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Tecido Epitelial 
É dividido em epitélio de revestimento (reveste superfície interna e/ou externa) e epitélio glandulares (especializados em sintetizar e secretar determinadas substancias). 
Características gerais do tecido epitelial: 
- Células justapostas 
- Ausência de matriz intercelular
- Presença de lâmina basal (tipo de matriz extracelular)
- Presença de junções celulares (já que não há matriz intercelular, a comunicação é feita por junções celulares)
- Células polarizadas (possui polo apical e polo basal)
- Tecido Avascular – possui dependência do tecido conjuntivo subjacente
- Presença eventual de especializações de superfície apical (Ex: cílios) 
- Núcleo acompanha a forma das células
- Tecido inervado
As Junções Celulares
Áreas especializadas da membrana plasmática das células, que permitem a adesão entre células adjacentes ou a comunicação entre células adjacentes ou ainda a vedação do espaço intercelular. Portanto, dentre as junções celulares existem as de adesão, comunicação e oclusão. 
O que existe em todos os tipos de junções? Proteína transmembrana da família das caderinas é o elemento essencial nas junções celulares. 
Junções de adesão mecânica: 
- Zônula de adesão: junção em cinturão que perfaz todo o perímetro da membrana. 
- Desmossomos: Não são em cinturão, são pontuais e estão entre células.
- Hemidesmossomos: Une a célula epitelial à lamina basal. 
Junções de comunicação: 
- GAP ou Nexos: Junção de comunicação de um citoplasma de uma célula com o citoplasma de outra célula. 
Junções de oclusão 
- Zônulas de oclusão: Vedam o espaço entre as células 
A Lâmina Basal
Ultraestruturalmente a lamina basal é formada por faixa clara (lâmina rara) adjacente à célula epitelial e uma faixa escura (lâmina densa) adjacente à lamina rara. 
O fato de termos lamina basal na base do epitélio tona nossas células polarizadas, tendo um polo apical e um polo basal. 
Os constituintes da lamina basal: 
Laminina (glicoproteína de adesão) – presente na lamina rara
Colágeno IV – presente na lamina densa 
Perlecana (proteoglicana) – presente nas duas lamina. É formada heparan sulfato (GAG sulfatada). Como a heparan sulfato tem carga negativa, a lamina basal também tem carga negativa. 
Função da lamina basal: filtrar substâncias pelo peso molecular, pela ação da rede do colágeno IV e filtrar substancias pela carga que elas apresentam em função das cargas negativas da GAG. 
Membrana Basal: lamina fibroreticulares + lamina basal 
A lâmina fibroreticular é formada pelas células do tecido conjuntivo, os fibroblastos. Já a lamina basal é o produto de secreção da célula epitelial. 
Especializações do tecido epitelial
- Cílios: especializações móveis que gastam ATP para se movimentar. 
- Planura estriada: ultraestruturalmente são formadas por microvilosidades que tem como função aumentar a área da membrana para otimizar a absorção. 
- Estereocílios: São imóveis e possuem a mesma função que as microvilosidades.
Os epitélios de revestimento: 
Podem ser classificados quanto ao numero de camadas (simples ou estratificado), quanto as formas das células (pavimentosa, cúbica ou cilíndrico). 
Exceções e observações: 
- Epitélio pseudoestratificado: é um tipo de epitélio simples, onde todas as células tocam a lamina basal, mas como ele possui tipos celulares epiteliais diferentes, nem todas as células chegam a superfície livre do epitélio (Núcleos estão em diferentes alturas dando uma falsa sensação de estratificação). 
- Epitélio de transição: É um epitélio estratificado, porém quando ele é esticado, ele altera o número de camadas e a forma das células mais superficiais. A célula mais superficial dele é uma célula globosa/volumosa, quando ela é estirada ela se torna pavimentosa e o numero de camadas também é reduzido, pois as células se rearranjam umas entre as outras. 
