Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade 6 Macroeconomia – Parte III 87 Ponto de partida Chegamos à ultima unidade da disciplina de Economia. Ao final desta etapa, você será capaz de: • compreender o problema da distribuição de renda; • identificar o índice de Gini dentro do contexto brasileiro; • conhecer os indicadores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). >> Refletindo Lembre-se: a sua reflexão é individual! Não precisa ser enviada aos tutores. 88 Roteiro do conhecimento Vimos nas unidades anteriores como a economia pode ser utilizada para atin- gir os objetivos macroeconômicos. Veremos agora os problemas ocasionados pela má distribuição de renda e como isso reflete nos indicadores sociais, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Antes de iniciarmos a discussão sobre distribuição de renda, cabe destacar a diferença entre os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento econômico. O crescimento econômico ocorre quando a renda per capita de uma sociedade aumenta (PINHO; GREMAUD; VASCONCELLOS, 2004). Esse crescimento econômico é acompanhado por transformações estruturais na sociedade, como a diminuição da natalidade e da mortalidade, ampliação do sistema escolar e de saúde, maior acesso aos meios de comunicação e de cul- tura, maior urbanização e integração com as economias mundiais. Figura 6.1 – Regime militar Legenda: Durante o regime militar, o Brasil apresentou forte crescimento econômico. Imagem: Wikimidia (2014). 89 Na prática Você já deve ter ouvido falar sobre o Milagre Econômico que ocorreu na economia brasileira durante a década de 1970, no regime militar. Pesquise quais foram as maiores alterações na estrutura econômica e social durante esse período. O conceito de desenvolvimento econômico pressupõe que ocorra uma melho- ria das condições de vida para a maior parte da sociedade, junto com o cresci- mento econômico (PINHO; GREMAUD; VASCONCELLOS, 2004). Portanto, podemos perceber que, durante o desenvolvimento econômico, es- pera-se que a maior parte da população seja beneficiada com a melhoria do padrão de vida, com melhores condições de saúde, educação e acesso aos bens materiais. Assim, somente por meio dos indicadores de distribuição de renda é possível percebermos se o crescimento econômico está sendo acompanhado pelo desenvolvimento econômico. Agora você já está pronto para compreender o conceito de distribuição de renda. 6.1 Formação do produto e da renda Produto e renda são considerados as mais importantes variáveis macroeconô- micas, porque elas representam os objetivos da Economia. Um aspecto curioso é que elas têm o mesmo valor. Assim se uma Economia gera um produto de $ 5.000, ela também gera uma renda de $ 5.000. Este ponto será esclarecido ao final desta seção. Agora vamos nos aprofundar um pouco mais nos conceitos de produto e de renda. Você já é capaz de diferenciar a microeconomia da macroeconomia e, apesar de suas diferenças, podemos observar que mesmo nas análises que consideram as unidades de consumo e de produção, na microeconomia, as variáveis produto e renda exercem um papel importante. 90 Quando você estudou o comportamento da demanda e da oferta, analisou o funcionamento de um mercado específico. Ao se fazer uma análise da deman- da, estamos basicamente preocupados em compreender o comportamento do consumidor, que objetiva alcançar níveis superiores de bem-estar comprando bens e serviços. Para tanto, necessita de recursos monetários (renda). Isso per- mite concluir que quanto maior a sua renda maior a sua demanda por bens e serviços e maior o seu nível de bem-estar econômico. Quantos bens e serviços você compraria caso sua renda fosse bem elevada? Também analisou as empresas, o lado da oferta do mercado, e verificou que as quantidades produzidas originadas do processo de produção devem ser maio- res do que as quantidades dos períodos anteriores para garantir às empre- sas altos níveis de produção e, possivelmente, de lucros. Basta verificar o que aconteceu, no Brasil, com o número de veículos produzidos ano após ano, no auge do crescimento econômico, entre 2002 e 2014. Verificamos, então, que a renda