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Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
1
 
 
Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 
Planos de benefícios da previdência social: espécies de benefícios e prestações, 
disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício 
 
1. TEORIA GERAL DE BENEFÍCIOS 
 
- 2 espécies de PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS: benefícios (obrigação de pagar, tendo 
em vista o caráter pecuniário) e serviços (obrigação de fazer). 
 
-- 2 SERVIÇOS oferecidos pela Previdência Social, à disposição de segurados e 
dependentes: serviço social e a reabilitação profissional. 
 --- serviço social: art. 88, L. 8213/1991 (compete ao serviço social esclarecer 
junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios...): não conseguindo os benefícios, é 
possível solucionar com um serviço social, dever do INSS informar sobre. 
 --- habilitação e reabilitação profissional: art. 89, L. 8213/1991 (a habilit. E 
reabil. Deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado os meios para a reeducação, 
reinserção no mercado de trabalho): a previdência pode ensinar, comprar prótese, etc. OBS. 
Não é recolocação profissional, não tem que achar emprego, não existe beneficio para 
desempregado, é um problema grave, mas não tem obrigação de recolocar. Entretanto, muitas 
empresas têm convenio com o INSS e recebe os reabilitados. 
 
--- 10 benefícios previdenciários: 4 aposentadorias; 3 auxílios; 2 salários e 1 pensão: 
 ---- aposentadoria: por tempo de contribuição; por idade; especial (essas 3 são 
benefícios programáveis, podendo o trabalhador programar); por invalidez (não programável). 
 ---- auxílio: doença; acidente; reclusão. 
 ---- salário: família; maternidade. 
 ---- pensão: por morte. 
--- lembrem-se que há benefícios de legislação especial, esses são os corriqueiros. 
 ---- 2 benefícios devidos aos dependentes: pensão e o auxílio-reclusão. 
 ---- salário família é devido ao segurado, mesmo que em razão da existência de 
dependentes. 
 
--- INSS: gerencia benefícios previdenciários e o benefício assistencial de prestação 
continuada (previsto na Lei orgânica da assistência social-LOAS). 
 
 
 
2. CARÊNCIA: art. 24, L. 8.213: é número mínimo de contribuições mensais indispensável 
para o gozo de determinados benefícios. Período de carência é diferente de período de graça: 
são diametralmente opostos; no primeiro o trabalhador paga a contribuição e não faz jus ao 
benefício, no segundo o indivíduo não paga a contribuição, mas pode fazer jus à benefícios. 
 
- PRAZOS DE CARÊNCIAS: art. 25, da L.8213: 
 
1
 Trata-se de apontamentos, não dispensando a leitura da legislação indicada, tampouco da doutrina e 
jurisprudência referentes ao tema. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 --- aposentadorias programáveis: por idade, por tempo de contribuição e especial: 180 
contribuições. 
-- regra de transição: art. 142, L. 8213/1991: a lei revogada por esta (L.3807/1960) previa 60 
Contribuições Mensais - CM. Aqueles segurados que estavam no sistema, mas que não 
tinham ainda adquirido o direito a esse benefício, devem ser prestigiados, devendo ser 
aplicada a regra de transição do 142, da L. 8213. 
 
 --- aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença: 12 CM. NÃO É POSSÍVEL A 
ANTECIPAÇAO DO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES. Requisito material, tem que 
pagar, mas é também requisito temporal, mês após mês. 
-- EXCEÇÕES: 2 dispensa da carência: acidentes do trabalho como o acidente extra laboral 
vão isentar o cumprimento da carência, dispensar; se o segurado for acometido por alguma 
doença prevista em portaria ministerial (AIDS, neoplasia maligna, hanseníase, etc). 
 
 --- salário-maternidade: 10 CM: somente exigida para a contribuinte individual, 
segurada facultativa e segurada especial (essa com ressalvas). 
-- possibilidade de redução da carência do salario-maternidade: no caso de parto antecipado: 
gestação normal tem o período de 9 meses, se o parto for atencipado em 1 mês, a carência 
diminui 1 mês, passando a ser 9CM. 
 