O epitélio de transição é o que reveste as vias urinárias (pelve renal, ureter, bexiga). Quando essas vias estão com urina dentro a parede é distendida e o epitélio fica fino, quando não há urina a parede fica relaxa e o epitélio fica mais espesso. 
A PELE 
A pele recobre a superfície do corpo e é constituída por um tecido epitelial e duas formas de tecido conjuntivo, formando respectivamente, as camadas da epiderme, derme papilar e derme reticular. 
Epiderme: é constituída por queratinócitos (responsável pelo revestimento e absorção da radiação ultravioleta), células de Langerhans (responsável pela fagocitose de antígenos), melanócitos (responsáveis pela produção de pigmentação da pele) e células de Merkel (receptores). A epiderme é caracterizada como um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, com 5 camadas principais: basal, espinhosa, granulosa, lucida e córnea. 
Os queratinócitos são as células principais células da epiderme. No pênfigo vulgar, essas células são atacadas pelo sistema imune. Esses queratinocitos normalmente são unidos por muito desmossomas. Uma vez que essas junções são afetadas, prejudica-se a adesão mecânica das células, causando então uma desorganização da epiderme com o acumulo de liquido entre as células, causando bolhas. 
Epitélio Glandular
Apresentam uma histogênese a partir de um epitélio de superfície do embrião. 
As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente. Na medida em que essas proliferações vão ocorrendo, as células vão se diferenciando. Se durante esse processo de diferenciação houver a formação de uma porção de células secretoras (que produzem a secreção) conectadas com o epitélio do qual se originaram, será formada uma glândula exócrina. Mas, se durante esse processo de diferenciação as células secretoras se diferenciarem e o contato com o epitélio de origem for perdido, é formada uma glândula endócrina. 
Então, a glândula exócrina possui porção secretora e porção excretora (ducto). A porção secretora produz a secreção e essa secreção é conduzida pelo ducto até a superfície epitelial em que será lançada. Já na glândula endócrina não tem porção excretora (ducto). Suas células secretoras tem como produto de secreção um hormônio e essa secreção é liberada nos capilares e conduzida pelo sangue. 
Classificação do epitélio Glandular Exócrino
Número de Ductos (Porção Excretora) 
Apenas um ducto: glândula simples 
Vários ductos: glândula composta 
Quanto à forma da porção secretora: 
Forma arredondada: epitélio acinoso
Forma alongada: epitélio glandular tubuloso 
Uma parte alongada e uma alongada: túbulo-acinoso
Quanto o trajeto da porção secretora: 
O trajeto só se aplica as glândulas que são tubulosas. As tubulosas podem ser retas ou enoveladas sobre ela própria. 
Quanto ao tipo de célula e quanto ao tipo de secreção: 
Não dá para inferir essa classificação para todas as glândulas, pois as tubulosas tem uma composição celular especifica no órgão que estão presentes, portanto só pode ter essa classificação as acinosas. 
Acino-seroso: Possui diâmetro regular, células com formato de trapézio, possuem núcleo redondo, nucléolo evidente. A base de uma célula serosa possui RER e no ápice grânulos de secreção. A secreção serosa é uma secreção rica em proteínas; é uma secreção fluida e aquosa. 
Acino-mucoso: Em geral é maior, tem uma luz mais ampla, tem células trapezoidais com o núcleo achatado na base e o citoplasma apical é cheio de grânulos de secreção contendo muco, que é uma glicoproteína. É uma secreção viscosa. 
Acino-misto: Mistura de seroso com mucoso. 
Quanto ao modo de secreção 
Secreção Merócrina: A secreção é liberada sem que ocorra prejuízo à célula. Ocorre por exocitose. A glândula se funde à membrana plasmática e libera seu conteúdo para o meio extra. Libera secreções proteicas. 
Secreção Apócrina: O produto de secreção é liberado junto com uma pequena parte do citoplasma e perde a membrana plasmática que está ao redor daquela área. Esse tipo de secreção libera secreções lipídicas. 
