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Psicologia Aplicada ao Direito Prof. Ms. Bruno Eduardo Silva Ferreira Alan Ferreira de Oliveira – 2018 O estudo da Psicologia O que é a Psicologia? Estudo da subjetividade humana: o homem, suas relações e determinações biológicas, sociais e históricas; Porque estudar Psicologia no curso de Direito? O Direito surge para regular a convivência entre as pessoas; a Psicologia ajuda a compreender esta convivência, qualificando o trabalho do operador do Direito; Breve histórico da psicologia: Grécia Antiga – afastamento da Filosofia – Psicologia Científica. Ciência e senso comum Psicologia do senso comum e Psicologia científica; Ciência e Senso Comum se referem à realidade, mas a abordam de forma diferente; O senso comum se baseia na experiência, reciclando outros saberes e criando um tipo de “teoria simplificada”; A ciência busca, de maneira sistemática e controlada, compreender os fenômenos em sua totalidade; desta forma, pode-se generalizar seus resultados. Psicologia Científica A Psicologia possui diversos objetos de estudo, refletindo sua multiplicidade e a complexidade humana; Adotaremos como objeto de estudo a subjetividade humana e suas expressões – visíveis e invisíveis; A Psicologia apresenta várias abordagens, cada qual com seu objeto de estudo definido; veremos as principais correntes teóricas a seguir. Behaviorismo – estudo do comportamento COMPORTAMENTO RESPONDENTE: respostas produzidas por estímulos do ambiente, independem da aprendizagem. São os reflexos; COMPORTAMENTO OPERANTE: não produzido por estímulo externo; é “ativo”. Reforçamento: Conseqüência que altera as chances de nova ocorrência desta resposta; Punição: consequência negativa a um comportamento; não altera a motivação do mesmo; Extinção: a resposta deixa de ser reforçada, levando à extinção do comportamento; Gestalt – estudo da percepção Gestalt é um termo alemão que traduzido para o português se aproximaria dos significados forma ou configuração; A percepção envolve a captação do estímulo (sentidos) e a sua interpretação posterior; A Gestalt estuda a percepção porque seria ela quem determina o comportamento: reagimos à percepção do estímulo, e não ao estímulo em si. Busca da boa-forma (estabilização da percepção); Insight: percebemos algo sem significado aparente e, de repente, passa a ter sentido, como uma espécie de entendimento interno; Psicanálise – estudo do inconsciente Sigmund Freud (1856-1939) tratou os “processos misteriosos do psiquismo” como problemas científicos; Freud compreendeu que os sintomas da histeria estavam ligados a conteúdos reprimidos; Consciência: recebe informações do mundo interior e exterior: funções mentais superiores; Pré-consciente: sistema em que permanecem os conteúdos acessíveis à consciência (não ameaçadores); Inconsciente: conjunto de conteúdos que não estão presentes no campo efetivo da consciência, devido ao recalque (processo que afasta da consciência tais conteúdos); Psicanálise: segunda estrutura (1900) Id: reservatório de energia psíquica, regido pelo princípio do prazer; Ego: equilíbrio entre as exigências do id, a realidade e as exigências do superego; Superego: surge a partir da internalização das exigências sociais e das interdições parentais; Psicologia Social A psicologia social compreende o homem em seu contexto social e histórico; Ao conceber o homem como ativo, a psicologia social analisa de que maneiras o homem determina a si mesmo e o ambiente à sua volta; Esta forma de se fazer psicologia aponta o processo dialético de construção da subjetividade; o homem constrói seu ambiente, e ao fazê-lo, constrói a si próprio. Psicologia no Brasil A psicologia se constitui como profissão no Brasil desde 27 de agosto de 1962, e desde então vem redefinindo seus limites e suas possibilidades; Sua atuação é complexa e multideterminada, pois o profissional de psicologia pode atuar de forma autônoma ou em conjunto com profissionais de diversas áreas do saber; Assim, tem-se a psicologia nas organizações, hospitais, escolas, trânsito, dentre outras, além da psicologia jurídica. Psicologia Jurídica no Brasil A psicologia jurídica surge a partir da demanda por instrumentos de avaliação capazes de aferir aspectos subjetivos dos indivíduos inseridos no contexto jurídico; Desta forma, a psicologia avaliava temáticas como a doença mental e a psicopatologia em geral, para auxiliar as decisões do juiz; Estas demandas ainda são levadas ao psicólogo; Contudo, a psicologia vem mudando o foco de sua atuação, fazendo a interlocução entre o judiciário e as partes que comumente não são ouvidas nos processos.
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