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Apostila de Aulas Práticas UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor: PALOTINA BIOLOGIA CELULAR Curso: Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Acadêmico (a): ________________________ Telefone:_____________________________ E-mail:_______________________________ G.R.R.: ______________________________ Professor: Adriana Fiorini Rosado 2 SUMÁRIO RECOMENDAÇÕES PARA AS AULAS PRÁTICAS ............................................................... 3 PRÁTICA 1: Microscopia e a utilização do microscópio ........................................................... 5 PRÁTICA 2: Citoquímica ............................................................................................................. 12 PRÁTICA 3: Organização celular ............................................................................................. 177 PRÁTICA 4: Organelas citoplasmáticas - Eletromicrografias Celulares .............................. 21 PRÁTICA 5: Visão geral de células eucarióticas: vegetal e animal ...................................... 23 PRÁTICA 6: Influência da Temperatura e de diferentes solventes na Permeabilidade Celular ............................................................................................................................................. 28 PRÁTICA 7: Transporte pela Membrana Plasmática – Osmose em célula animal e vegetal ............................................................................................................................................. 30 PRÁTICA 8: Citoesqueleto .......................................................................................................... 35 PRÁTICA 9: Célula Vegetal ........................................................................................................ 38 PRÁTICA 10: Imprint de fígado de boi - Núcleo e nucléolo ................................................... 43 PRÁTICA 11: Divisão Celular - Mitose .................................................................................... 455 PRÁTICA 12: Visita ao laboratório de Microscopia eletrônica de Varredura 3 1. RECOMENDAÇÕES PARA AS AULAS PRÁTICAS Para melhor aproveitamento das aulas práticas, os seguintes procedimentos são recomendados: 1. Comparecer à aula no horário previsto, munido de jaleco branco, calçado fechado, do roteiro de aula prática e do material solicitado pelo professor. 2. Ler cuidadosamente o roteiro da atividade antes de iniciar sua execução. 3. Todos os desenhos/esquemas deverão ser feitos à lápis. 4. Esclarecer com o professor os pontos duvidosos. 5. Não comer, fumar ou fazer brincadeiras no laboratório. 6. Não provar as soluções ou reagentes existentes no laboratório. 7. Jogar todos os sólidos e pedaços de papel usados em frascos ou cestos para isto destinados. Não jogar nas pias materiais como fósforos, papel de filtro, ou qualquer sólido ainda que ligeiramente solúvel. 8. Deixar todos os vidros com reagentes e corantes devidamente tampados. 9. Colocar lâminas e lamínulas sujas em local apropriado (haverá sempre um recipiente para descarte). 10. Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor. 11. Limpar, no final da aula, a bancada de trabalho, deixar o microscópio como foi encontrado (limpo, coberto e desligado) e colocar todo o material utilizado em seu devido lugar. 2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: Conhecer a estrutura, composição química e fisiologia das células como um fundamento para a compreensão dos demais níveis de organização dos seres vivos. Relacionar os conceitos apresentados em aula teórica com as observações práticas. Treinar o manuseio do microscópio de luz (instrumental básico utilizado para o estudo da célula). Desenvolver hábitos de trabalho em laboratório. 4 3. MATERIAIS NECESSÁRIOS E OBRIGATÓRIOS PARA AS AULAS PRATICAS: 1. Apostila de “Práticas de Biologia Celular” autalizada (Não é recomendado o uso de apostilas antigas devido às modificações introduzidas na última revisão). 2. Jaleco ou avental. 4. OBSERVAÇÕES A disciplina de Biologia Celular observa com rigor a freqüência em pelo menos 75% das aulas ministradas e é critério para aprovação na disciplina. As faltas serão lançadas no Sistema junto com a nota no final do semestre. Cada prova versará sobre a matéria que não tenha sido tema de prova anterior. 5. REFERÊNCIAS: DE ROBERTIS, E. M. F., HIB, J. Bases da Biologia Celular e Molecular. 4º Edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2006. 389 p. JUNQUEIRA, L. C., CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 8º Edição. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2005. 332p. COOPER, G. M., HAUSMAN, R. E. A Célula – Uma abordagem molecular. 3º Edição. Ed. Artmed. São Paulo. 2007. 736 p. 5 Roteiro de Aula Prática nº 01 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Microscopia e a utilização do microscópio 2. OBJETIVOS 1. Conhecer os componentes do microscópio identificando suas partes. 2. Fazer observações de materiais ao microscópio relacionando as imagens formadas e os aumentos obtidos com seu funcionamento. 3. INTRODUÇÃO Descrição do microscópio fotônico ou microscópio óptico (M.O.) A palavra microscópio é de origem grega (micros = pequeno, scopein = observar, olhar com atenção). É um instrumento óptico que amplia a imagem de um pequeno objeto utilizando um sistema de lentes e fontes de iluminação, fornece uma imagem geralmente invertida (de cima para baixo) e rebatida (da esquerda para a direita). Todo microscópio é composto de partes mecânicas e partes ópticas (observação e iluminação), que juntas nos permitem a observação detalhada de materiais em estudo. 