Secreção Holócrina: Produto de secreção se acumula dentroda célula e é liberado com a apoptose da célula. Portanto, a célula inteira forma parte da secreção. Apenas glândulas sebáceas fazem esse tipo de secreção. 
A glândula mamaria quando secreta lipídio do leite faz secreção apócrina. A mesma célula que secreta lipídio, secreta proteína e quando ela secreta proteína ela faz por mecanismo merócrina. 
Glândulas Endócrinas: 
Os epitélios glandulares endócrinos também possuem uma estrutura histológica, na qual é importante considerar: possui células secretoras (tendo como principal produto de secreção um hormônio), mas não existe ducto, porém tem capilares muito numerosas na proximidade das células secretoras. 
Essas células secretoras podem ser organizadas sob a forma de cordões por entre os capilares, sendo classificados como cordonal. Ex: paratireoides. 
Outro tipo de organização é através da formação de folículos – uma estrutura redonda que possui uma parede formada por células epiteliais glandulares endócrinas e tem um espaço interno, a luz do folículo, onde a substancia fica armazenada. Apenas a tireoide é folicular. 
Na luz interna do folículo (no seu espaço interno) fica armazenado uma substancia chamada de colóide. O colóide é a substancia que dará origem ao hormônio. 
Os hormônios podem ser lipídicos (derivados de colesterol-esteroide), proteicos e aminoácidicos (derivados de AA). 
Aminoacidicos é o hormônio da tireoide e da medula da adrenal. 
Lipidicos são os sexuais (dos ovários e testículos)
Os demais são polipeptídicos ou proteicos. 
Mecanismo básico da ação hormonal: hormônio + célula alvo com receptor próprio para o hormônio secretado. 
Tipos de sinalizações 
Sinalização parácrina: ocorre nas imediações do tecido (com célula vizinha, ou seja, célula de um mesmo tecido). O hormônio é liberado, mas como o receptor está em uma célula do mesmo tecido, o hormônio não precisa ganhar corrente sanguínea para chegar até a célula. Ele se funde na matriz extracelular e age na célula vizinha. 
Sinalização autócrina: É mais comum durante o desenvolvimento embrionário. Quando a célula produz um hormônio e produz o receptor para o próprio hormônio. Então, o hormônio é liberado e se liga no receptor que a própria célula tem. A célula se autoestimula.
Por que a sinalização autócrina é importante? Porque no meio do desenvolvimento embrionário ainda não tem todos os tecidos especializados, pois está em processo de diferenciação celular. Então, esse tipo de sinalização estimula as células a se diferenciarem. 
Contextualizando as sinalizações:
A célula de Leydig do testículo realiza sinalização parácrina – ela se localiza dentro do testículo, do lado de fora do túbulo seminífero e essas células produzem testosterona que será importante para promover a espermatogênese na parede do túbulo. 
Entretanto, essa testosterona também entra nos vasos sanguíneos e é distribuída para o corpo, onde agem em outros órgãos, sendo uma via endócrina comum. 
Tecido Conjuntivo 
Origina-se do mesênquima, que é um tecido embrionário formado por células alongadas, as células mesenquimais. O mesênquima se origina principalmente a partir do folheto embrionário intermediário, o mesoderma. 
Os principais tipos de tecido conjuntivo dos vertebrados são: tecido conjuntivo frouxo, tecido conjuntivo denso, tecido elástico, tecido mucoso e tecido reticular – esses fazem parte do tecido conjuntivo propriamente dito. Já o tecido adiposo, cartilaginoso, ósseo, sangue e linfa fazem parte do tecido conjuntivo especializado. 
