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Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS (O. S. M.) 2 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Organização, Sistemas e Métodos. O estudo de Organização, Sistemas e Métodos é muito vasto e com diversas correntes, que associam esta disciplina à Tecnologia de Informações, aos Métodos Produtivos, às Medidas de Desempenho, ao Desenvolvimento Organizacional, e à Gestão de Processos Produtivos e Empresariais. Organização, Sistemas e Métodos é uma atividade administrativa voltada para a obtenção da melhor produtividade possível dos Recursos Humanos (RH), Recursos Materiais (RM), e Recursos Tecnológicos (RT), através de técnicas científicas que envolvem os aspectos comportamentais e instrumentais, no ambiente interno ou externo da empresa. Na atualidade, analisa-se o homem como peça fundamental do processo, estuda-se o comportamento das funções e o comportamento do indivíduo. Assim, as normas ou métodos de trabalho deixam de ser trilhos rígidos e passam a ser trilhas orientadoras. Abre-se espaço para a criatividade e para as metas desafiadoras, jogando-se com estes mecanismos motivacionais para o atingimento dos propósitos da Organização, aliado ao desenvolvimento pessoal e profissional dos empregados. Atualmente é considerado o ideal que os sistemas sejam desenvolvidos "pelas" várias unidades organizacionais usuárias, sob a atuação efetiva do princípio sistêmico da área de Sistemas, Organização e Métodos. Organização, Sistemas e Métodos é usada no âmbito geral como uma função de diagnosticar males administrativos e depois os cura. Isto, é claro, tem uma importância primordial, mas a analogia suporta, ainda, maior ampliação, à medida que a unidade de OSM, tal como a prática médica, se ocupa tanto da prevenção como da cura. Assim, em algumas organizações, a unidade de OSM existe como um serviço de permanente revisão crítica de áreas administrativas inteiras. Essa crítica revelará "problemas", sem dúvida, mas dedicará seu tempo a preparar a administração para fazer face a condições e requisitos que são frequentemente alterados, a examinar funções que estão operando satisfatoriamente mas necessitam de uma reorientação para o futuro. 3 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos A unidade de OSM também pode ser chamada a estabelecer uma função inteiramente nova e o trabalho será consideravelmente mais fácil. 1) CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO. Antes de discorrer sobre este assunto, precisa-se identificar conceito de organização, apesar de seu extenso entendimento e diferentes definições, ou ao menos conceber uma linha que se contextualize neste estudo. Pode-se dizer que: “Todas as organizações possuem um papel que é o de servir uma sociedade”. As organizações são entidades dinâmicas e altamente complexas, que podem ser conceituadas de algumas diversas maneiras. A conceituação mais comum é que: “Uma organização é definida como duas ou mais pessoas trabalhando juntas cooperativamente dentro de limites identificáveis, para alcançar um objetivo ou meta comum”. Daí a razão de uma organização estar em constante construção, fortalecendo um entendimento ideológico de ser uma reunião de comportamentos, um sistema de comportamentos sociais interligados por participantes de uma organização. Considerando como instrumentos vitais de uma sociedade, dizem que as organizações se caracterizam por um comportamento voltado para uma determinada meta. Adiantam, ainda, que além de instrumentos, criam ambientes que influenciam a vida de todos nós, com enorme influência sobre o comportamento. As organizações são feitas de pessoas, ainda que isso pareça óbvio e simplista para o entendimento e apreciação do componente humano, é importante por causa da complexibilidade dos relacionamentos sociais e da variabilidade ou diversidade dos seres humanos. 4 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos O componente humano faz das organizações um dos sistemas mais complexos e apresenta aos pesquisadores organizacionais e de administração o seu mais crítico desafio. Quando pessoas trabalham juntas, um número de coisas se torna necessário. Precisa-se dividir o trabalho entre as pessoas e precisa-se procurar pessoas com habilidades ou conhecimento. As organizações devem ter limites, delimitações, que parecem simples de definir, mas que de fato não são. Os limites se referem à ênfase do que as pessoas e membros podem e devem fazer na organização. Importante enfatizar outro fator, de que uma organização determine quais as atividades deverão ser experimentadas e quais devem ser deixadas para outras organizações externas, as organizações estão compreendendo que produtos e serviços de qualidade são uma necessidade (obrigação) se elas querem se manter competitivas num mercado global. O termo Organização frequentemente tem sido empregado como sinônimo de arrumação, ordenação, eficiência, porém, em O. S. M. (Organização, Sistemas e Métodos) ORGANIZAÇÃO deve ser entendida não apenas como o quadro estrutural de cargos definidos por: - Respectivos títulos; - Atribuições básicas; - Responsabilidades; - Relações formais; - Nível de autoridade; - Aspectos culturais. Nestes termos, pode-se definir como função básica de Organização, o estudo cuidadoso da estrutura organizacional da empresa para que esta seja bem definida e possa atender as necessidades reais e os objetivos estabelecidos de forma integrada com a organização informal e as estratégias estabelecidas na empresa. 1.1) ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS. Estrutura Organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. 5 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Podemos dizer que Organização é a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados previamente estabelecidos. Conclui-se, pois que a organização, como função administrativa, faz parte da organização como entidade social. Em outras palavras: dentro da empresa, como organização social, executa-se a função organização com as seguintes responsabilidades: - Construir a estrutura organizacional; - Elaborar normas, regras e procedimentos em todas as áreas da empresa, seja no relacionamento entre as pessoas de dentro da empresa, seja no relacionamento externo com outras pessoas e/ou entidades externas, bem como definir recompensas e sanções de acordo com a observância dessas regras regulamentos e procedimentos; - Identificar as tarefas necessárias; - Distribuir funções, responsabilidades autoridades de acordo com a hierarquia da empresas; - Fornecer informações, recursos e retro-informações aos empregados; - Elaborar medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; - Estabelecer condições motivadoras.Tendo como princípios: - Deve ser delineado de acordo com os objetivos e estratégias estabelecidos pela empresa; - É uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa. Conceito de estrutura organizacional: “Organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos”. “Estrutura organizacional: Forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas”. 6 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos “Estrutura Organizacional é o conjunto de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades estratégicas, táticas e operacionais de uma empresa.” Funções dos executivos: O executivo tem a função de organizar toda a empresa para o seu perfeito funcionamento, além disso, quatro outras funções básicas fazem parte da sua vida. São elas: - Planejamento da empresa – objetivos esperados; - Direção da empresa – orientação, coordenação, motivação, liderança das atividades; - Controle da empresa – acompanhamento, controle, avaliação dos resultados; - Organização – ordem nas coisas. CONTROLE DIREÇÃO ORGANIZAÇÃO PLANEJAMENTO EMPRESA 7 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Benefícios de uma estrutura adequada: - Identificação das tarefas necessárias; - Organização das funções e responsabilidades; - Informações, recursos, e feedback aos empregados; - Medidas de desempenho compatíveis com os objetivos; - Condições motivadoras. Toda empresa possui dois tipos de estrutura: Formal e informal. 