- SÃO ISENTOS DE CARÊNCIA: 
 --- dependentes: pensão por morte e auxílio-reclusão; 
 --- salário-família. 
 --- auxílio-acidente. 
 --- auxílio-doença e aposentadoria por invalidez quando acidente do trabalho ou 
extralaboral ou decorrente de doença prevista em Portaria Ministerial. 
 --- salário-maternidade: empregada, doméstica e avulsa são isentas. 
 
- Lei 8213: também são isentos de carência os benefícios devidos ao segurado especial. 
- segurado especial é o trabalhador rural e o pescador artesanal que exercem a atividade em 
regime de econômica familiar. 
- carência (pagamento de contribuição mensal) é incompatível com o segurado especial, pois 
exercem atividade em regime de economia familiar, tendo rendimentos sazonais, pois não 
vende sua produção todo mês, por isso não se pode exigir carência, já que está é pagamento 
de contribuição mensal e o segurado vai pagar quando tiver rendimentos. 
- L. diz que para o segurado especial não há carência, porem tem que comprovar o exercício 
de atividade no período equivalente à carência do benefício. 
- assim a segurada especial para fazer jus ao salario-maternidade, tem que comprovar o 
exercício de atividade rural ou pesca artesanal no período referente a 10CM. 
 
-- são isentos: serviços: social e reabilitação profissional. 
 
- CARÊNCIA PARCIAL: prevista no art. 24, PU, 8213: passado o período de graça, perde a 
qualidade de segurado. Depois volta a pagar as contribuições, assim se o indivíduo já teve 
uma filiação a previdência e já cumpriu o prazo de carência, para contabilizar o período como 
carência, tem que pagar 1/3 a mais da carência exigida para o benefício. 
- mas se não tinha cumprido a carência, passa o período de graça, perde a qualidade de 
segurado, quando volta não tem que pagar 1/3, mas sim todo o que resta. Só pode prevalecer a 
regra se por exemplo, no auxílio-doença, tinha pago 8, mais 1/3, paga 4, pode aproveitar. 
 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 
3. SALÁRIO DE BENEFÍCIO-SB 
 
- Qual será o valor do benefício? 
 
FASE1) seleção do período básico de cálculo: período que será levado em consideração para 
o cálculo do benefício. Tem duas regras: Regra permanente e regra de transição. 
 -- regra permanente: todo o período de contribuição do trabalhador; 
 -- regra de transição: todo o período contributivo desde julho de 1994. 
- para quem já estava no sistema com o advento da lei 9.876/1999, terá o período básico de 
cálculo feito a partir da regra de transição, que toma como base julho de 1994, que foi 
escolhido a partir da consolidação da atual moeda, o Real. 
 
FASE2) atualização monetária dos salários de contribuição: 
- aposentadoria por idade em 2009: data do requerimento da aposentadoria por idade. Assim 
sera utilizado para o cálculo todo o período de julho de 1994 até 2009 os salários de 
contribuição. Os valores monetário na época, em termos nominais, seriam irrisório em 
comparação com o atual, logo têm que ser atualizados. 
- INPC: índice nacional de preços do consumidor: está na constituição essa regra, que atualiza 
monetariamente os salários de contribuição. 
 
FASE3) selecionar os 80% maiores S.C. 
 
FASE4) somar todos o salários de contribuição selecionados e dividir pelo número de salários 
de contribuição selecionados. 
 
FASE5) depois da média obtida na 4ªfase, para a aposentadoria por tempo de contribuição e 
para a aposentadoria por idade, ter-se-á a incidência do fator previdenciário, que será 
multiplicado pela média aritmética obtida.- para os demais benefícios: não terá 5ª, já tendo o salário de benefício. 
- fator previdenciário: índice que leva em conta 3 fatores: tempo de contribuição do 
trabalhador; idade; expectativa de sobrevida do segurado. 
 
- quanto maior o tempo de contribuição, maior o fator, logo maior o valor do benefício. 
- quanto maior a idade, maior o fator previdenciário. 
- quanto maior a idade, menor a expectativa de sobrevida, logo maior o fator previdenciário. 
--- expectativa de vida é fixada pelo IBGE, através da Tabela de Mortalidade do 
IBGE. 
 
