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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
cancêr. 
Câncer de mama: Terapias psicológicas e A ressignificação do ser ADOECIDO. 
			
Delfina Ilza Ferreira - RA: B74DFD-9
Ivan Vieira do Carmo - RA: B0785A-0
Joyce Ferreira Alexandrino - RA: C003IF-0
Franciele Benetti Botelho - RA: T14854-5
Campus Limeira – Limeira - SP
2017
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
			
			Delfina Ilza Ferreira - RA: B74DFD-9
Ivan Vieira do Carmo - RA: B0785A-0
Joyce Ferreira Alexandrino - RA: C003IF-0
Franciele Benetti Botelho - RA: T14854-5
CANCÊR.
CÂNCER DE MAMA: TERAPIAS PSICOLÓGICAS E RESSIGNIFICAÇÃO DO SER ADOECIDO. 
Projeto de pesquisa apresentado para a disciplina Temáticas de Pesquisa em Psicologia do 7º sem. do curso de Psicologia, campus Limeira, sob a orientação do Professor Ms. Osvaldo Rocha.
Campus Limeira – Limeira - SP
2017
A Fenomenologia como base epistemológica e como método de pesquisa. 
	Na transição do séc. XIX para o séc. XX em meio a uma crise de paradigmas entre o meio acadêmico filosófico alemão, os eruditos doutores em filosofia perdiam espaço para o novo movimento de psicólogos experimentais preenchendo cadeiras acadêmicas de filosofia na Alemanha. Atitude esta que trouxe uma velha questão que permeava os campus universitários, a disputa entre a experiência do sujeito e o pensamento do sujeito. A inauguração de Wundt do laboratório de pesquisas psicológicas, traz a psicologia para mundo das ciências objetivas e rigorosas, a psicologia toma posse do seu objeto de pesquisa, a consciência, e seu método de pesquisa a experiência imediata do sujeito. Uma controvérsia entre filosofia e psicologia, como relata PEREZ (2015, p. 2-3), sobre e o “objeto e os métodos da Psicologia” e intensas críticas sobre as limitações do método experimental. 
O método positivista que visava medir, prever e controlar o objeto de estudo e fundamentar uma base segura para a ciência, colocava o método experimental como medida das ciências naturais e objetivava suas relações em leis extraídas deste processo experimental. Desta maneira para ser provado como verdadeiro, qualquer pressuposto deveria passar pelo crivo da experiência científica, mas, do outro lado a lógica mentalista defendia o pensamento como medida e entendimento dos objetos e métodos. SANTANA (2008, p.27)
Neste cenário acalorado por questões e embates, um filósofo e matemático chamado Edmund Husserl, começa a traçar uma filosofia, que a seu ver, deveria ser uma base segura, rigorosa para o conhecimento humano e questionadora da pretenciosa cientificidade plena do naturalismo, como também se desviando do conceito cartesiano, no qual, o pensar leva a lógica do existir, entretanto, com Husserl o pensar tem intencionalidade de um objeto percebido e o tem consciência deste e este pra sua consciência que em si mesma é transcendente, sendo esta uma resposta para as questões emergentes entre o naturalismo e o psicologismo, bem como, seus conceitos. Feijó (2011, p.30-31).
Começa a surgir um movimento filosófico e epistemológico que não visa catalogar ou intuir sobre o fenômeno, mas refletir sobre ele, suspender seus conceitos para purificar o objeto de estigmas ou rótulos e descrever sobre o que se apresenta a mente do sujeito, a Fenomenologia. Ciência que trazia um novo olhar para os fenômenos, mas também proporia uma reflexão filosófica sobre o existir do indivíduo consigo mesmo e sua relação de coexistência com o mundo, com os outros e com o desconhecido May (2000 apud Martins, Almeida, Modena, 2011, p. 4). Este olhar vai se referir ao fenômeno de um modo peculiar, “[...] a fenomenologia [...] olha para o fenômeno, [...] aqui o emprego da palavra fenômeno se baseia numa determinada compreensão do que é ser”. Sapienza (2007 p. 9).
A fenomenologia coloca, como ponto de partida de sua reflexão, aquele ser que se dá a conhecer imediatamente, ou seja, o próprio homem, colocando-o dentro de uma dimensão ontológica. Possibilita a compreensão do ser, pois ele é aquilo que se oculta naquilo que se manifesta por meio da linguagem. SALES et al. (2014 p.2).
Sapienza (2007 p. 22) relata que Husserl desejando atingir ás “essências dos atos de consciência” através dos quais temos a possibilidade de ativarmos a imaginação, a percepção, as lembranças, a decisão, entre outros, para ir ao objetivo primordial que o conhecimento puro do fenômeno. Para traçar este caminho Husserl propõe dois momentos: a redução eidética, encontrar o sentido puro ou essencial, e a redução fenomenológica, que propõe suspender “concepções e julgamentos prévios a respeito daquilo que se deseja investigar e procura se prender à evidencia do que se apresenta para a consciência” Sapienza (2007, p. 23-24). Heidegger (1889-1976), assistente e depois sucessor de Husserl na Universidade de Freiburg, vai procurar não só o fenômeno que se mostra, mas, o que também está oculto, ou seja, seu sentido dentro da vivencia deste ser ontológico e histórico sendo que a partir disto pode ser analisado em uma hermenêutica do ser. Sapienza (2007, p. 25). Historicamente o ser vivencia e sua vivencia pode ser interpretada. 
