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DOENÇAS PEROXISSOMAIS (peroxissomos)

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DOENÇAS PEROXISSOMAIS
Muitas doenças humanas são conhecidas por serem ligadas as disfunções dos peroxissomos -os quais são responsáveis pela produção de peróxido de hidrogênio, por exemplo-. Essas doenças estão geralmente associadas a mudanças fundamentais e as vezes fatais no desenvolvimento humano. Sendo assim, as mesmas, são divididas em dois grupos importantes: grupo 1 e grupo 2.
Doenças do grupo 1- Nessas doenças, os peroxissomos tem um defeito generalizado em sua biogênese, são produzidos em número menor e as células perdem a capacidade de transferir enzimas típicas dos peroxissomos para seu interior. Como consequência, o peroxissomo fica vazio, e é constituído apenas pela membrana. Por esse motivo, a maioria das atividades peroxissomais se tornam deficientes. Alguns exemplos das doenças peroxissomais do grupo 1 são: Síndrome de Zellweger e Condrodisplasia Puntata Rizomélica.
A Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS), é uma doença rara que tem caráter genético autossômico recessivo, no qual afeta os genes que codificam as proteínas responsáveis pela síntese e montagem dos peroxissomos. É caracterizada pela interferência no crescimento da bainha de mielina e na ausência ou redução de peroxissomos nas células do fígado, cérebro e rins. Consequentemente, o indivíduo terá extrema fraqueza muscular, aparência facial característica, calcificação nas articulações e cistos renais. Logo, não ocorrerão as reações oxidativas características da organela necessárias para sua sobrevivência, levando-o à morte. A maioria das crianças com essa doença, morrem no primeiro ano de vida.
A Condrodisplasia Puntata Rizomélica, é também de caráter genético autossômico recessivo. A prevalência do tipo Rizomélico está estimada de 1 em 100.000. Corresponde a um grupo heterogêneo de displasias, caracterizado por calcificações puntiformes da cartilagem, frequentemente associadas a encurtamento dos membros, catarata, patologia da coluna, fissuras coronais em corpos vertebrais, alterações do sistema nervoso, deficiência mental e do crescimento.
O diagnóstico é baseado em radiologias, no pré-natal -quando a mutação causadora já tiver sido identificada na família- e pode ser confirmado pela análise molecular. 
Seu principal diagnóstico diferencial é a síndrome de Zellweger.
O tratamento é inexistente, e na maioria dos casos, a criança morre nos primeiros 10 dias de vida.
Doenças do grupo 2- Nessas doenças, a estrutura do peroxissomo é intacta; o que ocorre é por defeito de uma simples enzima peroxissomal, a qual resulta no acúmulo de substratos e na falta de seus respectivos produtos. Alguns exemplos das doenças 
peroxissomais do grupo 2 são: Adrenoleucodistrofia, Hiperoxalúria tipo I, Acatalassemia e a Doença de Refsum.
A Adrenoleucodistrofia (Doença de Schilder), é uma doença rara de transtorno recessivo ligado ao cromossomo X, podendo se manifestar nos primeiros meses de vida ou no início da adolescência. Essa doença compromete o metabolismo dos lipídeos, pois há a deficiência da enzima ligase acil-CoA gordurosa que transporta ácidos graxos para a matriz peroxossimal. Isso resulta no acúmulo de ácidos graxos de cadeia longa (AGCML) no sistema nervoso central, Córtex da adrenal e células testiculares. Sendo assim, o indivíduo pode ter deterioração neurológica, disfunção adrenal, perca de memória, entre outros sintomas. 
A Hiperoxalúria tipo I, é uma doença metabólica autossômica recessiva e rara. É resultante da deficiência da enzima hepática peroxissomal que degrada alanina glioxilato aminotransferase (AGT), a qual transforma glioxilado em glicina. Essa deficiência resulta no aumento da concentração de glioxilato, o qual é convertido em oxalato, que em grande quantidade, leva a uma insuficiência renal. Pode causar também hipertensão, defeitos de condução cardíaca e limitação da mobilidade articular.
A ausência de actividade da AGT pode ser confirmada por biópsia hepática. O seu tratamento requer a ingestão de líquidos de forma que, o indivíduo mantenha uma excreção urinária acima dos 3L/1,73m2/dia, suplementação com piridoxina (coenzima da AGT) e alcalinização da urina.
A Acatalassemia, se caracteriza pela deficiência no gene que codifica a formação da enzima catalase. É uma doença autossômica recessiva rara, consideravelmente benigna e assintomática, mas que em alguns casos, pode associar-se a infecções periodontais, ulcerações orais e gangrena, tais como, aterosclerose e diabete mellitus.
O diagnóstico pode ser feito mediante exames de laboratório, onde a atividade da catalase nos eritrócitos aparece reduzida, o sangue em contato com a água oxigenada se torna marrom, e o mesmo, não produz as típicas bolhas de oxigênio. O tratamento consiste na erradicação de possíveis infecções e intervenções periodontais adequadas para evitá-las.
A Doença de Refsum é uma doença neurológica, autossômica recessiva rara, resultante da deficiência de uma enzima, que por vez, se mostra incapaz de catalisar a alfa-oxidação do ácido fitânico (produto do metabolismo de gorduras), acumulando-o nos tecidos celulares e no plasma. Este acúmulo dá início a morte celular dos astrócitos, ativando assim, a rota de apoptose mitocondrial. 
Os primeiros sintomas começam na infância ou na adolescência, onde o indivíduo pode apresentar degeneração cerebelar, neuropatia periférica, cegueira noturna, lesões nos nervos, pele seca ou escamosa, movimentos espasmódicos, alterações ósseas e cutâneas, dificuldades na audição e entre outros.
O tratamento se dá por uma dieta pobre em alimentos que contenham ácido fitânico e fitol. É importante também, que o indivíduo mantenha seu peso normal, pois a perca do mesmo, acarretará na liberação do ácido fitânico armazenado no tecido do corpo, aumentando os sintomas associados a doença.
REFERÊNCIAS
http://retinabrasil.org.br/site/doencas/doenca-de-refsum-e-atrofia-girata/
:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/07_Mitoco%255endrias_peroxissomo.pdf
http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/peroxissomos/ https://djalmasantos.wordpress.com/2013/04/25/peroxissomos/ http://biocelularcb.blogspot.com.br/2012/08/doencas-peroxissomais.html http://saudecelulahumana.blogspot.com.br/2016/09/doencas-peroxissomais.html http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n1/12.pdf
http://estudandoraras.blogspot.com.br/2009/06/acatalassemia.html

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