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06 WUCHERERIA BANCROFTI

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Wuchereria bancrofti 
Filariose Linfática 
Vetores 
Taxonomia 
• Filo Aschelminthes 
– Classe Nematoda 
• Superfamília Filaroidea 
– Família Onchocercidae 
» Gênero Wuchereria 
Wuchereria bancrofti 
Rey, Parasitologia, 3a ed 
Histórico 
• Originária da Ásia, chegou à África e, mais tarde, foi 
introduzidas nas Américas via o tráfico de escravos, 
especialmente nas Antilhas e norte do Brasil. 
 
• As microfilárias foram descobertas na linfa escrotal de 
um paciente e foram estudadas por Wucherer (1866) e 
por Silva Lima (1868), na Bahia. 
 
• Bancroft (1876) encontrou o verme adulto e Manson 
descobriu a transmissão pelo mosquito nos anos 
seguintes. 
Morfologia - Adulto 
MACHO: 4cm 
 
Corpo delgado e leitoso. 
 
Extremidade anterior afilada 
e extremidade posterior 
enrolada ventralmente. 
 
Órgãos copuladores 
representados por 2 
espículos (órgãos 
acessórios para a cópula) 
de tamanho e formas 
desiguais. 
FÊMEA: 8 a 10 cm 
 
Corpo delgado, branco-
leitoso. 
 
Útero: 
porção distal: ovos 
embrionados 
porção proximal – larvas 
alongadas (Microfilárias) 
Morfologia - Adulto 
• Vermes adultos 
permanecem nos vasos e 
gânglios linfáticos – 
machos e fêmeas 
permanecem enrolados 
em novelos. 
 
• Alimentação: ingestão de 
linfa 
 
• Presença de um 
simbiontes: Wolbachia 
(ordem Ricketsialles) – 
associação estável, 
coevolução antiga. 
www.who.int 
Morfologia - 
microfilárias 
• 250-300 μm 
 
• Apresentam bainha – 
distensão da casca ovular - 
critério morfológico para o 
diagnóstico diferencial. 
 
• Presença de núcleos 
corados: células 
formadoras da hipoderme, 
musculatura, tubo digestivo, 
etc. 
 
• Microfilárias apresentam 
movimentação ativa na 
circulação. 
www.who.int 
Periodicidade das Microfilárias 
12am 
6 pm 
9 pm 
⇧microfilaremia 
⇧⇧microfilaremia ⇩microfilaremia 
⇩⇩microfilaremia 
⊚ pico de microfilaremia x horário preferencial de 
hematofagismo do vetor 
Ciclo de Vida 
MOSQUITO 
HOMEM 
repasto 
sangüíneo 
L3 ⇨ 2 mudas vermes 
♂ e ♀ adultos 
vasos linfáticos 
L3 
penetra 
na pele 
7-8 meses 
presença de MF no 
sangue periférico 
repasto 
sangüíneo 
mosquito 
ingere MF 
bainha se desprende, 
MF migra para o tórax 
larva migra para 
a probóscide 
www.dpd.cdc.gov 
MF- microfilária 
larva L1 
larva L3 
larva L2 
ciclo no mosquito: 
L1⇨ L2 ⇨ L3 
~20 dias 
Vetores da Filariose Bancroftiana nas 
Américas 
Culex quinquefasciatus – principal 
 
Aedes scapularis, A. taeniorhynchus 
 
A. darlingi, albimanus, A. aquasalis (vetor secundário em 
Belém, PA) 
 
Mansonia titillans 
 
Vetores 
• Ordem Diptera: 
– Subordem: Nematocera 
• Família: Culicidae 
– Gênero Culex 
» Ovos colocados em jangada, larvas 
permanecem em posição oblíqüa à superfície 
da água, no pouso, o adulto permanece com o 
corpo paralelo à superfície de apoio. 
ovo larva pupa adulto 
www.icb.usp/~marcelocp 
Culex quinquefasciatus 
• Inseto pequeno, cor de palha, apresenta dorso escuro 
com faixas escuras dispostas longitudinalmente na 
região mediana. 
 
• Mosquito apresenta hábitos domésticos: deposita seus 
ovos e cria-se em qualquer recipiente com água limpa 
ou poluída, dentro de casa ou fora, na sombra ou sol. 
 
• Tolera o meio pobre em oxigênio – focos de criação são 
fossas de latrinas. 
www.icb.usp/~marcelocp 
Culex quinquefasciatus 
• Adulto: somente fêmea é hematófaga obrigatória, o 
sangue ingerido tem a função de maturação dos ovários 
e nutrição dos adultos. 
 
• É altamente antropofílico, picam a noite, coincidindo com 
o período em que a microfilaremia é mais alta. 
 
