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Bactérias Anaérobias

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Departamento Medicina Tropical
Disciplina de Microbiologia e 
Imunologia
Profa. Maria Amélia Maciel
Bactérias Anaeróbias 
Divisão dos Micro-organismos quanto a sua 
necessidade de oxigênio
Respiração anaeróbica
 São bactérias capazes de realizar o 
processo de respiração, em anaerobiose.
 O aceptor de elétrons seria outro 
elemento, e não o oxigênio. 
Principais mecanismos de respiração 
anaeróbica encontrada em procariotos
Denominação da 
respiração
Aceptor de 
elétrons/Produto final
Bactérias e arqueas que 
realizam
Carbonato CO2- CH3COO Bactérias 
Homoacetogênicas 
Carbonato CO2- CH4 Bactérias Metanogênicas
Enxofre S-HS Bactérias anaeróbias 
estritas ou facultativas
Sulfato SO4- Bactérias anaeróbias 
estritas
Nitrato NO3 Bactérias anaeróbias 
facultativas
Ferro Fe Bactérias e arqueas
Oxigênio
 Aeróbicas obrigatórias- requerem O2 para
o processo de respiração e crescimento.
 Anaeróbicas obrigatórias- não utilizam o 
O2, em presença deste podem ser inativas 
ou inibidas. 
Classificação dos Anaeróbios
-Estritos: incapazes de crescer na superfície do agar 
exposto a níveis de O2 superiores a 0.5%. 
-Moderados: capazes de crescer quando expostos a
níveis de O2 de 2% a 8%.
-Anaeróbios aerotolerante: bactérias que exibem
crescimento limitado ou escasso em ágar incubado em
estufa com ambiente 10% de CO2, mas que tem bom
crescimento em condições de anaerobiose.
- Microaerófilas: preferem crescer em uma atmosfera
com tensão reduzida (5%) de O2 mas podem crescer em
meios sólidos em atmosfera com 10% de CO2.
 Anaérobios facultativos
Crescem em condições aeróbicas ou
anaeróbicas, utiliza o oxigênio como aceptor
porém podem obter sua energia através de
reações de fermentação.
Classificação das bactérias em relação ao O2
Grupo Aerobiose Anaerobiose Efeito do O2
Aeróbico 
obrigatório
Cresce Não cresce Requerido
Microaerófilo Cresce pouco Não cresce Níveis abaixo 
de 0,2 atm
Anaeróbico 
obrigatório
Não cresce Cresce Tóxico
Facultativo Cresce Cresce Não é requerido , 
mas pode ser 
utilizado
Anaérobico
aerotolerante
Cresce Cresce Não é requerido , 
nem é utilizado
Exemplos 
 Estritos- Clostridium haemolyticum, Clostridium 
novyi obs. Raros em casos de infecção 
humana, porém fazem parte da microbiota. 
 Moderados – Bacteroidis fragilis e Clostridium 
perfrigens, C. difficile.
 Aerotolerantes- Clostridium cannis ,C. tertium
 Facultativos – Staphylococcus aureus e 
Escherichia coli.
 Microaerófilas- Campylobacter jejuni
Tolerância ao Oxigênio 
Observações-
Anaeróbias estritas –expostas por 10
minutos morrem, mas as bactérias
anaeróbias moderadas toleram mais
oxigênio em processos infecciosos.
Características gerais das anaeróbias
 Anaeróbias obrigatórias, aerotolerantes ou anaeróbias 
facultativas
 - ausencia de citocromos
 - ausencia ou pequena quantidade de catalase, 
peroxidase e superoxido desmutase
 Microbiota normal da pele e de mucosas
 Infecções endógenas
 Infecções mistas
 Sintetizam lipases, colagenases, proteases, lecitinases
Anaeróbios pertencentes a Microbiota 
Trato Respiratório
Superior
Pele Uretra Vagina
Fusobacterium
Veilonella
Prevotella
Porphyromonas
Propionibacterium 
Peptostreptococcus
Eubacterium
Bacteroides spp.
