Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade Avançada I Autoria: Juliana Leite Kirchner Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros seç ões Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade Avançada I: Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Classificação das contas no Balanço Patrimonial. • Investimentos permanentes. • Espécies de investimentos permanentes. • Ativos financeiros. • Formas de avaliação dos investimentos permanentes. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Avançada I, dos au- tores José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, editora Atlas, 2012. Roteiro de Estudo: Juliana Leite Kirchner Contabilidade Avançada I 6 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Como é a classificação das contas no Balanço Patrimonial? • Como se caracterizam os investimentos permanentes? • Quais são os tipos de investimentos permanentes? • O que são ativos financeiros? Como se caracterizam? • Quais são as formas de avaliação dos investimentos permanentes? CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros A finalidade do Balanço Patrimonial é demonstrar a posição financeira e patrimonial de determinada empresa, em determinado período de tempo. A Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976, com alterações da Lei n. 11.941/2009 – dispõe, no artigo 178, como devem ser classificadas contabilmente as contas no Balanço Patrimonial, dispondo que devem ser classificadas de modo a permitir o fácil conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. Deste modo, as contas devem ser classificadas em conformidade aos elementos do patrimônio que se visa registrar. Elas podem ser agrupadas em três grupos: • Ativo: devem ser compreendidos os recursos, tanto bens quanto direitos, que uma entidade possui e que podem ser expressos em moeda e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. • Passivo: devem ser compreendidas as obrigações e exigibilidades que determinada empresa assume, demonstrando quantias que ela deve a terceiros. 7 LEITURAOBRIGATÓRIA • Patrimônio Líquido: contém a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo de uma entidade, em determinado momento, representando o valor líquido de uma empresa. No entanto, para que o Balanço Patrimonial permita aos usuários uma análise e interpretação adequada acerca da situação patrimonial e financeira de uma entidade, as contas devem ser classificadas de forma ordenada dentro dos grupos, mediante subgrupos. Ressalta-se que o Pronunciamento Técnico n. 26, denominado “Apresentação das Demonstrações Contábeis”, que segue os Padrões Internacionais, dispõe que a ordem para a apresentação das contas no Balanço Patrimonial deve seguir o determinado pela legislação brasileira. Deste modo, as contas devem ser agrupadas da seguinte forma no Ativo: a classificação das contas deve ocorrer em ordem decrescente de grau de liquidez, e devem ser apresentadas, primeiramente, as contas passíveis de serem convertidas em disponibilidades. O Ativo deve ser segregado nos seguintes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante (que se desmembra em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível). Investimentos: o Grupo Ativo Não Circulante é formado pelos seguintes subgrupos: Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado e Intangível. O subgrupo Investimentos refere-se aos investimentos de caráter permanente, ou seja, devem ser compreendidos nesse subgrupo todos aqueles investimentos efetuados por uma empresa que se destinam a produzir benefícios futuros mediante sua permanência na empresa. Iudícibus et al. (2010, p. 151), ao tratar de Investimentos, discorre: “investimentos de caráter permanente, ou seja, destinados a produzir benefícios pela sua permanência na empresa, são classificados à parte no balanço patrimonial como INVESTIMENTOS. Esse subgrupo de Investimentos faz parte do Grupo ATIVO NÃO-CIRCULANTE (...)”. O artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976 – estabelece, no inciso III, o que deve ser compreendido no subgrupo de Investimentos: Artigo 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: [...] III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 8 Conforme disposição expressa do dispositivo legal citado, devem ser inseridas na subconta Investimento: • As participações permanentes em outras sociedades: destaca-se que as participações em outras sociedades devem ser de modo permanente, e não temporárias, e assim não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. • Outros investimentos permanentes: os direitos de qualquer natureza que não são classificáveis na conta Ativo