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WUCHERERIA ANCROFTI COMPLETO

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WUCHERERIA ANCROFTI 
FILARIOSE LINFÁTICA
André Murilo, Bianca Estevam, Gustavo Henrique, Hanná Kimura e Isabella Soares
INTRODUÇÃO:	
A ordem Spirurida apresenta grande número de espécies, parasitando mamíferos, inclusive humanos.​           ​
     Características: Vermes finos e delicados encontrados nos vasos linfáticos, vasos sanguíneos, tecido subcutâneo, cavidade peritoneal ou mesentério, e necessitam de um hospedeiro invertebrado. ​
No Brasil são encontrados três espécies parasitando o homem.​
​
​Wuchereria bancrofti (Cobbold,1877).​
 Onchocerca volvulus (Leuckart, 1893). ​
 Mansonella ozzardi (Manson, 1897).
INTRODUÇÃO:	
 A filariose linfática humana é causada por helmintos Nematódea das espécies Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e B. timori.​
 Regiões de muita pobreza.​
 Clima tropical ou subtropical.​
 Sério problema de saúde pública em países, como China, Índia, Indonésia e partes leste, central e oeste da África.​
 120 milhões de pessoas parasitados​
                          W. bancrofti (112 milhões).​
                          B. maly ou b. timori (8 milhões).​
 Filariose linfática no continente americano é causada exclusivamente W. bancrofti.
MORFOLOGIA:	
O W. bancrofti possui diferentes formas evolutivas nos hospedeiros Vertebrados(Homem) e Invertebrados(Mosquito).
 Verme adulto macho: Corpo delgado e branco leitoso 3,5-4 cm por 0,1mm. Extremidade afilada e ventralmente enrolada
 Verme adulto fêmea: corpo semelhante ao do macho 7-10 cm por 0,3 mm, órgãos genitais duplos com exceção da vagina.
 Microfilária: Também chamado de embrião 
 A fêmea grávida é quem postura a microfilária, que possui uma membrana que funciona como "bainha flexível“, tem 250-300 um. Se movimenta ativamente no sangue do hospedeiro.
 A presença da bainha é fundamental no diagnóstico, já que este aparelho não é encontrado em outros filarídeos.
MORFOLOGIA:
Larvas: São encontradas no vetor. A de primeiro estádio (L1) 300 um. E é originada da transformação da microfilária.
E então passa para o segundo estádio (L2) 2 a 3 vezes maior, originando a infectante (L3) com 1,5-2,0 um.
CICLO BIOLÓGICO:
 Repasto sanguíneo do inseto infectado:
 As larvas L3 migram dos lábios do vetor para a pele do HD.
 Estímulo realizado pelo calor e umidade da pele – Migram para os vasos linfáticos e tornam-se vermes adultos.
 Após 8 meses, as fêmeas grávidas produzem as primeiras microfilárias.
 Verme adulto pode sobreviver até 8 anos no hospedeiro. 
CICLO BIOLÓGICO:	
TRANSMISSÃO:
 Sua transmissão ocorre unicamente pela picada do mosquito vetor Culex quiquefasciatus e deposição das larvas infectadas na pele lesada das pessoas.​
 O calor do corpo humano permite a progressão e penetração das larvas. ​
​ A vida média de um mosquito desse gênero é de aproximadamente um mês, sendo assim, é curto o período de tempo no qual o vetor pode transmitir o parasito ao homem.​
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
 Os primeiros sintomas costumam ser processos inflamatórios (desencadeados pela morte do verme adulto) como:​
- Febre​
- Calafrio​
- Dor de cabeça​
- Náusea​
- Sensibilidade dolorosa​
- Vermelhidão ao longo do vaso linfático ​
em diferentes regiões:​
 - Escroto​
 - Cordão espermático​
 - Mama​ 
 - Membros inferiores.​
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
As manifestações agudas são: linfangite retrógrada localizada nos membros e adenite, associadas a febre e mal estar.​
As manifestações crônicas são: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase, e iniciam-se, em geral, alguns anos após o inicio dos ataques agudos.  ​
PATOGENIA:
 É importante distinguir os casos de infecção (presença de vermes e microfilárias sem sintomatologia aparente) da casos de doença.​
 Os pacientes assintomáticos ou com manifestações discretas podem apresentar alta microfilaremia, e os pacientes com elefantíase ou outras manifestações crônicas não apresentam microfilaremia periférica ou estar bastante reduzida.​
 Algumas manifestações, especialmente as imunoinflamatórias, se devem as microfilárias, e outras aos vermes adultos.​
 As lesões podem ser de origem inflamatória ou não e são devidas a dois fatores principais: mecânicos e irritativos.​
 AÇÃO MECANICA:  A presença de vermes adultos dentro de um vaso linfático.​
 Estase linfática com linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos); derramamento linfático ou linforragia​
PATOGENIA:	
 AÇÃO IRRITATIVA: A presença dos vermes adultos dentro dos vasos linfáticos, bem como dos produtos oriundos do seu metabolismo ou de sua desintegração após a morte, provoca fenômenos inflamatórios. 