1.1.1) ESTRUTURA FORMAL. É aquela oficialmente definida na empresa com todas as formalidades e padrões vigentes quanto á forma de preparação e divulgação de normas a respeito. Será encontrada: - Ênfase a posições em termos de autoridades e responsabilidades; - É estável; - Está sujeita a controle; - Está na estrutura; - Líder formal; - Em simples comunicados; - Instruções; - Manuais de Procedimentos ou Organização; - Forma Gráfica: ORGANOGRAMA; - Forma Descritiva: DESCRIÇÃO DE CARGOS. Embora necessária e tantas vezes desejada, a estrutura formal poderá não ser adequada em determinadas empresas, e mesmo sendo adequada terá que conviver com a Estrutura Informal. 1.1.2) ESTRUTURA INFORMAL. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que usualmente não aparecem no organograma. São relacionamentos não-documentados e não-reconhecidos oficialmente entre os membros de uma organização que surgem inevitavelmente em decorrência das necessidades pessoais e grupais dos empregados. 8 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Os funcionários das empresas pertencem automaticamente e inevitavelmente à vida informal das mesmas. - Está nas pessoas; - Sempre existirão; - A autoridade flui na maioria das vezes na horizontal; - É instável; - Não está sujeita a controle; - Está sujeita aos sentimentos; - Líder informal; - Desenvolve sistemas e canais de comunicação; - Entendimentos extra-estruturais; - Conceitos alheios às normas; - Desentendimentos; - Eventuais conflitos; - Lideranças naturais; - Amizades e ações benéficas ou prejudiciais à empresa. Na maioria dos casos, é dada liberdade total para a organização informal, mas isto é perigoso e não tem razão de ser, porque é administrável e direcionável positivamente. Exemplo de Sucesso: “Empresas que estão praticando com critérios claros e de comum acordo, a participação de funcionários na gestão e nos lucros”. Nestes casos ocorre: - Transparência; - Lealdade; - Sentido colaboracionista. Vantagens da estrutura informal: - Proporciona maior rapidez no processo; - Complementa e estrutura formal; - Reduz a carga de comunicação dos chefes; - Motiva e integra as pessoas na empresa. 9 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Desvantagens da estrutura informal: - Desconhecimento das chefias; - Dificuldade de controle; - Possibilidade de atritos entre pessoas. Fatores que condicionam o aparecimento da estrutura informal: - Interesses comuns; - Interação provocada pela própria estrutura formal; - Defeitos na estrutura formal; - Flutuação do pessoal dentro da empresa; - Períodos de lazer; - Disputa do poder. A estrutura informal será bem utilizada quando: - Os objetivos da empresa forem idênticos aos objetivos dos indivíduos; - Existir habilidade das pessoas em lidar com a estrutura informal. “O executivo inteligente e esperto é o que sabe utilizar a estrutura informal da empresa”. 1.2) ORGANIZAÇÃO – ATIVIDADES DE O. S. M. - Projetar a criação, união ou eliminação de unidades, bem como acompanhar a respectiva execução; - Descrever e definir o objetivo e as funções de cada uma das unidades empresariais; - Divulgar, nos níveis competentes, os trabalhos desenvolvidos em OSM; - Implantar e acompanhar in loco os trabalhos desenvolvidos por OSM; - Elaborar, emitir e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários; - Estudar os ciclos organizacionais; - Analisar as alternativas de ação para promover a maturidade organizacional; - Avaliar impactos ou desgastes provenientes das ações e dos ciclos; - Estruturar as formas e necessidades de treinamento de pessoal visando o desenvolvimento. 10 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos 1.3) ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. “Estrutura organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa”. Delineamento da estrutura é a atividade que tem por objetivo criar uma estrutura para uma empresa ou então aprimorar a existente. Naturalmente, a estrutura organizacional não é estática, o que poderia ser deduzido a partir de um estudo simples de sua representação gráfica: O ORGANOGRAMA. A estrutura organizacional é bastante dinâmica, principalmente quando são considerados os seus aspectos informais provenientes da caracterização das pessoas que fazem parte de seu esquema: - Não é estática; - É representada graficamente pelo organograma; - É dinâmica; - Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais; (Delinear = Criar, aprimorar). - Deve ser planejada. A estrutura organizacional deve ser delineada, considerando as funções de administração como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos. O planejamento organizacional deveria estar voltado para os seguintes objetivos: - Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas; - Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua responsabilidadea pessoas ou grupos, isto é, organizar funções e responsabilidades; Proporcionar aos empregados de todos os níveis: - Informação e outros recursos necessários para trabalhar de maneira tão eficaz quanto possível, incluindo feedback sobre o seu desempenho real; 11 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Medidas de desempenho que sejam compatíveis com os objetivos e metas empresariais; - Motivação para desempenhar tão bem quanto possível. 1.4) METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. No desenvolvimento de uma estrutura organizacional devem-se considerar os seus componentes, condicionantes e níveis de influência. Na mesma forma que quando de sua implantação (e respectivos ajustes). É muito importante o processo participativo de todos os funcionários da empresa, visando a uma maior integração e motivação. E, finalmente, é necessário avaliar a estrutura organizacional implantada, principalmente quanto ao alcance dos objetivos estabelecidos, bem como, as influências dos aspectos formais e informais na empresa. Entre os fatores internos que influenciam a natureza da estrutura organizacional da empresa, contam-se: - A natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa e seus membros; - As atividades operantes exigidas para realizar esses objetivos; - A sequência de passos necessária para proporcionar os bens ou serviços que os membros e clientes desejam ou necessitam; - As funções administrativas a desempenhar; - As limitações da habilidade de cada pessoa na empresa, além das limitações tecnológicas; - As necessidades sociais dos membros da empresa; - O tamanho da empresa. Consideram-se os elementos e as mudanças no ambiente externo que são também forças poderosas que dão forma à natureza das relações externas. Mas para o estabelecimento de uma estrutura organizacional, considera-se como mais adequada a análise de seus componentes, condicionantes e níveis de influência. No desenvolvimento considerar: - Seus componentes; - Condicionantes; - Níveis de influência; - Níveis de abrangência. 12 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Implantação ou Ajustes: - Participação dos funcionários; - Motivar. Avaliar: - Quanto ao alcance dos objetivos; - Influência dos aspectos formais e informais. 1.5) ELEMENTOS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Com vistas no delineamento da Estrutura Organizacional, apresentam-se os três elementos a que integraliza: - Componentes da Estrutura Organizacional; - Condicionantes para a formação e adaptação; - Níveis de influência existentes na estrutura. Componentes da Estrutura Organizacional: - Responsabilidade; - Autoridade; - Decisão; - Comunicação. 