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resenha PRIMAVERA SILENCIOSA

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�Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí – CEAVI
Departamento de engenharia sanitária
 
Curso de Engenharia Sanitária
Disciplina de Legislação Sanitária e Ambiental 
Professor Willian Jucelio Goetten
Aluna: Anne Rocha
Data: 05/12/16
RESENHA CRÍTICA: Primavera Silenciosa
Rachel Carson
Data de Publicação: Setembro, 1962
	
INTRODUÇÃO
 	Publicado em setembro de 1962, o livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson, bióloga norte-americana, tornou-se a obra fundadora do movimento ambientalista moderno por abordar o perigo da utilização desenfreada de pesticidas nos EUA, elucidando sobre os seus efeitos prejudiciais aos processos celulares das plantas, a redução de populações de pequenos animais e o risco eminente a saúde humana. Referência quase que obrigatória em disciplinas específicas direcionadas ao estudo do meio ambiente, em linhas gerais e com uma linguagem inclinada ao público leigo, a escritora descreve o que, e como, os Elixires da morte, constituição do seu terceiro capítulo, fazendo menção ao contato com substâncias químicas perigosas, propiciam aos seres vivos, desde o momento em que são concebidos, até ao instante em que a morte deste ser ocorre.
	O DDT (Dicloro-difenil-tricloroetano), fora evidenciado metodologicamente por Rachel, dentre os dois grandes grupos de substancias químicas, como inseticidas modernos mortíferos, onde o mesmo é conhecido pela denominação de hidrocarbonetos clorados, e ao que refere-se ao outro grupo, são arranjados de fósforo orgânico. Para um melhor entendimento do termo, exemplou-se a sua elaboração, que é constituída a base de átomos de carbono – átomos estes que são os indispensáveis em tijolos de construção. Universalmente utilizado, o DDT assume aspecto familiar inofensivo, entretanto se consumido, é absorvido lentamente pelo trato digestivo, dentre outros órgãos, e uma vez penetrado no organismo pode acarretar doenças mortais nos seres humanos e animais e mais danoso, conservar-se no meio ambiente por muitos anos, tornando-o inapropriado para a vida. E não menos nocivo, os inseticidas de fósforo orgânico atuam no organismo com habilidade de destruir enzimas- as enzimas que realizam funções indispensáveis no corpo. 
	A visão sobre o uso de pesticidas puderam então, ser ampliadas, pois Rachel concluiu que o DDT e os outros pesticidas irremediavelmente lesavam os pássaros e outros animais, promovendo contaminação de todo suprimento mundial de alimentos, trazendo ao público a conscientização de que a natureza é indefesa à intervenção humana.
DESENVOLVIMENTO
	Constituído por dezessete capítulos, os quais cada um contribui para uma análise sobre a ênfase da investigação atinente ao uso de pesticidas, agrotóxicos e inseticidas, o livro constitui ao leitor uma reflexão e caracterização das diversas cidades onde suas primaveras foram silenciadas por ocorrências de sérios impactos ambientais e ecológicos que confrontam a natureza humana e toda sua concepção.
	Em seu primeiro capítulo, intitulado “ Uma fábula para amanhã”, Rachel apresentou um apólogo de uma cidade hipotética do interior dos EUA, que sofrera com uma doença alastrante nas plantações, registrando diversas mortes súbitas e inexplicáveis, sumiço dos pássaros e os poucos que restaram, apresentavam-se moribundos, sem poder voar. Diante deste evento, um estranho silêncio pairava por cima dos campos, caracterizando assim, uma primavera sem vozes. Embora a cidade não existisse, a estória transpareceu facilmente semelhanças com ocorridos verídicos nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
	“A obrigação de suportar”, seu segundo capítulo, constituiu uma tentativa de explicação do porquê destas ocorrências, onde o confronto entre o desenvolvimento e o meio ambiente, não estabelecia um patamar sustentável de produção e consumo na utilização dos pesticidas postergando seus danos com a contaminação do ar, da terra, dos rios e mares por via destas substâncias, estendendo-se os relatos dos referendos em comento elucidados em os “Elixires da Morte”, terceiro capítulo e no quarto “Águas de superfície e mares subterrâneos”, que de todos os nossos recursos, a água tornou-se o mais precioso.
	A título de investigação do alcance da absorção dos pesticidas no solo, sobre o elevado teor de matéria orgânica que desprende menores quantidades de venenos, do que os solos de outras categorias, compuseram o quinto capítulo, “Os reinos do solo”.
