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AULA 9 e 10 FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO (1)

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AULA 9 FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Conceitos de Fontes do Direito;Classificação das Fontes: Materiais ;Fontes materiais diretas ou imediatas Fontes Materiais Indiretas ou Mediatas Fontes Históricas ;Fontes Formais.
 A Lei e seu processo de produção. O processo de produção da lei. Atos do Processo Legislativo Técnica legislativa ;Parte preliminar ;Como é feita a parte normativa arrumação do texto legal 
Os costumes ;Direito Consuetudinário ou Costumeiro; Como se prova a existência dos costumes 
1. CONCEITO DE FONTES DO DIREITO
A expressão fonte vem do latim fons, fontis, nascente, significando tudo aquilo que origina, que produz algo. Assim, a expressão fontes do Direito indica, desde logo, as formas pelas quais o Direito se manifesta. Apresentam, basicamente, três espécies:
FONTES DO DIREITO 
MATERIAIS( PRODUÇÃO ) DIVIDEM EM IMEDIATAS OU MEDIATAS 
IMEDIATAS= LEI E COSTUME
MEDIATAS =DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA
a) Fontes materiais: são os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas para a formação deste concorrem sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos, morais.
AS FONTES MATERIAIS SE DIVIDEM EM:
DIRETAS/IMEDIATAS OU INDIRETAS /MEDIATAS
FONTES MATERIAIS DIRETAS OU IMEDIATAS São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos legisferantes:
- O Poder Legislativo - quando elabora e faz entrar em vigor as leis;
- O Poder Executivo - quando excepcionalmente elabora leis;
- O Poder Judiciário - quando elabora jurisprudência ou quando excepcionalmente legisla;
- Os Doutrinadores - quando desenvolve trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas pelo aplicador da lei e,
-A sociedade quando consagra determinados costumes;7
FONTES MATERIAIS INDIRETAS OU MEDIATAS -são fatos ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade trazendo como conseqüência o nascimento de novos valores que serão protegidos pela Norma Jurídica.
b) Fontes históricas: são os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que, mercê de sua sabedoria, continuam a influir nas legislações do presente. Como exemplo, poderiam ser citados: a Lei das Doze Tábuas, em Roma; o célebre Código de Hamurabi, com sua pena de talião, na Babilônia; a famosa compilação de Justiniano etc. São fontes históricas do Direito brasileiro, por exemplo, o Direito Romano, o Direito Canônico, as Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas, o Código de Napoleão, a legislação da Itália fascista sobre o trabalho.
c) FONTES FORMAIS: seriam a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. O Estado cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência, a força desta. O positivismo jurídico defende a idéia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste. As forças sociais, os fatos sociais seriam tão-somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa eficiente.
Fontes do direito COSTUME Elementos: 
Objetivo – ações reiteradas dos membros de uma sociedade; 
Subjetivo – conscientização de cada membro a importância de tal ação. Ex: fila do banco
Espécies: 
SecundumLegem; seguindo a lei que os costumes devem ser considerados na aplicação da lei.
PraeterLegem;além da lei
Art.4º das normas de introdução ao normas do Direito brasileiro.
Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso através da analogia, princípios gerais do direito e dos costumes.
Contra Legem. Não se aplica no Brasil.
Lembre-se que aqui nos seguimos a civil low e não a comum low;
Significa que aqui não , mas na Inglaterra e ou aqueles que foram colonizados pela Inglaterra o costume praeterlegem pode revogar uma lei
AQUI SÓ A LEI REVOGA LEI COSTUME NÃO REVOGA LEI
PROCESSO LEGISLATIVO
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos legislativos visando à formação das leis constitucionais, complementares e ordinárias, resoluções e decretos legislativos. (José Afonso da Silva)
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
I - emendas à Constituição;
III - leis ordinárias;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Segundo José Afonso da Silva, as medidas provisórias não deveriam constar do rol do art. 59, pois sua elaboração não se dá por processo legislativo.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Território
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
 d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva
A Constituição não trata do processo de formação dos decretos legislativos ou das resoluções.