3.1. Parte mecânica possui os seguintes componentes: 01. Pé ou Base: É uma base firme e pesada que se contínua por um braço, e pelo qual o microscópio pode ser erguido. Neste braço apóia-se o tubo que contém o sistema óptico de observação. 02. Tubo ou Canhão: No tubo encontra-se o sistema óptico de observação. Na parte superior temos a lente ocular e na parte inferior a lente objetiva. 03. Revólver: Encontra-se na parte inferior do tubo e é onde estão rosqueadas as lentes objetivas. Girando o revólver podemos mudar as objetivas de posição. 04. Platina: É uma pequena mesa que serve de apoio ao material a ser observado. Possui uma abertura central que permite a passagem dos raios luminosos. Na platina podemos encontrar duas presilhas destinadas a fixar a lâmina de vidro na posição desejada. 6 05. Charriot: As platinas fixas compensam geralmente sua imobilidade por meio de peças deslizantes, chamadas “conjunto Charriot”. Entre as garras do mesmo encaixa-se a lâmina com o objeto a ser observado. Pode ser deslocado para frente ou para trás, à direita ou à esquerda, sempre no mesmo plano. 06. Mecanismo de Focalização: Consiste de dois parafusos com comando externo bilateral. Parafuso Macrométrico: permite movimentos mais grosseiros da objetiva em direção a platina ou vice-versa. Parafuso Micrométrico: permite movimentos menores e mais delicados da objetiva em direção à platina ou vice-versa, para focalização complementar. Localiza-se próximo ao parafuso macrométrico ou adaptado sobre ele. Em certos microscópios, só existe um parafuso em lugar do macro e micrométrico. Parafuso Condensador: Também se situa na porção inferior da coluna, destinando-se a elevar ou abaixaro condensador. 3.2. Parte Óptica: A. Sistema Óptico de Observação: É constituído por um conjunto de lentes: 1. Oculares: As oculares são encaixadas na extremidade superior de tubo ou canhão. 2. Objetivas: As objetivas são engenhosos sistemas ópticos, construídos de 4 a 6 ou mesmo mais lentes cuidadosamente superpostas e coladas umas sobre as outras. Normalmente vamos encontrar 4 objetivas em cada microscópio, cada uma das quais permitindo um aumento diferente. a) Objetiva de menor aumento a seco (panorâmica) b) Objetiva de médio aumento a seco. c) Objetiva de maior aumento a seco. d) Objetiva de imersão em óleo Ampliação total ou aumento total do microscópio. Este valor é dado pelo produto do aumento da objetiva pelo aumento da ocular. Ambos os valores são gravados pelos fabricantes, de forma que na prática, basta multiplicarmos para sabermos a ampliação total. Observe a Tabela 1 abaixo como exemplo: 7 Tabela 1 – Aumento total do microscópio óptico. Ocular Objetiva Aumento Total 10 X 4 X 40 X 10 X 10 X 100 X 10 X 40 X 400 X 10 X 100 X 1.000 X B. Sistema Óptico de Iluminação é composto por: 1. Fonte Luminosa: Pode ser distante, como a luz solar, ou próxima como a luz de uma lâmpada. Os microscópios mais aperfeiçoados possuem uma lâmpada embutida. 2. Espelho: Quando for o caso a luz proveniente da fonte deverá ser dirigida ao sistema óptico de observação por meio de um espelho. O espelho deverá ser plano quando a fonte luminosa é distante, e côncavo quando a mesma é próxima. 3. Diafragma – Íris: Quando for conveniente, pode-se limitar parte dos raios, periféricos que chegam ao objeto. Para tanto o microscópio dispõe de um diafragma - íris que permite diminuir a abertura de entrada do feixe luminoso. 4. Condensador: É possível também aumentar a quantidade de luz que atravessa o objeto, tanto no caso da luz ser fraca, como no caso em que o aumento da objetiva exige raios mais intensos. Neste caso usa-se um dispositivo auxiliar – o condensador – que concentra os raios luminosos. 5. Filtros: Os filtros são discos de vidro coloridos ou recobertos com gelatina colorida que absorvem uma parte das radiações luminosas que atingem o objeto, permitindo usar faixas estreitas de luz, de comprimento de onda selecionado. 8 PREENCHA COM OS NOMES AS RESPECTIVAS PARTES DO MICROSCÓPIO ÓPTICO. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 9 Conceitos em Microscopia: Poder de Resolução (PR) – Capacidade de um sistema óptico de produzir uma imagem nítida. O olho humano tem poder de resolução de aproximadamente 100 µm, enquanto que os microscópios de luz comuns, em torno de 0,25 µm. Limite de Resolução (LR) – Refere-se a menor distância que deve existir entre dois pontos para que apareçam individualizados na imagem, ou seja, permaneçam nítidos (o LR já é determinado na fabricação do equipamento). Unidades de Medida Uma unidade de medida que nos é bastante familiar é o milímetro (mm). Se dividirmos o milímetro em 10 vezes (0,1 mm), estaremos abaixo do limite do poder de resolução do olho humano. Agora, dividindo-o em 1000 vezes (0,001 mm), teremos o equivalente a um micrômetro (1µm), unidade de medida que se encontra no poder de resolução do microscópio de luz. Embora possamos observar, com o microscópio de luz, uma variada gama de células e tecidos, a maioria das estruturas celulares é menor que o poder de resolução deste equipamento. Para estudá-las é necessária a utilização de microscópio mais potente, o microscópio eletrônico. Neste caso, se dividirmos um micrômetro em 1.000 partes (0,001 mm), isto equivaleria a um nanômetro (1 nm), unidade de medida que se encontra no poder de resolução do microscópio eletrônico. A Tabela 2 resume estas unidades de medida. Tabela 2 – Unidades de medidas frequentemente utilizadas em biologia celular. Unidade de Medida Símbolo Equivalência Milímetro mm 0,001 m (milésima parte do metro) Micrômetro µm 0,001 mm (milésima parte do milímetro) Nanômetro nm 0,001 µm (milésima parte do micrômetro) 4. