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artigo 121 ao 129

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Continuação do artigo 121§ 2º
Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Art. 121 § 3º - HOMICÍDIO CULPOSO
Noção: Ocorre quando o agente não queria causar a morte nem assumiu o risco de produzi-la, mas esta ocorre por sua imprudência, negligência ou imperícia. Há culpa em sua conduta.
Imprudência: É a conduta positiva, uma ação de um ato perigoso. Ex.: limpar arma carregada; dirigir em excesso de velocidade.
Negligência: É a conduta negativa. Ausência de uma precaução. Ex.: deixar arma ao alcance de uma criança e não vigiá-la; não dar manutenção em seu veículo.
Enquanto na negligência o sujeito deixa de fazer algo que a cautela impõe, na imprudência ele pratica ato que a cautela indica que não deveria Ter sido realizado. A imprudência é positiva. A negligência é negativa.
Imperícia. É a incapacidade ou falta de aptidão para o exercício de uma função. Ex: Age com imperícia empregado de firma de manutenção de elevadores que executa serviços sem capacidade técnica.
Elementos do homicídio culposo:
comportamento humano voluntário, positivo ou negativo.
descumprimento do cuidado objetivo necessário, manifestado pela imprudência, negligência ou imperícia;
previsibilidade objetiva pelo resultado;
inexistência de previsão pelo resultado;
morte involuntária.
Pena: detenção de um a três anos.
Ação: Pública incondicionada
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Art.121, § 4º, 1ª parte – CAUSA DE AUMENTO DE PENA NO HOMICÍDIO CULPOSO (1/3)
Referido artigo divide-se em duas partes:
Art. 121, § 4º,1ª parte: 
a) não observar regra técnica de profissão, arte ou ofício;
Ex.: médico que não esteriliza instrumento cirúrgico; dando causa a uma infecção que causa morte na vítima.
b) omitir socorro imediato
Apenas se aplica para àqueles que tenham agido com culpa e não tenham prestado imediato socorro. Se não agiu de forma culposa, responde por omissão de socorro 9art. 135, parágrafo único do CP)
não procurar diminuir as conseqüências do ato;
Ex.: Após atropelar a vítima, nega-se a transportá-la de um hospital para outro, depois de ter sido ela socorrida por terceiros.
fugir para evitar prisão em flagrante;
Normalmente é aplicada juntamente com a primeira hipótese (ausência de socorro à vítima). Todavia só é aplicada uma causa de aumento de pena, conforme determina o artigo 68 do CP, o qual prevê que em caso de duas exasperações de pena, o juiz se limitará a um só aumento.
Art. 121, § 4º, 2ª parte.
Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Art. 121, § 5º, PERDÃO JUDICIAL NO HOMICÍDIO CULPOSO
Noção: O juiz pode conceder o perdão judicial, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. É a punição do agente pelo destino. A lesão grave pode ser nele próprio.
No homicídio culposo, essa finalidade repressiva já foi atingida, pois a própria pessoa se reprime, sente-se culpada. Podendo o juiz deixar de aplicar a pena. 
As conseqüências a que se refere o § 5º podem ser: 
a) físicas (o agente também acaba sendo lesionado de forma grave) 
b) morais (dizem respeito à morte de familiares e pessoas ligadas por afinidades ao agente) 
OBS: Para o STF a sentença que concede o perdão tem natureza condenatória - afasta apenas o efeito principal da condenação e a reincidência, permanecendo os efeitos secundários. Para o STJ (súmula 18) tem natureza declaratória, afastando todos os efeitos da condenação. 
§ 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.       (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
ART. 122 - INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO
O suicídio que é a “deliberada destruição da própria vida”, ou a tentativa de suicídio não são consideradas condutas delitivas, mas a participação de terceiros em atos dessa natureza constituem fato punível. 
Noção: É a participação em suicídio. O direito penal não pune aquele que tenta o suicídio, mas pune quem induz, instiga ou auxilia o suicídio.
