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PARA QUE FILOSOFIA (1)

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PARA QUE FILOSOFIA ?
Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações. 
Fazemos perguntas:
Que horas são ? Que dia é hoje ?
Dizemos frases como:
Ele esta sonhando ou ela ficou maluca!
Fazemos afirmações: 
Onde há fumaça há fogo ou quem entra na chuva é para se molhar.
Avaliamos as coisas:
Esta casa é bonita ou Maria esta mais bonita
Quando perguntamos, quando dizemos, quando afirmamos e avaliamos as coisas no nosso cotidiano nós seguimos regras e normas de conduta, valores morais, religiosos, políticos e artísticos. Porque acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais. Regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.
Assim, notamos que nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos, porque nos parecem naturais, óbvias. CREMOS.
A Atitude Filosófica
Imaginemos agora, se alguém tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas, diferentes.
Em vez de perguntar que horas são ? Perguntasse o que é o tempo?
Em vez dizer está sonhando ou ficou maluca, quisesse saber: o que é o sonho ? A loucura?, a razão ?
Se em vez de afirmar “esta casa é bonita”, começasse a perguntar o que é mais, o que é o belo ?
Se em lugar de falar da subjetividade dos namorados, perguntasse: o que é o amor, o que é o desejo, o que são os sentimentos.
Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, passando a indagar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam nossa existência, silenciosamente.
Ao tomar esta distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer porque cremos no cremos, porque sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos.
Este alguém estaria começando a adotar o que chamamos de Atitude Filosófica.
Assim, uma primeira resposta à pergunta “o que é filosofia” ? poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana.
Perguntaram, certa vez a um filósofo: “Para que Filosofia ?” E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”.
A Atitude Crítica
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias, ao que todo mundo diz e pensa, ao estabelecido.
A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos.
É também uma interrogação sobre o porque disto tudo, porque tudo é assim e não de uma outra maneira.
A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.
A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso o patrono da filosofia, o grego Sócrates.
Sócrates: “Só sei que nada sei” – primeira e fundamental verdade filosófica.
Platão: discípulo de Sócrates diz que a filosofia começa com a admiração
Aristóteles: discípulo de Platão, acreditava que a filosofia começa com o espanto.
Admiração e espanto significam: tomarmos distância do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes.
Para que Filosofia ?
Afinal, para que filosofia ? É uma pergunta interessante.
Porque não vemos nem ouvimos ninguém perguntar para que Matemática ou física ? Para que geografia ou geologia ? Para que história ou sociologia ? Para que biologia ou psicologia ? .
Em geral a resposta para esta pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia:
“ A filosofia é a ciência com a qual e sem a qual o mundo continua tal e qual”, ou seja, a filosofia não serve para nada.
Por isso, se costuma chamar de “filósofo” alguém que diz coisas que ninguém entende e que são, portanto, inúteis.
Acontece que em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver uma finalidade prática, de utilidade imediata.
Daí, ninguém conseguir ver para que serviria a filosofia, daí o dizer-se: não serve para coisa alguma.
Porém, o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem muito bem. As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de instrumentos e objetos práticos.
Ora, isto pressupõe que estas pretensões acreditem na existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento.
Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer os fatos, relação entre teoria e prática, correção, acumulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas.
Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. 
A Atitude Filosófica: indagar
Veremos pois que a atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independente do conteúdo investigado, que são:
Perguntar o que a coisa é: a filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa., não importa qual;
Perguntar como a coisa é: a filosofia indaga qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor;
Perguntar por que a coisa existe e é como é: A filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um valor.
A atitude filosófica inicia-se dirigindo estas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Aos poucos percebemos que essas questões se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa capacidade de pensar.
Por isso, aos poucos as perguntas da filosofia se dirigem ao próprio pensamento: o que é pensar, porque há o pensar, porque há o pensar ? A filosofia torna-se então o pensamento interrogando a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza como reflexão.
A Reflexão Filosófica
Significa movimento de volta sobre si mesmo.
A reflexão filosófica indaga: O por quê ? O quê ? Para quê?
São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.
Filosofia: Um pensamento sistemático
Estas indagações fundamentais não se realizam ao acaso, segundo preferências e opiniões de cada um de nós. A filosofia não é um “eu acho que” ou um “ eu gosto de”. Não é pesquisa de opinião à maneira dos meios de comunicação de massa. 