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Microscópio óptico comum Letras recortadas do jornal Lâminas e lamínulas Água Papel filtro 10 5. PROCEDIMENTO Lâminas com letras: Recorte uma letra pequena de jornal. Coloque-a em uma lâmina na posição que você a lê. Coloque uma gota de água sobre a lâmina com auxilio de um conta gotas ou pipeta. Apóie a lamínula sobre a lâmina em ângulo de 45°. Encoste a borda da lamínula na borda da gota de água até que esta se espalhe pela primeira. Abaixe a lamínula vagarosamente, procurando evitar a formação de bolhas de ar. Retire o excesso de água encostando um pedaço de papel absorvente na borda externa da lamínula, na linha de contato entre esta e a lâmina. Coloque a lâmina pronta sobre a platina do microscópio, de modo a manter a letra na posição em que é lida por você; Focalize a letra. Observe a posição da letra, na imagem formada pelo microscópio com a objetiva de 4X e 10X; Desenhe o observado. Como Focalizar? Qualquer observação com o microscópio deve ser sempre iniciada com a objetiva de menor aumento. Não há exceção para esta regra. Iniciar um trabalho de microscopia com qualquer uma das outras objetivas constitui grave falta técnica. Execução: Põe-se a lâmina com a preparação sobre a platina, prendendo-a com as presilhas ou por entre as garras de charriot e “centra-se” a mesma até que a preparação esteja no foco de luz (observar por fora). Desce-se então o tubo pelo parafuso macrométrico, até que a lente frontal da objetiva o mais próximo possível da lâmina (observar sempre por fora). Só então se olha pela ocular e levanta-se vagarosamente o tubo, pelo mecanismo macrométrico, até que a imagem esteja no campo visual. Procede-se em seguida a focalização micrométrica, desejando-se ampliação maior basta engatar a objetiva seguinte e realizar se for o caso pequenos ajustes no micrométrico. Melhores contrastes podem ser obtidos com o uso do diafragma e do condensador, de acordo com a estrutura a ser observada. 11 Esquema do material observado: Letras 10x 40x 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: 6.1. Que diferenças você observou entre a posição das letras a olho nu e na imagem ao MO? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 6.2. Nas objetivas de diferentes aumentos, o que você notou quanto ao tamanho da imagem e quanto à área do campo de observação? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 6.3. Por que a lamínula deve estar sempre voltada para cima quando se observa o material ao microscópio? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 12 Roteiro de Aula Prática nº 02 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Citoquímica 2. INTRODUÇÃO A constituição química e a localização dos componentes celulares podem ser estudadas mediante técnicas especiais de coloração, denominadas técnicas citoquímicas. Nessas técnicas, a reação entre certos tipos de substâncias e os componentes celulares resulta em produtos detectáveis ao microscópio. Para que uma determinada técnica de coloração tenha valor citoquímico é necessário que: 1) a substância a ser identificada esteja imobilizada em sua localização original na célula; 2) o produto da reação seja insolúvel e colorido (ou eletrondenso) e 3) a reação seja específica para uma determinada substância ou grupamento químico. Abaixo descrição das principais técnicas de citoquímica. A. REAÇÃO DE FEULGEN É a reação mais conhecida e utilizada para determinações qualitativas e quantitativas de DNA in situ. Ela se baseia na exposição de grupamentos aldeídos na molécula de DNA, como resultado de uma hidrólise ácida. Em seguida, o DNA é evidenciado pelo tratamento com o reativo de Schiff. Antes da montagem da lâmina, o material é tratado com água sulfurosa para retirar o excesso de corante. B. REAÇÃO DE P.A.S. (Periodic Acid Schiff) Esta reação é usada para identificar açúcares neutros, envolvendo duas etapas. Na primeira, o polissacarrídeo neutro é submetido a uma oxidação pelo ácido periódico (H104). O ácido periódico oxida os grupos glicólicos (-OH) ligados a carbonos vizinhos, produzindo radicais aldeídos. A segunda etapa é caracterizada pela reação dos radicais aldeídicos com o reativo de Schiff que terá reconstituido o seu grupamento cromofórico, formando um produto insolúvel e de cor vermelho-violeta. Em células animais, a reação do P.A.S. é utilizada para a detecção de glicogênio, de glicoproteínas e de proteoglicanos (proteínas associadas a cadeias de carboidratos neutros). Em células vegetais esta reação é positiva para o amido, celulose, hemicelulose e pectinas. C. COLORAÇÃO DIFERENCIAL E CONTRA-COLORAÇÃO Como os diversos componentes celulares podem apresentar diferentes afinidades por diferentes tipos de corantes, pode-se empregar mais de um corante em um único procedimento de coloração. Quando se utiliza um corante específico para determinada estrutura celular, faz-se uma coloração diferencial, sendo que as demais estruturas podem ser coradas por meio de uma contra-coloração. A coloração diferencial é uma técnica citoquímica para um determinado componente celular. A contra-coloração é uma coloração inespecífica que evidencia estruturas celulares que podem ser tomadas como 13 referência. Um exemplo deste tipo de coloração pode ser observado em preparado de fígado, no qual os grânulos de glicogênio (citoplasmáticos) são corados pelo P.A.S. (coloração diferencial) enquanto que os núcleos são corados pela hematoxilina (contra-coloração). 