Suicídio: É a supressão voluntária e consciente da própria vida.
Bem jurídico tutelado - a vida humana.
Sujeito ativo: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, não requerendo nenhuma condição particular. 
Sujeito passivo  - pode ser qualquer ser humano vivo. Não obstante, é indispensável que se trate de pessoa determinada, ou determinável grupo de pessoas. 
Tipo objetivo: Induzir: é dar idéia de suicídio a alguém que ainda não tinha este pensamento. Ex.: líderes fanáticos que estimulam o suicídio em massa.
Instigar: é reforçar a intenção suicida já existente. Ex. Pessoa no alto de um prédio, prestes a se atirar de lá, e, ainda assim, passam a estimular, mediante gritos, que o suicida efetivamente salte.
Auxiliar: significa colaborar materialmente com a prática do suicídio, quer dando instruções, quer emprestando objetos(arma, veneno) para que a vítima se suicide. É chamado de participação material.
Consumação e tentativa:
A lei exclui o crime quando a vítima não tenta se matar, ou se tentando, sofre apenas lesões de natureza leve, já que para esses casos, não há previsão legal da pena..
Por isso o crime somente se consuma no momento da morte da vítima ou, no segundo caso, quando ela sofre lesões graves.
A tentativa que teoricamente seria possível não existe porque a lei só pune o crime quando há morte ou lesões graves e, nesses casos, o crime está consumado.
Conclui-se assim, que o crime do art. 122 não admite tentativa
Pena:  reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Art. 122 - § único – CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
O art. 122, parágrafo único, dispõe que a pena será aplicado em dobro quando:
O crime for praticado por motivo egoístico. ( para ficar com a herança da vítima; para ficar com seu cargo etc.)
2) A vítima for menor (1ª parte.) ( Deve Ter menos de 18 anos mas com alguma capacidade de resistência e discernimento, pois, se a vítima, em razão da pouca idade, é totalmente despida dessa capacidade, o crime a se reconhecer é o de homicídio.)
A vítima tiver diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência (2ª parte). Ocorre quando o agente se aproveita de uma situação de maior fragilidade da vítima para estimulá-la ao suicídio, como por exemplo, no caso de embriaguez, depressão etc. A capacidade deve estar diminuída, pois se reconhecer totalincapacidade o crime será de homicídio.
ART. 123 - INFANTICÍDIO
Noção: é crime semelhante ao homicídio, todavia entendeu o legislador que devesse se aplicar pena mais branda, por motivo fisiopsicológicos, já que a agente por estar sob influência do estado puerperal provoca a morte do próprio filho nascente ou recém nascido.
Estado puerperal: é uma perturbação psíquica que acomete grande parte das mulheres durante o fenômeno do parto e, ainda, algum tempo depois do nascimento da criança.
Objeto jurídico: A preservação da vida humana
Sujeito Ativo: só a mãe ( crime de mão própria)
Sujeito Passivo: O recém nascido ou o feto que está nascendo, não o feto sem vida própria, nem o abortado ou inviável.
Tipo Objetivo: O delito pode ser praticado por qualquer meio, mas deve ser cometido durante ou “logo após” o parto.
Tipo Subjetivo: dolo. A mãe deve estar sob influência do estado puerperal. Não há forma culposa.
Consumação: com a morte do nascente ou recém nascido.
Tentativa: é admissível
Pena: detenção de dois a seis anos
ABORTO
Noção: é a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto.
Classificação: O aborto classifica-se em:
a) natural. Interrupção espontânea da gravidez.
Acidental: Conseqüência de traumatismo, queda, acidentes em geral. Não constitui crime.
Criminoso. Previsto nos arts. 124 a 127 do Código Penal.
d) Legal ou permitido. Previsto no art. 128 do Código Penal.
ABORTO CRIMINOSO
Objeto jurídico: a preservação da vida humana
Sujeito ativo: No auto aborto ou consentimento (art. 124, só a gestante pode ser a agente, embora possa haver participação de terceiro . No aborto provocado por terceiros qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo.