Decretos legislativos são atos destinados a regular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 CF) que tenham efeitos externos a ele e independem de sanção e veto.
Ex; as relações jurídicas decorrentes de medida provisória não convertida em lei; resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; autorizar o Presidente da República a declarar guerra ou a celebrar a paz e autorizar o Presidente ou o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País por mais de quinze dias
RESOLUÇÕES LEGISLATIVAS são atos destinados a regular matérias de competência do Congresso Nacional e de suas Casas, mas com efeitos internos. Assim, os regimentos internos são aprovados por resoluções. Exceção: arts. 68, parágrafo 2º, 52, IV e X e 155, V.
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à criação de normas de Direito. Estes atos são:
Iniciativa Legislativa - É a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para apresentar projetos de lei ao Legislativo. (art. 60, 61 e seu parágrafo 2º)
Votação - Constitui ato coletivo das Casas do Congresso. Geralmente é precedida de estudos e pareceres de comissões técnicas (permanentes ou especiais) e de debates em plenário. É ato de decisão (art. 65 e 66), que se toma por maioria de votos:
maioria simples (art. 47) para aprovação de lei ordinária
maioria absoluta dos membros das Câmaras, para aprovação de lei complementar (art. 69)
maioria de três quintos dos membros das Casas do Congresso, para aprovação de emendas Constitucionais (art.60, § 2º)
São atos de competência exclusiva do Presidente da República. Sanção e veto somente recaem sobre projetos de lei. Só são cabíveis em projetos que disponham sobre as matérias elencadas no art. 48 da CF.
Sanção é a adesão do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo; pode ser expressa (art. 66,caput) ou tácita (art. 66, parágrafo 3º).
EXEMPLO:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: (...)" 
Sanção Tácita 
A Constituição confere ao silêncio do Presidente da República o significado de uma declaração de vontade de índole positiva. Assim, decorrido o prazo de quinze dias úteis sem manifestação expressa do Chefe do Poder Executivo, considera-se sancionada tacitamente a lei. 
Veto é o modo pelo qual o Chefe do Poder Executivo exprime sua discordância com o projeto aprovado, por entendê-lo inconstitucional ou contrário ao interesse público (art. 66, parágrafo 1º). O VETO PODE SER TOTAL, RECAINDO SOBRE TODO O PROJETO, OU PARCIAL, QUANDO ATINGIR SOMENTE PARTE DELE.
O veto é relativo, não trancando de modo absoluto o andamento do projeto (art. 66, parágrafos 1º e 4º da CF).
Caso o veto seja rejeitado por votação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto, o projeto se transforma em lei, sem sanção, que deverá ser promulgada. Não se alcançando a maioria mencionada, o veto ficará mantido, arquivando-se o projeto.
Promulgação e publicação - Promulga-se e publica-se a lei, que já existe desde a sanção ou veto rejeitado. É errado falar em promulgação de projeto de lei.
Promulgação é a declaração da existência da lei. É meio de se constatar a existência da lei. A lei é perfeita antes de ser promulgada; a promulgação não faz lei, mas os efeitos da lei só se produzirão depois dela.
A publicação da lei constitui instrumento pelo qual se transmite a promulgação aos destinatários da lei. É condição para que a lei entre em vigor, tornando-se eficaz (ou efetiva).
Sancionado o projeto expressamente ou pelo silêncio do Presidente da República (15 dias), ou não mantido o veto, deve o mesmo ser promulgado dentro de 48 horas pelo Presidente da República; se não o fizer, o Presidente do Senado Federal o promulgará em igual prazo; não o fazendo, caberá o Vice-presidente do Senado fazê-lo (CF, arts. 66, §§ 5º e 7º).