Circulante e na conta Realizável a Longo Prazo e que não se destinam à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Segundo Iudícibus et al. (2010, p. 152), também podem fazer parte da conta Investimento aqueles ativos que não apresentam, ainda, uma efetiva utilização na manutenção da atividade da empresa, mas que são mantidos para que futuramente venham a tê-la. Caráter Permanente dos Investimentos: somente devem fazer parte do subgrupo Investimento do Grupo Ativo Não Circulante aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário. Devem ser considerados como permanentes todos àqueles investimentos que, pela permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios e ganhos futuros. As participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, devem ser consideradas Investimentos Permanentes, e não temporários, pois representam a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação das atividades da empresa, e não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. Elas são adquiridas pela empresa como ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, e são vistas como Investimentos, pois objetivam obter ganhos futuros. Espécies de Investimentos Permanentes Há três espécies de investimentos permanentes: a) Participações Permanentes em outras Sociedades As participações permanentes em outras empresas, como as participações societárias, caracterizam-se pelos investimentos realizados em outras sociedades, mediante a participação no capital social por intermédio de ações ou de quotas. Neste tipo de Investimento, as participações societárias são adquiridas pela empresa com o objetivo de LEITURAOBRIGATÓRIA 9 obter ganhos futuros, mediante a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação de suas atividades. Como exemplo de participações societárias há: • Ações de outras companhias. • Quotas de outras empresas. As participações no capital de outras empresas poderão ocorrer em empresas coligadas, empresas controladas, empresas equiparadas a coligadas, bem como em outras empresas. Além disso, os investimentos em outras sociedades devem possuir a característicade permanência, e não temporários ou especulativos, o que implica dizer que as participações permanentes no capital de outras empresas devem possuir a característica de aplicação de capital. Segundo Osni Moura Ribeiro (2009, p. 47), os investimentos que figuram no Ativo Não-Circulante, subgrupo Investimentos, correspondem àqueles efetuados pela empresa com intenção de fazer da aplicação uma extensão de sua atividade econômica, seja na mesma área em que atua, seja com o fim de diversificar suas atividades, ou simplesmente com a intenção de obter rendimentos, porém, sem o desejo de negociá-los a curto ou a longo prazo. As participações permanentes em outras sociedades podem ocorrer sob duas formas: investimentos voluntários e participações em fundos de investimentos com incentivos fiscais. Investimentos Voluntários Normalmente, a aplicação de investimentos em outras sociedades, mais conhecida como participação societária, ocorre de forma voluntária, de modo a representar uma ampliação voluntária da atividade econômica da empresa mediante a participação societária. Esta extensão voluntária visa, na maioria das vezes, ao adquirir ações ou quotas como investimento, evitar que seja realizada a ampliação da atividade econômica na própria empresa investidora. Ela visa que seja realizada a constituição ou aquisição de outra empresa com o fim de diversificar e ampliar economicamente a atividade e dar continuidade na vida da empresa. Deste modo, tais investimentos voluntários detêm a característica de serem permanentes, em decorrência de valores significativos que demonstram, pois se espera que apresentem rentabilidade futura e benefícios operacionais. LEITURAOBRIGATÓRIA 10 Portanto, os investimentos voluntários, por possuírem a característica de serem permanentes, devem ser classificados na Conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. Esses investimentos voluntários em participações societárias, mediante a participação no capital social por intermédio de ações ou de quotas de capital, caracterizam as controladas, coligadas e equiparadas. Investimentos com Incentivos Fiscais Outra forma de investimento permanente são os investimentos em aplicações por meio de incentivos fiscais. Ocorre, normalmente, com as empresas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente ou anualmente, que efetivam aplicações por meio da destinação de parte do Imposto de Renda. Esses investimentos podem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial, pelo Valor Justo ou pelo Método