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Pesquisa ANALOGIA JURÍDICA

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Pesquisa : Analogia Jurídica 
A analogia pode ser definida como a utilização de uma norma “X”, que apresente pontos de semelhança para a solução de um caso concreto, que, a princípio, não encontre no Ordenamento Jurídico regras específicas. 
Para que possa ser utilizada a analogia, entre o caso concreto e a lei a ser utilizada, deve existir semelhanças essenciais e fundamentais e apresentarem os mesmos motivos. 
A analogia existe para dar harmonia e coerência ao Ordenamento Jurídico, pois utilizando a norma numa situação semelhante ao que ela descreve, o Ordenamento Jurídico apresentará dentro dele mesmo, a solução para o caso concreto, não sendo necessário recorrer a soluções alheias à Ordem Jurídica. 
A analogia fornece igualdade de tratamento, pois as situações semelhantes serão disciplinadas da mesma forma. 
É importante diferenciar os procedimentos de aplicação da analogia, com a interpretação extensiva, que normalmente, são confundidos. 
A interpretação extensiva é um processo decorrente das várias formas de interpretação de uma lei. Nesse não há lacuna na lei, mas o que ocorre é que a lei existente possui deficiência de linguagem, e assim, o operador do Direito vai buscar em uma outra norma, semelhante, o sentido real que a norma deficiente queria buscar. 
Na interpretação extensiva a norma existe, mas possui carência de sentido, enquanto que, na analogia, não existe a norma específica para regular o caso concreto, ou não possui na norma informações suficientes que solucionem o caso
Raciocinar por analogia significa julgar pelas semelhanças dos fatos, ou seja, usando essa lógica no direito seria o mesmo que aplicar a norma existente no ordenamento jurídico a um caso não previsto na norma jurídica, desde que eles guardem semelhanças reais.
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito
A analogia é um método de integração das lacunas da lei. Ocorre analogia quando é feita uma comparação entre casos diferentes mas com um problema parecido para surgir a mesma resposta. A analogia tem como base o principio da igualdade jurídica, e também afirma que deve haver a mesma solução para o mesma infração ou razão da lei.
Em alguns casos, a analogia não é aplicável, como no direito penal (a não ser no caso in bonam partem); na fiança; em leis fiscais; em negócios jurídicos (e na renúncia).
Alguns Exemplos de Analogia Jurídica:
Exemplo de uso da Analogia dado por Rodrigo Castella
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
A hipótese mais clássica é aquela em que a mulher é vitima de estupro e fica grávida. A lei, nesse caso, admite a manobra abortiva. Mas o legislador impôs requisitos, quais sejam: que haja consentimento da gestante e seja realizado por médico. Isto é, se o abortamento não for realizado por médico, o agente que o praticou responderá pelo crime de aborto, ok? Mas imaginemos que Eva tenha ficado grávida em decorrência do estupro. E Eva mora em cidade longínqua que não há médico na região; há, apenas, uma parteira. Eva procura a parteira e esta realiza a manobra abortiva. Ocorre que a parteira responderá pelo crime de aborto, porque o legislador disse que tem de ser praticado apenas por médico. Para que não ocorra injustiça, teremos de fazer o uso da analogia, in bonam partem, para beneficiar a parteira.
Observação: na analogia  não há interpretação extensiva, mas sim integração de normas, pois nesse caso, não existe uma lei a ser aplicada ao caso concreto, há uma lacuna quanto ao fato. Motivo pelo qual leva-se a integrar uma outra norma, que versa sobre um caso semelhante, ao fato sem lei.
À saber:
Interpretação Extensiva ou ampliativa é a norma existente para um determinado fato concreto, mas ela "disse menos do que queria dizer", então sua expressão é ampliada pelo interprete através do método Teleológico.
Exemplo utilizado por Hungria para a interpretação extensiva:
Art. 235 do CP
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Devido o código incriminar a bigamia, conclui-se que a poligamia também é objeto de incriminação.
Também há exemplo na CF/88 no art. 5º, XI, o qual refere-se a "casa". Essa norma foi ampliada e convertida no art.150, §4º, III da CF, entendendo "casa" em sentido mais amplo, como local fechado, de propriedade privada, de acesso restrito, etc.
Indico que assista o vídeo abaixo, o qual explica o uso da analogia no direito penal e alguns exemplos interessantes.
Fonte da pesquisa: https://www.passeidireto.com/pergunta/5612388/o-que-e-analogia-juridica
https://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6380
http://direitonafacul.blogspot.com.br/2014/08/analogia-no-direito-penal.html

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