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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE PSICOLOGIA Acadêmica: Juliana Sampaio Professora: Mª. Dirce T. Tatsch Disciplina: Psicologia e Politicas Publicas Resenha: “A Psicologia e o Sistema Único de Saúde: Quais Interfaces?”. A relação da Psicologia com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil tem como questão a critica da separação entre clinica e politica, que está fortemente presente na formação e na pratica profissional dos Psicólogos. Penso que deveria haver um preparo na grade curricular das universidades, para que os psicólogos depois de formados possam vir a atender a demanda, colocando assim a responsabilidade de formar profissionais para esta área, com disciplinas que tenham como base os princípios e diretrizes do SUS. Por outro lado, mais do que as universidades colocarem em suas grades curriculares as disciplinas a serem incluídas, precisamos entender quais são os compromissos éticos-políticos que os graduandos tem como principais prioridades em suas ações. Isto na verdade nada mais é do que tomar uma posição, uma atitude quanto ao campo de objeto da psicologia na intervenção, seja ela individual ou coletiva. Acredito que a partir do momento que o profissional da psicologia tomar uma posição ética, haverá uma identidade, que será definida através da formação entre o subjetivo e o politico. Pois como não pensar nos compromissos políticos se a psicologia não se incluir no mundo e no país onde vivemos. Como não pensar na saúde mental de cada um e com a saúde de todos sem separa-las? Ao atendermos o sujeito na sua individualidade, ou seja, na clinica, acabamos devolvendo-lhes a sociedade que é o coletivo. Há alguns princípios éticos que podem contribuir sobre as interfaces da psicologia: Principio da Inseparabilidade: neste principio podemos perceber que é impossível separar a clinica da politica, o individual do social, o singular do coletivo, pois a psicologia é o campo do saber voltado para os estudos da subjetividade. O SUS é fundamentalmente politica publica, porque é de qualquer um, portanto é uma dimensão da experiência coletiva. Por isso as interfaces da Psicologia com o SUS se darão pelos processos num plano coletivo. Principio da autonomia e da corresponsabilidade: este principio diz que também é impossível se pensar nas praticas dos psicólogos que não estejam comprometidos com o mundo, com o país onde vivemos, mas principalmente com as condições de vida da população e com o engajamento na promoção da saúde. A interface da psicologia com o SUS se dá pelo processo de inventar-se é a invenção do mundo. Principio da Transversalidade: neste principio a Psicologia deve ser explicada, e isso acontece devido a relação com os outros saberes\poderes. Pois é nos saberes que a invenção acontece, e que é possível contribuir para outro mundo possível e para outra saúde possível. Por isso, podemos dizer que a contribuição da psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) está no cruzamento de destes 3 princípios. Todavia é num certo método de operar que pode estar nossa maior contribuição e também nosso maior desafio, enquanto profissionais psicólogos para atender a demanda do SUS.
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