do Custo. Este item será estudado no Tema 2. b) Propriedades para Investimentos Muitas vezes, uma sociedade mantém terrenos ou imóveis visando alugá-los, realizar arrendamento operacional ou apenas para especulação, com o intuito de, futuramente, realizar uma venda a terceiros. Trata-se de investimentos em imóveis com a intenção de obter deles algum rendimento, mas que não têm qualquer relação com os rendimentos das atividades operacionais da empresa. Essas propriedades podem ser avaliadas pelo Valor Justo ou pelo Método de Custo. b) Outros Investimentos Permanentes Além dos investimentos já citados, há outros que não se caracterizam como participações em outras empresas nem como propriedades para investimentos, conforme dispõe o inciso III, do artigo 179, da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976. Esses investimentos caracterizam-se como os direitos de qualquer natureza que são desnecessários à manutenção das atividades da companhia. A separação em contas ocorre devido à natureza dos ativos, e deve incluir, nas contas, as respectivas estimativas para perdas. Ativos Financeiros: quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante a compra de ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, há a caracterização da participação societária. A participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, denomina-se Ativo Financeiro. LEITURAOBRIGATÓRIA 11 Neste caso, há a caracterização de duas pessoas, quais sejam: a empresa investidora, que é a empresa que aplica os investimentos, e a empresa investida, que é a empresa na qual são inseridos os recursos. Entre outras modificações, a Lei n. 11.638/2007 modificou os artigos 183 e 184 da Lei n. 6.404/1976 e introduziu novos critérios contábeis, quais sejam: • Avaliação a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos e de certos instrumentos financeiros ativos. • Ajustes a valor presente de direitos e obrigações. • Análise sobre a recuperação de ativos permanentes. Para tanto, o artigo 183 da Lei n. 6.404/1976, inciso I, dispõe: Artigo 183 Inciso I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) Pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. A partir do disposto na referida Lei, pode-se verificar que os instrumentos financeiros comportam dois tipos: a) Ativos financeiros ou também denominados aplicações financeiras ou, ainda, instrumentos financeiros ativos. b) Derivativos. Os ativos financeiros compreendem tanto as aplicações em renda fixa quanto as aplicações em renda variável e encontram-se divididos em três grupos de contas, dependendo se sua utilidade é para negociação, se estão disponíveis para venda ou se serão mantidos até o vencimento: LEITURAOBRIGATÓRIA 12 1. Aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos, geralmente representadas por títulos de renda fixa. 2. Aplicações financeiras mantidas para negociação. 3. Aplicações financeiras disponíveis para venda. As aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos geralmente são representadas por títulos de renda fixa. Em conformidade a Hugo Rocha Braga e Marcelo Cavalcanti Almeida (2009, p. 113), “nesse caso, a companhia tem a intenção e os recursos financeiros necessários para manter esses ativos até a data de seus vencimentos”. Deste modo, tais ativos devem ser avaliados pelo valor do custo, acrescido dos respectivos rendimentos até a data do balanço, sendo deduzidos das perdas do valor recuperável, quando aplicável. Além disso, os rendimentos e as perdas do valor recuperável devem ser computados na demonstração do resultado. Por sua vez, as aplicações financeiras mantidas para negociação apresentam fácil liquidez. Neste contexto, Hugo Rocha Braga e Marcelo Cavalcanti Almeida (2009, p. 113) afirmam que “o propósito da companhia é obter benefícios a curto prazo”. Deste modo, tais ativos devem ser avaliados pelo valor de custo acrescido dos respectivos rendimentos obtidos até a data do balanço e ajustados a valor de mercado, sendo que os rendimentos e o ajuste a valor de mercado devem ser computados no resultado do exercício. E, por fim, as aplicações financeiras disponíveis para venda correspondem às aplicações financeiras que não foram classificadas nas duas categorias anteriores. Para tanto, tais aplicações financeiras devem ser avaliadas pelo seu valor de custo, sendo acrescido dos rendimentos até a data do balanço e ajustados a valor de mercado. Neste contexto, observa- se que os rendimentos devem ser tratados como receita financeira na Demonstração do Resultado, enquanto o ajuste a valor de mercado deve ser registrado diretamente no Patrimônio Líquido, líquido dos efeitos tributários (Imposto de Renda e Contribuição Social). LEITURAOBRIGATÓRIA 13 Quer saber mais sobre o assunto?Então: Sites Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Trata-se de um portal contábil e jurídico, de conteúdo didático acerca de diferentes assuntos que poderão ser úteis para complementar seu aprendizado. Acesse o texto da Lei n. 