A promulgação é, pois, o ato proclamatório através do qual o que antes era projeto passa a ser lei e, consequentemente, a integrar o Direito positivo brasileiro.
A lei passa a existir como tal desde a sua promulgação, mas começa a obrigar da data sua publicação, produzindo efeitos com a sua entrada em vigor.
Costume - O termo costume deriva do latim consuetudine, de consuetumine, hábito, uso.
É a prática social reiterada e considerada obrigatória. O costume demonstra o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo uso, com o consentimento tácito de todas as pessoas que admitiram a sua força como norma a seguir na prática de determinados atos.
Direito Consuetudinário ou Costumeiro.
Decorre da observação e respeito às normas jurídicas não escritas, isto é, normas resultantes de práticas sociais reiteradas, constantes e tidas como obrigatórias. Admitem 03 espécies:
CONTRA LEGEM - por opor-se à lei não têm admissibilidade em nosso direito.
SECUNDUM LEGEM - por estar de acordo coma lei serve de interpretação, é o costume que esclarece a lei por estar em perfeita sintonia com ela.
PRAETER LEGEM - é utilizável quando a lei for omissa para preencher a lacuna existente. Este último; é o costume considerado como subsidiários do direito.
Como se provaa existência dos costumes?
A prova se fará dos mais diversos modos: documentos, testemunhas, vistorias, etc. Em matéria comercial, porém, devem ser provados por meio de certidões fornecidas pela juntas comerciais que possuem fichários organizados para este fim.
Art. 337 do Código de Processo Civil - "A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência se assim determinar o juiz
Iniciativa das Leis Complementares e ordinárias
CASO CONCRETO
Aconteceu nas férias
Finalmente de férias. Ana Maria colocou o biquíni de bolinha amarelinha e seguiu  Marcelo direto para a praia. E qual não foi sua surpresa ao descobrir que no final da praia num canto aprazível, cercado de palmeiras e jangadas que saiam e chegavam cheinhas de peixes, havia uma praia de naturismo. Isso mesmo. Tudo mundo nu em pêlo. Ana Maria desviou o olhar, meio sem graça. Mas, não pode evitar o constrangimento quando Marcelo  gritou  para que tirasse o biquíni e o acompanhasse até o local onde todos se divertiam a valer completamente pelados, pois era costume.
Imediatamente Ana Maria lembrou-se do disposto no art. 233 do código penal
 - Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao publico:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa?.
E agora, o que fazer? Ana Maria esta diante de uma grande dúvida. 
Várias questões surgiram em sua mente.
São elas:
a) A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico?
b) Em que espécie de costume se enquadra o naturismo?
c) O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E por alguma decisão do STJ
d) Pode o costume revogar a lei?
QUESTÃO OBJETIVA
1. A respeito do processo legislativo na Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir:
I. O Presidente vetará projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, se considerá-lo, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 
II. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei. As medidas provisórias vigoram imediatamente, mas perderão sua eficácia desde sua edição, se não forem convertidas em lei pelo Congresso Nacional, no prazo previsto na Constituição.
 
III. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
Assinale: 
(a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(b) se apenas a afirmativa I estiver correta.
(c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
(d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
2    I- No plano jurídico, fontes do Direito expressam a origem das normas jurídicas, podendo-se classificar as fontes em dois grandes blocos, designados de fontes materiais e fontes formais.
II - As fontes materiais enfocam o momento pré jurídico, constituindo-se nos fatores que conduzem à emergência e construção da regra de Direito.
III - As fontes formais enfocam o momento tipicamente jurídico, considerando a regra já plenamente construída, os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais essas regras se revelam para o mundo exterior, ou seja, os meios pelos quais se estabelece a norma jurídica.
IV - Os costumes são fontes do direito.
Assinale: 
(a)todas as proposições estão corretas
(b)apenas quatro proposições estão corretas
(c)apenas três proposições estão corretas
(d)apenas duas proposições estão corretas.
(e)apensas uma proposição está correta.
