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Responsabilidades Executivas em Melhoria de Processos Por Bill Curtis Nós constantemente ouvimos que a primeira razão que programas de melhoria de processos falham é por falta de liderança executiva. Isto dito, os responsáveis por facilitar os programas de melhoria de processos ficam embaraçados para especificar exatamente o que eles esperam dos executivos. Aqui estão 12 ações críticas que os executivos deveriam tomar para garantir o sucesso de programas de melhoria de processos. 1. Tomar responsabilidade pessoal Os executivos não entregam sistemas para os clientes. Gerentes de projetos fazem isso. Executivos constroem organizações que entregam sistemas para clientes, e essa responsabilidade não pode ser delegada. No cerne do Framework de Maturidade de Processos de Watts Humphrey fica o CMMI, um modelo único de mudança e desenvolvimento organizacional. Desde que a responsabilidade pela transformação organizacional fique no gabinete executivo, o CMMI é uma ferramenta para executivos utilizarem para melhorar a performance das suas organizações. O CMMI irá transformar não apenas as práticas de desenvolvimento, mas também a cultura organizacional e a maneira como os resultados de negócios são obtidos. Os executivos não deveriam lançar um programa de melhoria até que eles estejam querendo se tornar pessoalmente responsáveis pelo seu sucesso – ou falha. 2. Definir metas realistas Os executivos devem iniciar a melhoria de processos com uma declaração clara das questões guiando as mudanças e os objetivos a serem alcançados. Slogans como “Nível 2 pro ano 02” fazem nada mais do que reforçar os mesmos comportamentos que o nível 2 foi desenhado para eliminar. Se os objetivos de melhoria são irreais, o programa de melhoria será apenas mais um projeto da caótica marcha fúnebre da organização. A melhoria de processos deve modelar os comportamentos que ela quer que a organização adote, especialmente os comprometimentos a planos. Cronogramas para a obtenção de níveis de maturidade deveriam resultar de planejamento, não slogans atraentes ou ciclos de bônus. Recompensas e bônus deveriam se basear no cumprimento de marcos de melhoria planejados, ao invés de datas arbitrárias para resultados de avaliações. 3. Estabelecer um projeto de melhoria A melhoria de processos deve ser conduzida como um projeto. Os executivos devem atribuir responsabilidade pelo gerenciamento do projeto, prover orçamento e recursos, esperar relatórios de status periódicos, e medir resultados. A pessoa atribuída para liderar o projeto de melhoria deve ser um bom exemplo para outros gerentes de projetos. Os executivos devem fazer perguntas frequentes sobre os planos dos projetos e seus pressupostos. Os guias, processos definidos, medidas, listas de verificação, e outros artefatos produzidos através de melhoria de processos são ativos organizacionais. Eles devem ser tratados como produtos, embora para uso interno, e devem ser produzido com a mesma disciplina utilizada na produção de qualquer outro produto. 4. Gerenciar a mudança Quantas iniciativas podem ficar na cabeça de um gerente de projetos? Muitas organizações têm muitos programas de melhoria ocorrendo simultaneamente. Nos estágios iniciais destes programas o gerente de projetos é a pessoa mais afetada e geralmente é inundada com o número de mudanças esperadas. Os executivos devem determinar a quantidade de mudança que a organização pode absorver, priorizar as mudanças a serem feitas, e proteger a organização de excesso de melhorias. A boa notícia é que alguns programas de melhoria como o Six Sigma e o CMMI podem ser sintetizados, desde que eles evoluíram de conceitos iniciados por Shewhart e Deming. 5. Alinhar a gerência Grupos de processos não tem poder para forçar melhorias ou o comportamento de gerenciamento de mudanças. Se os gerentes intermediários resistem às melhorias, somente os executivos podem forçá-‐los a se alinharem com o programa. Os executivos devem construir consenso entre os gerentes sobre os objetivos e táticas para a melhoria e deixá-‐los como responsáveis por alcançar objetivos de melhoria. Em particular, os gerentes intermediários devem desenvolver as habilidades dos gerentes de projetos ou programas que respondem para eles. Comitês de direcionamento gerencial reportando para executivos são a única maneira de garantir que os gerentes médios e de projetos compartilham responsabilidades para o sucesso das melhorias. 6. Alinhar incentivos Os executivos devem garantir que os incentivos estão alinhados com objetivos de melhoria e não mandem mensagens misturadas sobre os comportamentos que a organização valoriza. Os incentivos devem mudar de recompensa para os heróis para a recompensa àqueles que executam práticasque tornam heróis desnecessários. As promoções devem ir para aqueles que são exemplos dos comportamentos que o programa de melhoria está tentando instaurar. Os incentivos devem mandar uma mensagem que a gerência valoriza tanto contribuições para construir uma organização forte quanto valoriza a performance individual. 