As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático:
- Trabalha com enunciados precisos e rigorosos, opera com conceitos ou idéias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado.
- Enfim, não se trata de dizer “eu acho”, mas de poder afirmar “eu penso que”.
A origem da filosofia
A palavra filosofia é grega. É composta por duas palavras: philo e Sophia. Que quer dizer Amigo da Sabedoria.
Assim a filosofia indica um estado de espírito onde a pessoa que ama, isto é, que deseja o conhecimento, o procura.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos que teria afirmado: “ que a sabedoria plena pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofo”
Os períodos da filosofia
Algumas condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia:
As viagens Marítimas
A invenção do Calendário
A invenção da moeda
O surgimento da vida urbana
A invenção da escrita alfabética
A invenção da política
FILOSOFIA ANTIGA 
Compreende quatro grandes
períodos:
1 – Período Pré-Socrático: Final do Século VII a.C ao V a.C.
Período em que a filosofia ocupa-se fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações da natureza.
Principais filósofos : Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro, Heráclito, Pitágoras de Samos, Filolau, Parmênides, Zenão de Eléia, Empédocles, Anaxágoras, Leucipo, Demócrito.
É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da Natureza. Afirma que a criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do nada (como é o caso da religião judaico-cristã, na qual Deus cria o mundo do nada). Por isso diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”. O que significa que o mundo ou a natureza, é eterno, tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer.
2 – Período Socrático: Final do Século V e todo o Século IV
Período em que a filosofia investiga as questões humanas como a ética, a política. É a época do florescimento da democracia.
O apogeu da filosofia grega:
Sócrates – Propunha que antes de querer conhecer a natureza e querer persuadir os outros, cada um deveria, primeiro e antes de tudo, “conhecer-se a si mesmo”
“Só sei que nada sei” – A consciência da própria ignorância é o começo da filosofia.
 Ironia e Maieutica _ Sócrates fazia perguntas sobre idéias, sobre os valores nos quais os gregos julgavam acreditar e conhecer. Suas perguntas deixavam os seus interlocutores embaraçados, irritados, curiosos, pois, quando tentavam responder, descobriam, surpresos, que não sabiam e que nunca tinham pensado em suas crenças, seus valores, suas idéias. Mas o pior não era isso. Quando as pessoas pediam para que Sócrates respondesse por elas, em geral dizia “ Eu também não sei”. Donde a famosa expressão: “Só sei que nada sei”.
Acusado de corromper a juventude, pois fazia a juventude pensar, foi levado a um tribunal e condenado a tomar um veneno – a cicuta, não quis se defender das acusações.
Perguntado por quê, respondeu: “ Se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. Se eu me defender, o que os juízes vão exigir de mim? Que eu pare de filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter que renunciar a filosofia”.
Platão: - Um dos aspectos mais importantes da filosofia de Platão é sua teoria das idéias, com a qual procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. (o mito da caverna)
Segundo ele, o processo do conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras e aparências para o mundo das idéias e essências.
A primeira etapa do processo de conhecimento é dominada pelas impressões ou sensações advindas dos sentidos. Essas impressões são responsáveis pela opinião que temos da realidade.
O conhecimento, para ser autêntico, deve ultrapassar a esfera das impressões, o plano da opinião, e penetrar na esfera racional da sabedoria, o mundo das idéias. Para atingir esse mundo, o homem não pode ter “amor às opiniões”; precisa possuir um “amor à sabedoria” (filosofia)
Platão propõe para atingir o conhecimento autêntico a dialética.
A dialética consiste na contraposição de uma opinião com a crítica que dela podemos fazer, ou seja na afirmação de uma tese qualquer seguida de uma discussão e negação desta tese, com o objetivo de purificá-la dos erros e equívocos.
Metempsicose – Transmigração da alma – influência a doutrina cristão.
3 – Sistemático -Aristóteles – Desempenhou extraordinário papel na organização do saber grego. (Período sistemático), sua contribuição influenciou, decisivamente, a história do pensamento ocidental.
Apaixonado pela biologia, dedicou inúmeros estudos à observação da natureza e à classificação dos seres vivos. Tendo em vista a elaboração de uma visão científica da realidade, desenvolveu a lógica para servir de ferramenta do raciocínio. A lógica não é uma ciência, mas o instrumento para a ciência.
