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03 SCHISTOSOMA MANSONI

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Schistosoma mansoni 
Esquistossomose mansônica 
Hospedeiros 
Classe Trematoda 
 Trematódeo – referência às 
estruturas na superfície do corpo, 
as ventosas, sendo uma 
particularmente desenvolvida, o 
acetábulo. 
 
 Endoparasitas obrigatórios, 
apresentam complexo ciclo 
biológico, com morfologia e 
hospedeiros diferentes em cada 
fase do ciclo. 
 
 Atacam freqüentemente a 
população humana nas regiões 
tropicais do mundo, 
particularmente nas regiões 
menos desenvolvidas. 
 
Rey, Parasitologia, 3a ed 
 Doença causada por parasitas do 
gênero Schistosoma. 
 
 A esquistossomose afeta 200 
milhões de pessoas no mundo, 
85% das quais estão na África. 
 
 Parasita descrito em 1852 por 
Theodor Bilharz, espécie 
denominada S. mansoni em 
1907, por Sambon. 
Esquistossomose 
topics in international health 
Taxonomia 
 Filo Plathyhelminthes 
 Classe Trematoda 
 Família Schistosomatidae 
 Gênero Schistosoma 
 Espécie Doença Hospedeiro 
Intermediário 
S. hematobium Hematúria do Egito Bulinus 
S. japonicum Moléstia de Katayama Oncomelania 
S. mekongi Camboja Neotricula 
S. intercalatum África Central Bulinus 
S. mansoni África, Am. do Sul Biomphalaria 
Schistosoma mansoni 
 Vermes com simetria bilateral, achatados 
dorsoventralmente, com ventosas oral e ventral e 
acentuado dimorfismo sexual. 
 
 Única espécie presente no Brasil. 
 
 Trazida na época do tráfico de escravos, conseguiu se 
estabelecer devido à presença de hospedeiro 
intermediário adequado, os moluscos do gênero 
Biomphalaria. 
 
Morfologia 
 Diferentes formas evolutivas – as dimensões, morfologia e 
organização variam de acordo com a fase evolutiva e o 
hospedeiro (vertebrado ou invertebrado) . 
Rey, Parasitologia, 3a ed 
Rey, Parasitologia, 3a ed M. Reis 
Morfologia 
 MACHO 
1 cm 
cor esbranquiçada 
tegumento recoberto por tubérculos 
ventosa oral 
ventosa ventral 
(acetábulo) 
canal ginecóforo: dobras laterais 
albergam a fêmea na fecundação 
topics in international health 
Morfologia 
 FÊMEA 
1,5 cm 
corpo cilíndrico, cor escura 
tegumento liso, poucos tubérculos ventosas pequenas 
topics in international health 
Morfologia 
 OVO 
150μm x 60μm 
elíptico, presença de espículo voltado para trás. 
ovo maduro apresenta miracídeo formado, visível pela 
casca transparente – forma tipicamente encontrada nas 
fezes. 
 eclosão: 
miracídeo 
ovo 
topics in international health 
Morfologia 
 MIRACÍDEO 
180μm x 60μm, forma cilíndrica. 
superfície revestida por células ciliadas, movimentação no 
meio aquático. 
extremidade anterior – papila apical: gl. adesivas, gl. de 
penetração, cílios maiores, terminações nervosas. 
extremidade anterior – céls. germinativas 
papila apical 
topics in international health 
Morfologia 
 ESPOROCISTO 
Penetração no molusco: remodelação estrutural, células 
germinativas em multiplicação. 
Esporocisto I ⇨ Esporocisto II (migração para o 
hepatopâncreas) ⇨ cercárias (30 dias) 
formação de cercárias dentro 
do esporocisto 
topics in international health 
Morfologia 
 Cercária 
500μm 
Presença de 2 ventosas: 
 ventosa oral apresenta gl. de penetração 
 ventosa ventral possui musculatura desenvolvida ⇨ fixação 
na pele do hospedeiro 
 
Presença de cauda bifurcada – 
é perdida no processo de penetração. 
 