	Já o destaque indicativo ao zelo da vegetação, das plantas alimentares e da diversidade silvestre que dependem em parte, ou no todo, dos serviços dos insetos polinizadores nativos, que agora concorrem com o processo de pulverização de substâncias químicas que não somente é inadequadamente planejada, ou que outrora prometem vantagens em sua aplicabilidade e contribuem com a potencialidade de danos ao “ O manto verde da terra”, foram esmiuçados na sexta parte da obra.
	A fim de discorrer sobre os impactos causados à terra e a vida, Rachel focou em um distinto ponto de vista, que outros autores relatam com devida imparcialidade sobre impactos, a devastação da fauna com efeito estendido a toda vida silvestre que são causados por inseticidas químicos pulverizadores, “quase” que impunemente sobre o solo, na “Devastação necessária”, sétimo capítulo.
	Sobre o cruel destino dos pássaros, um caractere de peso em sua obra, que já ameaça diversas espécies e estimam sua extinção com a sistematização da pulverização que despacham para dentro de toda fresta existente em plantas substâncias químicas, que são prejudiciais não exclusivamente os insetos, mas também aos pássaros, tema do oitavo capítulo “E nenhum pássaro canta”.
	Na sequência, de forma impactante a abordagem para “Rios da morte”, o nono capítulo faz a menção a pulverização com DDT, como resultado de um quadro alarmante de morte de peixes, não somente de imediato, mas que o retardamento de sua ação pode ser muito mais extenso e destruidor.
	Carson relatou: Logo depois da cessação das pulverizações, revelaram-se indícios inequívocos de que nem tudo ocorrera bem. Dentro de dois dias, encontraram-se ao longo das margens das correntezas, peixes ora mortos, ora moribundos [...] E exemplificou com uma das matanças mais espetaculares de peixes, deste ano (1961) ocorreu no Rio Colorado onde ao longo de uma distância de cerca de oito quilômetros a ocorrência de que uma substancia venenosa estava movendo-se pelas águas do rio abaixo.
	O capítulo dez “Indiscriminadamente, procedendo dos céus” complementa a correlação entre a crescente demanda de pulverizações de áreas com a contaminação que atinge diversas espécies, desde insetos a rebanhos de gado, atribuindo comumente a denominação de “desconcertante chuva de morte”, ressaltando cada exposição ao veneno, por mínima que seja, contribuem para a gradação de concentração e envenenamento por substâncias químicas no corpo humano e animal.
	Com o “Preço humano”, capítulo doze, Carson trouxera o registros de casos em que dois referidos sintomas e o curso todo da doença apontam para inseticidas como causa, e em seu tratamento fez-se a exclusão total de qualquer inseticida do meio ambiente da vítima, e o que é mais significativo é que os sintomas retornaram com a renovação do contato, relativo às substancias químicas nocivas.
	“Através de uma janela estreita”, título escolhido para o capítulo treze, que traz referências o campo de visão (sistema ocular), e o perigo que a utilização cotidiana de substancias utilizadas contra vetores, possam ocasionar diretamente a este sistema. O fato de que as substâncias químicas podem desempenhar papel semelhante ao da radiação ainda mal bruxuleia na mente pública, mas também não penetrou de todo no espírito da maior parte dos trabalhadores médicos e científicos. Por esta razão, o papel das substâncias químicas, de uso generalizado (mais do que das usadas em experimentações de laboratórios), ainda não foi bemdefinido. Texto mencionado da página 219. 
	Contudo, no capítulo quatorze, intitulado “Um em cada quatro”, a autora apresenta uma abordagem diferenciada, demonstrando uma preocupação em saber se algumas das substancias químicas que agora estamos usando, nas nossas tentativas de controlar a natureza, desempenham, direta ou indiretamente, algum papel, como causas de câncer. Mas quem é que pode prever e controlar esta ação? Questiona e explana a autora – Nós toleramos a presença de agentes provocadores de câncer em nosso meio ambiente, com grave perigo para nós mesmos, como ficou claramente demonstrado por um acontecimento recente (indagando sobre uma epidemia de câncer do fígado que afetou as trutas arco-íris nos Estados Unidos).
	A natureza não é facilmente moldável, para tal afirmação, a autora elencando no capítulo quinze, “A natureza revida”. Segundo ela, dentre os programas de controle de insetos, destacam-se dois fatos, sendo eles: o controle realmente eficiente dos insetos é o aplicado pela natureza e não pelo homem; e o poder explosivo que uma espécie tem de se reproduzir assim que a resistência do meio ambiente enfraquece.