- Q.CESPE a alteração da expectativa de vida do brasileiro influencia no valor do benefício 
concedido. Verdadeiro, pois incidirá no fator previdenciário. 
 
- em relação a aposentadoria por idade, somente se aplica o fator previdenciário se for para 
aumentar o benefício, uma vez que é facultativo. 
- na aposentadoria por tempo de contribuição é obrigatória a aplicação do fator 
previdenciário. 
 
 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
4. ESPÉCIES DE BENEFÍCIOS 
 
4 APOSENTADORIAS: 
a) aposentadoria por tempo de contribuição: 
Homem 35 anos; 
Mulher 30 anos. 
- regra de transição da aposentadoria proporcional era de 48 anos mulher e 53 anos para 
homem: EC20/1998 retirou. 
- Professores (ensino infantil, fundamental e médio. Extensão para diretores de escola 
professores - STF): 
Homem 30 anos; 
Mulher 25 anos. 
- 180 CM: prazo de carência ou regra de transição. - fator previdenciário: Id, TC, 
sobrevida. 
- é um benefício démodée: apenas o Brasil, o Iraque, o Irã e o Equador têm; é um 
benefício fadado a extinção. 
- funções de magistério: CONCEITO: 
 1. Súmula 726 STF: para efeito de aposentadoria especial do professor, não se 
considera o tempo prestado fora de sala de aula (antigamente tinha que comprovar que estava 
em sala de aula, sendo até então pacífico adm. e judicial). 
 2. Lei 11.301/2006: considera-se como função de magistério: a) docência; b) direção 
de unidade escolar; c) coordenação; d) assessoramento pedagógico. 
 3. Entendimento do STF: empreendeu uma interpretação conforme a CF, repetiu a lei 
anterior, mas ao final acrescentou: “desde que exercidas por professores”. 
- COMPROVAÇÃO DE Tempo de Contribuição (TC): art. 55, §3º: 
 -- início de prova material: documento e contemporâneo aos fatos que se querem 
comprovar, indicar o período e a função: STJ. 
 -- sentença trabalhista? Documento extemporâneo em relação ao período que se quer 
comprovar, entretanto seria irrazoável levar em consideração o requisito a 
contemporaneidade, decidindo o STJ que a sentença trabalhista goza de fé pública e pode 
servir como início de prova material, mas tem que ter análise das provas pelo juiz. 
 -- sentença homologatória de acordo? Só se for revista em fase de instrução, terá força 
de início de prova material. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
b) aposentadoria por idade: talvez seja o benefício mais democrático, aceito. Precisa da 
idade e de contribuição (pois o sistema é contributivo). FATO GERADOR: idade: 
 Homem 65; mulheres 60 anos. 
 Rural: reduz em 5 anos para cada (a CF menciona ainda os garimpeiros quando eram 
segurados especiais). 
- OBS. é diferente da redução do professor, que reduz o tempo de contribuição; a redução dos 
rurais é por idade. 
- 180 CM: prazo de carência. Rural tem que provar 180 meses de atividades rural. 
- qualidade de segurado: ERA requisito: L.10.666/2003. 
- Não precisar sair do emprego para requerer. 
 
c) aposentadoria especial: trabalha, exerce atividade em condições prejudiciais a saúde ou a 
integridade física. Ex. trabalha com amianto (asbestos), pode ter mesotelioma); subterrânea 
(Engenheiro de Minas - morre sufocado devido as partículas de pó). 
- Não há diferença em razão do sexo, mas sim a atividade: 15, 20 ou 25 anos. Quanto 
maior a nocividade do agente, menor o tempo de espera. O critério para o tempo de 
espera não é o sexo do trabalhador, mas sim a potencialidade nociva do agente. 
- natureza jurídica: aposentadoria por tempo de contribuição antecipada. 
- 180 CM: prazo de carência. 
- EPI? 
-- se o EPI reduz ao limite de tolerância, o INSS entende que não tem direito à 
aposentadoria especial; 
-- TNU (Turma de Uniformização do Juizado Federal): a eficácia do EPI não gera 
efeitos sobre o direito à aposentadoria especial. 
 