• Durante a picada, a fêmea introduz as peças bucais, 
adaptadas para perfuração e sucção, na pele do 
hospedeiro e o conteúdo das gl. salivares – favorecem a 
alimentação. 
Rey, Parasitologia , 3a ed 
Epidemiologia 
FL: endêmica em 80 países 
Área de risco: 1 bilhão 
População infectada: 120 milhões, 70% dos casos (Índia, Nigéria, Bangladesh e 
Indonésia), 90% W. bancrofti. 
http://www.filariasis.org/ 
Epidemiologia 
Neves., Parasitologia Humana, 10a Edição 
Parasito autóctone das Américas 
Epidemiologia 
Neves., Parasitologia Humana, 10a Edição 
1956 – campanha de profilaxia: 
tratamento de doentes. 
combate ao mosquito. 
Atualmente: PA, PE e AL. 
Parasito autóctone das Américas 
Sintomas e Patogenia 
• Manifestação Assintomática 
– Presença de MF no sangue, 
sem sintomatologia aparente. 
 
• Manifestação Aguda 
– Inflamação dos linfonodos e 
vasos linfáticos associadas 
com febre e mal estar. 
 
• Manifestação Crônica 
– Linfoedema, Elefantíase, 
Hidrocele e Quilúria – 
aparecem alguns anos após o 
início dos ataques agudos. 
Microfilaremia Assintomática 
• Manifestação mais comum da filariose em áreas 
endêmicas, observadas em crianças com 1 ano de idade. 
 
• Não há evidência de doença: 
– Sangue contém MF em quantidade, situação pode 
permanecer por vários anos sem manifestação clínica 
grave. 
– Porém, observa-se destruição nos vasos linfáticos, 
tecidos e órgãos. 
– “Sinal da Dança da Filária” (ninhos de vermes adultos). 
– Dilatação anormal dos vasos linfáticos, próximo aos 
ninhos, aumento do fluxo da linfa. 
Manifestação Aguda da Filariose 
• Crianças e adolescentes – podem permanecer durante 
toda a vida. 
• Comum em pacientes com filariose crônica. 
 
• 2 mecanismos distintos envolvidos na patogênese: 
 
– Linfadenite e linfangite 
 
 
Manifestação Aguda da Filariose 
Linfadenite e Linfangite Dermatológica 
• Reação inflamatória cutânea ou sub-cutânea em forma de 
placa, acompanhada de linfangite (inflamação dos vasos 
linfáticos) e linfadenite (inflamação dos linfonodos). 
 
• Febre e calafrios – manifestação sistêmica típica de infecção 
bacteriana. 
 
• Edema do membro afetado. 
 
• Manifestação pode diminuir ou desaparecer completamente: 
– Episódios repetidos  linfoedema crônico. 
Manifestação Crônica da Filariose 
• Presença de vermes adultos no vaso linfático - obstrução 
no fluxo da linfa e ruptura dos vasos linfáticos (efeito é 
maior onde o tecido é frouxo ex. virilha, bolsa escrotal, 
rins, abdômen e face interna dos braços): 
 
– estase e derrame da linfa 
• Nos tecidos = edema 
• Na cavidade abdominal = ascite linfática 
• Na bolsa escrotal = hidrocele 
• Nas vias urinárias = quilúria 
 
Hidrocele 
→ mais freqüente manifestação 
da filariose genital crônica 
 
→ alterações são decorrentes 
da presença dos vermes 
 
→ ocorre distenção e 
espessamento do testículo 
com infiltração por células 
inflamatórias 
 
→ ocorre acúmulo da linfa nos 
tecidos, edema e derrame 
linfático 
www.who.int 
Elefantíase 
→ decorre da obstrução da circulação, 
gerando inflamação, infecção 
bacteriana e outras complicações. 
 
→ áreas com edema passam a um estado 
crônico, com endurecimento e 
ocorrência de fibrose, o tecido 
consiste de gordura e linfa, presas na 
matriz fibrosa. 
 
→ déficit na circulação local induz 
alterações na pele: aumento da 
espessura, perda de elasticidade, 
ocorrência de rachaduras e infecções 
bacterianas. 
www.who.int 
Filariose e Impacto Sobre Outras Doenças 
• Doenças renais: a destruição renal resulta da deposição 
de imunocomplexos (Ac e Ag filariano). 
 
• Doenças respiratórias: Eosinofilia Pulmonar Tropical 
– Comum na Ásia, Índia, China e África. 
Diagnóstico Parasitológico• Tradicionalmente: 
detecção de microfilárias 
no sangue periférico 
(coleta de acordo com a 
periodicidade das 
microfilárias). 
– Método: gota espessa 
e coloração com 
Giemsa. 
 
– Baixas sensibilidade. 
www.who.int 
Diagnóstico Parasitológico 
• ⇧ sensibilidade: uso de técnicas de concentração 
 
– Método de Knott: centrifugação do sangue lisado com 
formalina – na presença de grandes quantidade de 
proteínas (ex. IgG) - adição de detergente. 
 
