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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS ALTO PARAOPEBA BOMBA CENTRÍFUGA COM ROTAÇÃO VARIÁVEL Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina de Laboratório de Engenharia de Bioprocessos I sob responsabilidade da Prof. Ênio Nazaré de Oliveira Júnior. Integrantes: Bruna Luiza Ferreira Pralon - 124200013 Camila Cristina Vieira Velloso - 124250008 Karen Sartori Jeunon Gontijo - 124200025 Marcos Vinicios Bittencourt - 104200037 Tayse Andrade Rodrigues - 124250035 Vanessa Costa Santos - 114250048 Ouro Branco,Março - 2016 2 Introdução Em sistemas de escoamento, geralmente é necessário adicionar energia ao fluido para mantê-lo em escoamento. A energia é gerada por um equipamento motriz do fluido, como uma bomba ou compressor. Em se tratando de líquidos, fala-se em bombeamento, e o equipamento utilizado são as bombas. A energia suprida aos dispositivos motrizes em processos químicos constitui, muitas vezes, a parcela mais importante de consumo de energia. Dessa forma, é importante escolher bombas e compressores apropriadamente dimensionadas no projeto do processo. [1] A maioria das bombas podem ser classificadas entre bombas de deslocamento positivo e bombas centrífugas. As bombas de deslocamento positivo impelem uma determinada quantidade de fluido por volta, enquanto as bombas centrífugas impelem uma quantidade de fluido que varia com a pressão de descarga ou energia adicionada. [1] As bombas centrífugas são amplamente utilizadas devido à sua simplicidade e baixo custo. Na sua forma mais simples, são constituídas por um rotor que gira no interior de uma carcaça. O fluido entra pelo eixo do rotor e é lançado para a periferia pela força centrífuga. A energia inética do fluido aumenta d centro do rotor para as pontas das palhetas propulsoras. Essa energia cinética é convertida em pressão quando o fluido sai do impulsor. [1] Normalmente, bombas centrífugas operam a velocidade constante e sua caapcidade depende da pressão total, do projeto e das condições de sucção. Para se descrever ascaracterístias operacionais das bombas, utilizas-se crvas características. Tais curvas relacionam a carga (H), a caapcidade (Q), a eficiênica (η) e a potência (p) para uma certa bomba numa certa velocidade de rotação.[1] 3 Objetivos O experimento teve como objetivo a determinação do rendimento, potências, altura manométrica e vazão da bomba para duas rotações (mínima e máxima), como também calcular o expoente das relações entre a rotação e a vazão, a altura manométrica e a potência para a bomba centrífuga com rotação variável e também verificar a validade das leis de semelhança. Materiais e Métodos o Materiais No experimento abordado foram utilizados os seguintes materiais: Sistema de bomba centrífuga com rotação variável; Termômetros; Dinamômetro; Cronômetro; Tacômetro; Balança; Balde; Régua. o Métodos O balde foi utilizado para coletar a água, e foi pesado vazio antes do início do experimento, e a massa foi coletada para ser descontada na hora dos cálculos. Em seguida, foi medida a temperatura da água como também a distância vertical (L) entre as tomadas de pressão do centro do tubo horizontal de sucção até a tomada do tubo de recalque. Lembrando que a bomba foi afogada antes de ser ligada. Posteriormente, com a bomba em funcionamento, foi coletado a massa de água com uma vazão mínima e 4 também para uma vazão máxima e essas massas coletadas (mB+A) foram pesadas juntamente com o balde. O tempo de coleta para as massas foi devidamente cronometrado. Também foi anotado os dados de rotação (n) RPM, utilizando um tacômetro; a Força (F) utilizando um dinamômetro; o desnível do mercúrio no manômetro em U (h) e a distância do braço até o dinamômetro (b); O equipamento utilizado para a realização do está sendo representado pela Figura 1: Figura 1:Representação