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Corynebacterium
Corynebacterium
Introdução:
Corynebacterium é um gênero de bactérias bacilares pequenas e gram-positivas da família Corynebacteriaceae. Geralmente imóveis, podem ser aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, são quimiorganotróficas, não esporulantes e pleomórficas (propriedade que apresentam certas bactérias de mudar de forma quando colocadas em determinadas condições). Podem ser encontradas no solo e água ou infectar plantas e animais, inclusive humanos. Fermentam hidratos de carbono em ácido láctico e possuem catalase.
Características gerais:
-Grânulos metacromáticos;
-Não esporulam;
-Imóveis;
-Parede celular: Padrão coryne (ácido mesodiaminopimélico(DAP)/ ácido arabinogalactano/ ácidos micólicos);
-Anaeróbios facultativos;
-Catalase(+) e Oxidase (-);
-Urease (+), com exceção da C. bovis
-Redução de nitrato a nitrito e fermentação de carboidratos, sem produção
de gás como: Maltose, manose, glicose, galactose (variável);
-Não fermentam lactose;
-Não têm atividade proteolítica (não hidrolisam a gelatina nem digerem a caseína)
Características de cultivo:
-Fastidiosos (exigentes nutricionalmente);
-Incubação à 37°C (bactéria mesofílica) / 24-48h;
-Ágar sangue- crescimento característico, graças às colônias hidrofóbicas formadas. Formam colônias pequenas, brancas/ amareladas, secas, hemolíticas ou não.
Resistência:
-Sensíveis à dessecação e calor de 60°C;
-Sensíveis aos desinfetantes comuns (iodo, amônia quaternária ou hipoclorito);
-Sobrevivem bem em locais úmidos e matéria orgânica.
Habitat e distribuição:
-Comensais em membranas mucosas e pele;
-Ambiente: Solo, esgoto e superfície de plantas;
-Cosmopolitas.
Classificação de corinebactérias:
-112 espécies e 11 subespécies no gênero;
-Pertence ao grupo CMN- Classe Actinobacteria: Corynebacterium,
Mycobacterium, Nocardia e Rhodococcus.
Patogênese e patogenicidade:
-Maioria oportunista;
-Relativamente hospedeiro específicas;
-Microrganismos piogênicos (causam inflamação e supuração);
-Trauma tecidual geralmente precede o estabelecimento da infecção.
C. pseudotuberculosis
Causadora da doença linfadenite caseosa. É um patógeno intracelular facultativo. Sua parede lipídica é tóxica para leucócitos, sobrevivência no interior de macrófagos. Produzem exotoxina (fosfolipaseD), que lisa eritrócitos e células endoteliais, facilitando a sua propagação.
Protease de serina (CP40)- Ag protetor, imunização (forte resposta imune).
Transmissão: Contato com pus de abscessos rompidos, contaminação de feridas, aerossóis, água, alimentos e banhos de imersão contaminados. O confinamento de animais favorece a disseminação.
O crescimento da bactéria em meio líquido ocorre como uma película na superfície, sem turvação do meio. Esta película é desfeita pela agitação, formando-se, então, flocos que precipitam. A película é atribuída aos lipídios de superfície, e a formação de uma película mais densa, a uma maior virulência. O fato de C. pseudotuberculosis crescer em meio líquido formando flocos dificulta a contagem de células viáveis e a padronização do inóculo. Esta camada lipídica dificultaria a fagocitose da bactéria, aumentando sua virulência e/ou a sua citoxicidade.
No ágar sangue, são formadas colônias pequenas, de coloração branco-acinzentada, opacas e friáveis. Após vários dias de incubação, as colônias podem alcançar 3 mm de diâmetro e são de coloração creme. Produzem β hemólise, característica que pode não aparecer até 48 a 72h de incubação. O pH ideal para o crescimento está entre 7,0 e 7, mas C. pseudotuberculosis pode crescer bem em uma variação de pH de 7,0 a 8,0.
É admitida a existência de dois biotipos baseados na produção de nitrato redutase. A redução do nitrato a nitrito caracteriza cepas que infectam preferencialmente eqüinos, enquanto as cepas que infectam preferencialmente caprinos e ovinos são nitrato negativas. Os bovinos
são infectados tanto por cepas nitrato positivas quanto por cepas nitrato negativas.
Linfadenite caseosa
A linfadenite caseosa é considerada uma doença infectocontagiosa crônica que acomete caprinos e ovinos. É caracterizada por um quadro de abscesso dos linfonodos que apresentam material seco, purulento de cor branco esverdeada. Estes abscessos podem ser superficiais ou internos e pode haver, ainda, lesão de vísceras. O agente etiológico da linfadenite caseosa
é a bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis.
No Nordeste do Brasil, existe uma alta prevalência de linfadenite caseosa nos rebanhos de caprinos. Os prejuízos nesta região do país provocados pela linfadenite são muito grandes, uma vez que muitos dos pequenos criadores têm a caprinocultura como uma das suas principiais atividades econômicas e os abscessos levam a danos à pele e à condenação da carne, principalmente no comércio exterior.
A infecção resulta em abscessos e aumento de linfonodos superficiais e internos.
-PI:2–6semanas;
-Complicações: Caquexia e pneumonia podem estar presentes;
-Consequências: Perda de peso, deficiência reprodutiva, desvalorização e condenação de carcaças.
Tratamento e controle:
-Terapia geralmente ineficaz (evolução crônica, cápsula fibrosa que reveste a lesão, localização intracelular);
-Betalactâmicos, fluorquinolonas, macrolídeos, aminoglicosídeos, tetraciclinas e rifampicina são inibitórios in vitro;
-Animais com lesões devem ser separados do rebanho;
-Excisão cirúrgica dos abscessos e linfonodos superficiais;
-Controle da entrada de animais: ELISA, quarentena;
-Identificação dos animais infectados e remoção do rebanho;
-Desinfecção de equipamentos e instalações;
-Vacinas inativadas, viva atenuada;
Linfangite ulcerativa
-Transmissão: Feridas, picadas de artrópodes ou contato com arreios contaminados;
-Infecção determina linfangite na região inferior dos membros ou abscessos na região peitoral;
-Vasos linfáticos afetados estão inchados e firmes, nódulos se formam ao longo de sua extensão.
Tratamento e controle:
-Antibióticos sistêmicos associados com tratamento tópico (iodopovidona);
-Isolamento de animais afetados e desinfecção de áreas contaminadas.
Pielonefrite bovina
-C.renale- Habita o trato urogenital inferior de bovinos, ovinos e caprinos;
-Infecção ascendente pode resultar em pielonefrite (febre, anorexia, queda na produção de leite, disúria e urina avermelhada);
-Cistite-forma mais grave associada com C.cystitidis;
-C.renale possui colônias não hemolíticas, muito pequenas, após 24 horas de incubação.Tornam-se opacas e amareladas com a idade.
Tratamento e controle:
-Terapia antibiótica baseada em antibiograma, seguida por três semanas pelo menos. Penicilina é indicada devido à sua excreção urinária.
Procedimentos diagnósticos:
-Espécimes adequados: Abscesso caseoso de linfonodos ou órgãos internos e urina;
-Esfregaço direto: Gram (mcgs corineformes);
-Meio de cultura: Ágar sangue, ágar cisteína-telurito, ágar telurito-soro, meio de Loeffler (37°C/24-48h);
-Critérios para identificação dos isolados: Características coloniais, morfologia da célula e reações bioquímicas.

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