Os três tipos principais de fibras do tecido conjuntivo são as colágenas, reticulares e elásticas. As fibras colágenas são fibras clássicas e mais numerosas. As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III e fibras elásticas. As fibras elásticas são compostas principalmente pela proteína elastina. 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo 
O tecido conjuntivo propriamente dito frouxo recebe esse nome porque suas fibras encontram-se frouxamente distribuídas na matriz extracelular, sem haver predomínio de um tipo de fibra sobre outra. As células mais abundantes nesse tecido são os fibroblastos e os macrófagos. É encontrado nas glândulas. 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso 
Adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos. É menos flexível e mais resistente a tensão que o frouxo. Quando as fibras colágenas não possuem orientação definida o tecido chama-se denso não modelado (encontrado na derme reticular da pele). Quando os feixes são paralelos uns aos outros e alinhados aos fibroblastos chama-se denso modelado (encontrado nos tendões). 
Tecido Elástico 
É composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. Está presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral. 
Tecido Mucoso
É de consistência gelatinosa graças à predominância de matriz fundamental. Encontrado no cordão umbilical. 
Tecido Reticular
É constituído por fibras reticulares intimamente associadas com fibroblastos especializados. 
Células
A divisão de atividades entre as células do conjuntivo determina o aparecimento de vários tipos celulares com características morfológicas e funcionais próprias. Em certos tipos de tecido conjuntivo maduro, algumas destas células estão presentes em número e padrão relativamente fixos, sendo denominadas células residentes. São elas: fibroblasto, macrófago, plasmócito, mastócito, célula adiposa. Além das células residentes, observam-se as células migrantes derivadas de precursores na medula óssea. De forma genérica, estas células só aparecem nos tecidos conjuntivos como parte da reação inflamatória à lesão celular. As células migrantes são representadas pelos leucócitos, encontrados nos vasos sanguíneos: eosinófilos, neutrófilos, basófilos, linfócitos, monócitos.
Fibroblastos 
É a célula mais numerosa do tecido conjuntivo propriamente dito. Os fibroblastos são responsáveis pela produção de matriz extracelular. Sintetizam as proteínas colágeno e elastina, além das glicosaminoglicanas e proteoglicanas que farão parte da matriz. 
Fibrócitos 
 
São menores e possuem um aspecto fusiforme, o núcleo é mais escuro e mais alongado do que o do fibroblasto. Durante a cicatrização, os fibrócitos revertem para o estado de fibroblastos, reativando a sua capacidade de síntese. 
Macrófagos
Os macrófagos fagocitam restos celulares, elementos anormais da matriz extracelular, bactérias e elementos inertes que penetram no organismo. São células secretoras capazes de produzir uma variedade de substancias que participam nas funções de defesa e reparo dos tecidos. Participam ainda nos processos de digestão parcial e da apresentação de antígenos. Um exemplo típico de célula processadora de antígenos é o macrófago que está presente na epiderme da pele, chamado células Langerhans. Derivam dos monócitos. Os macrófagos participam do sistema mononuclear fagocitário, nome dado ao conjunto de células originadas da medula óssea precursora dos monócitos. 
Monócitos
Derivam de células precursoras da medula óssea que se dividem produzindo os monócitos, que circulam no sangue. Em uma segunda etapa, estas células cruzam as paredes de vênulas e capilares e penetram no tecido conjuntivo, onde amadurecem e adquirem as características morfológicas de macrófagos. 
Mastócitos
Os mastócitos colaboram com as reações imunes e tem um papel fundamental na inflamação, nas reações alérgicas e na expulsão de parasitas. 
Plasmócitos 
Os plasmócitos têm sua origem a partir do linfócito B ativado e encontram-se envolvidos com a produção de anticorpos.
Tecido Muscular
Existe o tecido muscular esquelético; Tecido muscular estriado cardíaco e o tecido muscular liso. 
O tecido muscular esquelético tem contração voluntaria; forte e descontinua. Enquanto o musculo cardíaco tem contração involuntária, também forte, porém continua. E o musculo liso tem contração também involuntária, porém fraca e lenta. 
