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RESUMO EXPANDIDO POLITICAS PUBLICAS DIREITO DO CIDADAO PAPEL DO GESTOR PUBLICO

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O CONTROLE SOCIAL E A RELAÇÃO ENTRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE GARANTIA DOS DIREITOS SOCIAIS E O DO GESTOR PÚBLICO 
João Alves de Souza�
O Estado Democrático de Direito impõe a existência de mecanismos de Controle Social como política pública de garantia dos direitos sociais, compreendendo-se o Estado como ente representativo da coletividade para a busca do bem comum. Para consecução desse intuito, impõe-se o papel do gestor público e a participação popular cuja representação se dá pela atuação de integrantes da sociedade, cada qual em sua esfera de atuação. Essa participação tem por finalidade garantir o acesso universal, igualitário e integral a todos que buscam os serviços do Poder Público. São instâncias consultivas e deliberativas que constituem mecanismos de atuação através da formulação e fiscalização dos serviços, a exemplo do Conselho Municipal de Saúde, sob a ótica do Sistema Único de Saúde, à luz da Lei Federal 8.080/90 com vistas a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e a Lei Federal 8.142/90.
Palavras-chave: Controle Social – Políticas Públicas - órgãos auxiliares do Controle Social
Introdução
No presente estudo o controle social é compreendido a partir da relação do Estado enquanto gestor dos recursos públicos e da sociedade civil em relação ao controle das atividades estatais para efetivação dos direitos sociais.
O Estado Democrático de Direito impõe a existência de mecanismos de Controle Social como as políticas públicas de garantia dos direitos sociais, compreendendo-se nesta relação os conselhos de gestão representantes da sociedade civil que atuam como fiscalizadores e canal efetivo de participação em prol do bem comum.
O estudo do controle social implica diretamente falar de cidadania, pois os conceitos se identificam pela capacidade do indivíduo participar do meio em que vive e pressupõe o exercício da Ordem Democrática de Direito e, porque não dizer de deveres, pois o verdadeiro cidadão é aquele que, participando, exerce os seus direitos e tem consciência de sua responsabilidade e respeito para com o seu próximo, contribuindo, pelas suas ações, para a sociedade justa, digna e sustentável. 
Desenvolvimento:
Controle social é a participação do povo, no exercício de sua cidadania, segundo a vontade coletiva, para atingir o Estado, as metas que devem ser alcançadas anualmente, a fim de tornar eficazes os programas de saúde a organização política e social, dentro de um contexto participativo e democrático, consiste no controle social com o fim de alcançar os objetivos comuns, dentro de uma perspectiva de princípio e compartilhamento.
Essa participação tem por finalidade garantir o acesso universal, igualitário e integral dos direitos pela prestação dos serviços do Poder Público. São instâncias consultivas e deliberativas, de atuação através da análise e fiscalização dos serviços, a exemplo dos Conselhos, Conferências, Audiências Públicas, Ouvidorias, Observatórios Social, são inúmeros instrumentos legais de participação social, além do próprio controle institucional pelo Ministério Público, Tribunais de Contas, Auditorias, Controladorias. 
A modernidade e a interação pelas inovações tecnológicas e redes sociais, são mecanismo que podem ser utilizados para o acompanhamento da gestão das finanças públicas pelo Portal da Transparência, criado Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 e regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal.
GARELLI (1988, 285), afirma que Controle Social, pela ótica da sociologia, conceitua o Controle Social como “o conjunto de meios de intervenção, quer positivos ou negativos, acionados por cada sociedade ou grupo social a fim de induzir os próprios membros a se conformarem às normas que a caracterizam, de impedir e desestimular os comportamentos contrários às mencionadas normas, de restabelecer condições de conformação, também de relação ao sistema normativo”.
O Estado Democrático de Direito tem por finalidade dar transformação positiva à promoção de uma vida digna à pessoa humana. 
Quando se pronuncia Estado Democrático de Direito, nos reportamos ao Controle Social, como uma forte ferramenta em fazer com que o gestor cumpra com o compromisso firmado com a sociedade, por seus representantes no colegiado, pois afinal de contas trata-se de um trabalho conjunto a fim de buscar soluções aos problemas sociais.
O que se contempla na Constituição Federal é a garantia de que a sociedade faça parte da gestão pelos mecanismos de controle social sobre as políticas públicas, através dos conselhos de políticas públicas. “A constituição estabelece bases jurídicas para a construção de um novo formato de cidadania, agora contemplando o ramo social como direito do cidadão e dever do Estado. Mas não apenas isto, agora a cidadania política transcende aos limites da delegação de poderes da democracia representativa e, expressa-se através da democracia participativa, através da constituição de conselhos paritários, que se apresentam como novo lócus de exercício político. CAMPOS e MACIEL, (1997, p. 145). É convincente ao cidadão que a democracia participativa por meio de dos Conselhos é algo que busca expressar a cidadania e a democracia.
Conclusão
Conclui-se que se a comunidade não fortalecer o papel do Controle Social a fim de participarem da formulação e no controle das políticas públicas, torna-se em vão todo o esforço do Poder Legislativo na criação de Leis e do Poder Executivo na regulamentação.
Todo esse mecanismo de formas de controle, tem como finalidade em dar evasão à má gestão dos recursos públicos, inserindo de fato na programação, organização e harmonização entre a real necessidade da coletividade, o retorno e o alcance das metas a serem executadas pelo gestor e a efetivação dos direitos.
Referências: 
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, Título VIII da Ordem Social, Capítulo II, Seção II, Artigo 198, inc. III. Senado, Brasília: DF. 1988. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8080.htm Acesso em: 09.ago.2016.
_______. Controladoria-Geral da União. Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas. Controle Social, orientações aos cidadãos. Brasília-DF, 2008.
CAMPOS, Edval Bernardino Campos. Política Social e Cidadania, in: Anais do 3º Congresso de Assistência Social da Amazônia. Belém, 2001.
GARELLI, Franco. Controle Social. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco (Coord.): trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira. Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27. edição. São Paulo: Malheiros, 2002.
PAIVA. Rodrigo Márcio Medeiros. O Controle Social na Administração Pública: Propostas para estruturar o seu desenvolvimento. Disponível em: http://bvc.cgu.gov.br/bitstream/123456789/2997/1/o_controle_social_na.pdf . Acessado em 08.08.2016.
TELLES, Vera. Sociedade Civil, Direitos e Espaços Públicos. In VILLAS-BOAS, Renata (org.). Participação popular nos governos locais. São Paulo, PÓLIS, 1994. (Publicações PÓLIS, 14
� Acadêmico do 10º. Semestre do Curso de Direito do Centro Universitário da Grande Dourados;

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