13 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: Abrangência quando do desenvolvimento e implantação da estrutura organizacional nas empresas, a saber: COMPONENTES – CONDICIONANTES – NIVEIS DE INFLUÊNCIA E NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL FATOR HUMANO FATOR AMBIENTE EXTERNO SISTEMA DE RESPONSABILIDADE Departamentalização Linha e Assessoria Descrição das Atividades SISTEMA DE AUTORIDADE Amplitude de Controle Níveis Hierárquicos Delegação Centralização/ Descentralização NÍVEIS DE INFLUÊNCIA Estratégico Tático Operacional NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA Empresa UEN Corporação SISTEMA DE DECISÕES Dado Informação Decisão Ação SISTEMA DE COMUNICAÇÕES O que comunicar Como comunicar Quando comunicar De quem/Para quem FATOR OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS FATOR TECNOLOGIA 14 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos 1.6) FATORES CONDICIONANTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Recursos Humanos: O Fator Humano, todo executivo deve trabalhar com e através de pessoas. E estas pessoas realizam os trabalhos que permitem que os objetivos sejam alcançados. A empresa funciona por meio de pessoas, a eficiência depende da qualidade intrínseca e do valor e da integração dos homens que ela organiza. Ao desenvolver uma estrutura organizacional deve-se levar em consideração o comportamento e o conhecimento das pessoas que irão desempenhar funções, não podendo esquecer da MOTIVAÇÃO. O coeficiente humano que pondera a qualidade da estrutura, sendo produto dos seguintes fatores: - O valor dos homens; - O conhecimento que eles possuem da estrutura; - Sua motivação para fazê-lo funcionar da melhor forma possível. Enfatizando que determinadas qualidades humanas se destacam cuja importância aumenta à medida que a pessoa sobe na hierarquia, apontando as seguintes capacidades: - Técnica; - Comando; - Administrativa; - Cooperação; - Integração. Ambiente: O Fator Ambiente Externo, quando se considera este fator, deve- se analisar o processo de relacionamento entre a empresa e o seu ambiente externo. Este aspecto não está relacionado apenas a uma estratégia inicial à época do nascimento da empresa, mas também à avaliação contínua das constantes mudanças no ambiente relevante da empresa e o efeito dessas na sua estrutura organizacional. Outro aspecto a considerar que enfoca o fator ambiente externo e a estrutura organizacional é o da análise do fluxo de decisões, na qual são identificadas as decisões administrativas necessárias para se dirigir uma empresa e as relações entre elas. Roteiro para análise do fator ambiente:15 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Determinar de quais pessoas, fora da empresa, são as necessidades e os desejos que a empresa tenta atender; - Determinar como essas necessidades ou desejos são comunicados à empresa; - Determinar como a informação necessária é registrada e transmitida a outras pessoas na empresa. Objetivos: O Fator de Objetivos e Estratégias tem influência na estrutura organizacional à medida que, quando os objetivos e estratégias estão bem definidos e claros, é mais fácil organizar, pois se sabe o que esperar de cada membro do grupo que compõe a empresa. “Objetivo é o alvo ou situação que se pretende atingir.” “Estratégia é a definição do caminho mais adequado para alcançar o objetivo.” Tecnologia: Tecnologia é o conjunto de conhecimentos que são utilizados para operacionalizar as atividades na empresa para que seus objetivos possam ser alcançados. A tecnologia pode ser definida como a aplicação de conhecimentos à produção de bens e à prestação de serviços. Em seu sentido mais amplo, a tecnologia compreende os meios como os atuais homens ampliam suas capacidades. Inovação tecnológica é o que ocorre quando surge um novo produto ou processo que chega ao mercado. A inovação é uma mudança na tecnologia, uma forma nova de fazer algo. Todo administrador deve procurar entender como surgem e qual padrão seguem as inovações tecnológicas. Isso pode ajudá-los a lidar mais eficazmente com a tecnologia e com seus efeitos sobre o desempenho da organização. 1.7) CONCRETIZAÇÃO DO PLANO DA ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO. Pode-se afirmar que um problema de estrutura acarreta sempre um problema humano: o de preenchimento dos cargos, o qual deve ser resolvido primeiramente sob seu aspecto teórico; abstraindo-se das características pessoais, procura-se enquadrar as qualidades e aptidões das pessoas às responsabilidades e 16 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos autoridades de cada cargo. Cada elemento da empresa tem a responsabilidade de zelar pela sua unidade organizacional, procurando atualizá-la, a fim de que corresponda, em qualquer ocasião, aos objetivos fixados. O Manual de Organização procura eliminar duplicidade de esforços, funções desnecessárias e atritos; possibilita melhor coordenação entre as diferentes atividades, atende à especialização, contribuindo para diminuir os erros e colocando os atos de decisão mais próximos dos problemas. Com referência ao plano de implantação, deve-se considerar três aspectos básicos: - Mudança da estrutura organizacional; - Processo de implantação; - Resistências que podem ocorrer. A – MUDANÇA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Alguns dos aspectos que devem ser considerados no processo de mudança da estrutura organizacional são: - Ter ciência de que a estrutura organizacional mais adequada depende da atual; - Atentar para a necessidade de antecipar forças restritivas e propulsoras que podem ter influência no processo; - A importância do fator humano; - A qualidade técnica da nova estrutura organizacional é insuficiente para o sucesso da mudança; - A importância do planejamento da mudança, para evitar ou minimizar possíveis problemas maiores na sua efetivação; - Antes de mudar a estrutura organizacional, verificar se não há uma situação alternativa mais adequada; - Ter sempre em mente a importância da participação. Mas a importância da participação é relativa, pois, durante uma reunião participativa para discutir uma mudança, as forças podem estar contra as suas ideias básicas; - Antes de efetivar a mudança, identificar e analisar o problema, bem como o que será mudado e quais as variáveis a serem consideradas. B – PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO. Apesar da possível existência de integração entre os funcionários envolvidos no processo e os técnicos responsáveis pelos trabalhos, sugere-se reforçar os 17 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos aspectos inerentes aos modernos princípios de "participação" e desenvolver a implantação efetiva da seguinte forma: - Análise e aprovação pela diretoria da empresa (aspectos conceituais); - Análise e aprovação pelos responsáveis das várias unidades organizacionais (aspectos conceituais e principalmente descritivos); - Implantação efetiva; - Acompanhamento e avaliação do processo. Os possíveis acertos seriam realizados nas fases intermediárias. C – RESISTÊNCIAS QUE PODEM OCORRER. Antes de analisar com mais detalhes os vários aspectos inerentes à resistência, deve-se lembrar de que o rendimento de uma estrutura depende de quatro fatores: - A qualidade intrínseca da estrutura; - O conhecimento que os executantes possuem sobre ela; - A aptidão dos executantes; - A motivação dos executantes. Para reforçar os dois últimos aspectos deve-se: - Elaborar a estrutura organizacional em cooperação com seus principais responsáveis; - Antes da "promulgação" da nova estrutura organizacional, submeter o texto à apreciação dos grupos de responsáveis de mesmo nível hierárquico. 