Aristóteles classificou as ciências filosóficas em: produtivas, práticas e teóricas. Foi a partir desta classificação que no século XIX as ciências particulares foram se separando do tronco geral da filosofia.
Ato e potência - O princípio motor - Teoria das quatro causas - A felicidade do homem.
4 – Helenístico – Trata-se do último período da filosofia antiga, quando a polis grega desapareceu como centro político, deixando de ser referência principal dos filósofos, uma vez que a Grécia encontra-se sob o poderio do Império Romano. Os filósofos passam a ser cidadãos do mundo.
A produção filosófica no período helenístico corresponde basicamente à continuação das atividades das escolas de Platão (academia) e Aristóteles (Liceu), dirigidas por discípulos dos grandes mestres.
O contato grego com outras civilizações, mesclam os seus valores com as mais diversas tradições culturais. E o cidadão não pode mais influir na vida pública.
Com o declínio da importância da participação dos cidadãos nos destinos da cidade, a reflexão política é abandonada pela filosofia.
Substitui-se assim a vida pública pela vida privada como centro das reflexões. As preocupações coletivas cedem lugar às preocupações individuais.
As principais correntes filosóficas deste período vão tratar da intimidade, da vida interior do homem. Formulam-se, então diversas regras de conduta, “artes de viver”, “filosofias de vida”.
FILOSOFIA MEDIEVAL
A PATRÍSTICA E A ESCOLÁSTICA
“Quem não se ilumina com o esplendor de coisas tão grandes como as coisas criadas, é cego; quem não desperta com tantos clamores, é surdo; quem, com todas essas coisas, não se põe a louvar Deus, é mudo; quem, a partir de indícios tão evidentes, não volta a mente para o primeiro princípio, é tolo”.
 
 São Boaventura
A Igreja Católica
Ao longo de 14 séculos a igreja católica consolidou sua organização religiosa e difundiu o cristianismo, apoiada em sua crescente influência religiosa, passou a exercer importante papel político na sociedade medieval. Conquistou vasta riqueza material: tornou-se dona de aproximadamente 1/3 da área cultivável da Europa Ocidental em que a terra era a principal riqueza. 
No plano cultural, a igreja exerceu ampla influência, traçando um quadro intelectual em que a fé cristã era o pressuposto da vida espiritual. Essa fé consistia na crença irrestrita ou na adesão incondicional às verdades reveladas por Deus aos homens. Especialmente aquelas que dizem respeito à sua salvação.
“Toda verdade, dita por quem quer que seja, é do espírito santo”
Assim, toda investigação filosófica ou científica não poderia, de modo algum, contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica. Segundo esta orientação os filósofos não precisavam se dedicar à busca da verdade, pois ela já havia sido revelada por Deus aos homens. Restava-lhes, apenas, demonstrar racionalmente as verdades da fé.
A filosofia grega passa a ser desprezada, vista como uma forma pagã de pensamento uma porta aberta para o pecado, a dúvida, a heresia.
Por outro lado, surgiram pensadores cristãos que defendiam a filosofia grega, sentindo a possibilidade de utilizá-la como instrumento do cristianismo. Conciliado com a fé cristã, o estudo da filosofia grega permitiria à igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumentação lógica.
Neste contexto a filosofia medieval pode ser entendida da seguinte forma:
PATRÍSTICA: Do século I ao século VII, no qual se busca uma conciliação entre a razão e a fé cristã e destacam a figura de Santo Agostinho e a influência da filosofia de Platão.
Com o desenvolvimento do cristianismo, tornou-se necessário explicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo. Isto não podia ser imposto pela força, tinha que ser apresentado de maneira convincente.
Foi assim que os primeiros padres da igreja se empenharam na elaboração de inúmeros textos sobre a fé e
a revelação cristãs. O conjunto desses textos ficou conhecido com patrística, por terem sido escritos pelos grandes padres da igreja.
Neste projeto o principal expoente é Santo Agostinho, posteriormente, considerado santo pela igreja.
Santo Agostinho 
	 
 “Compreender para crer, crer pára compreender”
A certeza da Razão por meio da fé
Até os 32 anos, Agostinho não era cristão. Teve uma vida voltada aos prazeres do mundo. Após uma grande crise existencial, uma inquietação quase desesperada em busca de sentido para a vida, conheceu Santo Ambrósio, extremamente atraído por suas pregações, converteu-se ao cristianismo, tornando-se seu grande defensor pelo resto da vida.
“Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de pecar é a escravidão”.
Enquanto na filosofia grega o indivíduo se identifica com o cidadão ( o homem social e político ), a filosofia cristão, sobretudo a partir de Santo Agostinho, enfatiza no indivíduo sua vinculação pessoal com Deus e exalta a sua salvação.
Segundo Agostinho o homem que trilha o caminho do pecado só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante a combinação de seu esforço pessoal de vontade e a concessão, imprescindível, da graça divina. Sem a graça de deus o homem nada pode conseguir, porém nem todas as pessoas são dignas de receber essa graça, somente alguns eleitos, predestinados à salvação. (doutrina da graça)
A filosofia de Agostinho reflete os passos de sua trajetória intelectual.
Do maniqueísmo ficou com a concepção dualista da luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, a alma e o corpo.
Do ceticismo ficou a permanente desconfiança nos dados dos sentidos, isto é no conhecimento sensorial.
Do neoplatonismo, assimilou a concepção de que a verdade, como conhecimento eterno, deveria ser buscada intelectualmente no mundo das idéias.
Com o cristianismo, defendeu a via do autoconhecimento, o caminho da interioridade, como instrumento para a busca da verdade. 
A ESCOLÁSTICA – Do século VII ao XIV, no qual se busca uma sistematização da filosofia cristã, sobretudo a partir da filosofia de Aristóteles, se destaca a figura de Santo Tomás de Aquino.
No século VIII, Carlos Magno organizou o ensino e fundou escolas ligadas às instituições católicas. A cultura greco-romana, guardada nos castelos até então, voltou a ser divulgada, passando a ter uma influência mais marcante nas reflexões da época. Era a época da Renascença Carolíngia ( refere-se ao estímulo dado à atividade cultural (letras, artes, educação) que marcou o governo de Carlos Magno, o que muito contribuiu para a preservação e a transmissão da cultura da antiguidade clássica ).
Tendo a educação romana como modelo, começaram a ser ensinadas matérias como gramática, retórica e dialética ( o trivium ) e geometria, aritmética, astronomia e música ( o quadrivium ). Todas no entanto, submetidas à teologia.
No ambiente cultural dessas escolas e das primeiras universidades do século XI surgiu uma produção filosófico-teológica denominada escolástica (de escola).
A partir do século XIII o aristotelismo penetrou de forma profunda no pensamento escolástico, marcando-o definitivamente.
Os europeus só conheciam pequenas parcelas do pensamento de Aristóteles, foi a partir de traduções e comentários dos árabes que as obras de Aristóteles passam a ser conhecidas na Europa.
Avicena e Averróis, filósofos árabes, foram muito importantes na divulgação destas obras .
No período escolástico, a busca de harmonização entre a fé cristã e a razão manteve-se como problema básico de especulação filosófica.
A escolástica trouxe também significativos avanços no estudo da lógica, um dos principais filósofos que contribuiu para o desenvolvimento dos estudos lógicos foi Boécio, que também introduziu a questão dos universais, problema longamente discutido por todo o período da escolástica.
A questão dos Universais: O que há entre as palavras e as coisas
O método escolástico privilegiava o estudo da linguagem (o trivium) para depois passar para o exame das coisas (o quadrivium). Desse método surgiu a seguinte pergunta: qual a relação entre as palavras e as coisas?
Rosa, por exemplo, é o nome de uma flor. Quando a flor morre, a palavra rosa continua existindo. Neste caso a palavra fala de uma coisa inexistente, de uma idéia geral. Mas como isto pode acontecer? Essa questão ficou conhecida como a questão dos universais, discussão que parte dos chamados universais de Aristóteles.
A Importância da questão dos universais está não só no avanço que essa discussão possibilitou em relação à busca do conhecimento da realidade, mas também no alto nível de desenvolvimento lógico-linguístico, que possibilitou o surgimento de uma razão autônoma em relação à teologia.
SANTO TOMÁS DE AQUINO
 Sua obra representou o apogeu do pensamento medieval católico. Inserida no movimento escolástico, a filosofia de Tomás de Aquino já nasceu com objetivos claros: não contrariar a fé. 
A finalidade de sua filosofia era organizar um conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo.Fez da filosofia de Aristóteles um instrumento a serviço da religião católica.