3. PRÁTICA Identificação in situ de componentes celulares. OBJETIVOS Esta aula prática tem como objetivo demonstrar ao aluno como podemos identificar os componentes macromoleculares nas células e tecidos a partir de colorações ou testes citoquímicos. O aluno deverá, nesta parte da aula, compreender os mecanismos clássicos de reação citoquímica 3.1. PARTE I Princípios da Citoquímica O aluno deverá fazer em duas lâminas limpas um espalhamento de células da mucosa oral e, posteriormente, promover a fixação do material em solução de etanol- ácido acético (3:1), por 5 minutos. Após a lavagem da lâmina em álcool 70% e água corrente, o aluno deverá proceder da seguinte maneira: Acidofilia: Corar uma das lâminas processadas em solução de Xilydine Ponceau a pH 2,5. Lavar o material em água corrente. Colocar uma lamínula sobre o material e observar. Basofilia: Corar a outra lâmina em solução de Azul de Toluidina a pH 4,0. Lavar em água corrente. Colocar uma lamínula sobre o material e observar. **OBSERVE COM A LENTE OBJETIVA DE 40X Responda: 1. Quais os mecanismos citoquímicos que envolvem a reação de acidofilia e basofilia? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 14 2. Qual a finalidade de utilizar-se do etanol-ácido acético antes da coloração? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. Quais os elementos visualizados pelo Xilydine Ponceau? E pelo Azul de Toluidina? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Esquema do material observado: Células da mucosa bucal 3.2. PARTE II Azul de Toluidina Xilydine Ponceau núcleo citoplasma 15 Identificação de glicogênio (Polissacarídeo neutro) - Reação de P.A.S. Fígado de rato (Hepatócito) - Cortes corados por P.A.S.+ hematoxilina. O aluno deverá nesta lâmina visualizar os hepatócitos que contém glicogênio que é uma substância de reserva animal e encontra-se distribuído pelo citoplasma das células hepáticas na forma de grânulos Com a lente objetiva de 40X observe o corte de fígado submetido à reação de PAS e contracorado com hematoxilina e esquematize. Após a observação, responda às questões de 1 a 4. 1. Qual é a coloração apresentada pelo núcleo dessas células e qual o corante responsável por essa coloração? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2. Qual é o aspecto da coloração apresentada pelo citoplasma? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. A reação de P.A.S. é uma técnica citoquímica? Justifique. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 4. Qual é a finalidade do emprego da hematoxilina nessa coloração? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 16 Esquema do material observado: Hepatócitos corados com P.A.S.+ hematoxilina (coloração e contra-coloração) 17 Roteiro de Aula Prática nº 03 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Organização celular 2. CÉLULA PROCARIÓTICA 2.1. INTRODUÇÃO As células procarióticasapresentam os seguintes componentes: uma membrana de revestimento chamada membrana plasmática e apenas um compartimento interno, o citoplasma. O citoplasma é preenchido por uma substância homogênea denominada hialoplasma no qual se acham pequenos grânulos formados por RNA, denominados ribossomos, onde ocorre a síntese de proteínas e de enzimas e o cromossomo formado por DNA, geralmente preso a algum ponto da membrana plasmática, que ocupa um espaço denominado nucleóide. A célula procariótica não possui núcleo, de maneira que o cromossomo se encontra no citoplasma, mergulhado no hialoplasma. Além desses componentes, as bactérias, as rickettsias e cianofíceas possuem uma membrana externa chamada parede celular. 2.2. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Bactérias provindas de meio de cultura Microscópio de Luz Lâminas e Lamínulas Papel absorvente Conta-gotas ou pipeta Recipiente com água. Corante Azul de metileno 2.3. PROCEDIMENTO Coletar material da placa de Petri com um palito de dente e fazer um esfregaço sobre uma lâmina. Pingar uma gota de azul de metileno e/ou água. Colocar a lamínula, evitando a formação de bolhas; retire o excesso de corante com papel absorvente. Observe nas objetivas 4, 10 e 40X. Coloque óleo de imersão e observe na objetiva de 100X. Faça um esquema do material observado no aumento de 1000X. 18 Esquema do material observado: Bactérias 3. CÉLULA EUCARIÓTICA 3.1. ASSUNTO Observação de células eucarióticas de fungos filamentosos e leveduriformes 3.2. INTRODUÇÃO Os fungos filamentosos são organismos bem adaptados, possuem inúmeras espécies já identificadas e muitos são patógenos, causando muitas doenças em animais e plantas. Eles têm grande importância no equilíbrio do ecossistema e por essa razão não podem ser considerados exclusivamente patógenos. Eles possuem espécies sexuadas e assexuadas. Fixam-se em um substrato e formam grandes colônias através de suas hifas multinucleadas. Formam células especializadas em propagar sua espécie, os conídios ou esporos. Uma estrutura chamada conidióforo é responsável pela produção dos conídios. Os fungos unicelulares ou leveduriformes são de grande importância clinica e biotecnológica. São fungos utilizados nos diversos processos fermentativos como o da cerveja, vinho e pão. Outros fungos leveduriformes são de interesse médico e podemos citar as clamídias. 3.3. MATERIAIS E REAGENTES: Placa com colônias de fungos filamentosos 19 Saccharomyces cerevisae diluída em água e açúcar Lâminas e lamínulas Lamparina para coleta de fungos Alça de coleta Água 3.4. PROCEDIMENTO A coleta do fungo filamentoso se faz semelhante à coleta feita com os procariotos. Para as leveduras usar pipetas de Pasteur, pingar uma gota na lâmina, cobrir com a lamínula. Observar em objetivas de 4, 10, 40X. Observar hifas, conídios e um conidióforo (se houver) nos fungos filamentosos. Nas leveduras observar formato das células e células em brotamento. 