Músculo estriado cardíaco: 
As células musculares cardíacas são células cilíndricas ramificadas.Essa ramificação é chamada de dicotomia. Além de se ramificarem, há uma anastomose entre essas células que são determinadas por estruturas chamadas de discos intercalares. A anastomose e a dicotomia das células cardíacas faz com que essas células tenham aparência de um sincício – uma camada multinucleada de células. Essa anastomose e dicotomia é muito importante para o sincronismo na hora da contração e relaxamento desse músculo. 
O músculo cardíaco é um musculo estriado, ou seja, há a presença de estriações transversais, que são os sarcômeros (uma organização do citoesqueleto). O núcleo é central. As células cardíacas na maioria das vezes possuem apenas um único núcleo, mas podem ser binucleadas. 
As células musculares tem um revestimento de tecido conjuntivo frouxo, chamado de endomisio. 
Por que não liso não tem estriações? Porque não tem sarcômeros. 
O sarcômero: Unidade morfofuncional do músculo. 
Nos sarcomeros tem a presença de dois tipos de filamentos que estão organizados em bandas: os filamentos finos e os filamentos espessos. 
Os filamentos finos são formados por três proteínas: Actina, tropomiosina e troponina. A principal proteína desse filamento que vai ser importante para contração, porque ela tem o sitio de ligação do filamento fino com o filamento espesso, é a actina. A tropomiosina (ptn filamentosa) quando o músculo está relaxado tampa o sitio de ligação da actina, portanto quando o músculo está relaxado a actina não consegue se ligar ao filamento espesso, pois a tropomiosina está tampando os sítios de ligação. Ligada a tropomiosina, tem a troponina. Essa troponina tem 3 subunidades: tni, tnc e tnt. Cada subunidade tem uma função. 
Tni: inibe a interação entre actina e miosina.
Tnc: subunidade que tem afinidade por íons cálcio. Isso significa se houver cálcio disponível no citoplasma, ele se liga a tnc. 
Tnt: subunidade da troponina que se liga a tropomiosina. 
O filamento espesso é formado por uma única proteína: miosina. Tem uma região que é a cabeça da miosina e tem a haste da miosina. A cabeça da miosina é que tem o sitio de ligação com a actina, então na contração é a cabeça da miosina que se liga a actina (filamento fino). Essa cabeça da miosina também quebra o ATP em fosfato inorgânico e quando ela quebra esse ATP, ela gera uma força e essa força faz com que ela mude sua conformação. 
Um sarcomero vai de uma linha Z a outra. Na linha Z (ou disco Z) tem o filamento fino. E no centro do sarcomero preso a linha Z tem os filamentos espessos. No sarcomero há regiões que são chamadas de bandas. No centro do sarcômero tem a banda A. No centro da banda A tem uma região só de filamento espesso, essa região é chamada de banda H. No centro da banda H tem a linha E. Lateralmente à banda A, existe uma M banda I (No sarcômero tem duas M bandas I, uma de cada lado da banda A). Existe uma série de proteínas que vão permitir a adesão entre todos esses filamentos. Os filamentos contrácteis são de actina e miosina, mas existem filamentos intermediários que participam da organização desses filamentos contrácteis. Essas proteínas dos filamentos intermediários são: a titina (prende o filamento espesso à linha Z), alfa Actinina (prende os filamentos finos na linha Z), miomesina (prende filamento espesso na linha M), a proteína C (também prende filamento espesso), nebulina (auxilia a alfa actinina), tropomodulina (regula e mantém o comprimento do filamento de actina), desmina (circunda o sarcômero), distrofina (liga filamento espesso à linha Z). 
No processo de contração tem outras estruturas que participam desse processo, como o túbulo T e o reticulo sarcoplasmático. O túbulo T é uma invaginação da membrana plasmática. A cada linha Z a membrana se invagina, formando túbulos T. O túbulo T é importante para que a onda de despolarização (vinda de um estimulo nervoso) atinja outra estrutura intracelular que é o reticulo sarcoplasmático, pois associados a esses túbulos T tem o reticulo sarcoplasmático que possuem suas cisternas (porção dilatada do reticulo sarcoplasmático) associadas a esses túbulos T. 