Outro aspecto importante da filosofia tomista são as provas da existência de Deus:
1- O primeiro motor 2- A causa eficiente 3 - Ser necessário e ser contingente 4 – Os graus de perfeição 5 – A finalidade do ser 
Os pós-tomista – Após Santo Tomás, grandes acontecimentos sacudiram a Europa nos séculos XIII e XIV (guerra do cem anos, peste bulbônica, o cisma entre a igreja ocidental e oriental), novas universidades, autonomia da filosofia em relação à teologia.
Estes são alguns dos fatores que levaram ao questionamento do pensamento escolástico bem como ao fim da idade média.
Entre os filósofos significativos desse período, destacam-se:
- São Boaventura, Roger Bacon, Guilherme de Ockham . Eles abrem caminho para a ciência moderna, proclamando a distinção absoluta entre fé e razão. A filosofia não é serva da teologia, que não pode se quer ser considerada ciência.
A FILOSOFIA MODERNA
“De todas as coisas possíveis de cair sob o conhecimento dos homens...
nenhuma é tão afastada que não se possa atingir, nem tão oculta que não se possa descobrir”. 
Descartes
Uma série de transformações histórico-sociais na Europa irão refletir na construção de uma nova mentalidade:
- Passagem do feudalismo para o capitalismo, florescimento do comércio, estabelecimento de grandes rotas comerciais, emergência da burguesia, surgimento de novas questões político-econômicas, quebra da unidade religiosa com o movimento da reforma, desenvolvimento da ciência natural, novos métodos científicos, confiança na razão humana, invenção da imprensa, o posterior desenvolvimento industrial.
O movimento cultural que marcou essas transformações foi chamado de Renascimento, que inspirou-se no humanismo, movimento intelectual que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem e de seus dois atributos principais: a razão e a liberdade.
Isso não significou, porém, um abandono completo das questões cristãs medievais. 
É preciso dizer que a transição do período medieval para a mentalidade científica moderna não foi um processo súbito, tranqüilo e sem resistências. Forças ligadas ao passado medieval lutaram duramente contra as transformações que se desenvolviam, punindo muitos sábios da época.
Muitos sofreram as perseguições do tribunal de inquisição, órgão da igreja encarregado de descobrir e julgar os responsáveis pela propaganda de heresias, isto é, concepções contrárias aos dogmas católicos.
- Giordano Bruno, Galileu Galilei etc.
A importância da ciência renascentista está em dar os primeiros passos do que se constitui a revolução científica do século XVII.
Além do desenvolvimento científico, com implicações evidentes no campo filosófico,
outras questões fazem parte da filosofia renascentista, são as relativas à essência humana, à moral e à política. Com destaque para Nicolau de Cusa, Michel de Montaigne, Maquiavel e Campanella.
RAZÃO E EXPERIÊNCIA
As conquistas renascentistas deixaram o homem comum desorientado e desconfiado.
A terra não era mais o centro do universo
O ser humano encontraria um novo centro em si mesmo, isto é, na razão, entendida como capacidade humana de avaliar a realidade e distinguir o verdadeiro do falso.
Coube à razão, por meio da representação, reordenar o mundo.
Assim, os pensadores modernos se caracterizavam por tentar explicar a realidade a partir de formulações racionais.
Galileu Galilei – Um mundo sem encantos, apenas números.
Francis Bacon – O método experimental aumentaria o poder dos homens sobre a natureza, criou o lema “saber é poder”.
René Descartes – Considerado o pai da filosofia moderna. Afirmava que para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo, para vermos se há algo na realidade de que possamos ter plena certeza. Questionando tudo, colocando em dúvida, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvida era a seguinte: meus pensamentos existem, disto decorre a célebre conclusão de Descartes: Cogito ergo sum ou Penso, logo existo.
Pascal – Um pensador contra a corrente. Em vez de mostrar a mesma confiança na razão, Pascal dirá que o homem não pode conhecer o princípio e o fim das realidades que busca compreender, ficando limitado apenas às aparências. “Só o autor dessas maravilhas as compreende, ninguém mais pode fazê-lo”.
Desta forma ele dirá: “o coração” – e não a razão – é que sente Deus. “ O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Espinosa: O racionalismo absoluto. Desenvolveu um racionalismo radical, que se caracterizou pelas críticas às superstições religiosa, política e filosófica.
