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DO CRIME MILITAR TEORIAS SOBRE O ESTADO DE NECESSIDADE Código Penal Brasileiro (CPB) Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 58 59 DO CRIME MILITAR Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoàvelmente exigível conduta diversa. Estado de necessidade, como excludente do crime Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideràvelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 60 DO CRIME MILITAR QUESTÃO: MPE/ES/2010: “No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e interesses em conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de exclusão da culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude.” QUESTÃO: DPU/2004: “No direito castrense, o estado de necessidade pode constituir causa de exclusão da culpabilidade do delito.” 61 DO CRIME MILITAR Excludente de ilicitude do Comandante Exclusão de crime Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. QUESTÃO: ANALISTA JUDICIARIO/STM/2004: “A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios violentos por parte do comandante para compelir os subalternos a executar serviços e manobras urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o saque.” 62 DO CRIME MILITAR Excesso nas causas de justificação EXCESSO EXCULPANTE Art. 45, CPM Excesso escusável Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação. QUESTÃO: MPE/ES/2010: “O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem idêntico disciplinamento no direito penal militar e no direito penal comum, sendo o excesso intensivo, em qualquer caso, excludente de culpabilidade do agente.” 63 DO CRIME MILITAR EXCESSO DOLOSO Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso. ELEMENTOS NÃO CONSTITUTIVOS DO CRIME Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente; II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão. 64 DO CRIME MILITAR QUESTÃO: MPE/ES/2010: “Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da condição de superior do outro militar atingido e consciência de que está infringindo as regras de disciplina e hierarquia militar.” 65 DO CRIME MILITAR CULPABILIDADE Elementos: 1 – Imputabilidade 2 – Potencial Consciência da Ilicitude 3 – Exigibilidade de Conduta Diversa 66 DO CRIME MILITAR Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis. Há domínio da situação fática Não tem consciência de que se trata de um comportamento proibido. Semelhança e Diferença para o tratamento do Erro de Proibição do Código Penal Potencial Consciência da Ilicitude Erro de Direito
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