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Modelos de Melhoria de Processos de So/ware Aula 2 – Histórico da Gestão da Qualidade Profa. Esp. Juliana Pohren julianapoh@unisinos.br Agenda O quê é Qualidade? História Qualidade de Processo e Produto Big Bang Theory Exercício O QUÊ É QUALIDADE? O quê é Qualidade? Uma lenda urbana diz que numa feira de informáOca (Comdex), Bill Gates teria comparado a indústria de computadores com a automobilísOca e declarado: “Se a GM Ovesse evoluído tecnologicamente tanto quanto a indústria de computadores evoluiu, estaríamos todos dirigindo carros que custariam 25 dólares e que fariam 1000 milhas por galão (algo como 420km/l).” O quê é Qualidade? A General Motors, respondendo a declaração, divulgou o seguinte comentário a respeito dessa declaração: “Se a Microso` fabricasse carros: 1. Ocasionalmente, dirigindo a 100 Km/h, seu carro, de repente, morreria na autoestrada sem nenhuma razão aparente, e você teria apenas que aceitar isso, religá-‐lo (desligar o carro, Mrar a chave do contato, fechar o vidro, sair do carro, fechar e trancar a porta, abrir e entrar no carro, sentar-‐se no banco, abrir o vidro, colocar a chave no contato e ligar) e seguir adiante. 2. No meio de uma descida pronunciada, quando você ligar o ar-‐condicionado, o rádio e as luzes ao mesmo tempo, ao pisar o freio apareceria uma mensagem do Opo "Este carro realizou uma operação ilegal e será desligado!" O quê é Qualidade? 3. Os indicadores luminosos de falta de óleo, gasolina e bateria seriam subsOtuídos por um simples "Falha Geral ou Defeito Genérico". 4. Em um acidente, o sistema de air bag perguntaria: "Você tem certeza que quer usar o air bag?", antes de entrar em ação. 5. Para desligar seu carro, você teria de apertar o botão "Iniciar“.” O quê é Qualidade? O que é um carro com/de qualidade? O quê é Qualidade? O que é um carro com/de qualidade? O quê é Qualidade? O que é um carro com/de qualidade? O quê é Qualidade? O que é um carro com/de qualidade? O quê é Qualidade? O que é um carro com/de qualidade? O quê é Qualidade? Consiste na capacidade de saMsfazer desejos (Deming). Adequação ao uso (Juran). Conformidade com os requisitos (Crosby). O quê é Qualidade? Grau de excelência a um preço aceitável e o controle da variabilidade a um custo aceitável (Broh). O melhor para certas condições do cliente. Essas condições são: a) o verdadeiro uso; e b) o preço de venda do produto (Feigenbaun). Grau no qual um conjunto de caracterísMcas inerentes saMsfaz a requisitos (ISO). O quê é Qualidade? Atributos de um bem Seu desempenho técnico, durabilidade, estéMca, assistência técnica, etc. SaOsfação do cliente Grau com que um produto ou serviço atende às necessidades do usuário. SaOsfação das especificações de um produto Grau com que um produto atende às especificações de seu projeto . O quê é Qualidade? Valor associado ao produto Apresenta o desempenho esperado a um preço aceitável garanOndo a conformidade adequada a um custo aceitável. Confronto entre expectaOva e percepção Resultados da expectaMva na aquisição versus percepção no consumo. Adequação a atributos latentes Demandas de clientes sobre inovações previamente desconhecidas por ele. O quê é Qualidade? “A ponderação da qualidade de um produto é subjeMva e varia com o local e a época, além disso, o mesmo produto pode ser considerado com maior ou menor qualidade quando avaliado por pessoas diferentes. Por esses moOvos, a produção em série exige que haja uma medição da qualidade através de atributos do produto de maneira que seja possível avaliar se diferentes cópias o produto possuem a mesma qualidade.” Mario Lúcio Côrtes no livro “Modelos de Qualidade de So`ware” O quê é Qualidade? Nada impede de que seja mais uma (enfermi)dade gerencial como tantas outras: produOvidade, compeOOvidade, sustentabilidade, etc. Torna-‐se um trauma se mal concebida e/ou apropriada em uma empresa. HISTÓRIA Artesanato Nos séculos XVIII a XIX, período anterior à Revolução Industrial, a produção era realizada em formato de artesanato. Artesões eram responsáveis por todas as etapas da produção, desde a concepção do produto até a sua comercialização. • Conhecimento de boas práMcas (ou falta de) era de domínio de cada artesão. • Qualidade era unicamente ligada ao trabalho do artesão. Produção em pouca escala, customizada para atender as necessidades de um cliente específico. Produção em Massa No final do século XIX e início do século XX, muda-‐se o paradigma com a criação da produção em massa, peças intercambiáveis, linhas de montagem e a Administração Ciendfica. O trabalho foi parOcionado em tarefase segmentado em diferentes áreas. O volume de produção tornou-‐se grande, perdendo-‐se o foco no atendimento de um cliente específico. • Ford T: “Os clientes podem escolher qualquer cor, desde que seja preto.” História da Qualidade A parOr deste ponto temos o começo da história da Qualidade, sendo ela dividida em quatro grandes etapas: Inspeções (década de 20) Controle EstavsOco da Qualidade (1930-‐1940) GaranOa