para as unidades de consumo (famílias) e a produção (produto) para as unidades produtivas (empresas) são, para a mi- croeconomia, importantes variáveis econômicas. Na macroeconomia estas mesmas variáveis também são importantes. O que muda é a ótica que se põe sobre elas. A macroeconomia estuda o sistema econômico como um todo. Naturalmente, o termo “como um todo” nada mais é do que a soma das unidades, ou seja, o conjunto agregado de famílias e de empresas. Todas as políticas econômicas estudadas na Unidade 4 são, na verdade, políti- cas macroeconômicas e são adotadas para permitir o aumento do produto e da renda de uma sociedade. Este é o objetivo da Economia na visão macroeconô- mica, produzir renda e produto cada vez maiores, pois a literatura econômica nos ensina que níveis superiores de produto e de renda geram níveis superio- res de crescimento e de padrões de vida. O produto nada mais é do que a soma de tudo o que é produzido em bens e serviços durante um período de tempo. A variável que melhor representa o produto de uma Economia é o Produto Interno Bruto ou simplesmente PIB. Faça um exercício: pesquise qual foi o valor do PIB do Brasil dos últimos 3 anos e faça uma reflexão sobre o resultado apresentado. 91 O principal agente econômico responsável pela formação do produto são as empresas. Elas movimentam recursos ou fatores de produção para possibilitar a realização do processo produtivo de bens e serviços. O PIB é uma medida de crescimento econômico, pois quanto mais se produz mais se cresce, aumen- tando a riqueza e a prosperidade de uma sociedade. Para explicar como se gera o produto, considere a produção de cadernos, um bem econômico e, portanto, riqueza. A indústria necessita de insumos, como por exemplo, celulose. Levando-se em conta que a celulose custou para o pro- dutor de cadernos $ 150 para gerar uma produção de 300 cadernos, e que cada caderno é vendido ao preço de $ 3, conclui-se que o total da produção desta empresa, já incluindo o lucro da atividade é, em termos monetários, de $ 900. Qual foi a contribuição desta empresa para o PIB? É um erro achar que a em- presa gerou um produto de $ 900, pois para calcular o valor adicionado por ela, o custo dos insumos deve ser retirado deste cálculo. Por quê? A celulose como é um insumo na produção de caderno, foi produzido por outra empresa, já que a nossa produz somente cadernos. Como a celulose foi fruto de uma produção, ela também é riqueza e deve ser agregada ao PIB do país não pela empresa que produz cadernos, mas pela empresa que produz celulose. Em um simples cálculo o valor adicionado pela nossa empresa é de $900 - $150, que dá um valor de $ 750. Se considerássemos o valor de $ 900 estaría- mos superestimando o produto gerado pela empresa de cadernos ao se apo- derar do produto que outra empresa, com sua atividade específica, agregou ao PIB do país. Estaríamos incorrendo em um erro de cálculo do PIB. Este exemplo serve para entender, de maneira bem simplificada, como é gerado o produto da Economia. Em suma as empresas ao produzirem bens e serviços, produzem riqueza, mas o valor final desta riqueza não pode incluir a riqueza que outras empresas produziram. Pense nisso macroeconomicamente, onde não existe somente uma empresa de cadernos, mas empresas que produzem tudo! Agora que você já sabe como o produto é gerado, falta conhecer como a ren- da é gerada. Você deve se recordar que as empresas necessitam de recursos produtivos para alimentar seus processos de produção. O modelo circular apresentado no item 1.13 da Unidade I, que revela a interação entre famílias 92 e empresas, mostra que são as famílias que vendem às empresas os recursosprodutivos que elas necessitam. Como elas vendem, recebem recursos mone- tários que na Economia são conhecidos como renda, ou seja, as famílias são remuneradas ao transferirem às empresas os fatores de produção. De maneira simplificada é assim que a renda da Economia é gerada. As famílias que são as detentoras dos fatores de produção vendem, por troca de renda, os recursos produtivos para as empresas. Observe que tudo em economia circula em torno da troca com algum valor monetário