doequipamento utilizado no experimento: 1) bomba; 2) eixo; 3) motor de rotação variável; 4) braço; 5) dinamômetro; 6) manômetro em U com mercúrio; 7) tubo de polietileno flexível; 8) tomada de pressão de recalque; 9) válvula; 10) duto de recalque de; 11) braço flexível para coleta de agua; 12) caixa com água; 13) duto de sucção de; 14) tomada de sucção. Resultados e Discussões A partir do experimento mediu-se a temperatura da água, tendo como resultado 26°C,nesta temperatura a sua densidade é de0,9968 g.cm-3. A massa do balde vazio foi de 0,576 Kg e a distância vertical (L) entre as tomadas de pressão do centro do tubo horizontal de sucção até a tomada no tudo de recalque teve como valor 18,5 cm. A medida da distância do braço até o dinamômetro (b) foi de 13 cm. Os valores de Força (F), rotação (n), tempo (s), desnível (h) de mercúrio no manômetro em U, a massa do béquer com água (mB+A), como também a massa de água 5 descontando-se a massa do balde (mA), que estão demonstrado na Tabela 1, em que a rotação em segundos foi calculada através da equação a seguir: 𝑃𝑆 = 𝑅𝑃𝑀 ∗ 1 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 (1) Tabela 1: Valores de rotação (n), força (F), desnível de mercúrio (h), massas (mA e mB+A) e tempo (t) medidos para o experimento. Rotação (RPM) Rotação (RPS) Força (N) Desnível de Mercúrio (cm) Massa do Balde com Água (kg) Massa deÁgua (kg) Tempo (s) 1 1740 29,0 0,33 6,3 5,424 4,848 20 2 1880 31,3 0,36 7,2 4,618 4,042 15 3 2000 33,3 0,38 8,0 5,080 4,504 15 4 2070 34,5 0,40 8,5 5,374 4,798 15 5 2140 35,7 0,40 9,0 5,426 4,850 15 Foram calculadas, então, as vazões mássicas e volumétricas para as duas rotações de acordo com as equações: �̇� = 𝑚𝐴 𝑡 Vazão mássica (2) 𝑄 = �̇� 𝜌á𝑔𝑢𝑎 Vazão volumétrica (3) Para as rotações mínima e máxima os valores calculados são encontrados na Tabela 2: Tabela 2: Valores de vazão mássica (�̇�), como também volumétrica (Q), para as rotações mínima e máxima. Vazão Mássica (kg/s) Vazão Mássica (g/s) Vazão Volumétrica (mL/s) 1 0,242 242,4 243,2 2 0,269 269,4 270,3 3 0,300 300,2 301,2 6 4 0,319 319,8 320,8 5 0,323 323,3 324,3 Em seguida, após obter todos os dados pode-se realizar os cálculos demonstrado a baixo: Cálculo da altura manométrica da bomba (H) Para cálculo da altura manométrica é necessário utilizar a seguinte equação: 𝐻 = ∆𝑃 𝜌𝑔 (4) Logo, para calcular H foi necessário calcular a variação de pressãoΔP. A equação para o cálculo da variação de pressão é demonstrada a seguir: ∆𝑃 = ℎ (𝛾𝐻𝑔 − 𝛾á𝑔𝑢𝑎) − 𝛾á𝑔𝑢𝑎𝐿(5) Para calcular o peso específico(𝛾) é necessário utilizar a seguinte equação: 𝛾𝑖 = 𝜌𝑖𝑔 (6) Sabendo-se que a densidade do mercúrio à 26 °C é de 1392,55g.cm-2.s-2. 𝛾𝐴 (água) 𝛾𝐻𝑔 (mercúrio) 𝛾𝐴 = 𝜌𝐴𝑔 𝛾á𝑔𝑢𝑎 = 0,9968 𝑔 𝑐𝑚3 x 981 𝑐𝑚 𝑠2 𝛾á𝑔𝑢𝑎 = 977,86 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 = 9778,6 𝑘𝑔 𝑚2𝑠2 𝛾𝐻𝑔 = 𝜌𝐻𝑔𝑔 𝛾𝐻𝑔 = 13,55 𝑔 𝑐𝑚3 x 981 𝑐𝑚 𝑠2 𝛾𝐻𝑔 = 13292,55 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 = 132925,5 𝑘𝑔 𝑚2𝑠2 Então, os valores calculados de ΔP foram: 7 ∆𝑃1 = 6,3 𝑐𝑚 𝑥 (13292,55 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 − 977,586 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 ) − (977,86 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 𝑥 18,5 𝑐𝑚) = 59493,86 𝑔 𝑐𝑚 𝑠2 ∆𝑃1 = 59493,86 𝑔 𝑐𝑚 𝑠2 = 5949,4 𝑃𝑎 Têm-se para a altura manométrica: 𝐻1 = 59493,86 𝑔 𝑐𝑚 𝑠2 0,9968 𝑔 𝑐𝑚3 x 981 𝑐𝑚 𝑠2 = 60,84𝑐𝑚 Cálculo da potência hidráulica (𝐖𝐇𝐏) Para calcular a potência hidráulica (WHP) é necessário utilizar a seguinte equação demonstrada a seguir: 𝑊𝐻𝑃 = 𝛾á𝑔𝑢𝑎 𝑥 𝑄 𝑥 𝐻 (7) Logo, a partir da Equação (7) tem-se: 𝑊𝐻𝑃1 = 977,86 𝑔 𝑐𝑚2𝑠2 𝑥 243,2 𝑐𝑚3 𝑠 𝑥 60,84 𝑐𝑚 = 14468698,2 𝑔 𝑐𝑚2 𝑠3 𝑊𝐻𝑃1 = 14468698,2 𝑔 𝑐𝑚2 𝑠3 = 1,45𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠 Cálculo da potência mecânica (BHP) 8 Para o cálculo da potência fornecida pelo motor (BHP), que também podendo ser chamada de potência motriz, é