20 Esquema do material observado Fungo filamentoso Saccharomyces serevisae 21 Roteiro de Aula Prática nº 04 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Organelas citoplasmáticas - Eletromicrografias Celulares 2. OBJETIVOS 1. Entender o funcionamento de um Microscópio Eletrônico 2. Analisar algumas eletromicrografias celulares 3. Distinguir a organização celular e as estruturas celulares após observação das micrografias 3. INTRODUÇÃO O Microscópio eletrônico (emprega feixe de elétrons) possibilitou a visualização de estruturas celulares não visíveis no microscópio óptico, porque seu poder resolutivo é muito maior. Os elétrons são produzidos graças ao aquecimento, no vácuo, de um filamento de tungstênio – o cátodo – que emite elétrons. Essas partículas são aceleradas devido a uma diferença de potencial de 60 a 100 kV existente entre o cátodo e o ânodo. Este último é uma placa perfurada no centro é só permite a passagem de parte dos elétrons, formando um feixe. Os elétrons passam por uma bobina ou lente magnética, também chamada de condensadora, que os dirige em feixe uniforme na direção do objeto. Após atravessar o objeto, onde muitos elétrons são desviados, o feixe passa por outra bobina, que corresponde à objetiva do microscópio óptico. Por fim, uma terceira bobina projeta os elétrons sobre uma tela fluorescente – onde elas formam uma imagem visível – ou sobre um filme fotográfico. Os elétrons desviados por certas estruturas da célula em estudo não contribuirão para formar a imagem. Essas estruturas aparecem escuras e são chamadas elétron-densas. Os componentes celulares que desviam uma pequena percentagem de elétrons aparecerão em diversas tonalidades de cinza. 22 A tela fluorescente em que a imagem se forma é uma placa revestida por ZnS (sulfeto de zinco), substância que emite luz ao ser excitada pelos elétrons. Na prática, as observações mais cuidadosas são efetuadas nas micrografias obtidas pela retirada da tela do trajeto dos elétrons, os quais incidiram sobre um filme fotográfico 4. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Serão utilizadas as micrografias obtidas do Laboratório de Microscopia da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. 5. PROCEDIMENTO Os alunos receberão as micrografias que deverão ser analisadas, desenhadas e caracterizadas. 23 Roteiro de Aula Prática nº 05 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Visão geral de células eucarióticas: vegetal e animal 2. OBJETIVOS: 1. Conhecer o material que deu origem ao termo “célula”, introduzido por Robert Hooke. 2. Conhecer e diferenciar a morfologia de uma célula eucariótica animal e uma célula vegetal. 3. Identificar que algumas células vegetais podem ser mortas na maturidade. 1. CÉLULAS DA CORTIÇA 1.1. INTRODUÇÃO A cortiça ou súber é um tecido vegetal formado por células mortas, que reveste externamente caules e raízes de plantas que crescem em espessura. A morte da célula é o resultado da deposição de suberina na parede celular, que sendo impermeável, bloqueia o transporte de água e nutrientes para a célula. A cortiça pode ter grande espessura, como ocorre no sobreiro (Quercus suber), árvore cultivada que fornece a cortiça comercial. 1.2. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Rolha de Cortiça Microscópio de Luz Lâminas e Lamínulas Papel absorvente Conta-gotas ou pipeta Recipiente com água Lâmina de Barbear ou Bisturi. 1.3. PROCEDIMENTO Pegar uma rolha de cortiça e cortar em fatias bem finas, com auxílio de uma lâmina de barbear ou bisturi; Colocar uma fatia na lâmina com uma gota de água; Iniciar a colocação da lamínula em posição de 45º, com relação à lâmina, e ir abaixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, evite a formação de bolhas de ar; Caso haja excesso de líquido, retirar com papel absorvente, para manter a 24 lamínula fixa; analisar ao microscópio, utilizando as objetivas de 4X, 10X e 40X; Esquematizar nos aumentos de 100X e 400X. Observar:paredes celulares suberificadas e espaço interno (o qual é preenchido enquanto a célula é viva). Esquema do material observado: Cortiça 2. CÉLULA EUCARIÓTICA VEGETAL (CEBOLA) 2.1. INTRODUÇÃO A célula vegetal apresenta algumas estruturas restritas, não compartilhadas com a célula animal. Estas são: parede celular, vacúolo de suco celular e plastos. A parede celular é constituída por fibrilas de celulose e uma matriz formada por hemicelulose, pectinas, glicoproteinas, água e por vezes, lignina. O vacúolo pode ocupar até 90% do volume celular e apresenta diversas funções, dentre estas participa do turgor celular e da rigidez do tecido. 2.2. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Bulbo de cebola (Allium cepa) Microscópio de Luz Lâminas e Lamínulas Papel absorvente Conta-gotas ou pipeta Recipiente com água Lâmina de Barbear ou Bisturi. 