1.8) AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. É um procedimento através do qual se verifica o que a estrutura organizacional tem de bom e de ruim. Para tanto se deve fazer: - Levantamento da estrutura atual; - Delineamento da estrutura ideal. O analista de Sistemas Administrativos deve comparar estes dois aspectos e obter a avaliação da estrutura organizacional. Pode reforçar a avaliação determinando o desempenho da empresa em termos de: - Resultados apresentados; - Problemas evidenciados; 18 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Nível de satisfação dos funcionários da empresa. Como resultado dessa avaliação, a empresa pode estar: BEM, devido a: - Problemas de estrutura organizacional; - Outros aspectos. MAL, devido a: - Problemas de estrutura organizacional; - Outros aspectos. Com base na separação dos problemas de estrutura organizacional dos outros aspectos, a avaliação pode ficar simplificada. 1.8.1) ETAPAS DA AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Para a completa avaliação da estrutura organizacional, podem-se desenvolver as seguintes etapas: A – LEVANTAMENTO. Nesta fase, os aspectos básicos são: - Identificação dos problemas evidenciados pelos usuários; - Entrevista com os elementos-chaves da empresa (com ou sem uso de questionário). B – ANÁLISE. Nesta fase, o Analista de Sistemas Administrativos deve efetuar: - Análise dos dados levantados anteriormente; - Interligação dos dados levantados, verificando sua veracidade e considerando os vários subsistemas da empresa; - Estabelecimento dos padrões e critérios de avaliação; - Identificação do efeito de cada um dos dados levantados na situação atual da estrutura organizacional da empresa. C – AVALIAÇÃO. Nesta fase, os aspectos básicos são: 19 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Estabelecimento da situaçãodos quatro componentes da estrutura organizacional na empresa; - Verificação do envolvimento de cada um dos quatro condicionantes sobre a estrutura organizacional; - Verificação do nível de influência de cada nível da empresa-estratégico, tático e operacional - para com o delineamento da estrutura organizacional; - Verificação do nível de abrangência da abordagem da estrutura organizacional, quer seja em nível de empresa, em nível de unidade estratégica de negócio ou em nível de corporação. 1.8.2) POLÍTICAS PARA AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. Para uma adequada avaliação da estrutura organizacional é necessário que se estabeleça, anteriormente, um conjunto de políticas que devem servir de sustentação para todo o processo decisório. Alguns exemplos de políticas inerentes à estrutura organizacional que uma empresa qualquer pode julgar válido adotar são: - Ter estrutura organizacional adequada aos mercados existentes; - Ter estrutura organizacional adequada às novas tecnologias; - Ter estrutura organizacional descentralizada no processo decisório e centralizada no sistema de controle; - Ter estrutura organizacional voltada para resultados; - Ter estrutura organizacional racionalizada com operacionalização descentralizada dos sistemas administrativos. Verifica-se que estas políticas podem proporcionar orientação para um adequado sistema de avaliação da estrutura organizacional. 1.9) COMPONENTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. - Sistema de Responsabilidade; - Sistema de Autoridade; - Sistema de Decisão; - Sistema de Comunicação. 20 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos 1.9.1) SISTEMA DE RESPONSABILIDADE. - Departamentalização; - Linha e assessoria; - Especialização do trabalho. “Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa a outrem”. O sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a esta obrigação. Portanto, quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar contas à pessoa que lhe atribuiu à responsabilidade. A quantidade de responsabilidade pela qual o subordinado terá de prestar contas determina a quantidade de autoridade delegada. Outro aspecto é que permanece na responsabilidade a obrigação do indivíduo a quem ela foi atribuída, ou seja, a responsabilidade não se delega. Conhecendo cada sistema de responsabilidade em sua totalidade e individualidade: A – DEPARTAMENTALIZAÇÃO. Ao se considerar os tipos de Estrutura Organizacional deve-se lembrar que estes são os resultados da departamentalização. A departamentalização pode ser considerada, entre todos os componentes e subcomponentes da estrutura organizacional, como o mais conhecido pelos funcionários da empresa. Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos (Humanos, Materiais e Tecnológicos) em unidades organizacionais. A Estrutura Organizacional é representada graficamente no organograma, que, entretanto, não apresenta todos os aspectos da estrutura organizacional. “Organograma é a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional.” 21 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos As formas básicas de departamentalizar as atividades de uma empresa são: Departamentalização por Quantidade Departamentalização Funcional Departamentalização Territorial ou Geográfica Departamentalização por Produtos ou Serviços Departamentalização por Clientes Departamentalização por Projeto Departamentalização Matricial Departamentalização Mista B – LINHA E ASSESSORIA. Linha: São as unidades organizacionais que têm ação de comando, ligadas as atividades fim da empresa e ligadas a operacionalização da empresa. Assessoria: Não têm ação de comando, cabendo-lhes o aconselhamento às unidades de linha no desempenho de suas atividades. C – ATRIBUIÇÕES DE ATIVIDADES. As atribuições das unidades organizacionais da empresa têm como base a especialização do trabalho. A especialização está diretamente ligada à divisão do trabalho, baseando-se no maior conhecimento dos diversos e diferentes aspectos necessários à realização de determinado trabalho. LINHA LINHA LINHA LINHA ASSESSORIA 22 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos O equilíbrio da especialização do trabalho na estrutura organizacional, evita problemas de falta de motivação dos funcionários devido à realização de trabalhos repetitivos e de pouca criatividade. 1.9.2) SISTEMA DE AUTORIDADE. Sistema de Autoridade é o resultado da distribuição do poder na Organização, sendo constituído por: - Amplitude administrativa e níveis hierárquicos; - Delegação; - Descentralização/centralização. Observa-se que, ao se descer do nível hierárquico mais alto para o nível hierárquico mais baixo, a amplitude de autoridade vai diminuindo até chegar ao limite mínimo. “Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pode ser o direito de tomar decisões, de dar ordens e requerer obediência, ou simplesmente o direito de desempenhar um trabalho que foi designado. A autoridade pode ser formal ou informal”. A autoridade formal representa o poder delegado pelo superior hierárquico imediato. AMPLITUDE DE AUTORIDADE LIMITES DE AUTORIDADE MAIS ALTO NÍVEL HIERÁRQUICO MAIS BAIXO 23 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos A autoridade informal é uma espécie de “autoridade adquirida” que é desenvolvida por meio de relações informais entre as pessoas da empresa, que o fazem voluntariamente e por deferência à sua posição ou status. Na realidade, a autoridade informal serve para modificar a autoridade formal na determinação do quanto ela terá de aceitação por parte dos vários subordinados nos diferentes níveis hierárquicos. A – AMPLITUDE DE CONTROLE. A amplitude de controle, também é denominada Amplitude Administrativa, ou ainda Amplitude de Supervisão e refere-se à quantidade de subordinados que um superior pode supervisionar pessoalmente, de forma eficiente e eficaz. Quando o número de subordinados é maior que a amplitude administrativa, ocorrerá: - Perda de controle; - Ineficiência de comunicações; - Queda do nível de qualidade; - Demora na tomada de decisões; - Desmotivação dos funcionários. Quando o número de subordinados é menor que a amplitude administrativa, ocorrerá: - Falta de delegação; - Custos maiores; - Sub-otimização da alta administração; - Desmotivação; - Pequeno desenvolvimento de RH. B – DELEGAÇÃO. É a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu subordinado, criando a correspondente responsabilidade pela execução da tarefa delegada. Podemos entender como delegação: - A transferência temporária do poder e responsabilidade, específicos; - A tarefa que for transferida do chefe para o subordinado;- Quando existe a obrigação (responsabilidade) do subordinado para com o chefe na realização da tarefa. 