incluído. No início desta seção, foi afirmado que produto e renda têm o mesmo valor. Você é capaz de entender porque produto e renda têm o mesmo valor? No- vamente o modelo circular do item 1.13 da Unidade I pode ser utilizado para responder esta pergunta. Observe que há dois fluxos na interação entre famílias e empresas. O fluxo físico que indica a transferência de bens e serviços (das empresas para as famí- lias) e de fatores de produção (das famílias para as empresas), e o fluxo mone- tário que indica a transferência de pagamentos de bens e serviços (das famílias para as empresas) e de remuneração dos fatores de produção (das empresas para as famílias). Resumidamente, como a produção (PIB) é adquirida pelas famílias que preci- sam de renda e esta produção é realizada pelas empresas que necessitam de fatores de produção, o fluxo monetário se ajusta para garantir que é por meio da renda (venda de fatores de produção) que as famílias conseguem comprar os bens e serviços que são pagos às empresas e, ao mesmo tempo, é por meio do pagamento de bens e serviços (venda do produto) que as empresas conse- guem comprar os fatores de produção que são pagos às famílias. Se o valor da remuneração dos fatores de produção foi de $ 1.000, esta é a ren- da que as famílias necessitam para adquirir os bens e serviços que as empresas produziram e serão vendidos por $ 1.000 porque este foi o custo das empresas após a aquisição dos recursos produtivos para gerar a produção dos mesmos bens e serviços. Portanto, o valor do produto é $ 1.000 e o valor da renda é também $ 1.000. 93 6.2 Distribuição de renda A distribuição equitativa de renda, como vimos na Unidade 4, é um dos objeti- vos macroeconômicos. É por meio da distribuição de renda que um país con- segue se desenvolver economicamente: quanto mais equitativa a distribuição de renda, melhor será o acesso aos bens e serviços essenciais que a população terá e menor será a distância entre as pessoas mais ricas e as mais pobres. Em sua pesquisa sobre o Milagre Econômico, você deve ter notado que a eco- nomia cresceu cerca de 10% ao ano entre 1973 e 1975, porém, verificou-se, nes- se período, uma diferença grande no nível de renda da população (GREMAUD et al., 2011). Essa diferença nos níveis de renda entre os vários grupos socioeco- nômicos, nesse período, foi chamada de “teoria do bolo”. Na visão do governo, era necessário, primeiro, fazer a renda nacional crescer para depois distribui- -la entre a população (GARCIA; VASCONCELLOS, 2008). Figura 6.2 – Desenvolvimento econômico: a teoria do bolo Legenda: Pela teoria do bolo, primeiro é necessário crescer, para depois dividir. Imagem: 123RF (2014). 94 O aumento da concentração de renda nesse período é explicado pelas trans- formações na estrutura da economia brasileira: êxodo rural, baixa qualifica- ção da mão de obra e aumento do número de jovens no mercado de trabalho (GARCIA; VASCONCELLOS, 2008). Durante os períodos de industrialização, como no Milagre Econômico, a demanda por mão de obra qualificada aumen- ta. Como há pouca oferta desses profissionais, ocorre um aumento de seus salários bem acima dos aumentos salariais dos trabalhadores menos qualifi- cados. Isso é uma das explicações para a existência de maior concentração de renda nesse período (VASCONCELLOS, 2011). Apesar de o Brasil apresentar uma maior concentração de renda nesse perío- do, o padrão de vida da população melhorou como um todo. O que explica isso é que a renda per capita de todas as classes aumentou, porém a renda das clas- ses mais ricas aumentou proporcionalmente mais do que a das classes mais pobres. A participação destas últimas na renda brasileira diminuiu. Você deve estar se questionando como os economistas sabem qual o nível de concentração de renda de um país. Figura 6.3 – Distribuição de renda Legenda: A distribuição da renda geralmente é analisada sob três aspectos: por setor, por região e pelas pessoas. Imagem: Wikimedia Commons (2014). A distribuição setorial da renda demonstra qual a participação de cada setor da economia no PIB. No Brasil, o setor de serviços gera mais de 50% da renda 95 nacional, a indústria contempla 40%, e