- Havia um enquadramento da atividade especial: pelo grupo profissional (profissão, 
independente das condições, existindo uma presunção absoluta, jure et de jure, de 
exercício de atividade especial); ou pelo agente nocivo (não se questiona o cargo, mas 
sim em que circunstancias houve o exercício da atividade). 
- Com a Lei 9032/1995: 
 -- antes: se tivesse no decreto o profissional, o grupo profissional, ou pelo agente 
nocivo, enquadrava-se. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 -- depois: não importa a categoria profissional, mas apenas comprovar a exposição ao 
agente nocivo. 
- se trabalhava antes à 1995, aplica-se o critério do grupo, pelo princípio do tempus 
regit actum (o tempo rege o ato, a aplicação da lei). 
- comprovação da exposição ao agente nocivo: através de formulário emitido pela 
empresa, o qual deve estar baseado em laudo pericial (laudo técnico de condições 
ambientais de trabalho), do qual conste informação sobre tecnologia (equipamento) de 
proteção coletiva e proteção individual. 
- formulário: perfil profissiográfico previdenciário-PPP: tem que ser preenchido para o 
enquadramento no agente nocivo. 
- laudo pericial: constar informação sobre equipamento de proteção coletiva e 
individual. 
- Limite de ruído 85dB: a partir é insalubre: súmula da TNU e da AGU. 
 
- conversão do tempo especial em tempo comum: multiplica pelo índice específico para 
conversão. 
-- art. 70 do decreto: prevê os multiplicadores. 
 
- STJ: só é possível converter tempo especial em comum até maio de 1998. 
- INSS: não prevê a limitação, convertendo mesmo posterior a 98. 
- TNU: o judiciário vem decidindo que se a própria autarquia não prevê restrição, o judiciário 
não pode fazê-lo. 
- gozo da aposentadoria especial: não pode exercer atividade especial. Salvo quem se 
aposentou por tempo de contribuição com conversão do valor do tempo em atividade especial. 
 
d) aposentadoria por invalidez: A pessoa precisa estar incapaz total e permanentemente e 
insuscetível de reabilitação. 
- a incapacidade não se confunde com doença. A pessoa pode estar doente e não estar incapaz. 
- Ex1. pessoas que nascem com diabetes. 
- Ex2. se pessoa é cozinheira e adquire bico de papagaio: alta idade e baixo grau de 
instrução. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
- a incapacidade é permanente, mas a aposentadoria não é vitalícia. A lei prevê que de 2 
em 2 anos pode ser reavaliado, do contrário haverá suspensão do benefício. 
- 12 CM: prazo de carência. 
- não é pré-requisito o recebimento do auxílio doença (IBRAHIM, 2011). 
- pressuposto: Lei 8.112/90, art. 188, §1º: 
“A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por 
período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses”. 
- “2. A aposentadoria por invalidez, com proventos integrais ou proporcionais, deve 
ser precedida de licença para tratamento de saúde, não existindo, entretanto, o 
pressuposto de que esse período perfaça o total de 24 meses para que a junta médica 
competente conclua pela invalidez permanente do servidor.” (Decisão TCU nº 
249/1997 – Plenário)”. 
- GRANDE INVALIDEZ: quando houver a necessidade de assistência permanente de 
terceira pessoa.-- normalmente, a aposentadoria por invalidez tem como renda mensal inicial 100% do 
SB. 
 -- grande invalidez: 100% + 25%=125%. 
 -- acréscimo de 25%, que pode superar o teto da previdência social. 
 -- o adicional de 25% não se incorpora para fins de pensão por morte. 
OBS1. Além da grande invalidez, o benefício do salário maternidade também pode superar o 
teto. 
OBS2. Jurisprudência: não é possível esse adicional para fins de outra aposentadoria, pelo 
princípio da legalidade. Ainda que necessite de assistência permanente, não faz jus ao 
benefício da grande invalidez. 
 