Sujeito passivo: No auto aborto é o feto; no provocado por terceiro é o feto e a gestante.
Tipo objetivo: a ação de provocar
Tipo subjetivo: dolo. Não há forma culposa
Tentativa: admite-se em todas as modalidades de aborto criminoso
Consumação: Com a morte do feto. Mesmo no crime de consentimento para o aborto não bastará o mero consentimento para fim de consumação, exigindo-se, a toda evidência, a efetiva morte do feto para que o crime esteja consumado.
Art. 124- ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM
SEU CONSENTIMENTO
Possui duas modalidades:
1) Provocar aborto em si mesma (1ª parte). É a própria gestante quem pratica as manobras abortivas, quer por meios mecânicos, quer ingerindo medicamentos com essa finalidade.
2) consentir para que terceiro lhe provoque o aborto (2ª parte). Nessa hipótese, a gestante não pratica em si mesma o aborto, mas permite que terceira pessoa o faça. É o caso comum da gestante que procura um médico ou uma parteira e pede (e na maioria das vezes até paga) para que pratiquem o aborto. A terceira pessoa comete crime previsto no art. 126 do CP.
Sujeito Ativo: a gestante, em ambas as hipóteses.
Sujeito Passivo: o feto
Pena: detenção, de um a três anos
ART. 125 – ABORTO PROVOCADO SEM O CONSENTIMENTO DA
GESTANTE
Podem ocorrer duas hipóteses na caracterização desse crime:
a vítima efetivamente não deu o consentimento. Há a não concordância real (violência, grave ameaça, fraude)
a vítima consentiu, mas o consentimento não pôde ser considerado válido em razão de estar presente uma das hipóteses do art. 126, parágrafo único do Código Penal, acima mencionadas. Há a não concordância presumida (menor de quatorze anos, alienada ou débil mental.)
Sujeito ativo: O terceiro que pratica a manobra abortiva
Sujeito passivo: Neste caso, tanto o feto quanto a gestante.
Pena: reclusão, de três a dez anos 
Art. 126 ABORTO PROVOCADO COM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE
Noção: O caput do artigo presume a capacidade da gestante em consentir ( caso contrário é a figura do parágrafo único.
Sujeito ativo: É o terceiro que faz o aborto. 
Sujeito passivo: o feto.
Pena: reclusão de um a quatro anos
Art. 126 – PARÁGRAFO ÚNICO
Em certos casos mesmo que a gestante consinta, o terceiro responderá por crime de aborto SEM o consentimento dela, porque em tais casos o legislador entendeu que tal consentimento não pode ser considerado válido e, portanto, deve ser afastado. São estas as hipóteses:
se a gestante não é maior de 14 anos
se é alienada ou débil mental, de tal forma que lhe retire capacidade de entender o significado do aborto;
se o consentimento foi obtido com o emprego de violência, grave ameaça ou fraude.
Art. 127 – ABORTO QUALIFICADO
Este artigo apesar de conter a expressão “qualificada, em verdade prevê duas causas de aumento de pena.
Pena: Aumentada de um terço, se a lesão for grave, ou duplicada, se resultar a morte.
Art. 128 - ABORTO LEGAL
Há duas espécies de aborto legal. Ambas são causas especiais de exclusão de ilicitude.
Aborto necessário (inciso I). Possui dois requisitos:
a) deve ser praticado por médico;
b) não deve haver outro meio para salvar a vida da gestante.
Aborto sentimental.(inciso II). Possui três requisitos:
que seja realizado por médico;
que haja consentimento da gestante ou de seu responsável legal, caso ela seja incapaz.
	
Que a gravidez resulte de crime de estupro.
CAPÍTULO II DAS LESÕES CORPORAIS
As lesões corporais podem ser dolosas ou culposas. 