– Filtração em membrana e coloração: retenção das 
microfilárias. 
 
⊚ diagnóstico diferencial: tamanho da filária, presença de 
bainha. 
Diagnóstico Parasitológico 
⊚ diagnóstico 
diferencial: tamanho 
da filária, presença de 
bainha. 
Neves, Parasitologia Humana, 10ed 
Diagnóstico por Imagem 
1) Ultrasom: 
⇨ detecção e localização de 
vermes adultos na bolsa 
escrotal e mamas. 
 
2) Linfocintilografia: 
⇨ detecta alterações anatômicas 
e funcionais nos vasos 
linfáticos 
 
Importância: assintomáticos com 
MF apresentam destruição dos 
vasos linfáticos, tecidos e 
órgãos. 
www.who.int 
Diagnóstico Parasitológico 
• Testes para a detecção de 
antígeno filariano: alta 
sensibilidade e especificidade 
 
– Trop Bio Og4C3 (ELISA) 
 
– ICT (imunocromatografia) – 
resultado imediato 
 utilizado em estudos 
epidemiológicos 
www.who.int 
Diagnóstico Molecular 
• PCR – detecção de DNA de 
W. bancrofti no sangue, 
plasma, secções de tecido e 
escarro. 
 
⊚ Detecção do parasito em 
larvas de mosquitos: 
 - utilidade em estudos de 
transmissão 
 - praticável na área 
endêmica? 
Tratamento 
• Dietilcarbamazina (DEC) – mais utilizada 
 Ação sobre MF: imobilização dos 
parasitas circulantes, aumenta a 
aderência e a atividade citotóxica das 
plaquetas e granulócitos do hospedeiro. 
Ação sobre vermes adultos é variável. 
 
• Ivermectina – atua sobre MF, ação sobre 
adultos é questionável. 
 
• Terapia combinada: DEC + Ivermectina 
ou DEC + albendazole (medicamento de 
amplo espectro contra helmintíases) 
www.who.int 
Profilaxia 
• Tratamento das pessoas infectadas. 
 
• Combate ao vetor. 
 
• VACINAÇÃO? 
Profilaxia 
• Homem é o único hospedeiro vertebrado conhecido de 
Wuchereria bancrofti e o mosquito doméstico C. 
quinquesfasciatus o principal hospedeiro intermediário. 
 
• Filariose linfática está associada aos aglomerados 
urbanos onde os mosquitos são criados em abundância 
e podem picar a população durante a noite. 
Combate ao Vetor 
Controle de insetos adultos: 
Mosquito tornou-se resistente aos inseticidas de ação 
residual - inseticidas mais úteis: fenitrotion, malation e 
piretróides. 
 
Proteção individual 
uso de mosquiteiros impregnados com repelentes 
 uso de repelentes 
 telar portas e janelas de residências. 
Combate ao Vetor 
Controle de larvas: 
Larvicidas químicos: organosfosforados, 
linhagens resistentes devem ser 
tratadas com piretróides. 
 
Larvicidas Biológicos: 
 Bacillus sphaericus e B. 
thuringiensis: 
 bactérias são ingeridas pelas larvas, 
produzem toxinas que causam a 
morte das larvas. São seletivas e 
atuam somente contra larvas de 
Culex e Anopheles. 
www.who.int 
Combate do Vetor 
3) Diminuição do contato 
homem-vetor 
 
Saneamento ambiental – 
destruição dos criadouros 
(águas paradas, poluídas 
com matéria orgânica, 
próximas às casas) 
www.who.int 
Wolbachia 
• Bactéria endosimbionte presente na hipoderme e órgãos reprodutores 
(♀) do parasita adulto e em MF. 
• Bactéria é essencial para o crescimento e desenvolvimento do 
parasito. 
• Sensíveis ao tratamento com antibióticos: tetraciclina, azitromicina e 
rifampicina. 
 Utilização de antibióticos contra Wolbachia – estratégia para 
aumentar o sucesso dos métodos de controle em massa. 
Hise et al., 2004 
Educação da População 
www.who.int 
Controle da Filariose Linfática 
• Diminuição da morbidade – tratamento dos casos 
clínicos de filariose linfática. 
 
• Redução da transmissão – medicação periódica dos 
indivíduos com microfilaremia. 
 
• Interrupção da transmissão – luta antivetorial, 
quimioterapis e programas integrados de saúde. 
Programas de Controle 
• Programa Global para a Eliminação da Filariose 
Linfática (PGELF) – OMS 
• Escala de tempo: 1999-2020 
• Objetivo: Eliminação da Filariose Linfática. 
• Países: 80 países endêmicos, 34 possuem programas 
de controle ativos. 
• Estratégia: diminuição da transmissão por meio da 
administração de drogas em massa (destruição dos 
parasitas), diminuição da morbidade por meio do 
tratamento dos linfoedemas. 
Wuchereria bancrofti 
Filariose Linfática 
Vetores

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