	A resistência desenvolve-se tão rapidamente e embora a resistência dos insetos seja assunto que preocupe tanto a agricultura, é no campo da saúde pública que as apreensões dão mais sérias e tem sido sentida, face que a relação entre vários insetos e muitas das enfermidades do Homem é conhecida de velha data relata o capítulo dezesseis, “Os primeiros ribombos de uma avalancha”.
	No capítulo dezessete, último capítulo do livro, “Uma nova estrada”, Carson encerra sua discussão elucidando sobre que, os métodos empregados devem ser de tal forma que não nos destruam, a nós, ao mesmo tempo que destroem os insetos. Por fim, a autora destaca a existência de um vasto conteúdo referentes a controle químico de insetos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Primavera Silenciosa, traz características de um texto inclinado a questão ambiental, com o conteúdo direcionado para leitores com afinidade e/ou especialização com o meio ambiente, por explanar caracteres de atribuições químicas, biológicas e constatações físicas. Entretanto não exclui de seus apreciadores, o público leigo, por conter relatos hipotéticos e/ou acontecimentos verídicos que contribuem para uma análise crítica de situações corriqueiras que transcorreram décadas e décadas desde sua publicação até os dias atuais, disparando os primeiros e ruidosos salvos na guerra dos ecólogos contra a toda poderosa indústria química da época.
	Rachel Carson trouxera para esfera literária a constatação – já sabido – que qualquer indústria química de inseticidas, dentre outros pesticidas, os lançavam no meio ambiente sem nenhum tipo de controle ou tratamento adequado. Naquela época ainda não existia nos Estados Unidos, onde discorrem as explanações do texto, agências de proteção ambiental.
	Passados os cinquenta anos de sua publicação, e sabendo da relevância em proporcionar um desenvolvimento que consiga aliar os aspectos ambientais, sociais e ecológicos às necessidades de produtos sintéticos industriais, a situação atual requer cada vez mais do universo acadêmico, um posicionamento mais conciso frente às dificuldades emergentes e em especial no contexto de dinâmicas que configuram a utilização de referências literárias. Visto que, a publicação do livro Primavera Silenciosa, de Carson, tornou-se a obra fundadora do movimento ambientalista moderno por abordar o perigo da utilização desenfreada de pesticidas nos EUA nos anos sessenta.
	A grande contribuição de Rachel atual e para gerações futuras, foi a tradução de toda a literatura científica disponível à época, numa brilhante obra literária de denúncia e divulgação científica.
	Os seus referendos de que os pesticidas são de fato biocidas destruindo toda vida é um tanto quanto demasiado, mas é fato que, os testes conduzidos pelos fabricantes de pesticidas eram extremamente precários e possivelmente ainda são. Ainda que, a legislação no Brasil e no exterior têm exigindo cada vez mais das industrias responsabilidade socioambiental que englobem o controle dos impactos dos produtos sintéticos, ao longo dos anos. 
 	Por fim, como acadêmicos, futuros engenheiros sanitaristas é de supra importância o conhecimento de obras desta magnitude. O livro, Primavera Silenciosa, sugerido pelo professor da disciplina de Legislação Sanitária e Ambiental como conteúdo extra ao ministrado em classe corroborou com a imagem que Carson deu: Ao silêncio de uma primavera que propicia a imaginação: sem cantorias e revoadas de pássaros e outros insetos benéficos, sem peixes nos córregos, quando há inexistência (década da publicação da obra) ou a má aplicabilidade das legislações de controle ambiental às atividades industriais causadoras de impacto ao meio ambiente, tendo como consequências danos ao meio ambiente e aos seres vivos.
BIBIOGRAFIA
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. 1962. ed. Estados Unidos da América: Houghton Mifflin, 1962. 364 p. v. 1. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjrsAB/primavera-silenciosa-1-2>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjrwAA/primavera-silenciosa-3>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjr0AA/primavera-silenciosa-4-5>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjsIAJ/primavera-silenciosa-6-7>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjr4AE/primavera-silenciosa-8>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjr8AL/primavera-silenciosa-9>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjsEAD/primavera-silenciosa-10-11>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjsMAD/primavera-silenciosa-12-13>; <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjsUAD/primavera-silenciosa-14-17>. 
Acesso em: 30 nov. 2016.
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