 Além das ações mecânica e irritativa, fenômenos imunológicos, especialmente os alérgicos, induzem a patogenia.​
 A síndrome denominada elefantíase pode aparecer em alguns casos crônicos com até mais de dez anos de parasitismo.​
 Esta síndrome pode ter outras causas que não a W. bancrofti (hanseníase ou outra causa que perturbe o fluxo linfático).​
 A elefantíase é caracterizada por um processo de inflamação e fibrose crônica do órgão atingido, com hipertrofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático.​
DIAGNOSTICO LABORATORIAL:	
Pesquisa de Microfilária: 
Pode ser feita por diferentes métodos parasitológicos, porém a mais utilizada é a gota espessa. Colhe-se uma gota de sangue: 20-100um.
Pesquisa de anticorpos e antígenos circulantes: 
Baixa sensibilidade e especificidade, sendo substituída pela pesquisa de antígenos circulantes pela imunoenzimática com soro.
Pesquisa de DNA: PCR é bastante sensível para detectar  
 -Sangue
 -Urina
 -Saliva
Pesquisa de vermes adultos:
Uso de ultrassonografia para detectar presença de vermes adultos vivos, principalmente em vasos linfáticos escrotais de pacientes assintomáticos.
Diagnostico da infecção no vetor:
Dissecação do mosquito para identificação especifica das larvas encontradas. 
TRATAMENTO
O tratamento da filariose bancrofitiana é feito tendo-se três objetivos: 
 1) Reduzir ou prevenir a morbidade em indivíduos com infecção ativa
 2) Correção das alterações do parasitismo (edema, hidrocele)
 3) Impedir transmissão à novos hospedeiros
 O medicamento utilizado para tratamento individual é o Citrato de Dietilcarbamazina (DEC). Dose de 6mg/kg/dia durante 12 dias (Recomendação da OMS). Esse tratamento poderá ser repetido varias vezes até a parasistemia desaparecer completamente. Já para o tratamento em massa, o medicamento é usado em dose única, de 6 em 6 meses ou anualmente.
O DEC é rapidamente absorvido pelo TGI atingindo seu pico sérico uma ou duas horas após admistração oral.
Durante o tratamento, principalmente nos 3 primeiros dias, o paciente pode apresentar reações adversas devidas à desintegração dos parasitos (febre, cefaleia, dores no corpo e articulações, hematúria transitória). Todas as manifestações tendem a desaparecer com o tempo.
O fármaco leva a um rápido e marcante desaparecimento das microfilárias da circulação sanguínea, e o efeito é observado já nas primeiras horas.
TRATAMENTO:
Também possui considerável ação sobre os vermes adultos.
Tem-se tentado novos fármacos para o tratamento da parasitose, como a Ivermectina, um antibiótico semissintético. Se mostrou muito eficaz na redução da microfilaremia em dose única de 200-400 ug/kg, porem não atua sobre vermes adultos, não curando completamente a infecção e a microfilaremia reaparece em grande numero de pacientes.
Outro medicamento, o Albendazol, tem sido estudado para este fim. Ele não tem efeito microfilaricida em curto prazo e em dose única, porem, segundo a OMS, doses e repetidas de albendazol podem matar vermes adultos de W. bancrofti, no entanto mais estudos são necessários.
O albendazol pode não apresentar efeito filaricida mas é importante seu uso associado ao DEC, devido seu amplo espectro de ação no combate às enteroparasitoses.
Ultimamente a OMS tem recomendado o tratamento do hospedeiro com
duas drogas simultaneamente (DEC + ivermectina ou albendazol)
Para o tratamento de linfedema, recomenda-se intensiva higiene local, administração de antibióticos fisioterapia ativa, drenagem postural e uso de compressas e meias elásticas para reduzir edema. Tudo isso evita que o quadro se agrave para elefantíase.

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