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Fitopatologia Aula 3

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06/10/2014 
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FITOPATOLOGIA 
 
ETIOLOGIA 
 
FITOPATOLOGIA 
Etiologia 
(grega) 
Aetia = causa 
 
Logos = estudo 
FITOPATOLOGIA 
FITOPATOLOGIA 
-Vírus 
-Fungos 
-Nematoides 
-Bactérias 
FITOPATOLOGIA 
O desenvolvimento do patógeno compreende: 
 
FASE ATIVA 
FASE INATIVA 
Patogênese e 
Saprogênese 
Dormência 
FITOPATOLOGIA 
PARASITISMO 
Parasita 
obrigatório 
FITOPATOLOGIA 
PARASITISMO 
Parasita não 
obrigatório 
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FITOPATOLOGIA 
Saprófitas facultativos 
 
Parasitas facultativos 
 
Parasitas acidentais 
Parasita não 
obrigatório 
FITOPATOLOGIA 
TESTE DE 
PATOGENICIDADE - Postulados de 
Koch 
1. Associação constante patógeno-
hospedeiro 
2. Isolamento do patógeno 
3. Inoculação do patógeno e reprodução 
dos sintomas 
4. Reisolamento do patógeno 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
CICLO DE VIDA DO 
PATÓGENO 
FITOPATOLOGIA 
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FITOPATOLOGIA 
FONTE DE INOCULO 
 
· Inoculo: é qualquer propágulo ou estrutura 
do patógeno capaz de causar infecção. 
 
Ex: esporos e micélio de fungos, 
células de bactérias, 
ovos ou larvas de nematoides. 
FITOPATOLOGIA 
FONTE DE INOCULO 
 
· Fonte de inoculo: é o local onde o inoculo é 
produzido. 
 
Ex: plantas doentes, 
restos de cultura, 
solo infestado. 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
ATIVA 
PASSIVA 
FITOPATOLOGIA 
DISSMINAÇÃO - dispersão Disseminação ativa 
Aquela realizada com os próprios recursos do 
patógeno. 
 
É restrita e limitada - uma área muito pequena!!! 
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Disseminação passiva 
 
O inoculo do patógeno é transportado com o auxílio 
de agentes de disseminação. 
 
 
IMPORTANTE - responsável pela disseminação dos 
agentes causais de doenças de plantas a curta e a 
longas distâncias. 
FITOPATOLOGIA 
Disseminação passiva direta: aquela realizada 
conjuntamente com os órgãos de propagação dos 
hospedeiros. 
FITOPATOLOGIA 
Disseminação passiva indireta: realizada por 
diferentes agentes de disseminação como o vento, 
insetos, homem, animais, 
ferramentas e implementos agrícolas. 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
É a transferência do patógeno da fonte de inoculo 
para o local de infecção. 
 
Patógeno - local de infecção 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
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FITOPATOLOGIA 
Depositado junto à superfície do 
hospedeiro, o inoculo deve sofrer uma série de 
transformações que possibilitem a penetração do 
patógeno nos tecidos do hospedeiro. 
 
 
•Fungos - emissão do tubo germinativo; 
•Bactérias - multiplicação das células; 
• Nematoides - eclosão das larvas. 
FITOPATOLOGIA 
A germinação depende de fatores ambientais: 
 
•Temperatura, 
•Umidade, 
•Luminosidade, e 
•pH. 
 
 
A germinação também depende de fatores 
genéticos. 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
 É a fase que ocorre a implantação do patógeno 
no local da planta onde se iniciará o processo de 
colonização dos tecidos. 
 
Penetração direta pela superfície intacta do 
hospedeiro, 
Penetração por aberturas naturais, 
Penetração por ferimentos. 
 
Penetração direta pela superfície intacta do hospedeiro 
 
•Fungos: apressório 
Tubo de penetração: perfura a cutícula - protoplasma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex: Colletotrichum graminicola em folhas de milho e 
sorgo. 
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Penetração direta pela superfície intacta do hospedeiro 
 
•Nematóides: estilete - pequenas aberturas na parede 
celular das células da planta. 
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Penetração por aberturas naturais 
 
•Estômatos, (ferrugens, Alternaria ricini em folhas de 
mamona), 
•Hidatódios (X. campestris pv. campestris em folhas de 
couve), 
•Lenticelas (Streptomyces scabies em tubérculos de 
•batata), 
•Nectários (Ralstonia solanacearum em inflorescências 
de bananeira) 
Penetração por ferimentos 
 
São as mais importantes vias de penetração dos agentes 
fitopatogênicos. 
 