OBS3. militar quando se aposenta, é licenciado para a inatividade. 
 
OBS4. RPPS: regido pelo art. 40,CF: aplicar-se-á a RGPS no que for omisso. 
- Omissão no RGPS não há subsídio: direito previdenciário é direito publico, vinculado ao 
princípio da legalidade, tem que estar previsto em lei. Não há diploma supletivo em relação ao 
diploma RGPS. 
 
DESAPOSENTAÇÃO 
- renúncia à aposentadoria, a fim de receber depois um benefício mais vantajoso. 
Prevista no art. 181-B, Decreto 3048/1998. As aposentadorias por idade, tempo de 
contribuição e especial são irrenunciáveis e irreversíveis. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
- O prazo decadencial (10anos) previsto no artigo 103 da Lei de Benefícios da Previdência 
Social (Lei 8.213/91) não se aplica aos casos de desaposentação - STJ. 
- art. 103: “é de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do 
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia 
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do 
dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo”. 
 
3 AUXÍLIOS: 
e) Auxílio-doença: doença ou acidente. Incapacidade temporária, não tem tempo máximo 
(perito). Do 16º dia. 
- Requisitos: 
 -- qualidade de segurado: quem contribui (segurado obrigatório e facultativo); quem 
está em período de graça; 
 -- carência: número mínimo de contribuições mensais. 12 C.M. Isenção: acidente 
laboral ou extralaboral; doenças portaria. 
 
-fato gerador: incapacidade para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15dias 
consecutivos. 
 
- se houver doença PREEXISTENTE? Art. 59, PU, Lei 8213: se o segurado for acometido de 
doença antes da filiação não fará jus ao benefício de auxílio-doença; SALVO se a 
incapacidade sobreveio de progressão ou agravamento da doença. 
 
- data de início do benefício: a incapacidade do empregado é a partir do 16ºdia para receber o 
benefício de auxílio-doença; demais segurados incapacitados: início da incapacidade. 
 
- Segurado-empregado: Quem paga? Os 15 primeiros dias são pagos pelo empregador; há 
uma interrupção do contrato de trabalho, o trabalhador não exerce atividade, mas ainda existe 
o dever de pagamento do salário; a partir do 16ºdia, há a suspensão do contrato de trabalho 
- art. 20 da L. 8.213/1991: Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, 
as seguintes entidades mórbidas: 
DOENÇA PROFISSIONAL - desencadeada pelo EXERCÍCIO do trabalho peculiar a 
determinada atividade. 
DOENÇA DO TRABALHO - desencadeada em função das CONDIÇÕES ESPECIAIS em 
que o trabalho é realizado. 
- STJ: durante os 15 dias, incide a contribuição da empresa? Entendimento majoritário do 
STJ, não incide a contribuição patronal sobre o pagamento dos 15 primeiros dias. 
 
-Cessação do auxílio-doença: recuperação da capacidade (através de exames médicos 
periódicos-médico do INSS); alta programada (finalidade de evitar que o segurado tenha que 
se submeter à outra perícia, programando de acordo com a doença, se previsível a cura. Ex. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
quebrar uma perna. Previsto no Decreto 3048/1999: alguns autores defendem a 
inconstitucionalidade e a ilegalidade, pois não há a lei que preveja a alta programada, mas sim 
Decreto). 
 
- GRANDE INVALIDEZ: quando houver a necessidade de assistência permanente de terceira 
pessoa. 
 -- normalmente, a aposentadoria por invalidez tem como renda mensal inicial 100% do 
SB. 
 -- grande invalidez: 100% + 25%=125% 
- acréscimo pode superar o teto da previdência social; 
- além da grande invalidez, o benefício do salário maternidade também pode superar o teto. 
- o adicional de 25% não se incorpora para fins de pensão por morte. 
 
- Jurisprudência: não é possível esse adicional para fins de outra aposentadoria, pelo principio 
da legalidade. Ainda que necessite de assistência permanente, não faz jus ao benefício da 
grande invalidez. 
 
- militar quando se aposenta, é licenciado para a inatividade. 
 