Fusobacterium
Prevotella
Veillonella
Peptostreptococcus
Mobilluncus
Lactobacillus
Eubacterium
Anaeróbios pertencentes a Microbiota
Estomago Intestino delgado Intestino 
(terminal)
Lactobacillus Lactobacillus Lactobacillus
Bacteroides fragilis
Clostridium spp.
Eubacterium
Bifidobacterium
Microbiota
Anaeróbios clinicamente importantes
Cocos Bacilos
Gram positivos
Coprococcus
Peptostreptococcus
Ruminococcus
Gram positivos
Formadores de esporos- Clostridium
Não formadores de esporos
Actinomyces
Bifidobaterium, Eubacterium
Lactobacillus, Mobilluncus
Gram negativos
Veilonella
Gram negativos
Bacteroides
Fusobacterium
Provotella
Infecções 
As infecções causadas por bactérias anaeróbias são eventos
clínicos comuns e algumas se manifestam de forma muito grave,
cursando com altas taxas de letalidade. Além disso, as infecções
anaeróbias facilmente escapam ao diagnóstico laboratorial por
causa das precauções especiais necessárias à coleta e transporte
dos espécimes clínicos.
O não tratamento dos anaeróbios em infecções mistas geralmente
resulta em resposta incompleta ou insucesso. E muitos agentes
antimicrobianos, comumente utilizados em infecções graves,
apresentam atividade limitada contra os anaeróbios.
Paralelamente, a ocorrência de resistência natural ou adquirida
aos antimicrobianos ativos tem aumentado progressivamente,
tornando a resposta terapêutica ainda mais incerta.
Microbiota/Infecção relação com ruptura da 
barreira cutânea

A microbiota endógena das superfícies mucosas e, em
menor extensão, da pele, é geralmente a fonte dos
anaeróbios participantes de um processo infeccioso.
 Os anaeróbios superam os aeróbios numa razão de 10:1
na composição das floras oral e vaginal e de 1.000:1 no
cólon.
 Outros aspectos importantes incluem o número de
micro-organismos que alcançam os tecidos profundos
(tamanho do inóculo) e os vários fatores de virulência
(toxinas, enzimas e outras substâncias) produzidos pelos
micro-organismos, bem como a integridade do sistema
imune do hospedeiro.
Infecção por anaeróbias
 Sítio anatômico
 Surgimento de infecção após mordida 
animal ou humana
 Infecção associada a tumores
 Odor fétido
 Presença de grânulos de enxofre no 
material clínico 
Bactérias Anaeróbias -Patologias
Infecções anaeróbios de origem exógena
 Infecção hospitalar Clostridium difficile
 Botulismo
 Gastroenterites Clostridium difficile
 Tétano
 Infecções por mordeduras de animais e 
humanos
 Infecções em usuários de drogas 
injetáveis 
Infecções anaeróbios de origem endógena
 Abscessos
 Artrite séptica
 Apendicite ou colecistite
 Empiemas torácico
 Endocardite
 Periodontites
 Meningites após abscesso
 Oeteomielite
 Periotonite
 Sinusite 
Sítios mais comuns de Infecção Anaeróbias
 Abscesso cerebral
 Sinusite crônica
 Abscesso pulmonar ou hepático
 Endocardite
 Septicemia
 Infecções abdominais pós-trauma ou cirúrgica ou 
neoplasia
 Abscesso periretal ou pélvico
 Infecção vascular
Infecções inespecíficas 
Etiopatogênese dos abscessos
Em relação aos abscessos de localização profunda e 
lesões necróticas- os agentes bacterianos etiológicos são 
anaeróbias e outros agentes bacterianos.
- Processo patológico envolve estase vascular que gera 
necrose tecidual gerando uma redução da tensão de 
oxigênio, com aumento potencial de oxirredução dos 
tecidos.