 JURISPRUDÊNCIA
JURISPRUDÊNCIA Reiteradas decisões uniformes e no mesmo sentido dos tribunais.( pensamento ).
Em sentido amplo é a coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma determinada matéria jurídica. Inclui jurisprudência uniforme (decisões convergentes) e jurisprudência contraditória (decisões divergentes).
Em sentido estrito é o Conjunto de decisões uniformes prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário sobre uma determinada questão jurídica.
Exemplos de jurisprudência transformada em lei:
1. Pensão alimentícia, que era devida apenas após o trânsito em julgado e hoje em dia é devida desde a citação (alimentos provisórios)
A Jurisprudência Vincula ?
Nos Estados de Direito codificado, a jurisprudência apenas orienta e informa, possuindo autoridade científica sem, no entanto, vincular os tribunais ou juizes de instância inferior.
Súmula –tem origem na jurisprudência um verbete que registra a interpretaçãopacífica ou majoritária adotada por um Tribunal Superior a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões. ( consolidação da jurisprudência). Só obriga os membros do tribunal que a editou.
Súmula vinculante - É a Jurisprudência que, quando votada e aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, por pelo menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório ao qual todos os outros tribunais e juízes, bem como a Administração Pública, Direta e Indireta, terão que seguir. Na prática, adquire força de lei, criando um vínculo jurídico e possuindo efeito erga omnes.
Doutrina.
A doutrina é uma das fontes subsidiárias do direito é uma forma expositiva e esclarecedora do direito feita pelo jurista a quem cabe o estudo aprofundado da ciência.
 ANALOGIA
Analogia - utilização da própria lei- a caso concreto análogo. Consiste em um método de interpretação jurídica utilizado quando, diante da ausência de previsão específica em lei, se aplica uma disposição legal que regula casos idênticos, semelhantes, ao da controvérsia. Fundamentação: Artigo 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Analogia legis: é aquela extraída da própria lei, quando a norma é colhida de outra disposição legislativa, ou de um complexo de disposições legislativa.
Analogia juris: extraída filosoficamente dos princípios gerais que disciplinam determinado instituto jurídico
A disposição legal invocada deve ser suscetível de extensão; segundo, no caso omisso, deve ser verificada perfeita paridade das razões que governam as disposições no caso expresso da lei. 
a analogia, como técnica de integração do direito, isto é, de preenchimentos das lacunas da lei, é necessária quando, ao decidir uma lide, o juiz não encontra a norma adequada. 
Ex: estender aos transportes rodoviários coletivos o conceito de culpa presumida criado pelo Decreto nº 2.681, de 7.12.1912, que regulou a responsabilidade civil das estradas de ferro. 
Em alguns casos, a analogia não é aplicável, como no direito penal (a não ser no caso in bonam partem); na fiança; em leis fiscais; em negócios jurídicos (e na renúncia).
Princípios Gerais do Direito - É possível dizer que os princípios gerais de direito são aqueles que decorrem dos próprios fundamentos do ordenamento positivo. A rigor, não precisam mostrar de forma expressa, ainda que constituam pressupostos lógicos de um determinado ordenamento jurídico. 
Quando se diz, por exemplo, que ninguém deve ser punido por seus pensamentos, ou ninguém está obrigado ao impossível, têm-se clássicos princípios gerais de direito.
São considerados a essencialidade do direito. Porque são dos 
Princípios Gerais do Direito (PGD) que são retirados postulados que servirão de suporte à regulamentação da sociedade sob o aspecto jurídico, fixando os padrões e orientando os preceitos que serão traduzidos pela legislação. É importante observar que os PGD não estão formulados materialmente, não constam de nenhum diploma legal.
Equidade - equidade é o princípio pelo qual o direito se adapta á realidade da vida sócio-jurídica, conformando-se com a ética e a boa-razão, salvando as lacunas do Direito para melhorá-lo e enobrecê-lo, tal como demonstram os pretores da Roma antiga.