- RPPS: regido pelo art. 40,CF: aplicar-se-á a RGPS no que for omisso. 
- Omissão no RGPS não há subsídio: direito previdenciário é direito publico, vinculado ao 
princípio da legalidade, tem que estar previsto em lei. Não há diploma supletivo em relação ao 
diploma RGPS. 
 
 
f) Auxílio-acidente: o segurado tem que sofrer um acidente, de qualquer natureza, que não se 
restringe ao acidente de trabalho. Caráter indenizatório (IBRAHIM, 2011), pois reduz a 
capacidade laborativa. Não está incapaz. 
- Ex1. acidente, fraturou a perna, engessou, recebeu auxílio-doença: 3 cm a menos. 
Gerou uma diminuição, redução na capacidade: auxílio-acidente. 
- Ex2. Acidente, fraturou a perna, engessou, dores constantes, retira-se o gesso e 
percebe-se que tinha uma ferida que infeccionou, gangrenou, contaminou a outra 
perna, devendo ser amputadas. Nesse caso, aposentadoria por invalidez. 
 
- o que o diferencia dos outros é o tipo de incapacidade: se por mais de 15 dias a incapacidade 
para o trabalho, é auxílio-doença; se total e permanente, aposentadoria por invalidez; se 
parcial e permanente, será auxílio-acidente. Os anteriores podem decorrer ou não de acidente, 
esse tem que decorrer. 
 
- 1919 quem pagava era a empresa. 1967, passou a ser a previdência social. 
 -- renda mensal inicial: diferente dos anteriores, ap.in (100%SB), ax. doença 
(91%s.b); no Auxílio-acidente, por ser benefício indenizatório, recebe 50% s.b, podendo ser 
inferior ao SM. 
 
- Quem faz jus? O segurado empregado, o avulso e o segurado especial. 
 - Diferente dos anteriores, que todos os segurados fazem jus. 
 - auxílio-acidente, historicamente, é financiado com os recursos do SAT (seguro de 
acidente do trabalho). 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 - pagam o SAT as relações com o empregado, avulso e o segurado especial, por isso só 
a esses são devidos. Razão histórica da relação do custeio com o benefício. 
 
- Fato gerador: remoto (acidente do trabalho, e figuras equiparadas, ou extralaboral-alteração 
de 1995) e imediato (incapacidade parcial e permanente à atividade habitual). 
 
- a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença são benefícios substitutivos da renda do 
trabalhador, enquanto que o auxílio-acidente é um benefício indenizatório. Indenizando à 
redução da capacidade, à incapacidade parcial para o trabalho. 
 
- Reabilitado de auxílio-doença para outra função? 
-- Decreto 3048/1999: terceira hipótese de concessão do benefício: ex. digitador que 
acidente perde 4 dedos, no primeiro momento recebe auxílio-doença (totalmente incapaz para 
o trabalho habitual por mais de 15 dias consecutivos). Tem que se submeter a um processo de 
reabilitação profissional (serviço oferecido pela previdência). Depois foi considerado apto pra 
exercer outra função, por ex. telefonista. O benefício é devido ainda, pois depois de 
submetido a processo de reabilitação profissional é apto para outra função,cessando assim o 
auxílio-doença e será devido o auxílio-acidente. 
-- quebra a ideia anterior, pois quando for impossível exercer a primeira atividade, mas 
pode exercer outra pela reabilitação profissional. 
 
- carência: não é requisito do auxílio-acidente. 
 -- todos os benefícios relacionados à infortunística não dependem de carência. 
 
- acumulação: até Lei 9528/1997 a acumulação entre auxílio-acidente e aposentadoria era 
possível, depois não mais. 
 -- quem já recebia faz jus em razão do direito adquirido. 
 -- antes da lei não recebia, veio a lei, passou a receber auxílio acidente, quando se 
aposentar não poderá receber mais o primeiro. 
 -- quem já recebia o auxílio-acidente antes da lei, aposentou depois: de acordo com 
entendimento majoritário da jurisprudência é possível acumular, pois o auxílio-acidente, de 
maneira expressa pela legislação, era “vitalício”. 
g) Auxílio reclusão: benefício devido para o (s) dependente (s) do segurado (art. 80, da Lei nº 
8.213 / 91). 
 