Como é incapaz de conhecer verdadeiramente, a imaginação credita a realidade a um Deus transcendental e voluntarioso, nas mãos de quem os homens não passam de joguetes.
FILOSOFIA MODERNA: EMPIRISMO E ILUMINISMO
As grandes transformações ocorridas a partir do renascimento e o desenvolvimento da ciência moderna levaram o homem a questionar, entre outras coisas, os critérios e métodos para a aquisição de um conhecimento verdadeiro.
O racionalismo moderno teve em René Descartes, seu primeiro e principal expoente. O ponto de partida de sua filosofia é o sujeito pensante e não o mundo exterior. O sujeito, segundo Descartes, possuiria idéias inatas, isto e´, que teriam nascido com o indivíduo e, que independe de um objeto exterior para ser pensado.
O empirismo, nega a existência de idéias inatas e enfatiza o objeto pensado. Para os empiristas o conhecimento dependa da experiência sensível e provém de duas fontes básicas: a nossa percepção do mundo externo (atenção) e o exame interno de nossa atividade mental (reflexão).
Entre os principais representantes do chamado empirismo inglês destacam-se Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume, cada qual, no entanto desenvolvendo reflexões muito particulares.
Tempos depois, o filósofo alemão Immanuel Kant.
Thomas Hobbes ( Desenvolveu uma compreensão materialista-tecnicista da realidade, na qual as coisas poderiam ser explicadas por meio da relação de causa e efeito. (leviatã)
John Locke ( Um dos maiores representantes do empirismo, Locke afirmava que não há nada em nossa mente que antes não tenha passado pelos nossos sentidos. ( Ensaio acerca do conhecimento humano, nossa mente é como uma tábula rasa). 
George Berkeley (“Ser é perceber e ser percebido”. Desenvolveu uma reflexão que, ao mesmo tempo, afirma e nega o empirismo. Afirma o empirismo quando reconhece que todo conhecimento provém dos sentidos, que percebem os seres existentes. Mas nega o empirismo que diz que os seres se reduzem à percepção que nós temos deles. (Tratado sobre os princípios do conhecimento humano)
David Hume ( Na obra Investigação acerca do conhecimento humano, Hume formulou a sua teoria do conhecimento. Dividiu tudo aquilo que percebemos em impressões e idéias, as impressões referem-se aos dados fornecidos pelos sentidos, como, por exemplo, as impressões visuais, auditivas, táteis. As idéias referem-se às impressões mentais (memória, imaginação)
Assim, toda idéia é uma cópia de alguma impressão. Essa cópia pode possuir diferentes graus de fidelidade. Alguém que nunca teve uma impressão visual, um cego de nascença, por exemplo, jamais poderá ter uma idéia de cor.
O MOVIMENTO ILUMINISTA DO SÉCULO XVIII
A razão em busca da liberdade.
O desenvolvimento do capitalismo nos séculos XVII e XVIII foi acompanhado pela crescente ascensão social da burguesia e sua tomada de consciência como classe social. Paralelamente o racionalismo imperava na Europa, transmitindo a confiança de que a razão era o principal instrumento do homem para enfrentar os desafios da vida e equacionar os problemas que o rodeavam.
O despertar da revolução Industrial e o sucesso da ciência em campos como a química, a física e a matemática inspiravam filósofos de todas as partes, surge então um novo mito, a idéia de progresso.
Havia a crença de que a razão, a ciência e a tecnologia tinham condições de impulsionar o trem da história em direção à verdade e a melhoria da vida humana.
Aos poucos foi se desenvolvendo um pensamento que culminaria no movimento cultural do século XVIII denominado Iluminismo, ou filosofia das luzes.
O iluminismo não foi um movimento coeso e, por isso mesmo apresenta riqueza e complexidade que lhe são peculiares. Os pensadores iluministas foram, não há dúvida, “ideólogos da burguesia”. A própria postura do filósofo se modificou no século XVIII, abandonando os círculos fechados dos seus antecessores, eles passam a circular pelas ruas e salões, exibindo e exercitando a razão.
Montesquieu ( O Espírito das Leis, defende a separação do Estado em três poderes como forma de evitar os abusos dos governantes e proteger as liberdades individuais. Dizia que: “a lei é uma relação necessária que decorre da natureza das coisas”.
Voltaire ( Um dos mais famosos pensadores do iluminismo, destacou-se pelas críticas ao clero católico, à intolerância religiosa e a prepotência dos poderosos.