24 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos C – DESCENTRALIZAÇÃO E CENTRALIZAÇÃO. Centralização é a maior concentração de poder decisório na alta direção de uma empresa. Suas vantagens: - Menor número de níveis hierárquicos; - Melhor uso dos Recursos Humanos, Recurso de Materiais e Recursos Tecnológicos; - Melhor interação no Processo de Planejamento, Controle e Avaliação; - Uniformidade nos Processos Técnicos e Administrativos; - Decisões estratégicas mais rápidas; - Maior segurança nas informações. Descentralização é a menor concentração do poder decisório na Alta Administração da empresa, sendo, portanto, mais distribuído pelos seus diversos níveis hierárquico. Suas vantagens: - Geração de maior especialização nas unidades organizacionais; - Menor exigência de tempo nas informações e decisões; - Maior desenvolvimento dos Recursos Humanos; - Maior motivação; - Possibilidade de maior participação; - Tomada de decisões mais próximas dos fatos; - Maior criatividade e inovações; - Maior tempo para a Alta Administração. COMPARAÇÕES ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E DELEGAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO 1) LIGADA AO CARGO 1) LIGADA A PESSOA 2) ATINGE VÁRIOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS 2) ATINGE UM NÍVEL HIERÁRQUICO 3) CARÁTER FORMAL 3) CARÁTER INFORMAL 4) MENOS PESSOAL 4) MAIS PESSOAL 5) MAIS ESTÁVEL NO TEMPO 5) MENOS ESTÁVEL NO TEMPO 1.9.3) SISTEMA DE DECISÕES. No processo de tomada de decisão, há vários aspectos que deve ser considerado como os dados disponíveis e informações. 25 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Outro aspecto importante é trabalho em equipe desempenhando capacidade para capturar as informações, para isso um bom sistema de comunicação ajuda avaliar e aplicar decisões. Uma equipe que contem níveis diferentes de pessoas, compostas por sexos diferentes e idade trazem grande capacidade de ajuda ao processo de decisão, pois cada indivíduo possui ideias e informações diferentes, portanto trazem um grau de maiores resultados com qualidade. Não há uma fórmula correta para a tomada de decisões dentro de uma organização, nem tão pouca uma regra estabelecida. Devemos avaliar separadamente cada pessoa envolvida no processo para que nenhuma informação seja distanciada ou perdida. Considera que deve ser efetuada uma análise das decisões para se estabelecer qual a estrutura organizacional ideal e, para tanto, devem-se considerar os seguintes aspectos: - Que decisões são necessárias para ser o desempenho indispensável á realização dos objetivos; - De que natureza são essas decisões; - Em que plano da empresa deve ser tomado; - Qual velocidade elas acarretam ou afetam; INFORMAÇÃO DADOS COMUNICAÇÃO DECISÃO CONHECIMENTO 26 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Qual gestor deve participar dessas decisões, pelo menos até aqueles que devem ser consultados antecipadamente; - Quais executivos devem ser informados, depois de tomadas decisões. A – ASPECTOS DAS DECISÕES. - Identificar o problema; - Analisar o problema com base nas informações capturadas sobre o problema, sendo necessário discutir como um sistema; - Estabelecer saídas e alternativas; - Analisar e comparar as soluções que foram expostas, verificar as vantagens e desvantagens de cada saída, medir e avaliar eficiência do projeto em análise; - Selecionar as saídas mais adequadas para a empresa; - Inserir a saídas selecionadas e desejadas, incluindo a capacitação da mão de obra envolvida, treinamento e motivação; - Avaliar as saídas desejadas por meio de critérios aceitos da organização. As decisões classificam em: Decisões programadas: São aquelas rotineiras e repetidas no cotidiano da empresa. São usadas como orientação para a realização das tarefas como políticas, normas, cultura, desafios, metas a serem alcançadas entre outras. Decisões não programadas: É aquela que não padrão a ser seguida, nasce espontaneamente, aplica em ambiente dinâmico onde se move a cada instante. É de característica específica e complexa. B – ELEMENTOS DO PROCESSO DE DECISÃO. Incerteza: Dentro do ambiente que envolve a decisão ocorre à incerteza é comum em qualquer decisão, mas jamais poderá apenas querer arriscar sem que haja uma linha coerente com bases em dados e informações. Os recursos – São limitados os recursos do tomador de decisões, por isso é necessário estabelecer regras e planos para as principais decisões de uma empresa. Fatores de influência no processo de decisões: - Complexidade evolutiva; - Redução de tempo disponível para tomada de decisão; 27 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - Velocidade das informações; - Benefício nos processos de informações e resultados em curto prazo. Característica de tomada de decisões: - Característica de certeza: Ação possível carreta um resultado específico; - Característica de risco: Cada alternativa possível levar a resultados associados e possível conhecimento; - Característica de incerteza: As expectativas dos resultados são desconhecidas. A tomada de decisão é necessária em todos os níveis da organização. Nível Institucional: É aquele que determina os objetivos da organização como um todo, seus propósitos e direção. Onde a tomada de decisão estratégica é tarefa exclusivamente da alta gerência. As decisões tomadas nesse âmbito também determinarão como a empresa se relacionará com os ambientes externos. A decisão geral de se produzir um cereal matinal ou de se entrar em um mercado novo são exemplo de decisões estratégicas. Nível Gerencial: São decisões tomadas em um nível mais baixo do que as decisões estratégicas. Normalmente são tomadas pela gerência intermediária, como gerente de divisão ou de departamentos. Essas decisões envolvem o desenvolvimento de táticas para realizar as metas estratégicas definidas pela alta gerência. As decisões táticas expressam as metas organizacionais de uma maneira departamental específica. Portanto decisões táticas são mais especificas e concretas do que decisões estratégicas e mais voltadas para a ação. A decisão de produzir um tipo específico de cereal matinal, digamos um cereal de frutas e fibras, é um exemplo de decisão tática. Nível Técnico: São as decisões tomadas no nível mais baixo, ou supervisional, de uma empresa e se referem ao curso de operações diárias. Essas decisões determinam a maneira como as operações devem ser conduzidas, operações desenhadas a partir de decisões táticas tomadas pela gerência intermediária. Essas decisões referem-se à maneira mais eficiente e eficaz de realizar as metas estabelecidas no nível médio, as decisões táticas tomadas pelos gerentes intermediários. 1.9.4) SISTEMA DE COMUNICAÇÕES. 