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Estudo dirigido 1 – Saúde Mental e Trabalho - Capítulo - 8 Zanelli 
Wanderley Codo afirma que o sofrimento psicológico no trabalho tem sido estudado de três maneiras diferentes. Quis são elas e como devemos pensar a saúde mental nesta questão? 
O sofrimento psicológico no trabalho tem sido prioritariamente estudado de três maneiras diferentes. Para dizer de outra maneira, a história desta área selecionou três grandes abordagens para o problema: estresse, psicodinâmica do trabalho e epidemiologia do trabalho. Do outro, lado coloca-se o mesmo problema: é preciso pensar saúde mental de maneira a incluir o trabalho em seu leque de determinações. Uma teoria que tornasse o sofrimento psicológico dependente exclusivamente da infância, por exemplo, teria de ser criticada pela área. E ainda, trabalhar terá de ser pensado em sua dimensão subjetiva, tal e qual sua dimensão objetiva. 
Qual o sentido da psicologia do trabalho estudado no texto? 
O sentido da Psicologia do Trabalho que estamos adotando é um sentido de origem, ou ainda, de causa. Quer dizer que uma parte significativa dos fenômenos que a psicologia estuda provém, tem sua origem, sua determinação, é explicada, no e pelo trabalho. Estamos afirmando que “para compreende-se a psicologia, é preciso compreender o trabalho”; que o trabalho é um objeto de estudo necessário para se compreender o fenômeno psicológico, assim como, por exemplo, a psicanálise afirmou que seria preciso entender a sexualidade para se compreender a dinâmica psicológica. Aliás, mais do que um exemplo, afirmamos que o trabalho é tão importante quanto à sexualidade na construção da psique de qualquer ser humano.
Por que, em psicologia, não se pode pensar somente em fatores externos para se entender o sofrimento psíquico?
Ensinaram a nós que, em psicologia, simplesmente, não pode-se pensar somente em fatores externos. Porque, para a vida humana, nada pode ser considerado externo, ou melhor, tudo importa na exata medida em que se internaliza pala ação humana.
O autor destaca que o exercício científico de Psicologia do Trabalho trata da esperança de que o trabalho seja capaz de ajudar-nos a compreender o ser humano, tarefa, por sua vez, da própria psicologia. Desta forma, o que é a Psicologia do Trabalho? 
A Psicologia do Trabalho é uma abordagem que tem como foco principal o estudo e a concepção do trabalho humana em todos os seus significados e manifestações (Lima, 1996), e em diferentes contextos. 
O que é Saúde mental para FREUD, qual a proposta da psicologia ressaltada no texto e como o autor define o problema da psicologia? 
Para Sigmund Freud, a saúde mental é a “capacidade de amar e de trabalhar”. Não é preciso ser um psicanalista para concordar com isso, e mesmo se você nunca tivesse escutado falar em psicologia, concordaria que estas são as duas grandes áreas na vida de um ser humano adulto: o amor traduzia nos afetos, nos amigos, na família e no erotismo, e o trabalho, na profissão, no dinheiro, na classe social, na produção, no consumo, entre outros fatores. De forma ampla, nada ficou de fora: amar e trabalhar resumem a vida adulta. Pelo amor reproduzimo-nos, pelo trabalho produzimos – produzir e reproduzir explicam a nossa existência. Se é uma proposta da psicologia entender o indivíduo e enfrentar o sofrimento psicológico, a doença mental, os distúrbios psicológicos, ou qualquer outro nome que queiramos dar a estes fenômenos, então, o problema da psicologia estará em entender como os homens amam e como trabalham; em seguida, terá de propor modos saudáveis de viver, ou seja, de amar e trabalhar. Simples de dizer, mas complicado de fazer. 
Quis as definições, segundo o autor, de saúde mental, distúrbio psicológico, sofrimento psicológico (ou doença mental)?
 Saúde mental: é a capacidade de construir a si próprio e á espécie, produzindo e reproduzindo a si próprio e á espécie. Distúrbio psicológico, sofrimento psicológico ou doença mental são o rompimento dessa capacidade. 
Explique como o termo estresse se popularizou. Defina-o.
O termo estresse popularizou-se a partir de seu uso na medicina, de tal forma que ninguém desconhece ou deixa de usá-lo em algum momento e com os mais variados significados. 
Em casos de estresse, como o trabalhador pode estar sofrendo em termos de saúde mental? 
Compreendido como reação ante as demandas sociopsicológicas, o estresse, como um estado intermediário entre a saúde e a doença, passa a ser um possível indicador das consequências do trabalho sobre os trabalhadores, que podem estar sofrendo em decorrência das condições e características de sua atividade, sem necessariamente apresentar nenhum quadro patológico definido.
Que características e condições específicas do trabalho já foram identificadas como potenciais para provocar o estresse? 
Sendo que tanto fatores externos (condições ambientais) quanto exigências físicas e mentais podem estar entre os estressores responsáveis pelo estresse decorrente do trabalho. Com relação ás condições ambientais, ruído, temperatura, vibração, iluminação e poluição têm sido classicamente apontados como estressores produzidos no ambiente de trabalho. 