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Mediante leitura fácil e didática, você terá acesso às principais disposições acerca da regulação da Sociedade por Ações, bem como acerca dos principais procedimentos da escrituração contábil. Acesse o artigo Administração Financeira, de Flavia Marta. Disponível em: <http://www. administradores.com.br/artigos/academico/administracao-financeira/91621/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo aborda e descreve, de forma didática, os principais conceitos acerca da Administração Financeira, bem como explica a caracterização dos Ativos Financeiros no contexto dos investimentos. Acesse o artigo do site Portal de Contabilidade Dicas para Elaboração do Balanço Patrimonial. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre a estruturação e a elaboração do Balanço Patrimonial. LINKSIMPORTANTES 14 Vídeos Assista ao vídeo Balanço (Ativo Circulante) – o que é importante, de Thiago Martins Avila. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=wQ3ZJWuG4QQ>. Acesso em: 02 jan. 2014. O vídeo trata de uma explicação didática acerca do Balanço Patrimonial, e, de forma mais específica, do Ativo Circulante, no qual o autor explica importantes indagações acerca do assunto. LINKSIMPORTANTES Instruções: Este é o momento de você finalmente exercitar seu aprendizado por meio da resolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que, para responder às questões, você precisará assistir às teleaulas, ler o Livro-Texto, refletir e pesquisar mais sobre os temas relativos a esta disciplina. É de fundamental importância a realização dessas atividades, tendo em vista que elas permitem que você reflita e aprimore seus conhecimentos, bem como permitem a organização de seu aprendizado. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. AGORAÉASUAVEZ 15 AGORAÉASUAVEZ Questão 1: A finalidade do Balanço Patrimonial é de- monstrar a posição financeira e patrimonial de determinada empresa, em determinado período de tempo. A Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976, com alte- rações da Lei n. 11.941/2009 – dispõe, no artigo 178, como devem ser classificadas contabilmente as contas no Balanço Patri- monial, dispondo que devem ser classifi- cadas de modo a permitir o fácil conheci- mento e a análise da situação financeira da companhia. Deste modo, as contas devem ser classificadas em conformidade aos ele- mentos do patrimônio que se visa registrar. Quais são os três grupos que compõem o Balanço Patrimonial? Apresente a caracte- rização de cada grupo. Questão 2: O Balanço Patrimonial caracteriza-se como uma das mais importantes Demonstrações Contábeis, tendo em vista que é por meio dele que se pode apurar e atestar a situa- ção patrimonial e financeira, em determina- do período, de uma entidade. O Balanço Patrimonial é composto pelos seguintes grupos: Ativo, Passivo e Patrimô- nio Líquido, sendo que na Conta do Ativo Circulante é possível encontrar o subgrupo Investimentos. Neste contexto, considere as afirmativas a seguir: I – O subgrupo Investimentos compreende os investimentos de caráter permanente que, devido à sua permanência na empre- sa, destinam-se a produzir benefícios. II – O subgrupo Investimentos compreen- de tanto as participações permanentes em outras sociedades (como as participações societárias, que representam a intenção de permanência com intuito de extensão ou de diversificação das atividades empresariais) quanto outros investimentos permanentes. III – Anteriormente, a Lei n. 6.404/1976 exibia, em seu artigo 179, as contas per- tencentes ao Ativo no Balanço Patrimonial, expondo que o Investimento pertencia ao subgrupo Ativo Permanente, conforme re- dação dada pela Lei n. 11.638/2007, e, após, ao subgrupo Ativo Não Circulante, conforme redação incluída pela Medida Provisória n. 449/2008. No entanto, com as recentes alterações proporcionadas pela Lei n. 11.941/2009, o subgrupo Investimen- to passou a fazer parte do Grupo Ativo Não Circulante. IV - No Ativo, a classificação das contas deve ocorrer em ordem decrescente de grau de liquidez, devendo ser apresenta- das, primeiramente, as contas passíveis de serem convertidas em disponibilidades. O Ativo deve ser segregado nos seguintes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circu- lante (que se desmembra em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível). 