O que vem a ser reticulo sarcoplasmático? É um reticulo endoplasmático liso modificado, que tem como função o armazenamento de íons cálcios. 
Ao comparar musculo cardíaco com musculo esquelético: uma diferença está em relação ao túbulo T. No cardíaco esse túbulo T fica ao nível da linha Z, então para cada sarcomero tem um túbulo T e uma cisterna de reticulo e essa associação de túbulo T com uma cisterna de reticulo sarcoplasmático é chamada de díade. No musculo esquelético o túbulo T está entre banda A e banda I, então há um túbulo T e duas cisternas. Portanto no musculo esquelético terá tríade. Além disso, no musculo cardíaco o túbulo T é mais desenvolvido, mas em compensação as cisternas de reticulo são menos desenvolvidas. O reticulo sarcoplasmático tem como função armazenamento de cálcio, se a cisterna do reticulo é menos desenvolvida significa que terá menos cálcio armazenado. Isso ocorre porque a contração no cardíaco é continua, portanto não há necessidade de ter cálcio armazenado. No musculo cardíaco também há mitocôndrias maiores e mais numerosas, pois como o musculo cardíaco contrai a todo o momento, é preciso de mais energia. 
O processo de contração muscular do musculo estriado cardíaco (interação entre actina e miosina): 
Primeira etapa: estimulo nervoso que provoca uma despolarização de membrana e túbulo T 
Segunda etapa: liberação do cálcio do reticulo sarcoplasmático 
Terceira etapa: cálcio disponível no sarcoplasma se liga a subunidade c (tnc) da troponina que muda de conformação e desloca a tropomiosina para o sulco entre os filamentos de actina. 
Quarta etapa: interação entre actina e miosina que provoca o encurtamento dos sarcomeros (contração – a contração é o encurtamento dos sarcomeros).
O musculo cardíaco não se regenera. A célula que morre é substituída por tecido conjuntivo (processo de cicatrização). O grande problema é que toda musculatura ao redor daquela área que cicatrizou continua com contratilidade, então continua estressando a área cicatrizada e vai chegar um momento que essa região arrebenta, dependendo da região que isso ocorra pode ser fatal. 
Tecido muscular liso 
Asma é uma doença crônica, inflamatória das vias aéreas inferiores e quando a pessoa tem contato com poeira, por exemplo, ocorre uma bronquioconstricção que dificulta na passagem de ar para o pulmão. (Aprendendo com o Ed)
As células do musculo liso são fusiformes, possuem fibras colágenas, possui núcleo único e central, não possui sarcômeros (por isso são chamados de liso), são revestidos por lamina basal. 
Os corpos densos do musculo liso que tem função na contração muscular e quem armazena cálcio são as calvéolas. 
A contração do musculo liso: 
Ocorre um estimulo em que a célula é despolarizada e o cálcio entra no citoplasma (sarcoplasma), esse cálcio ao entrar no citoplasma vai se ligar a uma proteína reguladora chamada de calmodulina que muda de conformação, formando o complexo cálcio-calmodulina. Esse complexo vai se ligar na caldesmona. Essa caldesmona vai mudar a conformação da tropomiosina e vai deixar exposto o sitio ativo da actina. E ao mesmo tempo esse complexo vai se ligar a uma proteína quinase fosforiladora da cadeia leve da miosina, chamada cadeia reguladora e vai fosfatar essa cadeia. Quando isso ocorre a meromiosina se distende e muda a conformação da cabeça da miosina que vai poder se ligar no sitio ativo da actina. A actina e miosina juntas estão ligadas a filamentos intermediários como desmina e vimentina. E esses filamentos intermediários vão se ligar aos corpos densos das células musculares lisas, ou seja, a actina e a miosina ao contrair, vão fazer toda célula contrair junta.