28 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre SilvaOrganização, Sistemas e Métodos Comunicação é o processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um emissor, através de determinado canal, e entendida por um receptor. O sistema de comunicação é a rede por meio da qual fluem as informações que permitem o funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz. No sistema de comunicações deve ser considerado: - O que deve ser comunicado? - Como deve ser comunicado? - Quando deve ser comunicado? - De quem deve vir a informação? - Para quem deve ir a informação? - Por que deve ser comunicado? - Quanto deve ser comunicado? A – ESQUEMAS DE COMUNICAÇÃO. De maneira genérica existem dois tipos diferentes de formação de esquemas de comunicação numa empresa. São eles: O formal: É conscientemente planejado, facilitado e controlado. Ele segue a corrente de comando numa escala hierárquica; O informal: Surge espontaneamente na empresa, em ação às necessidades de seus membros. B – OS FLUXOS DA COMUNICAÇÃO. As comunicações na empresa podem ser realizadas através dos seguintes fluxos: Horizontal: Realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico; Diagonal ou Transversal: Realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes; Vertical: Realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área. C – O CUSTO DA COMUNICAÇÃO. No estudo das comunicações entre pessoas ou unidades organizacionais, deve-se levar em consideração o aspecto custo para a empresa. Pois a análise da transmissão das informações mostra que ela é muito mais custosa do que se 29 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos poderia pensar, não tanto devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em função do tempo que ela absorve e das demoras que acarreta. D – COMUNICADOS INTERNOS SOBRE O COMETA DE HALLEY. De: GERENTE DE GERAL Para: GERENTE DE DIVISÃO Na sexta-feira, às 17 horas aproximadamente, o cometa de Halley estará visível nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacetes de segurança, e explicarei a eles o fenômeno. Se estiver chovendo não poderemos ver nada. Neste caso, reúna os funcionários no refeitório e mostrarei a eles sobre o cometa. De: GERENTE DE DIVISÃO Para: GERENTE DA FÁBRICA Por ordem do Gerente Geral, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa de Halley vai aparecer sobre na fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos usando capacetes de segurança, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos. De: GERENTE DE FÁBRICA Para: CHEFE DE PESSOAL Por ordem do Gerente Geral, às 17 horas de sexta-feira, o fenomenal cometa de Halley vai aparecer no refeitório, usando capacete de segurança. Se chover, o Gerente Geral dará outra ordem, o que ocorre uma vez a cada 76 anos. De: CHEFE DE PESSOAL Para: SUPERVISOR Na sexta-feira, às 17 horas, o Gerente Geral vai aparecer no refeitório com o cometa da Halley, o que acontece a cada 76 anos. Se chover, o Gerente Geral levará o cometa para o pátio da fábrica, usando capacete de segurança. De: SUPERVISOR Para: FUNCIONÁRIOS NA SEXTA-FEIRA, ÀS 17 HORAS, QUANDO CHOVER, O FENOMENAL BILL HALLEY, USANDO CAPACETE DE SEGURANÇA E ACOMPANHADO PELO GERENTE GERAL, VAI PASSAR PELA FÁBRICA COM SEUS COMETAS. 30 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos 1.10) NÍVEIS DE INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. No desenvolvimento de uma estrutura organizacional têm-se três níveis de influência: - Nível Estratégico; - Nível Tático; - Nível Operacional. A – NÍVEL ESTRATÉGICO DE INFLUÊNCIA. O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas em obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. Portanto, o nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda a empresa e a melhor interação desta com o ambiente. Um exemplo de influência do nível estratégico: “A necessidade de criação de uma nova divisão da empresa para melhor adequação de um produto ao seu mercado”. B – NÍVEL TÁTICO DE INFLUÊNCIA. O planejamento tático tem por finalidade aperfeiçoar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. NÍVEL ESTRATÉGICO NÍVEL TÁTICO NÍVEL OPERACIONAL PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO TÁTICO PLANEJAMENTO OPERACIONAL 31 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Portanto, o nível tático de influência considera determinado conjunto de aspectos homogêneos da estrutura organizacional da empresa. Um exemplo de influência do nível tático: “A divisão de uma área industrial em duas áreas, produção e técnica para melhor administrar dos recursos empregados.” C – NÍVEL OPERACIONAL DE INFLUÊNCIA. O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação estabelecidas. O planejamento operacional cria condições para a adequada realização dos trabalhos diários da empresa. Portanto, o nível operacional considera uma parte bem específica da estrutura organizacional da empresa. Um exemplo de influência do nível operacional: “A alteração da estrutura organizacional da área de sistemas com a criação de uma unidade organizacional responsável pelas atividades de ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS.” PARTE 2 CONHECENDO AS EXIGÊNCIAS E OBRIGATORIEDADES EXISTENTES DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO. 2) HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Por Higiene do Trabalho entende-se o conjunto de normas e procedimentos que visam a proteção da integridade física e mental do trabalhador. A segurança no trabalho é, por seu lado, o conjunto de medidas técnicas destinadas a prevenir acidentes. A elaboração de um plano de Higiene e Segurança no Trabalho supõe o diagnóstico da situação e a avaliação do trabalho afim de se definirem as medidas mais adequadas. A Higiene do Trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisoriamente ou definitivamente do trabalho. Os principais objetivos são: 32 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos 1 - Eliminação das causas das doenças profissionais; 2 - Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; 3 - Prevenção de agravamento de doenças e de lesões; 4 - Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho. O Programa de Higiene no Trabalho envolve sistemas e métodos que garante o bem estar e a preservação da relação empregado e empregador ou empregado e empregado, sendo eles: 1 - Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos; 2 - Ambiente psicológico: os relacionamentoshumanos de forma agradável, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse; 3 - Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano; 4 - Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva. A vida profissional pode interferir gravemente no bem-estar físico e mental, muitas vezes, desencadeando as tão temidas doenças ocupacionais. Doença ocupacional, segundo a legislação brasileira, lei no 6367/1976 é aquela que resultou de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, ou seja, é causada pelo exercício de alguma atividade profissional. L.E.R., termo muito comentado na atualidade, significa Lesões por Esforços Repetitivos. Seus sintomas resultam em dor nos membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada pelo uso das extremidades superiores em tarefas que envolvem movimentos repetitivos ou devido a posturas forçadas. Também é conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho); na realidade, porém, entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seja o de Síndrome da Dor Regional. Contudo, como o nome L.E.R. se tornou comum e até popular, esta é a denominação adotada no Brasil. O empregador de forma alguma se encontra isento da responsabilidade de ter um Programa de Saúde Ocupacional, pois de acordo com a Lei Nº 24/94 instituiu o 33 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. Através