APOSTILA ANTRO IDOSOS 2016

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS 
Professora Fabiana Costa 
• Idoso - acima de 60 anos (OMS) 
• O aumento da proporção de idosos tem-se configurado um fenômeno global. 
• Brasil: segmento que mais cresce 
 Prevalência de doenças crônico não transmissíveis 
 Obesidade 
 Elevação da pressão arterial 
 Aumento do colesterol e triglicerídeos 
 Doenças do coração 
 Doenças ósseas e articulares 
Saúde do idoso está relacionada à: 
 capacidade funcional 
 qualidade de vida 
 independência funcional 
Com o envelhecimento: 
 redução massa óssea 
 diminuição da estatura 
 redução da massa muscular 
 alteração na quantidade e distribuição de gordura corporal 
 
 
 
 
 
ANTROPOMETRIA E MORBIDADE 
• Meia idade (50 a 65 anos) – problema nutricional é sobrepeso 
• Acima de 80 anos – magreza e perda massa magra 
Magreza e sobrepeso = risco de morte 
Magreza maior risco para idosos 
 
INTERPRETAÇÃO DA ANTROPOMETRIA 
 
- D i f i c u l d a d e s - 
 
DE ORDEM BIOLÓGICA 
 efeitos fisiológicos do envelhecimento 
 diminuição da estatura 
 redução massa óssea (osteoporose) 
 redução da massa muscular 
 alteração na quantidade e distribuição de gordura corporal 
 declínio água corporal (controverso) 
 
DE ORDEM TÉCNICA 
 Dificuldade de deambular 
 Dificuldade de permanecer de pé 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS MAIS UTILIZADAS 
Estatura 
Quando não for possível medir a estatura: 
ESTATURA RECUBENTE 
O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo. 
Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo 
com auxílio de um triângulo. 
Medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível. 
 
 
 
ESTIMATIVA POR FÓRMULAS: 
 
• Altura do joelho - medida que não é alterada com a idade 
• Realizada com o idoso em posição supina, formando um ângulo de 90 graus entre joelho e 
tornozelo. 
• A régua deve ser posicionada entre a base do calcanhar e a cabeça da fíbula. 
 
OU: ARM SPAM - ENVERGADURA 
 
 
 
Peso corporal 
 Diminui com avanço idade  entre homens e mulheres 
 Platô 65 anos de idade para homens; mulheres 10 anos depois 
  massa corporal =  água corporal (MM) 
 
Quando não for possível pesar -> estimativa por fórmulas 
 
 
 
 
 
Índice de massa corporal 
Diagnóstico IMC (Kg/m2) 
Desnutrição < 22 
Eutrofia 22 - 27 
Sobrepeso > 27 
 
 
Circunferências 
 Panturrilha – medida mais sensível da massa muscular 
 Braço – indicadora de desnutrição protéico-calórica 
 Abdominal – risco cardiovascular 
 Outras medidas poderão ser realizadas 
Panturrilha: Valores < que 35 cm são indicadores de perda de massa muscular 
Para avaliar a circunferência de braço, ver tabelas FRISANCHO, 1990. 
 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA BRAÇO MASCULINO 
 
CIRCUNFERÊNCIA BRAÇO FEMININO 
 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 
 
 
Dobras cutâneas 
 Alteração da compressibilidade e elasticidade 
 Dificuldade de separação dos tecidos 
 Poucas referências incluem medidas em idosos 
 Frisancho (1990) inclui dados até 74,9 anos 
 OMS - Não recomenda padrão universal 
 Referência deve ser utilizada como avaliação inicial devendo ser complementada com 
exames bioquímicos, clínicos e dietéticos 
 Mais utilizadas: triciptal e subescapular 
 
Para avaliar as dobras cutâneas, ver tabelas FRISANCHO, 1990. 
 
DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL MASCULINO 
 
 
 
 
 
 
DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL FEMININO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P> 95 excesso de adiposidade 
 
P entre 15 e 95 eutrofia 
 
P entre 5 e 15 risco de depleção 
 
< 5 depleção 
 
Gray, 1980, Peterson, 1984, Heymsfield, 1999 
 
DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR MASCULINO 
 
DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR FEMININO 
 
 
MEDIDAS COMPLEMENTARES 
 Circunferência muscular do braço (CMB) 
 Área muscular do braço (AMB) 
 Área de gordura do braço (AGB) 
 
 
 
- 
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO MASCULINA 
 
 
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO FEMININA 
 
 
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO 
 
 
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO MASCULINA 
 
 
ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO FEMININA 
 
 
 
ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO 
 
 
ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO MASCULINA 
 
 
ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO FEMININA 
OUTROS PARAMETROS: 
 
 KUCZMARSKI, MARIE F, KUCZMARSKI,ROBERT J., NAJJAR MATTHEW. Descriptive 
anthropometric reference data for older americans. Journal of The American Dietetic Association, 
v.100,n.1,p.59-66,January, 2000. 
 
HOMENS 
Variável 
Idade 
10 15 25 50 75 85 90 
IMC (Kg/m2) 
70-79 
> 80 
 
21,5 
19,8 
 
22,3 
21,1 
 
23,8 
22,4 
 
26,1 
25,0 
 
29,3 
27,1 
 
30,7 
28,7 
 
31,7 
29,5 
CB (cm) 
70-79 27,5 28,2 29,3 31,3 33,4 35,1 36,1 
> 80 25,5 26,2 27,3 29,5 31,5 32,6 33,3 
DCT (mm) 
70-79 7,3 7,9 9,0 12,4 16,0 18,8 20,6 
> 80 6,6 7,6 8,7 11,2 13,8 16,2 18,0 
CMB (cm) 
70-79 24,4 24,8 25,6 27,2 28,9 30,0 30,5 
> 80 22,6 23,2 24,0 25,7 27,5 28,2 28,8 
MULHERES 
Variável 
Idade 
10 15 25 50 75 85 90 
IMC (Kg/m2) 
70-79 
> 80 
 
20,7 
19,3 
 
21,4 
20,3 
 
22,6 
21,7 
 
25,9 
25,0 
 
29,9 
28,4 
 
32,1 
30,0 
 
34,5 
31,4 
CB (cm) 
70-79 25,4 26,1 27,4 30,1 33,1 35,1 36,7 
> 80 23,0 23,8 25,5 28,4 31,5 33,2 34,0 
DCT (mm) 
70-79 12,5 14,0 16,4 21,8 27,7 30,6 32,1 
> 80 9,3 11,1 13,1 18,1 23,3 26,4 28,9 
CMB (cm) 
70-79 20,3 20,8 21,6 23,0 24,8 26,3 27,0 
> 80 19,3 20,0 20,9 22,6 24,5 25,4 26,0 
 
 
 
 
 
Barbosa, A et al. Anthropometry of elderly residents in the city of São Paulo, Brazil. Cad. Saúde 
Pública, Rio de Janeiro, 21(6):1929-1938, nov-dez, 2005.