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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AULA 1 – PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Como selecionar um material? Pela economia, propriedades físicas, mecânicas, térmicas, magnéticas, interação com o meio ambiente, fabricação, estética, etc. A seleção de maeriais está ligada à DISPONIBILIDADE do material: a gente usa sempre o material que está disponível em nossa região. Critérios: módulo de elasticidade, dureza, tensão limite de escoamento. Como classificar um material? Classifica-se um material pela sua resistência, módulo de elasticidade, coeficiente de poisson e pelo módulo de cisalhamento (G). GRÁFICO: CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO A curva Sempre tem um comportamento linear e depois um comportamento irreversível. Pode ser dividida em duas regiões: Região elástica: Aplica-se uma carga e ao retirá-la há um comportamento elástico: volta pra posição inicial. RETORNO. região elástica do gráfico: tenho um retorno (linear) equação da reta y=ax (tensão=coef*alongamento/deformação) Coeficiente: modulo de elasticidade/Young (porque é na região elástica). Modulo de Young= inclinação. A tensão aplicada é proporcional a deformação (y=ax). As ligações atômicas são alongadas mas não se rompem. Região plástica: A tensão aplicada não é linearmente proporcional a deformação . A deformação é quase toda não reversível. O material está sendo degradado (fissuras em concretos, etc). Dano ao material. Há o alongamento e o rompimento das ligações. Área da seção transversal A Tensão/carga é captada na área da seção transversal (área que resiste à tensão aplicada) Seção que suporta a carga: seção transversal. Quando formos fazer contas vamos usar a região elástica. Quanto a região plástica vamos usar só os conceitos mesmo (tensão máxima, tensão de fratura, etc.) porque o modelo de conta é mais complexo. Sempre queremos trabalhar na região elástica: Vamos trabalhar numa região abaixo do limite de escoamento pois acima desse limite não necessariamente ele quebra, mas há uma deformação permanente. Há uma carga máxima até onde ele suporta. Acima da região elástica: não necessariamente preciso condenar o material: posso repensar em como distribuir a carga sobre ele. (ex: maracanã: colocaram cadeiras, áreas vip pra reduzir o numero de pessoas (carga). É tranquilo estar abaixo do limite de escoamento se não for um carregamento cíclico por causa dessas trincas (que a principio não causam nada, mas se freqüente o carregamento pode ser perigoso). Ciclar um material: aplicar e retirar carga. Não é necessária uma carga muito alta pra quebrar um material. (ex: quebrar um arame). Parâmetros de resistência de um material: tensao de ruptura e limite escoamento (no concreto é chamado de tensão de primeira fissura). Tensão limite de resistência: Carga máxima em que o material suporta: em algum momento as tensões se concentram em uma região e há um empescoçamento, ou seja, no gráfico a carga vai caindo porque a área da seção resistente é menor (vai diminuindo). Com a redução da seção resistente, é necessário uma carga menor. Tensão limite de escoamento: tensão limite de transição entre a região elástica e a região plástica. Tensão que Após liberada causa uma deformação residual de 0.002. Tensão máxima que o material suporta ainda no regime elástico de deformação, se houver algum acréscimo de tensão o material não segue mais a lei de Hooke e começa a sofrer deformação plástica (deformação definitiva). Como medir a tensão limite de escoamento? Pela inclinação a partir do 0.002 do eixo x: faz se uma reta paralela à parte linear do gráfico partindo do ponto 0.002. Onde cortar, tem-se a tensão de escoamento. Módulo de elasticidade: é uma grandeza/propriedade de um material que está relacionada com o quanto o material pode se deformar numa determinada carga. Pelo ensaio de tração ou compressão, plota-se uma curva tensão (- deformação e o módulo é a inclinação da curva. Quanto maior o módulo de elasticidade, mais rígido é o material, e quanto menor, mais flexivel. Ligado também à ligação dos materiais. LEI DE HOOK: tensão = deformação x módulo de elasticidade (essa relação só vale na zona linear elástica – onde o material nao tem nenhum dano permanente) Como medir o módulo de elasticidade? Ensaio de tração/compressão; Velocidade de propagação do som: tem relação com o módulo de elasticidade e densidade do material. É um