Após o contato com o corpo humano 
 ⇨ a cabeça penetra na pele 
 ⇨ esquistossômulo 
topics in international health 
Rey, Parasitologia, 3a ed 
Esquistossômulos: 
⇨ tecido subcutâneo 
⇨ vasos 
⇨ coração, pulmão, sistema porta 
Ciclo 
www.dpd.dcd.gov 
sistema porta 
⇨ maturação em adultos 
30 dias PI 
casais migram para veias 
mesentéricas inferiores 
⇨ oviposição 
⇨ ovos circulam pelo fígado, 
 liberação pelas fezes – 40 dias PI 
cercárias penetram no homem 
(pele), perda da cauda 
⇨ esquistossômulo 
M. Reis 
ovos eliminados nas fezes humanas 
eclosão dos 
ovos, 
liberação dos 
miracídeos 
miracídeos penetram no 
 molusco (Biomphalaria) 
esporocistos ⇨ cercárias 
Ciclo 
www.dpd.dcd.gov 
 miracídeos → contato com o molusco → gl de adesão e 
gl de penetração , movimentação intensa → entrada no 
tecido (pés e base da antena). 
hepatopâncreas de 
Biomphilaria 
com cercárias 
 céls. germinativas: multiplicação → Esporocisto I → 
Esporocisto II → migração → hepatopâncreas → 
formação de cercárias com sexo definido. 
topics in international health 
 *** Esporocisto II, após a produção de cercárias, pode 
originar terceira geração de esporocistos. 
Esporocisto I 
 Esporocisto II  Cercárias 
 Esporocisto III  Cercárias 
 Esporocisto IV  etc. 
Manutenção da produção de cercárias enquanto durar a 
infecção no molusco. 
hepatopâncreas de 
Biomphalaria 
com cercárias 
 migração das cercárias pela hemolinfa → passagem 
para o meio exterior → liberação de até 4500 
cercárias/dia. 
 cercárias nadam ativamente na água → penetração no 
hospedeiro definitivo (pele e mucosas). 
topics in international health 
Hospedeiros 
Hospedeiros 
 Filo Mollusca: 
– Classe Gastropoda 
 Família Planorbidae 
– Gênero Biomphalaria: animais de corpo mole, 
cobertos por um manto, pé ventral, cabeça 
anterior, abrigados por uma concha enrolada 
em espiral plana e ampla distribuição 
geográfica. 
topics in international health 
Biomphalaria 
 Ciclo: São hermafroditas mas têm preferência pela 
reprodução cruzada. A partir de 30 dias de idade, ovos 
são colocados em massas gelatinosas depositadas em 
qualquer estrutura sólida submersa. Após 7 dias, ocorre 
a eclosão. 
 
 Hábitat preferencial: microflora rica, abundância de 
matéria orgânica, boa insolação, água entre 20° e 26 °C, 
águas calmas e leito raso com vegetação enraizada 
próxima às margens. 
 
 Alimentação: folhas, algas, bactérias, lodo, excrementos 
de outros animais, etc. 
Espécie Características Distribuição 
B. 
glabrata 
Concha com até 40mm de 
diâmetro, é o mais eficiente 
vetor da esquistossomose 
mansônica nas Américas, 
infecta-se com faciliadade, 
em ambientes naturais 
chega a 70% de positividade 
Faixa contínua 
entre RN e PR 
www.who.int Rey, Parasitologia, 3a ed 
Espécie Características Distribuição 
B. 
tenagophila 
Concha com até 35mm 
de diâmetro, taxas de 
infecção natural são 
baixas, mesmo em 
períodos mais 
favoráveis. 
Sul da BA, leste do 
RJ até RS, 
www.icb.ufmg.br Rey, Parasitologia, 3a ed 
Espécie Características Distribuição 
B. 
straminea 
Concha com até 16mm de 
diâmetro, apresenta taxas 
de infecção baixas, 
compensada pela 
abundância nos 
criadouros. 
Predominante no 
NE 
www.icb.ufmg.br Rey, Parasitologia, 3a ed 
Transmissão 
 Penetração ativa 
cercárias pela pele e 
mucosa 
 ⇧ freqüência – pés e 
pernas, > contato com a 
água. 
 ⇧ presença de cercárias 
na água: entre 10 e 16h 
 ⇧ focos de transmissão: 
– Valas 
– Açúdes 
– Córregos 
 
 topics in international health 
Epidemiologia 
topics in international health 
População em área de risco: 650 milhões 
Pessoas infectadas: 200 milhões (África, Oriente Médio, 
América do Sul e Sudeste Asiático) 
Óbitos em 2002: 15 mil 
Esquistossomose no Brasil 
Neves, Parasitologia Humana, 10a ed 
Epidemiologia 
 Estabelecimento de foco de transmissão: 
Contaminação de criadouro de moluscos com fezes 
contendo ovos viáveis – como? contaminação das 
coleções aquáticascom material fecal humano. 
 
⊚ Prática de construção de esgotos domésticos que 
desembocam diretamente em criadouros. 
 
⊚ Prática de utilização de água contaminada em atividades 
profissionais (irrigação de hortas), recreativas (banhos) 
ou domésticas (lavar roupa). 
 