Importante entender nesse processo: No cardíaco tem o encurtamento dos sarcomeros pela aproximação da linha z. No musculo liso tem a contração da célula pelo deslocamento dos corpos densos que vai ser provocado entre a interação da actina com a miosina. 
Hipertrofia muscular:Aumento do volume celular 
Hiperplasia muscular: Aumento da quantidade celular (do numero de células), normalmente através de mitoses. 
Essa hipertrofia e hiperplasia podem ocorrer devido ao aumento da demanda funcional, a fatores de crescimento e a hormônios, podendo ser fisiológica ou patológica. Fisiológica: células musculares lisas do útero de uma mulher gravida devido a ação hormonal, essas células vão se hipertrofiar e vai ocorrer a hiperplasia também dessas células. E patológico, como no caso de alguma doença, onde a hiperplasia vai ser estimulada por alguma reação inflamatória. 
Citoesqueleto: 
Rede de microtubulos de filamentos de actina e filamentos intermediários que tem como função dar forma a célula. 
Frisando pontos abordados: 
Filamentos intermediários do músculo liso: vementina e desmina. 
Filamentos intermediários do músculo cardíaco: titina, miomesina, nebulina... (e todas as proteínas citadas lá em cima, durante a explicação do cardíaco. Preguiça de olhar de novo lá para escrever aqui, porque é claro que ainda não decorei e nem sei se vou).
Tecido Sanguíneo
Constituído pelo plasma (composto por água, albumina, fibrinogênio e outras ptns, vitamina, sais) e os elementos figurados.
Função: transporte de gases, de hormônio, equilíbrio ácido-base, equilíbrio osmótico. 
Os elementos figurados:
Hemácias ou glóbulos vermelhos (corpúsculos anucleados, bicôncavos e flexíveis): Relacionado ao transporte de gases. 
Células brancas ou leucócitos: Relacionadas a defesas.
Plaquetas (trombócitos): fragmento de células relacionadas ao processo de coagulação sanguínea. 
Obs: Existe uma diferença entre o plasma e o soro, que é a presença do fibrinogênio. No soro não tem o fibrinogênio (ptn), no plasma tem a presença de fibrinogênio (e de outras ptns). 
Obs2: Hematócrito: Porcentagem do número de hemácias sobre o volume total de sangue. 
Os Leucócitos podem ser subdivididos em dois grupos: Granulocitos e agranulocitos. 
Tanto granulocitos, quanto agranulocitos tem grãos, porém essa denominação granulócitos está relacionada a presença de um determinado tipo de granulo especifico. Os grânulos que não são específicos são chamados de azurofilos. Tanto os granulócitos, quanto os agranulocitos apresentam. Os grânulos azurofilos são lisossomos (apresentado pelos dois grupos), porém os granulócitos, além dos grânulos azurofilos, possuem grânulos específicos. Esses granulócitos são: 
Neutrófilos: Granulo com conteúdo básico e ácido
Eosinófilos: Granulo com conteúdo básico (afinidade por um corante ácido chamada de eosina).
Basófilos: conteúdo do granulo ácido (pq uma substância ácida tem afinidade por um corante básico, e essa substancia ácida que tem afinidade por um corante básico é dita basófila). 
Os agranulócitos são os monócitos e linfócitos. 
Hemácias: O processo de formação das células do sangue ocorre na medula óssea vermelha (localizada no interior dos ossos), a medula óssea apresenta tecido hematopoiético. E a hemácia é degenerada no baço que reconhece a “hemácia velha” porque ocorrem alterações nas hemácias como a perda de ácido siálico e a perda da elasticidade que serão reconhecidas pelos macrófagos do baço que estão relacionados ao processo de retirada de hemácias da circulação (hemocaterese). 
- As hemácias são bicôncavas e essa forma maximiza a superfície de troca. As hemácias também possuem hemoglobina (ptn) dentro, que confere a ela acidofilia. 