a agricultura participa em 10% da renda nacional (GREMAUD et al., 2011). A distribuição regional da renda no Brasil demonstra que há uma forte con- centração dela na região Sudeste que, com pouco mais de 40% da população, responde por mais de 50% da renda nacional. Nos últimos anos, tem crescido a participação das regiões Norte e Centro-Oeste do país, por conta da expansão da indústria agropecuária nesses locais, com benefícios para todos os setores (GREMAUD et al., 2011). A distribuição pela divisão pessoal de renda mostra o grau de concentração de renda entre a população do país (GREMAUD et al., 2011). Para medir o índice de concentração renda, utilizamos o índice de Gini, que você estudará a seguir. 6.3 O índice de Gini Pinho, Gremaud e Vasconcellos (2004) afirmam que o índice de Gini é uma das medidas mais usuais para medir a concentração de renda de uma localidade, região ou sociedade. Esse índice é obtido com o emprego da curva de Lorenz, em que são utilizados o percentual de pessoas que ganham até determinada renda e o percentual da renda que cada família ou pessoa recebe. Para facilitar o entendimento dessa curva, observe a figura a seguir. Figura 6.4 – Curva de Lorenz Porcentagem da população Po rce nt ag em da re nd a 100 80 60 40 20 A 20 40 60 80 100 D C B 96 Legenda: A Curva de Lorenz permite visualizar o índice de Gini. Fonte: Pinho, Gremaud e Vasconcellos (2004, p. 472). Porém, como chegamos ao índice de Gini? Para isso calculamos a área entre os pontos A, D e C e dividimos pela área do triângulo formado pelos pontos A, B e C. O resultado dessa divisão é o índice de Gini. Vamos ver o ponto de partida para a construção desse indicador na prática. A tabela a seguir mostra que, no Brasil, os 20% mais ricos detinham 60,7% da renda nacional em 2005, enquanto os 20% mais pobres detinham 3,5% da ren- da: a renda dos mais ricos é 20 vezes maior do que a dos mais pobres no País (GREMAUD et al., 2011). Tabela 6.1 – Distribuição de renda da população economicamente ativa: 1960-2005 Faixa de renda 1960 1970 1980 1990 1996 2004 2005 20% mais pobres 3,9 3,4 3 2,3 2,5 3,2 3,5 Segundo 20% 7,4 6,6 5,8 4,9 5,5 7,4 7,6 Terceiro 20% 13,6 10,9 9 9,1 10 10,6 10,6 Quarto 20% 20,3 17,2 16,1 17,6 18,3 17,6 17,6 20% mais ricos 54,8 61,9 66,1 66,1 63,8 61,2 60,7 10% mais ricos 39,6 46,7 51 49,7 47,6 45,5 45,3 1% mais ricos 13,8 14,8 18,2 14,6 13,6 13,1 13,3 Índice de Gini 0,5 0,568 0,59 0,615 0,6 0,559 0,552 Fonte: Gremaud et al. (2011, p. 70). A última linha da tabela apresenta o resultado: o índice de Gini. Para Gremaud et al. (2011), quando o Brasil é comparado com os demais países, seu índice de Gini equivale ao de países como Guatemala (0,551) e República Centro Afri- cana (0,613). Outros países que apresentam um desenvolvimento econômi- co muito menor que o brasileiro possuem uma melhor distribuição de renda, como a Etiópia (0,3) e a Uganda (0,43). 97 O problema da distribuição de renda se agravou no Brasil nas décadas de 1970 e 1990. Em 1970, como já discutimos, a piora ocorreu por causa dos aumentos de rendados mais ricos, superiores aos dos mais pobres. Isso se explica pela políti- ca de crescimento adotada, que priorizou os bens de capital no lugar da mão de obra (GREMAUD et al., 2011). Tal medida facilitou a acumulação de riqueza dos mais ricos, que detêm o capital (empresas, recursos financeiros e investimentos). Na década de 1990, o problema se inverteu. O País estava em um momento de pouco ou nenhum crescimento e com alta inflação: o poder aquisitivo di- minuía, mas os ricos continuavam aumentando sua renda (GREMAUD et al., 2011). Como explicar isto? Durante o período de grande inflação das décadas de 1980 e início de 1990, somente os mais ricos tinham mecanismos para se proteger das perdas ocasionadas pela inflação. Assim, suas rendas aumenta- vam, enquanto o resto da população tinha perdas reais (GREMAUD et al., 2011). Com o Plano Real, a situação da distribuição de renda melhorou, pois, sem a inflação, as classes mais baixas não tinham perdas reais de renda (GREMAUD et al., 2011). Porém, o aumento do desemprego e a precarização dos postos de trabalho reverteram essa situação. Veremos a seguir como as condições de vida da sociedade são medidas por meio do IDH. 6.4 Indicadores sociais – IDH O indicador social mais utilizado e divulgado é o IDH, que foi criado pelo Pro- grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento, conhecido como PNUD. Esse programa faz o cálculo de um indicador para avaliar o progresso do de- senvolvimento humano entre os países que fazem parte da ONU, Organiza- ções das Nações Unidas. Seu objetivo é oferecer um contraponto ao PIB, que mede somente o crescimento econômico e não o nível de desenvolvimento econômico do País (PNUD, 2013). 