A averiguação fenomenológica não vai partir de um problema, mas de uma interrogação. Quando o pesquisador interroga, ele terá uma trajetória e caminhará em direção ao fenômeno, naquilo que se manifesta por si, por meio da linguagem da pessoa que experiência a situação. Destarte, para saber algo que nos leve à compreensão das concepções das pessoas [...], devemos interrogá-las em sua mundanidade de mundo, ou seja, em seu próprio mundo humano onde elas vivenciam o fenômeno a ser desvelado, o qual constitui nossa região de inquérito. SALES et al. (2014 p.3).
A fenomenologia é uma atitude de reflexão do fenômeno que se mostra, na relação que estabelecemos com os outros, no mundo. Temos como atitude fenomenológica e solidariedade de reconhecimento em vivenciar a empatia a ao movimento de pertencente a uma visão de homem e de mundo. Ser solidário é pertencer ao mesmo conjunto e partilhar as mesmas experiências, a mesma história vivida por esses indivíduos, nas palavras de Sapienza (2007, p.11) “Esse é um modo de pensar para o qual o essencial do homem não é ser racional, mas sim ser destinado ao cuidado”. 
	Compreender o fenômeno objetiva a fenomenologia objetiva compreender o fenômeno. Compreensão não diretiva e sim expansiva de significados. Desta maneira, possivelmente entenderemos os mundos do fenômeno. A fenomenologia é uma maneira de pesquisa que se inicia com uma questão. SANTANA (2008, p.8)
O método fenomenológico se da por uma abertura do ser que anseia captar certo fenômeno e sua emanação, através de suspensão de conceitos próprios ou poluição de objetos. Descrição do fenômeno e sua interpretação através de questões e reflexões do pesquisador. Segundo SANTANA (2008, p.8) na pesquisa há um momento chamado de “pré-reflexivo, que engloba dúvidas do pesquisador, um segundo momento denominado de epoche ou suspensão de conceitos sobre o objeto, terceiro momento para a fenomenológica é estabelecer uma região de inquérito, para compreender, a partir desta se chegue aos conteúdos para compreender o vivido pelos sujeitos. 
Destarte procedimento metodológico da fenomenologia enquanto estratégia de abordagem científica prioriza as várias maneiras de destacar um determinado fenômeno, pois será através dos vários ângulos a partir dos quais os sujeitos veem o objeto que este será esgotado em seu conhecimento SANTANA (2008, p.8).
FEIJÓ, Ana Maria Lopez Calvo de – A existência para além do sujeito: A crise da subjetividade moderna e suas repercussões para a possibilidade de uma clínica psicológica com fundamentos fenomenológico-existenciais / Ana Maria Lopez Calvo de Feijó – 1.ed. – Rio de Janeiro: Edições IFEN : Via Verita, 2011. 207 p.; 20,5cm.
Martins, Alberto Mesaque; Almeida, Suellen Santos Lima de; Modena, Celina Maria O ser-no-mundo com câncer: o dasein de pessoas ostomizadas - Rev. SBPH vol.14 no.1, Rio de Janeiro - Jan/Jun. – 2011- disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8883/2/O%20ser-no-mundo%20com%20c%C3%A2ncer.pdf – acesso em: 26/03/2018.
PERES, Sávio Passafaro. A fenomenologia de Husserl no contexto da psicologia na virada para o século XX. Estud. pesqui. psicol.,  Rio de Janeiro ,  v. 15, n. 3, p. 986-1005, nov.  2015 .   Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812015000300012&lng=pt&nrm=iso . acessos em  25  mar.  2018.
POKLADEK, Danuta D. O que é Fenomenologia. - Santo André - SP - Disponível em: http://www.psicoethos.com.br/si/site/0402/p/O%20que%20%C3%A9%20Fenomenologia – acesso em: 26/03/2018
SALES, Catarina Aparecida et al . Sobrevivi ao câncer: análise fenomenológica da linguagem dos sobreviventes. Texto contexto - enferm.,  Florianópolis ,  v. 23, n. 4, p. 880-888,  Dec.  2014 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072014000400880&lng=en&nrm=iso>. access on  24  Mar.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072014002050013.
Santana, Paulo Emilio de Assis. Uma Breve Análise Didática dos Métodos Científicos Positivismo, Materialismo Histórico e Fenomenologia. - Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas jan./jun. 2008, v. 13, n. 1, p. 25-35 – Maringa – PR. Disponível em: http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revcesumar/article/view/680 - acesso em: 26/03/2018.
SAPIENZA, BILE TATI - Título: DO DESABRIGO A CONFIANÇA. Edição: 1ª edição; abril 2007, pág:132

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