Beneficiários: trata-se de benefício concedido aos dependentes do segurado preso, que não 
recebe remuneração da empresa ou benefício de auxílio doença e aposentadoria. 
- o benefício cessa: com a morte do beneficiário, ou quando o dependente completar 
21 anos ou for emancipado, ou com a cessação da prisão. 
- suspensão do benefício ocorre com a fuga do segurado. Sendo recapturado, é 
restabelecido o benefício. 
 
 
2 SALÁRIOS: 
h) Salário-família: espécie de quota por filho, enteado ou tutelado de até 14 anos, ou inválido 
de qualquer idade. Pago ao segurado. 
- tem direito o segurado que recebe salário mensal até o estipulado anualmente pela 
Previdência social. 
- Valor do salário-família: até R$31,22 em 2012. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
- 2014: 24 a 35 reais (valores aproximados). 
- tem que apresentar todo ano a caderneta de vacinação e o comprovante de matrícula. 
 
i) Salário-maternidade: empregada, avulsa, doméstica, contribuinte individual, segurada 
especial, facultativa. 
 
ADOÇÃO: antes de 2013: de 30 a 120 dias. Três etapas de 4 em 4 anos. Hoje, todas têm 
direito aos 120 dias. 
- Decreto 3048/1999: aposentadas também podem receber, em razão de adoção, p. ex. 
 
CARÊNCIA: 
- contribuinte individual, segurada facultativa e especial: carência de 10 meses. 
- parto antecipado, há a redução da carência na mesma proporção. 
- doméstica não precisa cumprir a carência. 
 
 
j) Pensão por morte: devido ao dependente (art. 74 a 79, da Lei nº 8.213 / 91) 
Beneficiários: trata-se de trato continuado devido, mensal e sucessivamente, ao conjunto de 
dependentes do segurado, aposentado ou não, enquanto perdurar a situação de 
dependência. 
- Proibição de acumular duas pensões no mesmo regime geral por cônjuge ou 
companheiro. 
- Pais, filhos: pode acumular duas pensões de acordo com jurisprudência, por ausência 
de vedação legal específica. 
- Boate Kiss: mãe cumulou duas pensões de filhos (2014). 
 
 
OBS. 1: SEGURO DESEMPREGO: 
 -- 1C) dizem que é benefício, com base no art. 201, CF que diz que a Previdência 
atenderá os riscos sociais: proteção doença, morte, maternidade, proteção do trabalhador em 
situação de desemprego involuntário. 
 -- 2C) dizem que não é (majoritária), em razão do art. 9º, §1, Lei 8213/1991: não é um 
benefício previdenciário, pois será regulado por lei específica. É financiado pelo FAT e pago 
pela Caixa Econômica Federal. 
- É possível cumular seguro-desemprego somente com pensão por morte e auxílio acidente 
(art. 124, PU, Lei 8213/1991). 
 
- OBS.2: no regime geral não há AUXÍLIO FUNERAL. 
 
- OBS.3: Já foi benefício o PECÚLIO, que é a devolução das contribuições que pagou 
enquanto estava aposentado e continuou trabalhando, é quase que uma poupança 
forçada por voltar a trabalhar. 
- OBS.4: Para se criar um regime previdenciário é necessário que esse ofereça no 
mínimo aposentadorias e pensão, como benefícios mínimos. 
- OBS.5: O ABONO DE PERMANÊNCIA NO SERVIÇO já foi benefício, mas não é 
mais. 
 
ABONO ANUAL - 13º SALÁRIO (art. 40 da Lei nº 8.213 / 91): para alguns é benefício, 
para outros não, pois só é concedido uma vez no ano. 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
 
Beneficiários: é devido uma única vez, a cada ano. Benefício correspondente ao 13º salário 
ou gratificação de natal devido ao beneficiário, segurado ou dependente, que durante o 
ano recebeu: auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio 
reclusão. 
- Até dia 20 de dezembro. 
 
