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DIREITO CIVIL II CONTRATOS Professor: Cristiano Morais cristiano.morais.rodrigues@gmail.com AULA 02 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO Professor Cristiano Morais Professor Cristiano Morais FATOS JURÍDICOS FATOS NATURAIS Efeitos Jurídicos ATOS JURÍDICOS Atos humanos ATOS LÍCITOS ATOS ILÍCITOS Meramente Lícitos NEGÓCIOS JURÍDICOS ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO NEGÓCIOS JURÍDICOS Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO NO DIREITO ROMANO. 1 – Contrato; 2 – Quase contrato → gestão de negócios; 3 – Delito → ato ilícito doloso; 4 – Quase delito → ato ilícito culposo. C/C 2002 1 – Contratos 2 – Declarações Unilaterais de Vontade (promessa de recompensa, gestão de negócios, pagamento indevido e enriquecimento sem causa). 3 – Os atos ilícitos FONTES DAS OBRIGAÇÕES Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO A OBRIGAÇÃO PODE RESULTAR: Da vontade do Estado → Lei (fonte imediata) Ex. obrigação de prestar alimentos e de reparar dano. (Sílvio Rodrigues) Por vontade humana → contrato, declaração unilateral de vontade e prática de ato ilícito. (fontes mediatas) Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO HISTÓRIA DO CONTRATO Contrato no Código Francês (século XIX) → O contrato é instrumento para aquisição direta da propriedade e, por si só, é suficiente para essa aquisição. “Art. 1.134 do Código Francês – As convenções feitas nos contratos formam para as partes uma regra à qual devem se submeter como a própria lei.” Contrato no Código Civil Alemão → contrato é uma subespécie de uma espécie maior, que é o negócio jurídico e por si só, não transfere a propriedade. É veículo de transferência mas não a opera. *Sistema adotado pelo Código Civil brasileiro em vigor. Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO NEGÓCIO JURÍDICO → É todo ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Exemplos: Contrato, testamento, etc. Contrato → é negócio jurídico no mínimo bilateral. Testamento → negócio jurídico unilateral. Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS Pontes de Miranda -Teoria Ponteana EVE Plano da Existência Plano da Validade Plano da Eficácia Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO NEGÓCIO JURÍDICO – ELEMENTOS ESTRUTURAIS Escada Ponteana Plano da Existência Agente Vontade Objeto forma Plano da Validade - Capacidade (agente) - Liberdade (vontade) - Licitude e possibilidade do Objeto - Forma prescrita ou não defesa em lei Plano da Eficácia - Termo - Condição - modo ou encargo Inválido Nulo ou Anulável Professor Cristiano Morais ATOS JURÍDICOS, NEGÓCIOS JURÍDICOS E CONTRATO FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO → É veículo de circulação da riqueza, centro da vida dos negócios e propulsor da expansão capitalista. Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL AUTONOMIA DA VONTADE → significa a ampla liberdade de contratar, não cabendo ao Estado qualquer interferência. As partes podem faz uso dos modelos contratuais típicos ou criarem uma modalidade de contrato de acordo com suas necessidades (contratos atípicos). Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.CC Exemplo de contrato típico → compra e venda, empreitada. Exemplo de contrato atípico → contrato de publicidade, hospedagem, etc. Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA → limita a autonomia da vontade, dando prevalência ao direito público com o fim de restabelecer e assegurar a igualdade dos contratantes. Ex. Lei da Usura, Código de Defesa do Consumidor, etc. Decreto 22.626 (Lei da Usura) - Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal. Taxa legal Doutrina: 1% ao mês (CTN) STJ: taxa SELIC ( variável) Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS Representa a força vinculante das convenções e tem por fundamentos a necessidade de segurança nos negócios e a intangibilidade ou imutabilidade do contrato, decorrente da convicção de que o acordo de vontades faz lei entre as partes (pacta sunt servanda), não podendo ser alterado nem pelo juiz. Qualquer alteração deverá ter anuência bilateral. Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DOS CONTRATOS Os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestam a sua vontade, não afetando terceiros. Exceção: é permitido estipulação em favor de terceiro (seguros de vida e convenções coletivas de trabalho). Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL PRINCÍPIO DA BOA FÉ Exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas, como também durante a formação e cumprimento do contrato. Recomenda-se que o juiz presuma a boa-fé, devendo a má- fé, ao contrário, ser provada por quem a alega. (CC/2002) Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL CONTRATO DE ADESÃO É o contrato que se apresenta com todas as cláusulas predispostas por uma das partes. A outra parte, o aderente, somente tem a alternativa de aceitar ou repelir o contrato. “Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.” Professor Cristiano Morais PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL PACTA CORVINA → São aqueles negócios capazes de levantar no coração de uma das partes, ou de ambas, um anseio pela morte da outra ou de um terceiro. A analogia que se faz é exatamente com relação aos hábitos alimentares do corvo (animais mortos) e o objeto do contrato (herança de pessoa viva). Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. (CC 2002) Professor Cristiano Morais NOTÍCIA JURÍDICA Advogado que perdeu prazo deve reparar dano causado a cliente Embora não tenha a obrigação de ganhar a causa que assume, um advogado deve empenhar-se no atendimento daquele que o contrata. Baseada nessa conclusão, a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou E.H.F.R., que deixou de recorrer no prazo contra uma decisão desfavorável a seu cliente J.R.L.K., a pagar-lhe indenização de R$ 10 mil por danos morais. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18
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