16 V - O subgrupo Investimentos refere-se aos investimentos de caráter permanente, ou seja, devem ser compreendidos nesse subgrupo todos aqueles investimentos efe- tuados por uma empresa e que se desti- nam a produzir benefícios futuros mediante sua permanência na empresa. Acerca da validade ou falsidade das afir- mativas apresentadas, assinale a alterna- tiva correta: a) V,F,F,V,V. b) F,F,V,V,F. c) V,V,V,V,V. d) F,F,F,F,F. e) V,V,V,F,F. Questão 3: Em conformidade ao artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/76, o inciso III dispõe que devem ser compre- endidos no subgrupo de Investimentos do Grupo Ativo Não Circulante aqueles inves- timentos que: a) Sejam de caráter especulativo. b) Sejam de caráter temporário. c) Sejam de caráter permanente. d) Sejam sem intenção de permanência. e) Não objetivam obter ganhos futuros. Questão 4: A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras empresas. Essa participação per- manente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como um: a) Ativo Financeiro. b) Ativo Circulante. c) Ativo Fictício. d) Ativo Imobilizado. e) Ativo Intangível. Questão 5: As participações societárias em empresas controladas ou coligadas, com intenção de permanência, tais como as ações ou quo- tas de outras empresas, devem ser classi- ficadas em qual grupo do Balanço Patrimo- nial? a) Ativo Não Circulante – Investimentos. b) Ativo Circulante – Investimentos Tem- porários. AGORAÉASUAVEZ 17 c) Ativo Circulante – Equivalentes de Caixa. d) Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo – Investimentos Temporá- rios. e) Passivo Circulante. Questão 6: Os ativos financeiros, também denomi- nados aplicações financeiras ou, ainda, instrumentos financeiros ativos, compre- endem tanto as aplicações em renda fixa quanto as aplicações em renda variável e encontram-se divididos em três grupos de contas. Cite quais são esse três tipos de contas. Questão 7: Atualmente, é comum a aplicação de re- cursos por uma empresa em outra, sendo denominada participação societária essa prática. O que é Ativo Financeiro? Questão 8: Os investimentos em outras sociedades devem apresentar o caráter de permanên- cia, e não de temporariedade ou especu- lação, o que implica dizer que as partici- pações permanentes no capital de outras empresas devem possuir a característica de aplicação de capital. Neste contexto, qual a intenção das em- presas ao realizar investimentos em outras sociedades? Questão 9: Normalmente, a aplicação de investimen- tos em outras sociedades, maisconhecida como participação societária, ocorre de for- ma voluntária, de modo a representar uma ampliação voluntária da atividade econô- mica da empresa mediante a participação societária. Esta extensão voluntária visa, na maioria das vezes, ao adquirir ações ou quotas como investimento, evitar que seja realizada a ampliação da atividade econô- mica na própria empresa investidora. Ela visa que seja realizada uma constituição ou aquisição de outra empresa com o fim de diversificar e ampliar economicamente a atividade e dar continuidade na vida da em- presa. Cite dois exemplos de investimentos voluntários. Questão 10: A participação societária caracteriza-se quando uma empresa adquire a participa- ção no capital social de outra empresa, me- diante ações de outras companhias ou quo- tas de outras empresas. Os investimentos em participações no capital de outras so- ciedades podem ser avaliados sob dois cri- térios. Quais os critérios para a avaliação de participações societárias permanentes? AGORAÉASUAVEZ 18 Neste tema, você aprendeu que o Balanço Patrimonial caracteriza-se como uma das mais importantes Demonstrações Contábeis, tendo em vista que é por meio dele que se pode apurar e atestar a situação patrimonial e financeira, em determinado período, de uma entidade. O Balanço Patrimonial é composto pelos seguintes grupos: Ativo, Passivo e Patrimônio Liquido. Na Conta do Ativo Não Circulante, é possível encontrar o subgrupo Investimentos, que compreende os investimentos de caráter permanente que, devido à sua permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios. Compreende tanto as participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, que representam a intenção de permanência com intuito de extensão ou de diversificação das atividades empresariais, quanto outros investimentos permanentes. Para tanto, somente devem fazer parte do subgrupo Investimento do Grupo Ativo Não Circulante aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário. Devem ser considerados permanentes todos aqueles investimentos que, pela permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios e ganhos futuros. As participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, devem ser consideradas Investimentos Permanentes, e não temporários, pois representam a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação das atividades da empresa, e não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. Elas são adquiridas pela empresa, como ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, e são vistas como Investimentos, pois objetivam obter ganhos futuros. Atualmente, é comum a aplicação de recursos por uma empresa em outra, sendo denominada participação societária essa prática. A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras empresas. A empresa que aplica os investimentos é denominada investidora, enquanto a empresa na qual são inseridos os recursos é FINALIZANDO 19 denominada investida. Para tanto, essa participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como um Ativo Financeiro. No entanto, para que os investimentos em outras sociedades sejam considerados Ativo Financeiro e classificados no subgrupo Investimentos, devem ser caracterizados como aplicações de capital permanentes, e não de forma temporária ou especulativa, devendo a empresa detentora da participação em fundos de investimentos demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, e não de vendê-los. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Lei n. 6.404/1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 10.406/2002 (Novo Código Civil). Disponível em: <http://www.planalto. gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.638/2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.491/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999. <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções Normativas da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita. fazenda.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Disponíveis em: <http:// www.cvm.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. 20 _______. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pronunciamentos>. Acesso em: 02 jan. de 2014. DELFINO, Angelita. Avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial: um estudo comparativo da aplicação das normas brasileiras, norte-americanas e interna- cionais. Disponível em: <http://www.unifin.com.br/Content/arquivos/20111006155419.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. FIPECAFI – FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUÁRIAS E FI- NANCEIRAS. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. _______. Suplemento do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. KIRCHNER, Juliana Leite et. al. Educação sem fronteiras, 7: Ciências Contábeis. Vali- nhos: Anhanguera Publicações, 2012. MARION, J. C.; REIS, A. C. de R. (Coords.). Mudanças nas demonstrações contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTIS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades - Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2011. NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 13. ed. São Paulo: Frase, 2004. OLIVEIRA, Luis Martins; PEREZ Junior, José Hernadez. Contabilidade Avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. _______. Conversão de Demonstrações Contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Alexandre M. S. et al. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Avançada. 2. ed. São Paula: Saraiva, 2009. SCHIMDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários. São Paulo: Atlas, 2008. REFERÊNCIAS 21 _______. Contabilidade Internacional: Equivalência Patrimonial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ZANETTE, M. et al. Educação sem fronteiras: Ciências Contábeis. Campo Grande: Uni- derp Interativa, 2011. REFERÊNCIAS Ações: é a representação da menor parcela em que se divide o capital de uma Sociedade Anônima (SA). Os títulos são emitidos com a finalidade de captar recursos. Quem adquire uma ação torna-se sócio da empresa. São instrumentos patrimoniais (de capital), como ações ou quotas, da própria entidade, possuídos pela entidade ou outros membros do grupo consolidado. Ativo: são todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. As contas do ativo têm saldos devedores, à exceção das contas retificadoras (como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao valor de mercado). Ativo Circulante: dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja, realizável a curto prazo, (duplicatas, estoques de mercadorias produzidas,entre outros); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Ativo Financeiro: qualquer ativo que seja