O conceito de equidade como critério interpretativo, permite adequar a norma ao caso concreto e chegar à solução justa.Diz-se, por isso, ser a equidade a justiça do caso concreto. E a decisão será equitativa quando levar em conta as especiais circunstâncias do caso decidido e a situação pessoal dos respectivos interessados.
Equidade-utilização da justiça Ex: em caos de violação X aplica-se sempre dessa forma. Só que o juiz na hora de julgar e com base na lei ele pode julgar de forma diferente desde que justificado de acordo com a lei porque ele entendeu daquela forma. não é. porém, obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente ou oportuna
significa a preferência, entre várias interpretações possíveis de um mesmo texto legal, da mais benigna e humana
CASO CONCRETO
Cena comum no dia a dia estressado de qualquer grande cidade brasileira: 
João Honorato de Souza, profissão motoboy, ia conduzindo sua moto entre os carros na Avenida Litorânea quando de repente é abalroado por uma van de transporte de pequenas cargas, da empresa Transportes Leves Ltda. No acidente feriram-se João Honorato e o ajudante do motorista da van.
Qual não foi a surpresa de João Honorato ao receber, uma semana depois, uma citação para defender-se de uma ação de responsabilidade civil que o ajudante de motoristada van havia interposto junto à Vara Civil da Comarca locaL, alegando que o motorista da van estava fugindo de um assalto. 
Em sua defesa, João Honorato alegou que fora culpa exclusiva do motorista da van, que invadiu a contramão de direção. 
Indo a julgamento, a sentença julgou improcedente o pedido, com base na Súmula n° do Supremo Tribunal Federal, que diz: "A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com passageiro,não elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva". Argumentou ainda que esta súmula foi transformada em texto legal no artigo 735 o novo Código Civil.
Após a leitura da sentença, um dos clientes faz as seguintes perguntas a você que assistira ao julgamento e que é aluno do Curso de Direito De uma faculdade do Grupo Estácio de Sá:
a) O que vem a ser uma Súmula?
b) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, citada na sentença, pode ser considerada fonte formal do direito? Como assim?
c) Em que medida se pode dizer que a jurisprudência passa a ser fonte do direito no momento em que o juiz a levou em conta para decidir a questão? Por quê?
QUESTÃO OBJETIVA
1 Leia as afirmações abaixo:
I - Por analogia estende-se a um caso não previsto aquilo que o legislador previu para um caso semelhante, em igualdade de razões, preenchendo uma lacuna na lei.
II - Na interpretação extensiva supõe-se que a norma existe, sendo passível de aplicação ao caso concreto, desde que sua abrangência seja estendida além do que usualmente se faz. 
III - Quando se afirma a existência de uma lacuna legal e se nega a aplicação de norma por analogia ao caso concreto, o operador jurídico ainda pode utilizar os princípios gerais de direito para a solução do conflito.
a) todas as proposições estão corretas
b) somente as proposiçõesI e II estão corretas
c) somente as proposições IIe III estão corretas
d) somente a proposição I está correta.
e) somente a proposição II está correta.
2- Correlacione as fontes do Direito abaixo apontadas e as afirmativas a elas referentes:
I - Doutrina 
II - Jurisprudência 
III - Costume
IV - Lei
X - Influencia fortemente o Direito por traduzir reiteração de decisões contenciosas.
Y - Tem tido utilização crescente nos demais ramos do direito, sendo importante para o Direito em razão da deficiência da legislação.
Z - Distingue as regras que convêm a cada um dos sub-ramos do saber jurídico e influi tanto na elaboração da Lei quanto nas decisões contenciosas ou não contenciosas.
A relação correta é:
a) I - X; II - Z; III - Y
b) I - Y; II - X; IV - Z
c) I - Y; III - Z; IV - X
d) I - Z; II - X; III - Y
e) II - Z; III - Y; IV - X

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