 
 
 
FITOPATOLOGIA 
Penetração por ferimentos 
 
 
Ferimentos: chuvas fortes, granizos, geadas, ventos, 
práticas culturais, insetos, nematóides, etc. 
 
 
•penetração de Erwinia carotovora em frutos através de 
ferimentos; 
•penetração de Penicillium sclerotigenum em túberas de 
inhame através de ferimentos de colheita e transporte; 
•penetração de Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici em 
tomateiro através de ferimentos nas raízes. 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
FITOPATOLOGIA 
É a fase que ocorre quando o 
patógeno passa a 
se desenvolver e nutrir dentro do 
hospedeiro. 
 Parasitas facultativos 
 
1. Enzimas (+ toxinas) 
2. Degradação - componentes 
celulares da planta 
3. Morte e a desintegração 
4. Colonizam: penetram no tecido morto - 
alimentam (como se fossem saprófitos). 
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Parasitas obrigados e alguns facultativos: 
 
NÃO destroem as células!!! 
 
Obtendo seus nutrientes - penetrarem essas 
células vivas ou ao manterem-se em estreito 
contato com elas. 
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• Colonização seletiva: quando o patógeno tem 
preferência por determinados órgãos da planta. 
Ex: Fusarium oxysporum - doenças vasculares. 
 
• Colonização não seletiva: quando o patógeno 
não mostra preferência por órgãos da planta. 
Ex: Rhizoctonia solani. 
 
 
FITOPATOLOGIA 
• Colonização ativa: quando o patógeno 
coloniza o hospedeiro invadindo os seus tecidos 
por crescimento ativo do seu micélio. Ex.: 
Pythium ultimun. 
 
• Colonização passiva: quando as estruturas do 
patógeno são transportadas de uma parte para 
outra da planta. 
Ex.: viroses. 
 
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• Colonização localizada: quando a ação do 
patógeno se restringe aos tecidos próximos ao 
ponto de penetração. 
Ex.: manchas foliares, podridões radiculares, de 
frutos e do colo. 
 
• Colonização sistêmica ou generalizada: 
quando o patógeno se distribui por toda a 
planta, a partir do ponto de penetração. 
Ex.: murchas bacterianas, murchas causadas por 
Fusarium spp. e viroses. 
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FITOPATOLOGIA 
PLANTA x PATÓGENO 
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PLANTA x PATÓGENO 
 
Mecanismos de 
defesa da planta 
Mecanismos de 
ação 
do patógenos 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de 
defesa da planta 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
P
R
O
C
E
S
S
O
 
D
E
 
D
O
E
N
Ç
A
 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
Ação química 
 
Ação mecânica 
FITOPATOLOGIA 
Ação química 
 
Toxinas: capazes de causar alterações 
mórbidas 
na planta, quer de natureza fisiológica, 
metabólica ou estrutural. 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
Atuação das toxinas nas plantas hospedeira : 
•ação sobre enzimas; 
•ação sobre o metabolismo de ácidos nucleicos; 
•ação sobre a fotossíntese; 
•ação sobre o metabolismo de proteínas; 
•ação sobre o crescimento; 
•ação sobre o fluxo de água; 
•ação sobre a permeabilidade de membranas, e 
•induzindo a morte de células e tecidos. 
 
 
FITOPATOLOGIA 
Ação química 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
FITOPATOLOGIA 
Ação química 
 Ex: ácido oxálico produzido por Sclerotium 
rolfsii, causa a morte de células superficiais do 
hospedeiro antes da penetração 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
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FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de ação 
do patógeno s Ação química 
Enzimas: parede celular quanto sobre os 
constituintes do citoplasma da célula hospedeira. 
 
Função: 
•romper as barreiras e defesas do hospedeiro, 
•disponibilidade nutrientes. 
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Mecanismos de ação 
do patógeno s Ação química•enzimas cuticulares: degradam a cutícula da 
parede celular; 
•enzimas pécticas: degradam a pectina da 
lamela média da parede celular, 
•enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas: atuam 
sobre a celulose e hemicelulose da parede 
primária, 
•enzimas lignolíticas: atuam sobre a lignina da 
parede celular, 
•enzimas proteolíticas: atuam sobre as 
proteínas. 
FITOPATOLOGIA 
Ação química 
Ex: produção de enzimas pectinolíticas por 
Erwinia carotovora. 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
FITOPATOLOGIA 
Ação química 
Hormônios : interferindo no 
crescimento e desenvolvimento normal 
das células, desorganizando os tecidos e 
órgãos afetados. 
 