ensaio não destrutivo. Pela frequência natural do material: faz-se um ensaio cíclico com uma massa muito maior que a do material gerando uma oscilação nesse material. (o módulo está relacionado com a massa, frequencia de oscilação e com a geometria do material). Materiais que tem que se deformar: juntas de dilatação, mola do elevador, pontes, materiais de lugares onde tem abalos sísmicos. CONCEITOS Ductilidade: capacidade que um material tem de se deformar quando a carga está aplicada nele (deformação de um material ao ser submetido a uma carga). É medida pela deformação, tenacidade e resiliência. Tenacidade: sinônimo de deformação irreversível: capacidade de absorver energia até a fratura. Quanta energia um material consegue absorver antes de fraturar (tem-se a certeza de ele vai fraturar). Integral/área da curva inteira [J]. Resiliência: capacidade de absorção de energia até o final da zona linear elástica. Integral/área da zona linear. Tensão de fratura: quando as ligações finalmente se rompem. INSTRUMENTAÇÃO Quando a gente faz um ensaio mecânico a gente precisa medir a deformação do material, e a forma mais correta de se fazer isso é colar no material um dispositivo, que, pela resistência elétrica dele, dá pra determinar a deformação. Ou seja, a importância de uma instrumentação correta num ensaio mecânico é determinar o módulo de elasticidade (inclinação) de forma correta. Quando a gente não coloca esse dispositivo no material, o calculo é feito por algum dispositivo que mede deslocamento na máquina que vai fazer esse ensaior de tração/compressão, o que vai ocasionar num modulo de elasticidade muito menor que o real pois a inclinação da curva vai ser maior. DUREZA É a forma mais simples de se determinar a resistência de um material à deformações plásticas. É possivel fazer um ensaio de dureza em rochas/concreto para achar o módulo de elasticidade. É dividida em três classes, ou seja, existem três formas de determiná-la: Nanoindentação; Microindentaçao; Macroindentação. COEFICIENTE DE POISSON Relação entre a deformação lateral e longitudinal do corpo de prova (ensaio de compressão e tração em duas direções – a razão entre as duas é a propriedade do material – esse coeficiente). Existem materiais que tem coeficiente de poisson negativo: quando eu alongo o material ele aumenta o volume (tração) e na compressão diminui o volume. Isso significa que a resistência é maior. TIPOS DE ENSAIO PARA A CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS Ensaio de tração Nesse tipo de ensaio o material é tracionado para ver como ele se comporta através da aplicação dessa carga (o quanto ele vai alongar/se deformar? Até onde agüenta?). Materiais alongam quando são carregados (sofrem uma carga). (ex: elevador: entra muita gente, alonga; sai gente, retorna. E, quando aplica-se uma carga antes do limite, eles retornam. Mas a partir do momento em que esse limite é extrapolado, eles quebram. Mais resistente Mais frágil Menos dúctil Menos tenaz Ductilidade: eixo x Resistência: eixo y Tenacidade: área da curva Menos resistente Menos frágil Mais dúctil Mais tenaz Material ideal: Resistente Dúctil tenaz Ensaio de flexão Na flexão, as tensões distribuídas na seção transversal da amostra são perpendiculares à força aplicada. A tração e a compressão se combinam na seção transversal; Na fase elástica do carregamento, as tensões variam no sentido da altura da amostra segundo um diagrama triangular. M: momento fletor I: Momento de inércia c: distância vertical a partir da linha neutra Ensaio de compressão Existe um dispositivo que é acoplado ao corpo de prova para medir o deslocamento chamado LDVT (sensor de deslocamento). Esse sensor mede a deformação do conjunto todo: do aço (que segura o material) e do material. Com isso, o módulo de elasticidade medido é menor já que é medida a deformação de todo o conjunto. Daí vem a importância de uma instrumentação correta. Para medir o coeficiente de poisson, como esse corpo de prova deve ser instrumentado? Deve-se medir a deformação nos 2 sentidos. Ensaio de impacto Ensaio que mede a energia absorvida pelo material. Importante para a caracterização do material/estrutura. Ensaio de fadiga Carregamentos repetidos, que, mesmo com tensões muito pequenas, podem levar o material à ruptura. Materiais que tem que se deformar: juntas de dilatação, mola do elevador, pontes, materiais de lugares onde tem abalos sísmicos.
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