98 O IDH resume o progresso de um país ou município ao longo de três dimen- sões básicas: renda, educação e saúde (PNUD, 2013). De acordo com o Progra- ma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2013), essas três dimensões são medidas da seguinte forma: • saúde: pela expectativa de vida da população; • educação: pela média de anos de educação de adultos a partir de 25 anos e pelo número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber; • renda: é medida por meio da Renda Nacional Bruta (RNB) per ca- pita, em dólar, tendo o ano de 2005 como referência. Na prática O cálculo do IDH é feito anualmente e divulgado no Relatório de Desenvolvimento Humano. Verifique a situação do Brasil em relação aos outros países. Clique aqui. No Brasil, o indicador também é utilizado pelo governo federal e por admi- nistrações regionais para o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), realizado a partir dos dados dos censos. Além do IDH e do IDH-M, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento também calcula outros indicadores sociais adaptados do IDH, como IDHAD, IPM e IDG. Ampliando os horizontes Para saber mais sobre o IDH-M dos municípios brasileiros, cli- que aqui. 99 6.5 Outros índices Além do IDH, há outros índices que complementam os indicadores sociais. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) é um indicador de IDH ajustado para a desigualdade social. A desigualdade é des- contada de cada uma das dimensões do IDH (PNUD, 2013). O Índice de Desi- gualdade de Gênero (IDG) também tenta medir a desigualdade, considerando o gênero. Ele analisa três dimensões: saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica (PNUD, 2013). O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) foi introduzido em 2010 e busca identificar as privações nos aspectos da educação, saúde e padrão de vida. De acordo com o PNUD (2013), o IPM é um indicador complementar de acompa- nhamento do desenvolvimento humano. Seu objetivo é acompanhar a pobre- za além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. 100 O que aprendemos Nesta unidade, você aprendeu que: • o crescimento econômico ocorre quando a renda per capita de uma sociedade aumenta persistentemente; • o desenvolvimento econômico pressupõe uma melhoria das condições de vida para a maior parte da sociedade; • a distribuição da renda pode ser analisada sob três aspectos: a distri- buição setorial, distribuição regional e divisão da renda pessoal; • o índice de Gini indica a concentração de renda; • o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) resume o avanço de um país ou município em três dimensões básicas: renda, educação e saúde; • existem outros indicadores sociais, como o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD), o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). >> Sua vez Agora é o momento de ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e par- ticipar do Fórum de Discussão. Você irá interagir com seus colegas e com o seu tutor, assim, ampliará o seu conhecimento, debatendo um tema po- lêmico. Sua opinião é muito importante! Lembre-se, também, de realizar a atividade de fixação do conhecimento. 101 Referências da unidade GARCIA, M. E.; VASCONCELLOS, M. A. S. Fundamentos de economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. GREMAUD, A. P. et al. Economia brasileira contemporânea. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. PINHO, D. B.; GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S. de (Org.). Manual de economia. São Paulo: Saraiva, 2004.
Compartilhar