A lesão corporal dolosa subdivide-se em:
lesões leves;
lesões graves
lesões gravíssimas
lesões seguidas de morte
LESÕES CORPORAIS DOLOSAS
Lesões Leves art. 129 - caput
Conceito: Lesão Corporal é a ofensa a integridade física ou a ofensa à saúde da vítima.
Ofensa à integridade física : Qualquer alteração anatômica prejudicial ao corpo humano. Ex.: fraturas, cortes, escoriações, luxações, queimaduras, etc.
Equimose: Constitui lesão. (rouxidão decorrente de pequenos vasos sangüíneos sob a pele ou as mucosas.
Hematomas: são considerados lesões. É uma espécie de equimose com inchaço e, portanto, mais grave.
Eritemas: não constituem lesão corporal, já que se trata de mera vermelhidão passageira da pele.
Dor: A simples dor não constitui lesão.
Corte de cabelo: corte de cabelo sem autorização da vítima pode constituir; dependendo dos motivos, crime de lesões corporais ou injúria real (caso haja intenção de envergonhar a vítima)
b) Ofensa à saúde. Provocação de perturbações fisiológicas (vômitos, paralisia corporal momentânea, transmissão intencional de doença etc.) ou psicológicas.
Objeto Jurídico: A incolumidade da pessoa em sua integridade física e psíquica.
Tipo Subjetivo: o dolo. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa. Todavia não se pune a autolesão.
Consumação: com a efetiva ofensa à integridade física ou psíquica
Tentativa: é possível
Pena: Detenção, de três meses a um ano
ART. 129 - § 1 - Lesões Graves
Divisão: São quatro qualificadoras previstas no artigo 129, parágrafo 1º 
Art. 129 - § 1º
Inciso I – incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias
Atividade habitual: é qualquer ocupação rotineira, do dia –a- dia da vítima, como andar, trabalhar, praticar esportes etc. 
O Código de Processo Penal exige exame de corpo de delito complementar, a ser realizado após o trigésimo dia (art. 168, § 2º do CPP) 
Inciso II – Perigo de Vida:
Perigo de vida é a possibilidade grave e imediata de morte. Deve ser um perigo efetivo e concreto, comprovado por perícia. O laudo deve dizer em que ele consistiu, como por exemplo, que houve perigo de vida decorrente de grande perda de sangue, ferimento em órgão vital, de necessidade de cirurgia de emergência etc.
Inciso III – Debilidade permanente de membro ou função:
Debilidade é a redução da capacidade funcional.
Permanente: que a recuperação seja incerta e a eventual cessação incalculável. Não precisa ser perpétua.
Membros: são os apêndices do corpo: braços e pernas.
Sentidos: são os mecanismos sensoriais pelos quais percebemos o mundo exterior.Tato, olfato, paladar, visão e audição.
Função; é a atividade de um órgão ou aparelho do corpo humano. Função respiratória, circulatória, ou reprodutora etc.
Inciso IV Aceleração de Parto:
É a antecipação do nascimento, a saída do feto vivo, antes do prazo normal. Só é aplicável se o feto nasce com vida, pois, quando ocorre aborto, o agente responde por lesão gravíssima. O agente tem que saber que a mulher está grávida, pois se não sabe será lesão simples.
Pena: reclusão de um a cinco anos
Art. 129, § 2º - Lesão Corporal Gravíssima
No Código penal, não consta a expressão “gravíssima”, mas é tradicional na doutrina e jurisprudência.
Inciso I – Incapacidade permanente para o trabalho.
A expressão “trabalho’ costuma ser entendida no sentido genérico, ou seja qualquer tipo de labor, uma vez que se refere à palavra “trabalho” sem fazer ressalvas.
Inciso II – Enfermidade incurável.
É a transmissão permanente de saúde por processo patológico, a transmissão intencional de uma doença para a qual não existe cura no estágio atual da medicina. A enfermidade também é considerada incurável se a cura somente é possível através de cirurgia, posto que ninguém é obrigado a se submeter a processo cirúrgico.