- OBS5. Benefícios especiais são pagos pela União e não pelo INSS: 
- pensão especial por talidomida (Brasil foi um dos últimos países para proibir a 
talidomida, pois o mundo todo já sabia que deveria ser contraindicado para 
mulheres grávidas); 
- pensão especial para as vítimas de hemodiálise em Caruaru, tinha água 
contaminada; 
- vítimas do Césio 137; 
- vítimas de hanseníase que ficavam isoladas por desconhecimento da doença e 
preconceito; 
- etc. 
 
-OBS.: SÃO ISENTOS DE CARÊNCIA: 
 --- dependentes: pensão por morte e auxílio-reclusão; 
 --- salário-família; 
 --- auxílio-acidente; 
 --- auxílio-doença e aposentadoria por invalidez quando acidente do trabalho ou 
extralaboral ou decorrente de doença prevista em Portaria Ministerial (AIDS, neoplasia 
maligna, hanseníase, etc). 
 --- salário-maternidade: empregada, doméstica e avulsa são isentas. 
 
- L. 8213/91: também são isentos de carência os benefícios devidos ao segurado especial, mas 
tem que comprovar atividade rural ou pesca artesanal no período referente. 
 
TEMAS DIVERSOS E/OU POLÊMICOS: 
- Empreendedor individual (2008): até 60mil/a e 5% SM. 
- Empregado doméstico; 
- Menor sob guarda: 1996; 
- Filho inválido ou irmão deficiente ou inválido; 
- União homoafetiva; 
- União estável com segurado já casado; 
- Consequências na separação ou divórcio. 
- FIM DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
 
 
ANEXO - QUADRO BENEFÍCIOS 
 
 
BENEFÍCIOS 
BENEFICIÁRIOS RENDA MENSAL CARÊNCIA 
Aposentadoria 
por invalidez 
Todos os segurados 
100% do salário de 
benefício 
12 
contribuições 
mensais 
(regra) 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
Aposentadoria 
por idade 
Todos os segurados 
70% do SB, acrescido 
de 1% a cada grupo 
de 12 contribuições 
mensais (fator 
previdenciário 
facultativo). Segurado 
especial - 01 salário 
mínimo 
180 
contribuições 
mensais 
Aposentadoria 
por tempo de 
contribuição 
Todos os segurados, 
exceto o segurado 
especial (em regra) e o 
contribuinte 
individual/facultativo que 
optaram pelo 
recolhimento 
simplificado 
100% do SB (fator 
previdenciário 
obrigatório) 
180 
contribuições 
mensais 
Aposentadoria 
especial 
Empregado, avulso e 
contribuinte individual 
filiado à cooperativa de 
trabalho ou de produção 
100% do SB 
180 
contribuições 
mensais 
Auxílio-
doença 
Todos os segurados 91% do SB 
12 
contribuições 
mensais 
(regra) 
Salário-
família 
Apenas os seguintes 
segurados de baixa renda: 
empregado, avulso, 
aposentado por invalidez, 
idade e demais 
aposentados com idade 
mínima de 65 anos 
(homens) ou 60 anos de 
idade (mulheres) 
R$ 31,22 ou R$ 22,00 
por filho ou 
equiparado menor de 
14 anos ou inválido 
Não há 
Salário-
maternidade 
Todas as seguradas 
Empregada e avulsa: 
última remuneração 
mensal. Doméstica: 
último salário de 
contribuição. 
Segurada especial: um 
salário mínimo. 
Demais: um doze 
avosda soma dos 
doze últimos salários 
de contribuição. 
Não há para a 
empregada, 
doméstica e 
avulsa. Para as 
demais, 10 
contribuições 
mensais 
Auxílio-
acidente 
Empregado, avulso e 
segurado especial 
50% do SB Não há 
Direito da Seguridade Social (2014) - Profª. Mestra Daniela Teixeira. 
Pensão por 
morte 
Dependentes 
Aposentadoria 
percebida pelo 
segurado ou 100% do 
SB se falecido na 
ativa 
Não há 
Auxílio-
reclusão 
Dependentes dos 
segurados de baixa renda 
100% do SB Não há

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