- Em alguns casos há uma associação poli-microbiana. 
Ocorrência das Infecções anaeróbias
 ↑ Maior diagnóstico microbiológico dos 
anaeróbios relacionados as patologias 
 ↑ de Infecções endógenas
 ↑ Aumento das condições que favorecem as 
Infecções endógenas
 ↑ Doenças neoplásicas gerando um aumento de 
uso de imunossupressores. 
 Alteração da microbiota
Modelos de Infecções 
1960 – As infecções mais comuns eram por 
Clostridios.
Atualmente – Bacteroides fragilis, Prevotella, 
Porphyromonas, Fusobacterium. 
Bacilos Gram negativos- estas infecções em
especial estão aumentando por conta da
resistência bacteriana.
Bactérias mais frequêntes
 Bacilos gram-negativos: Bacteroides, 
Fusobacterium , Prevotella e Porphyromonas.
 Cocos gram negativo: Veillonella
 Bacilos gram-positivos: Peptostreptococcus
 Cocos gram-positivo:Clostridium, Actinomyces, 
Bifidobaterium. Eubacterium e 
Propionibacterium.
Diagnóstico Microbiológico
È essencial isolar e identificar as bactérias
anaeróbias
Estas infecções estão associadas com o aumento
da Taxa de mortalidade e morbidade.
Tratamento varia de acordo com o agente
etiológico.
O uso empírico de antimicrobianos propicia o
aumento da resistência bacteriana
Diagnóstico microbiológico
 Coleta e transporte de amostras
Amostras próprias e aceitáveis
 Abscessos da cavidade oral e gengiva
 Líquidos orgânicos
 Sangue
 Medula óssea
 Fragmento de tecido e biópsia
 Urina coletada por punção supra-púbica
 Aspirado de lesão de pele 
Transporte das amostras
Tipos de tubos e meios de transporte de 
anaeróbios
 Swab com meio de transporte Amies
 Frasco de hemocultura para anaeróbios
 Seringa vedada
Transporte
Exame bacteriológico
1. Microscopia direta - Coloração de Gram
2. Cultura – Isolamento e Identificação bacteriana
Meios de cultivo contêm vários suplementos: 
sangue,vitamina K, bicarbonato de sódio, agentes 
redutores (tioglicolato de sódio, cistina).
Sistema de Incubação: Método Jarra, Sistemas de 
evacuação-reposição gasosa, sistema sacolas
anaeróbicas.
Identificação bacteriana 
Amostras Clínicas 
 Amostras inaceitáveis:
Swab de orofaringe, nasofaringe e gengiva.
Material de ferida superficial (escara, úlcera 
de pé diabético).
Escarro , aspirado endotraqueal.
Swab vaginal, uretral e cervical.
Urina coletada. 
Microscopia Direta
Actinomyces Lactobacillus 
Clostridium Fusobacterium
Cultura
Cultura – Isolamento e Identificação bacteriana
Meios de cultivo: 
Não seletivos – àgar sangue suplementado, caldo tioglicolato, infuso de 
cérebro e coração
Seletivos- ágar sangue com kanamicina-vancomicina, agar bacteroides 
–bile esculina, agar cicloserina-cefoxitina-frutose (CCF) 
Incubação:
Método Jarra de anaerobiose – Gas-pak 
Sistemas de evacuação-reposição gasosa
Sistema sacolas anaeróbicas
Jarra de anaerobiose
Identificação bacteriana
 Características das colônias
 Aspecto da morfologia- característica 
tintoriais
 Testes bioquímicos
 Métodos de identificação presuntiva
 Sistemas automatizados
Aspectos das colônias
Fusobacterium
Propionibacterium
Actinomyces
Clostridium
Genero Clostridium:
- microrganismos ubiquos
- anaeróbios estritos ou aerotolerantes
- mais de 150 espécies
Tetano

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