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Conceitos iniciais 1 semana

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A partir da leitura realizada e das videoaulas, descreva as teorias de currículo ao longo do século XX e início do século XXI e apresente ao menos duas justificativas para as transformações conceituais.
	Antes de iniciar a descrição em relação às teorias do currículo ao longo dos séculos XX e XXI, tratarei de explicar o que é currículo e quando ele surge. O termo currículo vem do latim curriculum, que significa percurso ou lugar que percorre, e nesse sentido de percorrer, temos o currículo educacional, que tem o tocante de percorrer e programar o currículo do Sistema Educacional, aquilo que será programado a se ensinar dentro da formação escolar do educando. Nesse sentido o termo currículo foi utilizado pela primeira vez no âmbito escolar durante a Reforma Protestante, século XVI, ele surge no meio acadêmico universitário com o objetivo de controlar o processo educacional dando sentido a formalização da eficiência do ensino.
	Durante o decorrer da história surgiram diferentes teorias de currículo, que foram surgindo conforme o contexto histórico vigente.
	Durante o século XX aparece a ideia de disciplina oferecida dentro do âmbito universitário enquanto nesse período surge a ideia de matéria, essa apresentada dentro das salas de aula, na educação básica, como matemática, geografia, entre outras, nesse mesmo contexto temos a consolidação dos saberes acadêmicos, o qual consiste a sua veracidade através de métodos científicos.
	Dentro desse contexto, temos novos conceitos, o currículo deixa de ser disciplinar, ele passa a ser o documento prescrito que passa a orientar aquilo que irá acontecer dentro da escola. Porém alguns estudos apresentam que existe a diferença entre currículo prescrito e currículo ativo (aquilo que o professor trabalha de fato dentro da sala de aula).
	Surge o conceito transposição didática, que é a transformação do conhecimento acadêmico para o conhecimento da matéria, o autor Chevallard, quando cria esse conceito ele ajuda a entender o que acontece na disciplina e na escola. Dentro das escolas devemos ter excelentes professores de matemática, língua portuguesa entre outros e não cientistas dentro da educação básica, pois eles são professores e não cientistas.
	Analisando o século XX nos deparamos com as Teorias Tradicionais, conceito o qual surge para atender a nova necessidade vigente nos Estados Unidos, que ocorre devido à massificação da escolarização em decorrência do processo de industrialização e ao movimento migratório, caracterizada por um período em que a educação fosse baseada nos padrões fabris tanto no tocante que se refere a sua organização quanto ao funcionamento, usando como referência os estudos de Bobbitt, o qual propõe inserir dentro da educação o modelo proposto Frederick Winsonw Taylor, concorrendo com as ideias de John Dewey (fundador da Escola Nova), ele pregava uma educação que propiciasse à criança condições de resolver por si própria seus problemas, para ele a experiência pessoal era principal, enfim para Dewey as experiências e os interesses das crianças e dos jovens fossem considerados no currículo e que a educação se pautasse em princípios democráticos. O modelo proposto por Bobbitt foi concretizado com Ralph Tyler, em que o currículo era uma questão técnica centrado em questões de organização e desenvolvimento. Enfim, tanto para Bobbitt quanto para Tyler o currículo baseia-se em uma atividade técnica, burocrática e administrativa, caracterizando as Teorias Tradicionais.
	Devido a intensos protestos e movimentos, a partir da década de 60, realizados por movimentos sociais e culturais em prol de melhores condições de vida e garantia de direitos a população, surgem estudiosos que questionam as Teorias Tradicionais até então vigente no período, destacando nesse período o grande estudioso e pedagogo brasileiro Paulo Freire, temos então, as Teorias Críticas a qual se opões as Teorias Tradicionais, nas Teorias Críticas ocorre a defesa na transformação social. Para as teorias críticas, o currículo não é neutro, já que toda teoria está baseada nas relações de poder, isto está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desigualdade social que fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de aprender habilidades das classes dominantes, percebe o currículo como um campo que prega a liberdade e um espaço cultural e social de luta, o currículo é político e resultado de um processo de construção social e histórica. Nesse ponto o sujeito do currículo é a pessoa, o currículo passa a ser um elemento estruturante da instituição escolar, conclui-se que o currículo é constituído pelos conhecimentos científicos e por todas as organizações, relações e atividades desenvolvidas no âmbito escolar.
	Transitando o fim do século XX e início do século XXI encontramos a Teoria pós-crítica, a qual criticou duramente as teorias tradicionais, colocando a questão além das classes sociais, focando no sujeito, a partir de agora era preciso compreender não apenas a realidade social dos indivíduos, mas sim os estigmas étnicos e culturais, tais como o gênero, a orientação sexual e todos os elementos próprios das diferenças entre as pessoas, sendo preciso estabelecer o combate à opressão de grupos marginalizados e lutar por sua inclusão no meio social, a teoria pós-crítica não se limitam às relações de poder que envolvem o currículo ao Estado ou às relações econômicas do capitalismo, incluem e evidenciam os processos de dominação centrados na raça, na etnia e na sexualidade, a teoria pós-crítica junta com as teorias críticas se completam.
	Conclui-se que a partir do século XX tivemos 3 Teorias do Currículo: a Tradicional, a Crítica e a Pós-Crítica, a justificativa para o surgimento e transição dessas teorias foi a necessidade de uma escola que atendesse a massificação das fábricas com a Teoria Tradicional e a transição desta para a Teoria Crítica foi justificado pela organização de movimentos sociais e a Teoria Pós-Crítica vem complementar a Teoria Crítica.

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