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Movimentos Osteocinemáticos e Artrocinemáticos
Os movimentos osteocinemáticos são os movimentos fisiológicos ou clássicos da diáfise óssea. Estes movimentos podem ser realizados voluntariamente pelo paciente de acordo com os planos cardeais do corpo e seus eixos. Os eixos unem as partes que os planos separam.
Plano Sagital ou Mediano / Eixo Frontal: Divide o corpo em lados direito e esquerdo. Os movimentos realizados neste plano são os de flexão e extensão.
Plano Frontal / Eixo Sagital: Divide o corpo em partes anterior(ventral) e posterior(dorsal). Os movimentos realizados neste plano são os de abdução e adução.
Plano Transversal / Eixo Longitudinal: Divide o corpo em partes superior  e inferior. Os movimentos que ocorrem neste plano são as rotações interna e externa.
MOVIMENTOS ARTROCINEMÁTICOS
Os movimentos artrocinemáticos são os movimentos que ocorrem no interior da articulação e, eles descrevem a distensibilidade na cápsula articular permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. Estes movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente, geralmente são muito utilizados para restaurar a biomecânica articular normal diminuindo a dor , alongando ou liberando com menos trauma determinadas estruturas.
São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e deslizamento.
Rolamento: Durante o rolamento um osso rola sobre o outro com a seguintes características :
– As superfícies são incongruentes.
– Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta.
– Nas articulações com a biomecânica normal o rolamento só ocorre em combinação com os movimentos de deslizamentos e giro, porém quando o rolamento ocorre sozinho causa compressão nas superfícies do lado que o osso esta se movendo, o que pode provocar uma lesão articular, e uma separação no outro lado.
– A superfície que se move seja ela convexa ou côncava não influencia a direção do movimento ósseo .
Deslizamento: Durante o deslizamento um osso desliza sobre o outro com as seguintes características:
– As superfícies articulares são congruentes.
– O mesmo ponto em uma superfície faz contato com novos pontos na superfície oposta.
– O deslizamento não ocorre sozinho devido as superfícies articulares não serem totalmente planas, ou seja, completamente congruente.
– Diferentemente do rolamento, a superfície articular que se move influência a direção do deslizamento, o que é chamado como regra convexo-côncava .
– Quando a superfície articular que se move é convexa o deslizamento ocorre na direção oposta à do movimento angular do osso.
– Quando a superfície que se move é côncava o deslizamento ocorre na mesma direção do movimento angular do osso.
Compressão: Durante a compressão uma superfície articular se aproxima uma da outra com as seguintes características :
– A compressão causa diminuição no espaço articular entre as partes ósseas,
– Ocorre normalmente nos membros inferiores e na coluna durante a sustentação do corpo,
– Ocorre compressão com a contração muscular gerando estabilidade articular, impedindo lesões articulares,
– Com a compressão o líquido sinovial move-se para as estruturas articulares avasculares nutrindo-as e lubrificando-as,
– Cargas excessivas de compressão causam lesões articulares, principalmente na cartilagem articular.
Tração: Durante o movimento de tração as superfícies articulares afastam-se uma da outra com as seguintes características .
– Ocorre separação das superfícies articulares quando são puxadas distalmente uma da outra.
– Pode ocorrer tração no eixo longo do osso resultando em deslizamento caudal .
– Pode ocorrer tração em ângulo reto onde resulta na separação articular propriamente dita.
Referências:
KALTENBORN, F.M.; Mobilização Manual das Articulações; Vol I, 5ª Ed. Manole
http://www.wgate.com.br , acesso em 16/04/2010.
MOVIMENTOS ARTROCINEMÁTICOS
Geralmente, as limitações artrocinemáticas causam parte das restrições na amplitude de movimento e, tratando-se as limitações artrocinemáticas, consegue-se um aumento na amplitude de movimento. As limitações artrocinemáticas podem estar presentes na ausência de déficits de amplitude de movimento. Quando isso ocorre, as limitações na mobilidade intra-articular podem afetar a qualidade do movimento articular, levando a uma alteração que pode causar disfunção articular. Por exemplo, a elevação completa do ombro pode ocorrer apesar de uma incapacidade da cabeça umeral de deslizar completamente em direção caudal na cavidade glenóide; contudo, isso pode produzir compressão de tecido supra-umeral sempre que o ombro é elevado, resultando em dor no ombro.