25 2.3. PROCEDIMENTO Retirar delicadamente um pedaço da epiderme do catafilo da cebola (preferência a parte interna). Distender suavemente o material coletado sobre a lâmina, com o auxílio de um pincel molhado em água. Pingar sobre o material distendido uma gota de água. Iniciar a colocação da lamínula em posição de 45º, com relação à lâmina, e ir abaixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, evite a formação de bolhas de ar; Caso haja excesso de líquido, retirar com papel absorvente, para manter a lamínula fixa; analisar ao microscópio, utilizando as objetivas de 4X, 10X e 40X; Esquematizar nos aumentos de 100X e 400X. Esquema do material observado: Cebola 3. CÉLULA EUCARIÓTICA ANIMAL (MUCOSA ORAL) 3.1. INTRODUÇÃO As células eucarióticas se caracterizam pela presença de um sistema interno de membranas, o sistema de endomembranas, que formam compartimentos funcionais no citoplasma celular. O sistema de endomembranas, oriundo evolutivamente de invaginações da membrana plasmática, compreende o envoltório nuclear, o retículo endoplasmático, o aparelho de Golgi, os lisossomos, e os endossomas. Nos compartimentos membranosos do citoplasma celular ocorrem vários processos núcleo citoplasma Parede celular 26 metabólicos específicos, funcionando como “pequenos órgãos”, as organelas citoplasmáticas. O envoltório nuclear delimita o compartimento nuclear, cujo principal componente é o material genético. Em microscopia de luz pode-se facilmente observar na célula eucarionte dois compartimentos: o núcleo, limitado pelo envoltório nuclear e o citoplasma, limitado pela membrana plasmática. 3.2. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Microscópio de luz Lâminas e lamínulas Papel absorvente Conta-gotas ou pipeta Cubeta para coloração Espátulas ou palitos de dente Corantes (hematoxilina, azul de metileno ou orceína acética e eosina) Solução de álcool: éter para limpeza do Microscópio Óleo de imersão 3.3. PROCEDIMENTO Fazer uma raspagem delicada da mucosa na região da língua ou da bochecha (de baixo para cima), com auxílio e uma espátula de madeira ou palito de dente; Fazer um pequeno e fino esfregaço, do material recolhido na espátula, sobre a lâmina; Deixar a lâmina secar; Colocar algumas gotas do corante azul de metileno ou orceína acética e deixar corar por 3 minutos; Iniciar a colocação da lamínula em posição de 45º com relação à lâmina e ir abaixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina evitando a formação de bolhas de ar; Caso haja excesso de líquido, retirar com papel absorvente, para manter a lamínula fixa; Analisar em aumentos crescentes, utilizando as objetivas de 4X, 10X, 40X e 100X; Esquematizar no aumento de 400X e 1.000X. 27 Esquema do material observado: Células da mucosa bucal coradas com azul de metileno 28 Roteiro de Aula Prática nº 06 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Influência da Temperatura e de diferentes solventes na Permeabilidade Celular 2. OBJETIVOS (LISTAR OS OBJETIVOS DA AULA): _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. INTRODUÇÃO A temperatura pode influenciar na maior ou menor passagem de substâncias através da membrana plasmática. Isto pode ser verificado através de experiências com variações de temperatura, em que ocorre aceleração ou diminuição da passagem dessas substâncias. Os diferentes tipos de solventes podem ocasionar diferentes comportamentos na membrana celular. 4. MATERIAIS E REAGENTES: Beterraba Termômetros Beckers Tubo de ensaio grande Papel absorvente Bisturi ou Faca Pinça Metanol Acetona Água Destilada Estante para tudo de ensaio Provetas de 50 ml 5. PROCEDIMENTOS 5.1. Procedimento I Corte tiras de beterraba de 4cm x 0,5cm x 0,5 cm. Lave bem, várias vezes até que a água não fique mais vermelha. 29 Prepare uma série de tubos de ensaio com 10 mL de água destilada com os seguintes rótulos: Geladeira, Controle, 80ºC. Coloque uma tira de beterraba nos dois primeiros tubos; coloque um deles na geladeira e anote a temperatura deste. Deixe o tubo controle no porta tubos e anote a temperatura ambiente. Para o terceiro tubo, aqueça a água em um Becker, até a temperatura indicada, coloque nesta água a tira de beterraba. Depois de meia hora agite bem os tubos de ensaio para espalhar o pigmento e retire as tiras de beterraba. Faça todas as observações necessárias. 5.2. Procedimento II Corte tiras de beterraba no tamanho estipulado no procedimento, lave bem, várias vezes até que a água não fique mais vermelha. Prepare uma série de tubos de ensaio com os seguintes rótulos: controle, metanol e acetona. No tubo controle colocar 10 mL de água destilada, no tubo metanol colocar 10mL de metanol e no tubo acetona colocar 10mL de acetona. Após as soluções estarem nos tubos de ensaio colocar um tira de beterraba em cada tubo. Depois de meia hora agite bem os tubos de ensaio para espalhar o pigmento e retire as tiras de beterraba. Faça todas as observações necessárias. Descreva o que ocorreu. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 30 Roteiro de Aula Prática nº 07 Data:___/___/___1. ASSUNTO: Transporte pela Membrana Plasmática – Osmose em célula animal e vegetal 2. OBJETIVOS 1. Mostrar que a diferença de concentração nas soluções promove o deslocamento de água (transporte) para fora ou para dentro da célula vegetal e animal. 2. Observar e diferenciar o processo de osmose nas células animais e vegetais. 3. Visualizar o fenômeno de plasmólise e deplasmólise. 3. INTRODUÇÃO O sangue é constituído por elementos celulares que circulam em um meio fluído, o plasma. No plasma ocorre também o transporte de nutrientes, hormônios, proteínas e metabólitos diversos. Dentre os elementos celulares, as células vermelhas (hemácias ou eritrócitos) são as mais abundantes 4,5 milhões por mL de sangue no homem, e 4 milhões na mulher. Possuem 6,5 a 8,5 µm de diâmetro, não apresentam núcleo e organelas citoplasmáticas, perdidas durante o processo de diferenciação celular. A sobrevivência média das hemácias no sangue circulante é de cerca de 120 dias. Seu formato bicôncavo é proporcionado pela presença de proteínas na membrana plasmática, que se conectam a proteínas, do citoesqueleto, capacitando o eritrócito a suportar a tensão na membrana plasmática na medida em que a célula atravessa os capilares sanguíneos. Será utilizado nesta prática o sangue para observação de osmose nas células animais. Com relação às células vegetais, quando se coloca uma célula vegetal em uma solução em que a quantidade de sal (soluto) for maior na solução do que na célula, a célula perderá água e o protoplasma, com o vacúolo, vai-se retraindo até separar-se da parede celular. Esse fenômeno é denominado plasmólise e o inverso, deplasmólise. 