 Que resultado contrastam com aqueles encontrados em grupos de trabalhadores com atividades flexíveis e variadas? 
Como consequência de trabalhos que têm as monotonias como características, alterações nas taxas hormonais e até mesmo o aumento dos riscos de doenças cardíacas têm sido observados. Esses resultados contrastam com aqueles encontrados em grupos de trabalhadores com atividades mais flexíveis e variadas. Além dessas alterações fisiológicas, a tensão psicológica também aparece como consequência de trabalhos repetitivos e monótonos. Da mesma forma, a monotonia e a fragmentação das atividades, assim como outros aspectos relacionados á organização e ao conteúdo do trabalho, tais como sobrecarga, conflito e ambiguidade de papel, também são apontados como possíveis estressores no trabalho. Mas, diferente do que é comumente pensado, alguns estudos mostram que somente a sobrecarga de atribuições (muito trabalho, muitas demandas) não leva diretamente ao estresse. O problema surge principalmente quando esta sobrecarga as socia-se á falta de autonomia e, em consequência, as alternativas para se lidar com a situação ficam muito restritas (Kahn e Byosiere, 1992).
 Qual o objetivo da abordagem Psicodinâmica do Trabalho?
A Psicodinâmica do Trabalho -, cujo objetivo passa a ser a compreensão das estratégias ás quis o trabalhador recorre para manter-se saudável, apesar de certos modos de organização do trabalho patologizantes. Suas pesquisas passam então a concentra-se nas estratégias que permitem ao trabalhador não adoecer, mesmo quando submetido a uma organização de trabalho potencialmente patogênica, focalizando as defesas que esse sofrimento suscita. Com isso, Dejours se afasta definitivamente de Le Guillant. 
 O sofrimento no trabalho é sempre patogênico? Por quê? 
O sofrimento, considerado inerente ao processo de trabalho, e assim impossível de ser eliminado, não é necessariamente patogênico, mas pode vir a tornar-se quando todas as possibilidades de adaptação ao trabalho para coloca-lo em concordância com o desejo individual forem utilizadas e as demais possibilidades estiverem bloqueadas. Esse sofrimento pode ser transformado em criatividade e beneficiar a identidade – sofrimento criativo, ou pode tornar-se patogênico – sofrimento patogênico -, podendo encaminhar-se para a doença quando as defesas individuais e coletivas fracassam. 
 
 De acordo com o texto, quem foram Ramazzini e Le Guillant? 
Le Guillant trata-se de um médico comunista, onde estava interessado em criticar a psiquiatria/ psicologia. Foi pioneiro ao articular os aspectos sociais as condições objetivas e subjetivas do trabalho e fatos clínicos na busca dos possíveis determinantes do sofrimento psíquico. 
Ramazzini publicou em 1700 o livro “As doenças dos trabalhadores” no qual apresentava o estudo de patologias de mais de 40 categorias profissionais.Criando a conhecida frase: “É melhor prevenir do que remediar”.
 O que o campo da Saúde Mental e Trabalho pretende compreender e como? 
O campo da Saúde Mental e Trabalho tem a chance de inserir e compreender o gesto do homem onde ele, sempre esteve, no fazer cotidiano da vida, no seu trabalho. Na direção da compreensão desse sujeito na sua saúde e bem-estar e não na busca direta de maior produtividade ou lucratividade. 
 Explique as principais abordagens sobre concepção de trabalho de acordo com o quadro 8.5 do texto. 
Estresse (concepção de trabalho): o homem quer e precisa de paz no trabalho, que pode e deve ser um lugar sem conflitos. Quando mais tranquilidade, concordância e calma no trabalho melhor. 
Psicodinâmica do trabalho (concepção de trabalho): o trabalho é portador de sofrimento e afasta o homem do prazer; o melhor trabalho é o que permite sublimar o sofrimento. Quando há sublimação, não há desprazer no trabalho. 
Epidemiológica (concepção de trabalho): o trabalho é ou deve ser sempre prazeroso, pois é a forma como o homem constrói, a si próprio. Se o trabalho não é poutado do prazer, então há alguma coisa de errado com ele. O sofrimento no trabalho deve ser combatido, porque é o produto de algum tipo de alienação. 
 Quais os desdobramentos destas abordagens? 
Os desdobramentos da concepção de homem sob as teorias do estresse: para os teóricos o estresse; o relacionamento do homem com a natureza, dele com os outros e consigo mesmo vem conflito, particularmente no trabalho. O estresse, geralmente é utilizado como crítica a organização de trabalho moderna. 
Os desdobramentos da concepção de homem sob a psicodinâmica do trabalho: a psicodinâmica quer ouvir o trabalhado, e não o seu trabalho. No entanto o trabalho possa a ser portador da saúde (ou da doença) mental seria admitir um fazer e um refazer da estrutura do sujeito. 
Os desdobramentos da concepção de homem sob a epidemiologia do trabalho de base marxista: o trabalho tem seu próprio rumo, faz e refaz o destino dos homens. Cabe aos homens lutarem para refazer o trabalho.

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