Inciso III – Perda ou inutilização de membro, sentido ou função
A perda pode se dar por mutilação ou por amputação. 
Na inutilização, o membro ainda, que parcialmente, continua ligado ao corpo da vítima, mas incapacitado de realizar suas atividades.
Inciso IV – Deformidade permanente
É o dano estético, de certo monta, permanente, visível e capaz de provocar impressão vexatória.
Inciso V - Aborto
O agente deve saber que a vítima está grávida. O evento do aborto deve ser resultado, ao menos, de culpa do agente ( vide Código Penal art. 19). A ignorância do agente quanto à gravidez é erro de tipo que afasta a qualificadora.
Pena: reclusão, de dois a oito anos
Art. 129, § 3º - Lesão Corporal seguida de Morte
Conceito: É o também chamado homicídio preterdoloso ou preterintencional. O agente quer apenas lesionar a vítima e acaba provocando sua morte de forma não intencional, mas culposa.
Pena: reclusão de quatro a doze anos
Art. 129 § 4º Forma Privilegiada
Aplicam-se aqui todos os comentários feito em relação ao homicídio privilegiado
Hipóteses legais: 
motivo de relevante valor social ( interesse da coletividade; por ex.: lesionar traidor da pátria; etc) 
motivo de relevante valor moral (refere-se a sentimento pessoal do agente)
sob o domínio da violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação. 
Redução de pena: um sexto a um terço
Art. 129 § 5º Substituição de Pena
Não sendo graves as lesões, o juiz pode substituir a pena de detenção pela de multa:
I – se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior.
Assim o juiz em se tratando de lesões leves, o juiz tem duas opções, nas hipóteses de relevante valor social, moral ou de violenta emoção. Pode reduzir a pena de um sexto a um terço (§ 4º) ou substituí-la por multa (§ 5º).
Art. 129 § 6º Lesões Corporais Culposas
Segue os mesmos parâmetros do homicídio culposo, só diferenciando pelo resultado, já que neste caso a vítima não morre.
Nas lesões culposas, ao contrário das dolosas, não há distinção no que tange à gravidade das lesões. O crime será sempre o mesmo (lesões culposas) e a gravidade somente será levada em consideração por ocasião da fixação da pena-base (art. 59 do CP)
Pena: detenção de dois meses a um ano.
Ação penal: pública condicionada (art. 88 da Lei 9099/95)
Art. 129 § 7º Causas de Aumento de pena
As mesmas hipóteses do artigo 121 § 4º e 6º, ou seja:
Nas lesões culposas: (aumento de um terço) se:
a) não observar regra técnica de profissão, arte ou ofício;
Ex.: médico que não esteriliza instrumento cirúrgico; dando causa a uma infecção que causa lesões na vítima.
b)omitir socorro imediato;
Apenas se aplica para àqueles que tenham agido com culpa e não tenham prestado imediato socorro. Se não agiu de forma culposa, responde por omissão de socorro (art. 135, parágrafo único do CP) 
não procurar diminuir as conseqüências do ato;
Ex.: Após atropelar a vítima, nega-se a transportá-la de um hospital para outro, depois de ter sido ela socorrida por terceiros.
fugir para evitar prisão em flagrante;
Normalmente é aplicada juntamente com a primeira hipótese (ausência de socorro à vítima). Todavia só é aplicada uma causa de aumento de pena, conforme determina o artigo 68 do CP, o qual prevê que em caso de duas exasperações de pena, o juiz se limitará a um só aumento.
No caso de lesões dolosas: (aumento de um terço) 
Com redação dada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelece que a pena de lesão corporal dolosa, de qualquer natureza, sofrerá acréscimo de um terço se a vítima é menor de 14 anos.
Art. 129 § 8º Perdão Judicial
Casos: Iguais aos do art. 121 § 5º, do CP.
Violência Doméstica
Artigo 129 § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
Artigo 129 § 10 º Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
Artigo 129 § 11º. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
Artigo 129 § 12º Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços

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