da Qualidade (1950-‐1960) Gestão Estratégica da Qualidade (1970-‐atual) Inspeções Surgiram na década de 1920 Realizadas por inspetores de qualidade (profissionais especializados), buscavam garanOr um conjunto básico de atributos em um produto antes dele ir para o cliente. Controlar a Qualidade significava separar os produtos defeituosos dos demais. • Contagem • Classificação pela qualidade • Reparos A Qualidade tornou-‐se externa à produção. Controle EstadsMco da Qualidade No início da década de 1930, W. Shewhart desenvolveu as Cartas de Controle de Processo. UOlizou ferramentas estadsMcas para estabelecer um modelo de variabilidade máxima da resposta de um processo produMvo. • Análise de fluxos, insumos, aMvidades realizadas e produtos gerados para perceber pontos críMcos, oportunidades de melhoria e variações devidas a causas normais (do processo) e anormais. • Mudanças de processos realizadas com embasamento estadsMco. A estadsMca deu subsídios para que as inspeções fossem feitas através de amostragens, assim diminuindo esforços e custos no controle de qualidade. Carta de Controle de Processo GaranMa da Qualidade Após a Segunda Guerra Mundial, o estavsOco Deming foi convidado para ir para o Japão para ajudar a reconstruir o país, conquistar novos mercados e melhorar a reputação dos produtos japoneses, trazendo significaOvas melhorias para a produção nipônica em conjunto com Juran. O enfoque desta fase foi em Custos da Qualidade: todos procedimentos envolvidos bem como o custo da não-‐qualidade. Engenharia da Confiabilidade: os controles estavsOcos funcionavam bem dentro das fábricas, porém ao serem uOlizados deixavam a desejar. ExisOam também problemas com fornecedores, trazendo a demanda deles serem cerOficados. Zero Defeito: coordenação de esforços em nível organizacional com o princípio de “fazer certo na primeira vez”. Gestão Estratégica da Qualidade Juran, Deming , Feigenbaum, Ishikawa , entre outros, trabalharam em conjunto na implantação de uma nova perspecOva, a de Gestão Estratégica da Qualidade, também chamada de Controle da Qualidade Total (Total Quality Control – TQC). Esta perspecOva pregava • Enfoque no cliente: atender e saOsfazer as expectaOvas do cliente • Melhoria condnua: idenOficação e eliminação de falhas constantemente • Prevenção de defeitos: prevenir em vez de apenas detectar • Responsabilidade universal: filosofia de conduta que deve ser parOlhada por todos os integrantes de uma empresa e seus parceiros QUALIDADE DE PROCESSO E PRODUTO Qualidade de Processo e Produto Qualidade do Produto Qualidade do Processo Modelo de Qualidade Gerenciamento de Projetos Melhores Práticas Definição de Processos Melhores Práticas Gestão de Projetos Melhores Práticas Construção de Produtos Definição das etapas de produção Definição das etapas de gestão Qualidade de Produto Visa o produto final Qualidade do produto não se aOnge de forma espontânea Verificada através de testes e inspeções A qualidade do produto depende fortemente da qualidade do processo de desenvolvimento Qualidade de Processo Visa melhorar a qualidade do modo como o produto é produzido e manMdo Verificada através de auditorias, revisões Um bom processo não garante que os produtos produzidos são de boa qualidade, mas é um indicaMvo de que a organização é capaz de produzir bons produtos Por quê processos? Porque eles permitem A repeOOvidade Prever tendências de projetos Ter previsibilidade e visibilidade gerencial (prazo, custo, etc.) Comparar divisões, grupos, equipes Melhoria convnua através de lições aprendidas e novas práOcas Redução do ciclo de vida e aumento da produOvidade Diminuição do Ome-‐to-‐market Redução de custos Possibilidades Processos Imaturos CaracterísOcas Ad hoc -‐ Improvisado Fortemente dependente dos profissionais Indisciplinado Consequências pouca produOvidade qualidade de di|cil previsão alto custo de manutenção risco na adoção de novas tecnologias Processos Maduros CaracterísOcas Conhecidos por todos Apoio visível da alta administração Auditagem da fidelidade ao processo Métricas de produtos e dos processos Adoção disciplinada de tecnologias Consequências Papéis e responsabilidades claramente definidos Acompanhamento da qualidade do produto e da saOsfação do cliente ExpectaOvas para custos, cronograma, funcionalidades e qualidade do produto é usualmente alcançada Afinal, o que é mais importante? Processo ou produto? ATENÇÃO! Processos perfeitos que não entregam produtos, de nada adiantam! O desejo do cliente são os produtos e muitas vezes não se importam com os meios. Produtos perfeitos com processos defeituosos, são onerosos! Processos podem ter um custo alto para serem executados, o que dificulta a venda dos produtos. BIG BANG THEORY Exercício (em duplas) Quais eram os pontos posiOvos no processo fabril do seriado? Quais eram as dificuldades? Como a gestão da qualidade poderia auxiliá-‐los em suas aOvidades? É possível se pensar apenas em qualidade de produto ou em de processo?
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