Mecanismos de ação 
do patógenos 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de ação 
do patógeno s Ação química 
Ex: produção de giberelina em plantas de arroz 
por Giberella fujikuroi (Fusarium moniliforme) - 
induzindo um crescimento desordenado das 
plantas tornando seus tecidos mais tenros, 
facilitando o seu ataque; 
 
Nematóides das galhas (Meloidogyne spp.) 
produzindo auxinas para induzir as raízes das 
hospedeiras a produzirem galhas (hiperplasia e 
hipertrofia de células). 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de ação 
do patógeno s Ação mecânica 
 
 São representados pelas pressões mecânicas 
das estruturas do patógeno sobre as estruturas 
do hospedeiro. 
 
Ex:. estiletes dos nematóides 
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FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de defesa 
da planta 
•Estruturais e 
bioquímicos, 
 
•Pré-existentes e 
induzidos. 
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Mecanismos de defesa 
da planta Estruturais - pré-existentes 
São características que existem no 
hospedeiro 
independente da presença do patógeno. 
 
Ex: espessura da parede celular, 
espessura da cutícula, presença de pelos 
e presença de cera. 
 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de defesa 
da planta Estruturais - induzidos 
 
São estruturas que surgem no hospedeiro 
após o contato com o patógeno. 
 
 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de defesa 
da planta Estruturais - induzidos 
 
 - Camada de abcisão: ocorre pela dissolução da 
lamela média nas células vizinhas àquelas 
infectadas, resultando no isolamento do 
patógeno e frequentemente queda do tecido 
infectado. 
 
 
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Mecanismos de defesa 
da planta Estruturais - induzidos 
 - Camada de cortiça: ocorre abaixo do ponto 
de infecção, inibindo a invasão e dificultando a 
absorção de nutrientes pelo patógeno. 
 
 - Tiloses: ocorrem em doenças vasculares, pelo 
extravasamento do protoplasma das células 
adjacentes no interior dos vasos do xilema, 
causando sua obstrução e impedindo o avanço 
do patógeno. 
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Mecanismos de defesa 
da planta Bioquímicos - pré-existentes 
São substâncias presentes no hospedeiro independente 
da presença do patógeno como os compostos fenólicos 
ácido protocatecóico e catecol. 
 
Ex: cebola roxa - resistente ao Colletotrichum circinans. 
 
O ácido clorogênico é uma substância 
fenólica existente em todas as plantas, em menor 
ou maior quantidade - resistência ou suscetibilidade a 
patógenos. 
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FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de defesa 
da planta Bioquímicos - induzidos 
-Fitoalexinas: são substancias fungitóxicas, 
geralmente compostos fenólicos, produzidas 
pelo hospedeiro em resposta a uma infecção. 
 
Ex: faseolina em feijão, pisatina em ervilha, 
risitina em batata, icocaumarina em cenoura 
etc. 
 
FITOPATOLOGIA 
Mecanismos de defesa 
da planta Bioquímicos - induzidos 
 
 - Reação de hipersensibilidade (HR): é a 
morte rápida das células em torno do ponto 
de penetração do patógeno, impedindo o 
desenvolvimento do parasita obrigado. 
 
Ex.: vírus, fungos causadores de ferrugens etc. 
 
Produção de substâncias tóxicas confinando o 
patógeno ao ponto de penetração. Este tipo 
de reação ocorre em plantas resistentes. 
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Podridões moles 
Erwinia spp. 
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murchas vasculares 
Fusarium oxysporum 
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murchas vasculares 
Fusarium oxysporum 
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Mosaico do mamoeiro 
Papaya ringspot mosaic virus 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
É a formação de novos propágulos do patógeno 
para iniciação de novos ciclos. 
 
E extremamente variável dependendo do patógeno 
envolvido. 
 
FITOPATOLOGIA FITOPATOLOGIA 
Esta fase caracteriza-se por garantir a 
sobrevivência do agente patogênico em condições 
adversas: 
•ausência do hospedeiro, 
•condições climáticas desfavoráveis. 
Estratégias 
de 
sobrevivência 
FITOPATOLOGIA 
A sobrevivência do inoculo 
• Estruturas especializadas de resistência 
 
Ex.: clamidosporos, esclerócios, teliosporos, 
ascosporos e oosporos em fungos. 
 
• Atividades saprofíticas 
 
Ex.: colonização de restos culturais e utilização 
de nutrientes da solução do solo. 
 
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A sobrevivência do inoculo 
• Plantas hospedeiras 
 
Ex.: plantas doentes, crescimento epifítico em 
plantas sadias e sementes. 
 
• Vetores 
 
Ex.: sobrevivência de vírus em insetos, fungos e 
nematóides. 
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