necessário a utilização da seguinte Equação: BHP = 𝐹 𝑥 𝑏 𝑥 2𝜋𝑛 (8) Com o valor de b obtido sendo igual a 13 cm, os valores das rotações calculadas são demonstradas a seguir: BHP1 = 0,33 𝑘𝑔 𝑚 𝑠2 𝑥 0,13 𝑚 𝑥 2𝜋 𝑥 29,0 𝑠 = 7,82 𝑘𝑔 𝑚2 𝑠3 = 7,82𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠 Cálculo do rendimento da bomba (η) O rendimento da bomba (𝜂)é calculado em que a relação entra potência hidráulica (WHP) e a potência mecânica (BHP) da bomba, de acordo com a Equação 9: 𝜂% = 𝑤h𝑝 𝐵𝐻𝑃 𝑥 100(9) 𝜂% 1 = 1,45 𝑊 7,82 𝑊 𝑥 100 = 18,5 % Após os cálculos, os dados obtidos podem ser observados na Tabela 3: Tabela 3. Valores de ΔP, altura manométrica (H), potência hidráulica (WHP), potência mecânica (BHP) e rendimento (𝜂), para as duas rotações. Abertura da Válvula Variação de Pressão (Pa) Altura Manométrica (cm) Potência Hidráulica (Watts) Potência Mecânica (Watts) Rendimento (%) 1 5949,4 60,84 1,45 7,82 18,5 2 7057,7 72,18 1,91 9,20 20,76 3 8042,9 82,25 2,42 10,33 23,43 9 4 8658,7 88,55 2,78 11,27 24,67 5 9274,4 94,84 3,01 11,66 25,82 Cálculo dos expoentes das relações para a bomba centrífuga Como mostrado a seguir, os cálculos dos expoentes entra rotação e a vazão, a altura manométrica e a potência para a bomba, e os valores calculados com os valores teóricos das leis de semelhança seguintes: ( 𝑄1 𝑄2 ) = ( 𝑛1 𝑛2 ) 1 (10) ( 𝐻1 𝐻2 ) = ( 𝑛1 𝑛2 ) 2 (11) ( 𝑊𝐻𝑃1 𝑊𝐻𝑃2 ) = ( 𝑛1 𝑛2 ) 3 (12) A fim de verificar a validade dessa relação, utilizou-se os dados da primeira e última rotações para calcular as duas divisões. Os resultados obtidos foram: Para a vazão têm-se: ( 𝑄1 𝑄5 ) = ( 𝑛1 𝑛5 ) 𝑋 𝑙𝑜𝑔 ( 243,2 324,3 ) = 𝑋. 𝑙𝑜𝑔 ( 29 35,7 ) 𝑋 = 1,38 Para a altura manométrica têm-se: ( 𝐻1 𝐻5 ) = ( 𝑛1 𝑛5 ) 𝑌 𝑙𝑜𝑔 ( 60,89 94,84 ) = 𝑌. 𝑙𝑜𝑔 ( 29 35,7 ) 𝑌 = 2,13 E para a WHP, têm-se: ( 𝑊𝐻𝑃1 𝑊𝐻𝑃5 ) = ( 𝑛1 𝑛5 ) 𝑍 𝑙𝑜𝑔 ( 1,45 3,01 ) = 𝑍. 𝑙𝑜𝑔 ( 29 35,7 ) 𝑍 = 3,51 10 Ao analisar os dados da Tabela 8, verificou-se que o rendimento da bomba melhora a medida que sua rotação é aumentada. As bombas centrífugas apresentam três relações, de acordo com a literatura, entre a rotação na qual ela está operando com a vazão, a altura manométrica e a potência. Estas relações comparam como essas três variáveis se comportam em relação a uma alteração na rotação. Com intuito de verificar a validade destas relações, utilizou-se os valores de vazão, altura manométrica e potência encontrados para as duas primeiras rotações utilizadas. O resultado encontrado apontou uma diferença no valor esperado pelas relações. Isto ocorreu pelo fato de que dados obtidos experimentalmente costumam vir acompanhados de erros sistemáticos e, por isso, não apresentam uma exatidão tão boa quanto o esperado pela literatura. A partir dos valores de altura manométrica apresentados na Tabela 3 e de vazão média apresentados na Tabela 2, foi possível plotar a curva referente à bomba centrífuga através do Excel. Esta curva está ilustrada na Figura 2. Figura 2: Curva da bomba centrífuga Analisando a Figura 2 percebe-se que a altura manométrica aumenta à medida que a vazão aumenta para a curva de bomba centrífuga. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 100 200 300 400 A lt u ra M an ô m e tr ic a ( cm ) Vazão (mL/s) Série1 11 Conclusão Pode-se observar que a pressão, potência mecânica, potência hidráulica e rendimento aumentou com o aumento da vazão. Os valores de rendimento foram muito baixos para as vazões estudadas, variando de 18,5 a 25,82 Observou-se também uma boa aproximação entre os valores teóricos e calculados para os coeficientes das relações entre a rotação e a vazão, a altura manométrica e a potência da bomba. Foram obtidos valores mais próximos ao esperado, de 1,38, 2,13 e 3,51, respectivamente. Referências Bibliográficas [1] FOUST, A. Princípios das Operações Unitárias, 2ª ed. Editora LTC, 1982.
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