7. Estabelecer políticas e dar empowerment para a garantia As políticas que meramente regurgitam metas das áreas de processo do CMMI representam uma oportunidade desperdiçada para os executivos comunicarem as suas expectativas de comportamentos nas suas organizações. Uma vez que políticas são estabelecidas, os executivos precisam de visibilidade sobre a sua aderência. Grupos de garantia tem influência somente na extensão que os executivos atendem a aos seus relatórios e endereçam não-‐conformidades. Entretanto, o maior valor de grupos de garantia, e isso é sútil na área de Process and Product Quality Assurance (PPQA), é quando eles servem como mentores de gerentes de projetos e pessoal técnico nas práticas que suportam a aderência. Consequentemente, grupos de garantia precisam ser compostos com desenvolvedores e gerentes competentes para que eles sejam creditáveis na transferência de conhecimento das melhores práticas ao longo da organização. 8. Envolver clientes A não ser que os clientes entendam como eles irão se beneficiar das novas práticas, eles poderão perceber as mudanças como tornando os projetos burocráticos e inflexíveis. Consequentemente, gerentes de projetos são frequentemente presos em um conflito entre seus objetivos de melhoria e as demandas dos clientes. Os executivos detém o relacionamento com os clientes e devem encontrar com os seus pares para explicar a estratégia de melhoria e como ela irá fazer a organização de desenvolvimento um parceiro de negócio mais confiável. Envolver clientes na melhoria de práticas de requisitos é um bom passo inicial para incorporá-‐los no programa. 9. Envolver os desenvolvedores O framework de maturidade de processo começa com o empowerment dos desenvolvedores pelo envolvimento deles na estimativa e planejamento no nível 2 e isso aumenta a sua responsabilidade a cada nível seguinte. Os executivos devem entender e encorajar essa transição cultural. Eles também devem garantir que os desenvolvedores são envolvidos em atividades de melhoria porque eles têm o conhecimento mais recente das melhores práticas, e eles são mais realistas sobre quantas mudanças eles podem absorver em um ciclo de melhoria. O papel de grupos de processos e de garantia é auxiliar os gerentes e os desenvolvedores na identificação e implantação das melhores práticas. 10. Rever o status Os executivos detêm os compromissos da organização. Eles devem aprovar compromissos externos e rever o progresso para alcançá-‐los. As revisões de projetos devem focar não somente no status de trabalho, mas também no progresso sendo feito na adoção de melhorias e no endereçamento de riscos eminentes. Os executivos destacam o seu compromisso através da medição e devem adicionar indicadores de progresso de melhorias e resultados para os seus dashboards. Medidas de melhoria devem refletir que os benefícios resultam projeto a projeto, ao invés de em um big bang. 11. Trocar retardatários O grupo de processos detém a responsabilidade de assistir melhorias com os inovadores, early adopters, e early majority e late majority. Os executivos detêm os problemas dos retardatários, especialmente se eles estão na gerência. Para um programa de melhoria suceder, os executivos devem estar querendo remover qualquer um que falhe em fazer progresso – até mesmo amigos. Programas de mudanças organizacionais de sucesso frequentemente acabam com times de gerentes que são diferentes daqueles que eles começaram. 12. Nunca se arrepender A verdadeira liderança começa sob estresse. Com todas as pressões geradas por marcos de negócio e redução de custos demandantes, os executivos devem, entretanto, permanecer firmes em guiar as melhorias que eles sabem que a organização deve fazer. Se eles se arrependerem sob pressão, a organização aprende a arte das desculpas. A maior avaliação de maturidade é determinada por qual prática a organização se nega a sacrificar sob grande pressão. Os executivos podem assumir outras responsabilidade no suporte a melhoria de processos. Entretanto, estas 12 têm se provado críticas, pois elas exigem autoridade executiva e representam atos de liderança ao redor do que o programa de melhoria pode estimular. Os executivos com pouca experiência em ambientes disciplinados com processos são compreensivelmente preocupados sobre arriscar suas carreiras em práticas que eles não contribuíram significantemente nasua melhoria. Felizmente, um corpo crescente de dados e uma comunidade de organizações maduras existem para atestar que a fé em sensíveis programas de melhoria baseados em CMMI é bem colocada. Não é requerido liderança para seguir o caminho trilhado. É necessário liderança para perseguir a promessa de novos caminhos.
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