AUMENTO DA TRANSMISSÃO. 
 Patogenia: Fase Invasiva 
 Dermatite cercariana: 
 cercárias penetram na pele ⇨ não conseguem migrar 
para a circulação ⇨ morte ⇨ reação inflamatória local. 
 ↑ intensidade em re-infecções: participação de 
mastócitos (histamina), eosinófilos e IgE. 
topics in international health 
Patogenia 
 Ovos produzidos – luz intestinal 
⇨ meio exterior com as fezes 
⇨ permanência dos ovos no indivíduo: intestino, fígado, 
outros órgãos ⇨ ovos são imobilizados e envolvidos 
por uma reação inflamatória. 
⇨ caem na circulação – fígado 
 
 Esquistossomose: doença decorre do granuloma formado 
em torno da deposição dos ovos vivos do parasita. 
– Ag secretados pelo ovo maduro (SEA) : elementos 
fundamentais na formação do granuloma. 
 Ovo + MΦ, Eo, Linfócitos e Plasmócitos. 
 
 Fusão de MΦ, envolvimento dos ovos mortos, 
digestão lenta dos restos parasitários. 
 
 Predominância de MΦ e linfócitos – 
deposição de fibras. 
 
Fibrose, calcificação dos ovos aprisionados 
(miracídeos degeneram e são reabsorvidos). 
 
Granuloma 
topics in international health 
M. Reis 
Fase Crônica - principais alterações: 
 FÍGADO 
 Deposição de ovos no fígado (espaço porta) ⇨ 
formação de granulomas ⇨ fibrose periportal ⇨ 
obstrução da veia porta ⇨ HIPERTENSÃO PORTAL. 
 
fígado com fibrose periportal 
topics in international health 
Hipertensão Portal 
 
 
 Esplenomegalia: 
congestão da circulação na 
veia esplênica do espaço 
porta e hiperplasia das 
células do SMF. 
 
 Varizes: desenvolvimento 
de circulação colateral 
anormal (compensação da 
circulação porta 
deficitária). 
 
 Ascite (“Barriga D’água”) 
hepatoesplenomegalia 
hipertensão portal 
circulação colateral anormal 
ascites 
www.who.int 
Diagnóstico Clínico 
 
Anamnese detalhada do 
paciente 
– observação do baço e 
fígado 
 
topics in international health 
Diagnóstico Laboratorial 
 Parasitológico: 
Procura de ovos nas fezes 
Sedimentação espontânea 
Quantificação (Kato-Katz) 
 satisfatórios com carga parasitária 
 média ou alta. 
 
Biopsia ou raspagem da mucosa 
retal 
Pessoal treinado 
 > sensibilidade 
 
topics in international health 
Rey, Parasitologia, 3a ed 
M. Reis 
S. mansoni S. hematobium S. japonicum 
Diagnóstico Laboratorial 
 Imunológico 
ELISA (Ag do verme adulto) 
 
RIFI 
 
 Imagem 
Observação de mudanças no 
fígado, baço, espaço porta. 
 
 PCR 
Procura de DNA do parasita 
 
topics in international health 
Tratamento 
 
 Oxamniquina: ⇧eliminação passiva de vermes adultos, 
atua somente sobre S. mansoni, 
 
 Praziquantel (PZQ): lise do tegumento do verme, atua 
sobre todas as espécies, utilizado extensamente em 
programas de controle 
topics in international health 
Programas de Tratamento 
 Brasil, China, Egito e Filipinas: programas nacionais de 
controle contra a esquistossomose  redução drástica 
da morbidade 
 Desenvolvimento sócio-econômico + tratamento 
= prevenção de novos casos e cura dos casos existentes. 
 
Fenwick et al, 2003 
Profilaxia 
 Modificação na transmissão 
 
 Tratamento das pessoas infectadas 
 
 VACINAÇÃO??? 
Itaquara 
M. Reis 
Modificação na Transmissão: 
 
 Saneamento básico 
utilização de fossas 
prevenção do contato com águas contaminadas 
água protegida de contaminação 
topics in international health 
 Educação da População 
Modificação na Transmissão: 
 
topics in international health 
Modificação na Transmissão: 
 
 Controle do caramujo transmissor 
topics in international health 
Moluscicidas: 
origem química 
origem vegetal 
Modificação nos criadouros : pavimentação de 
córregos. 
Modificação na Transmissão: 
 
 Controle do caramujo transmissor 
topics in international health 
Modificação nos criadouros: 
utilização de peixes herbívoros, 
utilização de moluscos 
competidores 
Modificação nos criadouros : herbicida químico 
Schistosoma mansoni 
Esquistossomose mansônica 
Hospedeiros

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