dinheiro, instrumento patrimonial de outra entidade, direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou contrato que será ou que poderá vir a ser liquidado pelos instrumentos patrimoniais (como ações) da própria entidade. Ativo Não Circulante: estão incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e de seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: Ativo Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangível. GLOSSÁRIO 22 GABARITO Questão 1 Resposta: Ativo: devem ser compreendidos os recursos, tanto bens quanto direitos, que uma entidade possui e que podem ser expressos em moeda e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. Passivo: devem ser compreendidas as obrigações e exigibilidades que determinada empresa assume, demonstrando quantias que ela deve a terceiros. Patrimônio Líquido: contém a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo de uma entidade, em determinado momento, representando o valor líquido de uma empresa. Questão 2 Resposta: C GLOSSÁRIO Balanço Patrimonial: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, em determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Demonstração que apresenta a relação de ativos, passivos e Patrimônio Líquido de uma entidade em data específica. Contas Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida). Participações societárias: é todo investimento permanente em outras sociedades; por isso, é classificado contabilmente em contas do grupo investimento do Ativo Permanente. 23 GLOSSÁRIO Questão 3 Resposta: C. Justificativa: Somente devem fazer parte do subgrupo Investimento, do Grupo Ativo Não Circulante, aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário, e que objetivam obter ganhos futuros. Questão 4 Resposta: A. Justificativa: Quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra em- presa, mediante a compra de ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, há a caracterização da participação societária. A participação permanente em outra socie- dade, na forma de ações ou quotas de capital, denomina-se Ativo Financeiro. Tais inves- timentos detêm a característica de serem permanentes, em decorrência de valores signifi- cativos que demonstram, pois se espera que apresentem rentabilidade futura e benefícios operacionais. Portanto, por possuírem a característica de serem permanentes, devem ser classificados na Conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. Questão 5 Resposta: A Questão 6 Resposta: Dependendo se sua utilidade é para negociação, se estão disponíveis para venda ou se serão mantidos até o vencimento: a) Aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos, geralmente representadas por títulos de renda fixa. b) Aplicações financeiras mantidas para negociação. c) Aplicações financeiras disponíveis para venda. Questão 7 Resposta: A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras 24 empresas. A empresa que aplica os investimentos é denominada investidora, enquanto a empresa na qual são inseridos os recursos é denominada investida. A empresa investidora é quem decidirá pela classificação dos investimentos em outras empresas, Ativo Circulante ou Não Circulante, subgrupos Realizável a Longo Prazo ou Investimentos. Essa participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como Ativo Financeiro. No entanto, para que os investimentos em outras sociedades sejam considerados Ativo Financeiro e classificados no subgrupo Investimentos, devem caracterizar-se como aplicações de capital permanentes, e não de forma temporária ou especulativa, devendo a empresa detentora da participação em fundos de investimentos demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, e não de vendê-los. Questão 8 Resposta: Os investimentos que figuram no Ativo Não Circulante, subgrupo Investimentos, correspondem àqueles efetuados pela empresa com intenção de fazer da aplicação uma extensão de sua atividade econômica, seja na mesma área em que atua, seja com o fim de diversificar suas atividades ou, simplesmente, com a intenção de obter rendimentos, porém, sem o desejo de negociá-los a curto ou a longo prazo. Questão 9 Resposta: Empresas coligadas ou controladas nas quais são realizados investimentos voluntários, pois possuem a atividade de produção de matérias-primas que são fornecidas às sociedades investidoras. Participações em coligadas, controlada ou em empresas controladas em conjunto que atuam em ramo econômico diferente da sociedade investidora, com o intuito de diversificar as atividades do grupo de empresas. Questão 10 Resposta: Os critérios são: - Método de Custo. - Método de Equivalência Patrimonial. GABARITO
Compartilhar