Tornou-se marcante sua posição em relação à defesa da liberdade de pensamento através de sua frase: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.
Rousseau ( Fez a crítica da desigualdade, da falta de liberdade e dos vícios sociais. Foi uma figura de transição dentro do iluminismo: de um lado, acentuou as exigências de liberdade; de outro abriu caminho para o romantismo, criticando os excessos racionalistas.
Do Contrato Social, expõe a tese de que o soberano deve conduzir o estado segundo a vontade geral de seu povo, sempre tendo em vista o bem comum. Em “Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens”, glorifica os valores da vida natural e ataca a corrupção, a avareza e os vícios da sociedade civilizada. Faz inúmeros elogios à liberdade de que desfrutavam os selvagens, na pureza do seu estado natural, contrapondo-o à falsidade e ao artificialismo do homem civilizado.
Immanuel Kant ( O maior representante do iluminismo alemão, realizou em suas obras o exame das possibilidades de conhecimento da razão humana, estabelecendo os limites e as condições nas quais a razão pode conhecer o mundo.
Uma das maiores questões que dominam o pensamento de Kant é o problema do conhecimento humano, a questão do saber. Na Crítica da razão Pura, distingue duas formas básicas do ato de conhecer:
-O conhecimento empírico (a posteriori) – aquele que recebe os dados fornecidos pelos sentidos. Ex: a capa do livro é verde.
-O Conhecimento puro (apriori) aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos, ou seja, que é anterior
à experiência. Nasce puramente de uma operação racional. Ex: Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço.
Na Crítica da Razão Prática, faz um exame do comportamento moral (a ética Kantiana) - “A liberdade é a condição da Lei Moral”.
A importância de Kant para a filosofia é enorme, sendo um dos filósofos que mais influenciou o pensamento contemporâneo, seja nas áreas do conhecimento, da moral ou da estética.
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
“Os filósofos, até hoje, se limitaram a interpretar o mundo. Cabe, agora, transformá-lo”
 Karl Marx
 
Avanços técnicos, industrialização e conflitos sociais
A partir de meados do Século XVIII o capitalismo foi se consolidando em diversos países da Europa e, mais tarde em outras regiões do mundo, provocando transformações e atingindo diversos setores da economia: a produção de manufaturados, a agricultura, o comércio, os transportes etc.
Trouxeram novas formas de exploração do trabalho humano, gerando uma série de conflitos entre dois grandes grupos sociais: de um lado a burguesia empresarial; de outro os trabalhadores assalariados das cidades e dos campos.
Uma série de questões sociais e políticas ganharam destaque nas reflexões filosóficas, como por exemplo, a teoria marxista.
Novas reflexões, questionamentos sobre a supremacia da razão.
O ROMANTISMO: Movimento cultural que se iniciou no final do século XVIII e predominou durante a primeira metade do século XIX, envolvendo a arte e a filosofia, de modo geral, foi uma reação contra o espírito racionalista que pretendia dar conta do mundo e da sociedade.
O romantismo institui a ameaça que o processo de racionalização e mercantilização representava para a expressão dos indivíduos, tendo em vista que as emoções e os sentimentos estavam sendo religados a um segundo plano.
Contra essa confiança exclusiva na razão, os românticos propuseram a exaltação das paixões e dos sentimentos valorosos.
O IDEALISMO ALEMÃO( Movimento filosófico importantíssimo do século XIX, sofreu forte influência do romantismo. Tem em Hegel, seu maior representante, embora combatesse o sentimentalismo característico do romantismo.
O idealismo se desenvolveu a partir da filosofia de Kant. Seu fundador é o filósofo Fichte, destacando-se ainda, um outro pensador alemão, Schelling. Buscavam a idéia sobre a condição para o conhecimento, ou seja, o que torna possível o conhecimento, como a realidade é concebida.
POSITIVISMO ( “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. 
Propunha uma reforma da sociedade baseada no desenvolvimento científico e na organização racional da vida social.
O termo foi adotado para designar uma diretriz filosófica marcada pelo culto da ciência e pela sacralização do método. Expresa confiança nos benefícios do industrialismo, bem como um otimismo em relação ao progresso capitalista, guiado pela técnica e pela ciência.
