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Resumo e conclusões Texto sobre Fontes do Direito

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Com o texto, observa-se que a expressão “fontes do direito” possui uma abrangência maior do que se imagina, havendo fontes formais e materiais, com relação às quais diferentes autores fazem diferentes abordagens. A principal fonte formal é a legislação, sendo também a fonte à qual geralmente se recorre para a aplicação do direito. 
Kelsen considera como fonte do direito todos os meios que influenciam a função criadora e aplicadora do direito, como, por exemplo, além da própria lei, a doutrina, a moral e seus princípios. Porém, para ele, nem todas são fontes do direito positivo, pois só se enquadram nessa categoria aquelas que são juridicamente vinculantes, ou seja, consideradas obrigatórias.
	Miguel Reale, por outro lado, não considera a doutrina como fonte de direito, pelo fato de suas ideias e princípios não serem vinculantes aos comportamentos sociais, o que ele acredita ser uma condição necessária para constituir uma fonte do direito. Isso é apenas um exemplo mostrado das diferentes noções que os autores fazem acerca desse assunto.
	A expressão “fonte do direito” é utilizada também no modelo hierárquico normativo kelseniano, servindo de fundamento para todo o ordenamento jurídico. Nesse sistema, a validade de uma norma jurídica dependerá da norma superior a ela, até chegar na norma hipotética fundamental, que não possui existência positiva mas sustenta toda a ideia do próprio ordenamento: a de que uma norma só pode originar-se a partir de outra.
	O texto traz ainda uma abordagem sobre a vigência das normas no tempo e no espaço, mostrando as diferentes situações que podem relativizar a aplicação de uma norma. Há o caso do período de vacatio legis, por exemplo, no qual a lei já possui validade, mas ainda não tem vigência, ou o caso de retroatividade da lei, quando esta produz efeitos até mesmo em fatos anteriores a sua promulgação.
	Quanto à questão da vigência da lei em relação ao espaço, percebe-se que é uma situação também relativizada. As leis do ordenamento jurídico de um determinado Estado não estão restritas apenas às fronteiras daquele Estado, podendo se estender a navios de guerra, embaixadas e consulados, por exemplo, que também são considerados territórios dele. Há também os casos de extraterritorialidade, quando as leis de um Estado são aplicadas no espaço pertencente a outro.
	Esses são apenas alguns dos casos que o texto aborda, ficando claro que muitas vezes até para as regras mais expressas existem exceções. O próprio exemplo da retroatividade e irretroatividade é um que não pode ser considerado absoluto, dependendo da análise da situação.

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