Existe alguns hormônios que controlam o processo de hematopoiese, especificamente relacionado a produção de hemácias, tem o hormônio eritropoietina. A eritropoietina é um hormônio produzido nas células endoteliais dos capilares peritubulares do cortéx renal (ou células intersticiais do cortéx renal) 
A hemoglobina: proteína que preenche a hemácia e que está relacionada a ligação com o oxigênio (e com gases de uma maneira geral, como monóxido de carbono...), portanto a hemoglobina é o elemento que se liga a esses gases. 
Proteínas do citoesqueleto da hemácia se ancoram nas proteínas de membrana e é isso que permite a maleabilidade das hemácias quando ela passa no interior dos capilares. 
Obs - Anemia Falciforme: ocorre uma mudança na forma da hemácia. Como a forma bicôncava está relacionada a um maior aumento de superfície e essa superfície tem a ver com o processo de transporte desses gases, na anemia falciforme ocorre um prejuízo na oxigenação das células e dos tecidos. 
Baço 
O baço é dividido em polpa branca e polpa vermelha. 
Polpa Branca: é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamento dessas bainhas. No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos existe predominância dos linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída pelos seios marginais. Nesses seios, encontram-se linfócitos, macrófagos e células dendrìticas que retém e processam antígenos trazidos pelo sangue. 
Polpa Vermelha: é formada por cordões esplênicos. Os cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) que contém outras células, como macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além de plaquetas e eritrócitos. 
Destruição de eritrócitos: Os eritrócitos quando envelhecidos são destruídos principalmente no baço (nos cordões esplênicos da polpa vermelha). Esse fenômeno de remoção das hemácias em via de degeneração é denominado hemocaterese e ocorre também, embora com intensidade muito menor, na medula óssea. Há indicações de que a redução da flexibilidade das hemácias e modificações de sua membrana sejam os sinais para a destruição das hemácias envelhecidas. Os macrófagos dos cordões esplênicos fagocitam hemácias inteiras e pedaços das hemácias que frequentemente se fragmentam no espaço extracelular. As hemácias fagocitárias são digeridas pelos lisossomos dos macrófagos, e a hemoglobina é desdobrada em diversos fragmentos, dando origem a um pigmento desprovido de ferro, a bilirrubina, a qual é devolvida ao sangue, captada pelas células hepáticas e por essas excretadas como um dos constituintes da bile. 
Obs: Na infecção bacteriana ocorre o aumento de neutrófilos no sangue. Já a Infecção Viral ocorre o aumento de linfócitos no sangue. 
Hematopoiese (Envolve processos como a formação de hemácias, através da eritropoiese; formação de leucócitos granulocitos, através da granulocitopoiese, linfocitopoiese, formação de linfócitos e monocitopoiese, formação de monócitos).
Eritropoiese: Formação de hemácias com estimulação da eritropoietina (ocorre ou por hipóxia no sangue ou por uma demanda maior dos tecidos de precisarem de oxigênio). 
Fases da eritropoiese: 
Volume total da célula diminui
Cromatina se condensa 
Núcleo se torna picnótico e é expulso da célula por exocitose 
Organelas diminuem a quantidade 
Granulocitopoiese (formação de leucócitos granulocitos): formação dos eusinofilos, basófilos e neutrófilos – surgem dos mieloblastos que sofrem mitoses e se transformam em pró-mielocitos. Esses pró-mielócitos se dividem e se tornam mielocitos é a partir de mielocitos que é possível distinguir entre eosinófilos, basófilo e neutrófilo, pois é possível identificar os grânulos específicos. Durante esse processo a forma do núcleo vai variando, a quantidade de granulocitos específicos vai aumentando. Há também uma redução do volume total da célula, a cromatina se torna mais condensada. Os azurofilos surgem primeiro que os grânulos específicos. 
Linfocitopoiese: formação dos linfócitos. Os linfócitos surgem de uma célula precursora que geram as células B e T.
Monocitopoiese: as células progenitoras dos monócitos são os pró-monócitos.

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