Características gerais ( Ver para crer, é o lema da ciência positiva. O conhecimento científico torna-se um instrumento de transformação da realidade, de domínio do homem sobre a natureza. Essas transformações visam: o progresso, que deve estar subordinado à ordem. O lema da nossa bandeira: “Ordem e Progresso”.
HEGEL ( Principal expoente do idealismo alemão, sua obra costuma ser apontada como o ponto culminante do racionalismo. Para entender sua obra é preciso entender dois pontos básicos a partir dos quais desenvolve a sua reflexão:
O primeiro desses pontos é o entendimento da realidade como Espírito, isso significa pensar a realidade como processo, como movimento, e não somente como coisa (substância).
O segundo ponto básico diz respeito justamente a esse movimento da realidade. A realidade, enquanto espírito, possui uma vida própria, um movimento dialético. Por um movimento dialético, Hegel quer caracterizar os diversos movimentos sucessivos (e contraditórios) pelos quais determinada realidade se apresenta.
Hegel quer captar em sua filosofia o movimento dialético do real. Assim como um botão precisa desaparecer para que a flor surja, e a flor desaparece para que surja o fruto, da mesma forma, todas as coisas passam por um processo de transformações que leva a uma síntese superior.
Contestação do sistema Hegeliano
Vários filósofos contestaram a filosofia de Hegel, de uma forma parcial ou em seu conjunto. Mesmo entre seus seguidores, temos os neo-hegelianos de direita e de esquerda, que modificaram aspectos da sua filosofia, procurando adequá-la a seus projetos políticos.
Feuerbach Entre os contestadores foi o que mais se destacou, ao contrário do idealismo hegeliano que se baseia em noções abstratas – espírito e razão – propôs que a filosofia deveria partir do concreto, do ser humano, é a chamado materialismo que influenciaria o pensamento de Karl Marx.
Shopenhauer Sustenta que, como o conhecimento é uma relação na qual o objeto é percebido pelo sujeito, o homem não conhece as coisas como elas são, mas como elas podem ser percebidas e interpretadas.
Kierkegaard como cristão, defendeu o conhecimento da fé contra a supremacia da razão. Afirmava que a existência humana possui três dimensões: a dimensão estética, na qual se procurava o prazer; a dimensão ética, na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre o prazer e o dever; e a dimensão religiosa, marcada pela fé.
As relações do homem com o mundo são dominadas pela angústia.
A relação do homem consigo mesmo é marcada pela inquietação e pelo desespero.
Karl Marx
 O indivíduo é o ser social.
É provavelmente, um dos pensadores que maior influência exerceu sobre a filosofia contemporânea.
Sartre afirmou que: “o marxismo é a filosofia do nosso tempo”.
De família judia, rica e culta, nos tempos de universidade Marx revelou interesse pelo estudo do direito, da filosofia e da história.
Formado em filosofia, possuía vasta cultura e se destacou desde muito jovem pela profundidade de suas reflexões. Tentou seguir a carreira universitária como professor, mas devido a questões políticas, não conseguiu, uma vez que aliado da esquerda hegeliana sofreu perseguições.
Passou a trabalhar em diversos jornais e se afastou da filosofia idealista de Hegel.
Elaborou uma série de textos que se tornariam a base teórica de seu próprio pensamento.
Tomou conhecimento dos escritos socialistas de sua época e se envolveu com a causa socialista, desenvolvendo uma atividade de análise da realidade social, que culminou na elaboração da fundamentação do socialismo científico. Em virtude dessas atividades viveu longos períodos de exílio e grandes dificuldades financeiras.
Marx criticou radicalmente o idealismo Hegeliano, afirmando que ele inverte a relação entre o que é determinante – a realidade material – e o que é determinado – as representações e conceitos acerca da realidade.
Marx procurou, portanto, compreender a história real dos homens em sociedade a partir das condições materiais nas quais eles vivem. Essa visão da história foi chamada posteriormente, por seu companheiro de materialismo histórico.
Visão Materialista da História
De acordo com o pensamento de Marx, os homens não podem ser pensados de forma abstrata, como na filosofia idealista. Para ele, não existe o indivíduo formado fora das relações sociais. Afirma: “ A essência humana (...) é o conjunto das relações sociais”.
Isso significa que a forma como os indivíduos se comportam, agem, sentem e pensam se vincula com a forma como se dão as relações sociais. Essas relações sociais, por seu lado são determinadas pela forma de produção da vida material.

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