Artrocinematicamente, quando uma articulação se move, três tipos de movimento podem ocorrer entre as duas superfícies: o giro, o rolamento e o deslizamento.
O giro ocorre ao redor de algum eixo mecânico longitudinal estático e pode ocorrer tanto no sentido horário quanto no anti-horário. Ex: o movimento da cabeça do rádio na articulação rádio-umeral, como ocorre na pronação e na supinação do antebraço.
O giro é um tipo de movimento intra-articular que consiste no movimento de um osso sobre o outro, de modo que há um ponto sempre em contato com um ponto do outro osso e o resto da superfície articular de um osso gira em relação à outra.
O giro raramente ocorre sozinho nas articulações, mas em combinação com rolamento e deslizamento.
O rolamento acontece quando uma série de pontos de uma superfície articular entra em contato com uma série de pontos de outra superfície articular. Ex: os côndilos femorais arredondados rolando sobre o platô tibial plano e estático.
O rolamento ocorre sempre na direção do movimento ósseo. Isso ocorre não importando se a superfície coadjuvante na articulação é côncava ou convexa. Ex: na articulação do joelho quando o pé estiver fixo no solo, o fêmur rolará sempre no sentido anterior durante a extensão do joelho e rolará no sentido posterior durante a flexão.
O deslizamento ou translação ocorre quando o mesmo ponto numa superfície entra em contato com uma série de pontos de outra superfície. Ex: durante o teste de gaveta posterior no joelho, o platô tibial plano desliza posteriormente em relação aos côndilos femorais arredondados e fixos.
A direção do deslizamento deve corresponder com um movimento fisiológico específico e depende da forma da superfície articular.
O deslizamento é um movimento de translação que ocorre paralelamente ao plano de tratamento de articulação em direções anterior, posterior, medial, lateral, superior ou inferior dependendo da articulação.
As regras côncavo-convexas são difíceis de aplicar em articulações que não se localizam na extremidade do osso, como a articulação radioulnar, porque o movimento a ser analisado é o movimento da superfície óssea oposta à superfície articular, um movimento geralmente difícil de ser acompanhado. Além disso, os ossos que se movem primariamente pelo deslizamento e que possuem superfícies articulares relativamente planas, como as articulações facetarias da coluna, tendem a deslizar em direção ao movimento fisiológico independente da relação côncavo-convexa das superfícies articulares.
O movimento de deslizamento articular obedece à regra do côncavo-convexo.
Se uma superfície côncava se move, o deslizamento da articulação está ocorrendo na mesma direção que o segmento ósseo. Ex: os dedos da mão e o joelho.
Se uma superfície convexa se move, o deslizamento da articulação está ocorrendo na direção oposta à do segmento ósseo. Ex: ombro e quadril.
O rolamento e o giro são restaurados primariamente com a amplitude de movimento passiva , embora restaurar a mobilidade artrocinemática em todas as direções ajude a devolver os movimentos de rolamento e giro. O deslizamento é o principal movimento a ser restaurado com as técnicas de manipulação articular.
O deslizamento ocorre simultaneamente ao movimento de rolamento, por que na prática, todas as superfícies articulares são incongruentes,o que significa que uma é geralmente plana e a outra mais curva. O rolamento não ocorre sozinho, pois isso resultaria na compressão ou talvez na luxação da articulação. Ex: Se ocorresse apenas um rolamento dos côndilos do fêmur sobre o platô tibial, o fêmur rolaria para fora da tíbia e o joelho luxaria.
Embora o rolamento e o deslizamento ocorram quase sempre juntos, não acontecem necessariamente na mesma proporção, nem no mesmo sentido. Se as superfícies articulares forem mais congruentes, o movimento de deslizamento predominará. No entanto, se houver menor congruência, o rolamento será predominante.

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