4. MATERIAIS: Microscópio de Luz Óleo de imersão Lâmina e Lamínulas Papel absorvente Solução de álcool: éter para limpeza do Microscópio Conta gotas ou pipeta 31 Recipiente com água Algodão Soluções de Cloreto de Sódio: NaCl 3% (hipertônica) Folhas de Tradescantia purpurea (Trapoeraba) 5. PROCEDIMENTO Pingar uma gota de sangue animal (disponibilizado em tubos de vidro com anticoagulante) em três lâminas limpas. 1. Em uma das lâminas, pingar uma gota de água, homogeneizar e colocar a lamínula, iniciando sua colocação em posição de 45º com relação à lâmina e ir abaixando lentamente até que a mesma fique totalmente sobre a lâmina, evitando a formação de bolhas de ar. 2. Em outra lâmina pingar uma gota de NaCl 3%, homogeneizar e colocar a lamínula como descrito anteriormente. 3. Analisar em aumentos crescentes, utilizando as objetivas de 4X, 10X, 40X e 100X. Esquematizar no aumento de 400X ou 1000X. 4. Realizar o mesmo procedimento com a parte abaxial de folhas de Tradescantia purpurea 32 Esquema do material observado: Sangue Sangue em água destilada Sangue em NaCl 3% Soluções do meio externo Isotônica (NaCl 0,9%) Hipotônica (Água destilada) Hipertônica (NaCl 3%) 33 Esquema do material observado: Tradescantia purpurea Tradescantia purpurea em água destilada Tradescantia purpúrea em NaCl 3% Ação do meio externo no comportamento dos estômatos Solução Hipotônica (Água destilada) O estômato ganha água. Solução Hipertônica (NaCl 3%) O estômato perde água 34 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS: 6.1. Como podemos explicar os resultados encontrados na lâmina que continha a solução de água? (célula animal e vegetal) _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 6.2. Como podemos explicar os resultados encontrados na lâmina que continha a solução de 3% de NaCl (célula animal e vegetal) _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 35 Roteiro de Aula Prática nº 08 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Citoesqueleto 2. OBJETIVOS (LISTAR OS OBJETIVOS DA AULA): _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. ETAPA I: Amostra de esperma Observação de flagelos 3.1. MATERIAIS E REAGENTES: Amostra de esperma Lâminas e lamínulas Pipetas Pasteur Papel absorvente Algodão 3.2. PROCEDIMENTO Prepare uma lâmina com uma gota de esperma. Observe a estrutura e a movimentação dos espermatozóides. Esquema do material observado: Espermatozóides 36 4. ETAPA II: Cultura de protozoário Observação de cílios e flagelos Inúmeros organismos unicelulares estão presentes no ecossistema. São organismos bem adaptados. Embora estes, sendo uma única célula possuem uma estrutura celular que lhe permite ter vida livre. Muitos organismos do Reino Protozoa são unicelulares. 4.1. MATERIAIS E REAGENTES: Amostra de água estagnada Lâminas e lamínulas Solução aquosa de Iodo ou Azul de metileno Pipetas Pasteur Papel absorvente Algodão 4.2. PROCEDIMENTO Colete com uma pipeta um pouco da amostra e coloque sobre a lâmina. A seguir pingue o corante vital, coloque pequenas fibras do algodão na amostra, leve ao microscópio em menor aumento até que possa passar para as lentes de maior aumento. Esquema do material observado: Protozoários 37 Os microrganismos estarão vivos e ativos, o que demanda habilidade para observá-los. Observar cílios, vacúolos, núcleo. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ **Com base na literatura consultada e no conteúdo apresentado na aula teórica, descreva outras funções do citoesqueleto: _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 38 Roteiro de Aula Prática nº 09 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Célula Vegetal 2. Amiloplastos de Solanum tuberosum. 2.1. MATERIAIS: Microscópio Batata inglesa Lâmina, lamínula e bisturi Água destilada Conta-gotas ou pipeta Corante Lugol. 2.2. PROCEDIMENTO Faça cortes finos (transparentes) no tubérculo da batata, coloque na lâmina com lugol e lamínula. Use a objetiva de menor aumento para obter a imagem ao M.O. Com a objetiva de maior aumento observe e desenhe duas ou três células intactas (parede celular) e contendo vários grãos de amido (amiloplasto). Esquema do material observado: Amiloplastos de batata inglesa 39 2.3. QUESTIONÁRIO A. Qual é a finalidade do Lugol nessa prática? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ B. Qual é a constituição do grão de amido? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ C. Qual é o papel do amido nas plantas? 3. Cloroplastos em Elodea sp. 3.1. MATERIAIS: Lâminas e lamínulas Pinça Folhas de Elodea sp. 3.2. PROCEDIMENTO Retire uma folha de Elodea sp. e coloque-a em uma lâmina com água, acrescente a lamínula. Observe ao microscópio. Observe os cloroplastos, sua composição e forma. As folhas, sendo muito finas podem ser facilmente observadas. Após intensificar a iluminação e com o passar do tempo, sob observação ao microscópio, ocorre variação no comportamento dos cloroplastos (ciclose). 40 Esquema do material observado: Cloroplastos de Elodea sp. 3.3. QUESTIONÁRIO A. O que você observou de diferente quando aumentou a intensidade luminosa? Descrever sobre o movimento de ciclose. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ B. O que pode ser observado na presença do lugol? