br/files/text/publications/TT_00004.pdf> Acesso em: jun. 2015. BASTOS, Paulo S. dos S. Fundamentos do concreto armado. Bauru: UNESP, 2006. Faculdade de Engenharia, departamento de engenharia civil. Disponível em: <http://www.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/FUNDAMENTOS.pdf>Acesso em: 28 jun. 2015. BELLEI, Ildony H.; PINHO, Fernando O.; PINHO, Mauro O. Edifícios de Múltiplos Andares em aço. São Paulo: PINI, 2008. 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