do PCMSO é exigido o exame médico pré admissional, o exame médico periódico. Os exames médicos são exigidos quando houver retorno ao trabalho, no caso de afastamento superior a 30 dias, e também quando ocorrer a mudança efetiva de função (deve ser feito antes de ocorrer a transferência). No caso de afastamento definitivo da empresa, deve-se exigir o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento do funcionário. Enfatizando e nunca esquecendo de que a Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas preventivas. Segurança do Trabalho é uma roda viva, responsabilidade do empregador e responsabilidade do trabalhador. Há uma enorme relação entre Higiene no Trabalho e Segurança no Trabalho, pois ambos se completam, é impossível abordar um tema sem fazer uso do outro tema. A saúde e segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados. Existe uma extrema importância em se investir em Segurança e Saúde no Trabalho, pois algumas pessoas menos esclarecidas sobre o assunto procuram em determinadas circunstâncias, justificar de várias maneiras a ausência da segurança em algumas indústrias, ou o pouco interesse de outras para a prevenção de acidentes. No entanto, nada justifica tal omissão. Entre pessoas, algumas costumam afirmar: “Sem acidentes ou com acidentes o trabalho é realizado”. Não importa quem diz isso ou pensa dessa maneira. Trata-se de uma afirmação ou de um pensamento infeliz, embora não possa ser integralmente contestado. Realmente, o trabalho poderá ser executado mesmo que ocorram acidentes. Porém, nesses casos, jamais a sua realização poderá ser considerada satisfatória. A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentos somam-se a muitos outros fatores danosos ao trabalho, tanto sob o aspecto técnico como econômico. Isso nem sempre é percebido por quem não entende e não interpreta os acidentes do trabalho em toda a sua extensão e profundidade. 34 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos As condições inseguras e os atos inseguros são as causas básicas de acidentes no trabalho. Podemos apontar como condições inseguras e atos inseguros: 1 - Condições inseguras: equipamentos sem proteção, procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos, armazenamento inseguro, iluminação deficiente, ventilação imprópria, temperatura elevada ou baixa no local e condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo. 2 - Atos inseguros: carregar materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em velocidades inseguras, utilizar esquemas de segurança que não funcionam, usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente, não usar procedimentos seguros, assumir posições inseguras, subir escadas ou degraus depressa, distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar e abusar. Algumas medidas simples ajudam a diminuir o número de acidentes, alguns exemplos são: 1 - Sinalizar toda a empresa; 2 - Empregados novos, usar capacete de cor diferente; 3 - Uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atuante; 4 - Campanhas de prevenção de acidentes; 5 - Kit de primeiros socorros; 6 - Realização periódica da Semana Interna de Acidentes no Trabalho (SIPAT); 7 - Treinamento da brigada de incêndio; 8 - Revisar extintores; 9 - Chaves de segurança; 10 - Treinamentos para prevenir acidentes; 11 - Apoio da direção e das chefias. Prevenção de acidentes e administração de riscos ocupacionais relacionam- se com segurança do trabalho, sua finalidade e antecipar os riscos de acidentes e com isso minimizá-los. A prevenção de acidentes é a eliminação das condições inseguras e isso se dá através do mapeamento de áreas de riscos, uma análise profunda dos acidentes e apoio irrestrito da alta administração. A informação, o treinamento e a capacitação de todos os envolvidos no processo são elementos-chave para empreendimentos seguros e saudáveis, com produtividade e qualidade. 35 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos As empresas são obrigadas a investir em higiene e segurança no trabalho, pois de acordo com as Normas Regulamentadoras –NR, a segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do trabalho – CLT . Uma Norma Regulamentadora (NR) objetiva explicitar as determinações contidas nos artigos 154 a 201 da CLT, para que sirvam de balizamento, de parâmetro técnico às pessoas ou empresas que devem atender aos ditames legais e que, também, devem observar o pactuado nas Convenções e nos Acordos Coletivos de Trabalho de cada categoria e nas Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes. Todo e qualquer empregado que exercer de forma habitual ou esporádica qualquer atividade de risco, em que exponha a sua segurança pessoalou coletiva deve-se fazer o uso de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual). O EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Alguns tipos de EPI são: capacete, capuz, óculos, protetor facial (creme água resistente, creme óleo resistente e cremes especiais), luvas de proteção, dedeiras, proteção de mãos, dedos e braços de riscos mecânicos, térmicos e químicos, calçados de segurança, botas e botinas, cintos de segurança, trava quedas, cadeiras suspensas, etc. 2.1) CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES). Segundo a legislação brasileira, uma comissão constituída por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores, de forma paritária, em cada estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e 36 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA. As empresas devem constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nos estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I da NR 5, de acordo com a atividade econômica e o número de empregados. A CIPA deverá ter mandato de um ano, e ser assim constituída: igual número de representantes do empregador (indicados pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos); o presidente da CIPA deve ser escolhido pela empresa, dentre os membros por ela indicados; o vice-presidente da CIPA deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares, em eleição de que participam todos os representantes eleitos, inclusive os suplentes; o secretário da CIPA pode ser escolhido entre os membros da Comissão ou até mesmo ser um funcionário que dela não faça parte, mas seu nome precisa ser necessariamente aprovado por todos os cipeiros, eleitos e indicados. Cabe ao presidente e ao vice-presidente da CIPA mediar conflitos, elaborar o calendário de reuniões ordinárias e constituir Comissão Eleitoral para a regular o processo de eleição da CIPA subsequente. Cabe ao secretário da CIPA elaborar as atas das reuniões ordinárias da Comissão. Quando o estabelecimento não se enquadra na obrigatoriedade de constituição de CIPA, é exigida a designação de uma pessoa com o treinamento específico, para desempenhar as atribuições da Comissão. O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta. A Consolidação das Leis do Trabalho e a Constituição Federal brasileira garantem aos membros titulares da CIPA eleitos (os representantes dos empregados) dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, na verdade, tem uma duração um pouco maior do que dois anos: vai do momento de 37 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos registro da candidatura do empregado à CIPA até um ano após o término de seu mandato. Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência. Qual o objetivo da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes? Cabe à CIPA apontar os atos inseguros dos trabalhadores e as condições de insegurança, uma vez que o órgão de segurança aponta soluções. Alguns requisitos de um plano de segurança: 1 - A segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função de staff (para todos); 2 - De acordo com as especificações da empresa são os meios materiais preventivos; 3 - A segurança deve abranger todos os locais da empresa; 4 - O plano de segurança envolve pessoal e trabalho, além dos fatores sócio- psicológicos; 5 - A segurança do trabalho treina técnicos e operários, cumpre normas de segurança, simula acidentes, inspeciona equipamentos, roupagem adequada, etc. Quais são os princípios que regem a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes? 1 - Apoio ativo da administração; 2 - Manutenção de pessoal dedicado exclusivamente à segurança; 3 - Instruções de segurança para cada trabalho; 4 - Instruções de segurança a empregados novos; 5 - Integração de todos os empregados no espírito de segurança; 6 - Extensão do Programa de Segurança fora da companhia; 7 - Não deve haver confusão entre CIPA e o Órgão de segurança. 2.3) LAUDOS E PROGRAMAS. PPRA: São as iniciais do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais, trata-se de uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadora nº 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. 38 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos - O objetivo do PPRA: É estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho. O PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente. - Os riscos ambientais: Para efeito do PPRA, os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. - Obrigações do PPRA: A elaboração e implementação do PPRA é obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. Não importa grau de risco ou a quantidade de empregados. Assim, tanto um condomínio, uma loja ou uma refinaria de petróleo, todos estão obrigados a ter PPRA, cada um com suas próprias características e complexidade. - A elaboração do PPRA: São realizados por Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança e Médicos do Trabalho, legalmente habilitados. O PPRA é um programa de ação contínua, não é um documento. Já o documento-base gerado quando de sua elaboração e as ações que compõem o programa podem ser solicitados pelo Fiscal. Caso a empresa possua o documento-base e não existam evidencias de que esteja sendo praticado, o Fiscal entenderá que o programa NÃO EXISTE. PCMSO: São as iniciais do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, trata-se de uma legislação federal, especificamente a Norma Regulamentadoras nº 07, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. - O objetivo do PCMSO: É de monitorar por anamnesee exames laboratoriais a saúde dos trabalhadores. Tem por objetivo identificar precocemente qualquer desvio que possa comprometer a saúde dos trabalhadores. O objetivo do PPRA é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle. Os riscos NÃO ELIMINADOS são objeto de controle pelo PCMSO. Portanto, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estarem permanente ativos. Não havendo estes programas a multa pode variar de 1.129 ufir a 3.884 ufir. Em caso de reincidência a multa sobe para 6.304 ufir. Porém a multa é o problema menos. Caso um funcionário venha a contrair qualquer doença ocupacional, os empregadores respondem judicialmente pelo dano causado. 39 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos LTCAT: Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho. O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente, enquanto o “layout” da empresa não sofrer alterações. - A obrigatoriedade do LTCAT: O parágrafo 3º do Art. 58 Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 diz que: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei, que foi republicada na MP 1596-14 de 10/11/97 e convertida na Lei 9528 de 10/12/97. Este documento deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do INSS, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterar. Guardando-se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem. PARTE 3 3) RELAÇÕES DO TRABALHO. Diferença entre trabalho e emprego “Vale dizer que há diferença entre trabalho e emprego. Trabalho envolve a atividade executada em si, emprego refere-se ao cargo ou ocupação de um indivíduo numa empresa ou órgão público”. Começa a vigorar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sancionada pelo Presidente Getúlio Vargas. Desde então, a CLT regulamenta as relações individuais e coletivas do trabalho e unifica as leis laborais do Brasil. A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Ela foi fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália. 40 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Foi assinada em pleno Estádio de São Januário (Clube de Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT. Transcrição do art. 1º da CLT. Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de trabalho. Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa jurídica (PJ), profissional autônomo, ou ainda como servidor público pelo regime jurídico estatutário federal. Embasado na CLT fez uma relação de alguns dos principais diretos dos Trabalhadores no Brasil. E como muitos, empregados e empregadores não tem conhecimento desses direitos, prezamos por aqueles que tem mais relevância no contexto trabalhista, e os que são mais utilizados nas pelos profissionais de Departamento Pessoal. Seguem: - CARTEIRA DE TRABALHO: Assinada desde o primeiro dia de serviço. (Obs. a carteira deve ficar em posse do empregado, devendo o empregador quando do registro devolvê-la em até 48 horas mediante o recibo de entrega assinado). Os empregados devem obrigatoriamente enviar sua CTPS para as devidas atualizações, sempre que ocorrer qualquer alteração sendo ela de qualquer natureza, principalmente em caso de férias; - DOCUMENTOS ADMISSIONAIS: Carteira Profissional Xerox da Cédula de Identidade Xerox do CPF Xerox do Título de Eleitor Xerox do Cartão do PIS se possuir Xerox do Comprovante de Residência atual Foto 3x4 recente Xerox da Certidão de Nascimento dos filhos até 14 anos 41 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Xerox da Certidão de casamento Xerox da reservista Xerox da Carteira de habilitação (no caso de exercer na empresa a função de motorista) Exame médico admissional de acordo com a NR7 3.1) EXAMES MÉDICOS. De admissão e demissão; Todo trabalhador regido pela CLT, sendo facultativo ao empregado doméstico, devem submeter-se aos exames médicos ocupacionais, sendo estes obrigatórios na admissão, na demissão e periodicamente no curso do vínculo empregatício. Os custos dos exames é responsabilidade do empregador. A finalidade dos exames ocupacionais para o empregador resulta na redução do absenteísmo por motivado por doenças; redução de acidentes potencialmente graves; garante empregados mais adequados à função, com melhor desempenho, além das implicações legais. Para os empregados a garantia de condições de saúde para o desempenho da função, minimizando a chance de arbitrariedades em caso de doença ou acidente. As condições e procedimentos deverão ser realizados de acordo com as disposições contidas na NR – 7. - Admissional: Deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades. - Periódico: Deverá ser realizado de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: A - Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: A cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; De acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas (sob pressão de ar); B - Para os demais trabalhadores: 42 Organização, Sistemas e Métodos Prof. Alessandre Silva Professor Alessandre Silva Organização, Sistemas e Métodos Anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; A cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade. - De retorno ao trabalho: Deverá ser realizado obrigatoriamente
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