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 4. Grânulos de Amido 4.1. PROCEDIMENTO Faça um ferimento no caule da planta denominada de coroa de cristo (Euphorbia milii) ou outra planta indicada pelo professor. Pingue uma gota do látex da planta na 41 lâmina. Em seguida, pingue uma gota lugol. Coloque a lamínula. Use a objetiva de menor aumento para obter a imagem ao M.O. Com a objetiva de 10 ou 40 X observe e desenhe os grânulos de amido em diferentes formatos. Esquema do material observado: Amiloplastos de Euphorbia milii 5. Plasmodesmos Estas estruturas permitem a passagem de líquidos, solutos e, possivelmente, macromoléculas, entre os citoplasmas das células vegetais. PRESENTE NA PAREDE CELULAR. 5.1. PROCEDIMENTO Retirar uma fatia bem fina da casca do pimentão com auxílio de uma lâmina de barbear; Transferir a fatia para uma lamina com algumas gotas de água. Colocar a lamínula e retirar o excesso de água se houver. Focalizar e analisar nas objetivas de 4X, 10X, 40X e 100X esquematizar no aumento de 1000X. 42 Esquema do material observado: Plasmodesmos de Pimentão 5.2. QUESTIONÁRIO A - Diferencie cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ B- A célula animal também apresenta plasmodesmos? Discuta. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 43 Roteiro de Aula Prática nº 10 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Imprint de fígado de boi - Núcleo e nucléolo 2. OBJETIVOS (LISTAR OS OBJETIVOS DA AULA): ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 3. INTRODUÇÃO: O núcleo tem como fundamental função abrigar o material genético de uma célula eucariótica. Ele atua como centro de controle do metabolismo celular onde se utiliza de vias de transcrição e tradução dos genes, produzindo desta forma diferentes proteínas. O núcleo em geral é único, mas algumas células apresentam mais de um núcleo e, função de sua atividade proteica, por exemplo: célula muscular esquelética, célula hepática e os osteoclastos do tecido ósseo. Ao microscópio de luz o núcleo tem contorno nítido e seu conteúdo se cora fortemente por corantes básicos. O nucléolo: é encontrado no núcleo de células eucarióticas e é constituído pelo segmento do DNA que contém os genes que codificam os RNAs e proteínas. O nucléolo é uma estrutura dinâmica, que se movimenta e altera seu volume dentro do núcleo. Podemos observar nucléolos na célula que está em interfase. Podemos usar o núcleo dos hepatócitos ou raiz de cebola (célula vegetal). 4. MATERIAIS E REAGENTES: Fígado de boi Lâminas e lamínulas Corante azul de metileno ou orceína Pipeta Óleo de imersão 5. PROCEDIMENTO Com uma lâmina tocar suavemente sobre a superfície do fígado, fazendo imprint de suas células. Deixar secar.Corar o material com o corante deixando agir por 5 minutos. Cobrir com a lamínula procedendo como já aprendido. Observar até aumento de 100X. 44 1. Observar células mononucleadas e binucleadas, procurar núcleos com nucléolos evidentes. Esquema do material observado: Hepatócitos corados com azul de metileno 45 Roteiro de Aula Prática nº 11 Data:___/___/___ 1. ASSUNTO: Divisão Celular - MITOSE 2. OBJETIVOS Analisar as células eucarióticas na interfase e na divisão: Caracterizar os fenômenos que ocorrem durante as fases da mitose. 3. INTRODUÇÃO Todos os organismos vivos são células ou agregados de células; e como unidades básicas da vida as células são altamente organizadas, capazes de efetuar seu metabolismo e reprodução independente. Assim, uma célula sempre surge de outra célula preexistente, pelo mecanismo de divisão celular. Uma vez formada, a célula apresenta um ciclo de vida, o ciclo celular, cuja duração varia de acordo com o seu tipo e o organismo. Durante um dos períodos do seu ciclo celular, denominado de interfase, a célula cresce e executa suas atividades metabólicas. Posteriormente, a própria célula se divide, formando duas novas células, as “células-filhas”. Este período da divisão celular finaliza o ciclo de vida da célula. As células filhas formadas podem iniciar um novo ciclo celular. A divisão celular é um fenômeno complexo e altamente regulado. Antes da célula se dividir ela deve duplicar seu DNA, de modo que as duas células filhas recebam a mesma informação genética que a “célula-mãe”. Esta divisão é conhecida como mitose, que em organismo unicelulares se confunde com a própria reprodução da espécie. Nos organismos pluricelulares, a mitose permite o crescimento e o desenvolvimento do organismo, que depende do crescimento e da multiplicação de suas células, atuando, também, nos fenômenos de reparação e renovação tecidual. Didaticamente, a mitose é dividida nas fases de prófase, metáfase, anáfase e telófase. Os melhores materiais para a observação da mitose são os tecidos em fase de crescimento, tais como as extremidades das raízes das plantas e os brotos das folhas. A região meristemática das raízes de cebola (Allium cepa) constitui um ótimo material para observação e reconhecimento das fases da mitose. 4. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES: Microscópio de luz. Lâminas permanentes 46 5. PROCEDIMENTO Observar as células nas diferentes fases do ciclo celular (interfase e divisão). Esquematizar. Intérfase Anáfase Metáfase Telófase Prófase 47 6. QUESTIONÁRIO 1 – Qual (is) critério (s) você utilizou para inferir, que determinadas células que estavam sendo visualizadas, estavam em: PRÓFASE: ______________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ METÁFASE: ____________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ ANÁFASE: ______________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ TELÓFASE: _____________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________
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