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Bárbara Gonçalves – Turma XXIV GT 1 – Comportamento de Risco Referências: - Med Curso - Capítulo 8 – Infecção por HIV e AIDS (Veronesi) - Capítulo 5 – AIDS: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Tavares) - Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV (Ministério da Saúde, 2013) - Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos (Ministério da Saúde, 2013) - Guia do Tutor O vírus HIV CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS - Os vírus possuem: • Genoma viral: ácido nucleico, que contém as informações gênicas • Capsídeo: capa proteica que envolve o genoma viral. - Para alguns vírus, o conjunto genoma-capsídeo constitui a partícula viral completa – chamada de vírion. - No caso de vírus mais complexos, como os retrovírus, o conjunto genoma-capsídeo é circundado por um envoltório lipoproteico. - Os vírus são organismos intracelulares obrigatórios dependem de uma célula viva para se reproduzirem, pois, não possuem o maquinário necessário para a síntese de suas próprias proteínas. Assim, a partícula viral precisa se ligar à membrana da célula hospedeira e depositar seu material genético no citoplasma para que ele, então, seja lido e traduzido na síntese de proteínas virais, que irão compor novos vírus. O HIV - Chamado de Vírus da Imunodeficiência Humana - Gênero: Lentivírus - Família: Retroviridae (ou seja, um retrovírus) • Retrovírus são vírus de RNA, que através da enzima transcriptase reversa, são capazes de transformar seu genoma de RNA em uma dupla fita de DNA e integrá-lo ao genoma da célula hospedeira. - É constituído por: • Genoma de duas cópias de RNA: contém os genes: ❖ pol: codificam as enzimas transcriptase reversa, integrase e protease ❖ gag: codifica a matriz proteica, o capsídeo viral e as proteínas nucleares ❖ env: codifica as proteínas da membrana gp41 e 120 • Capsídeo: composto pela proteína p24. Contém em seu interior: ❖ Material genético ❖ RNAtransportador ❖ As enzimas necessárias à replicação viral (transcriptase reversa, integrase e protease). • Envoltório lipoproteico: membrana oriunda da membrana externa da célula hospedeira. Possui duas glicoproteínas: ❖ gp120 (proteína de superfície) garante a ligação do vírus com a célula do hospedeiro. ❖ gp41 (transmembrana) garante a entrada do vírus dentro da célula hospedera. - Possui dois subtipos: HIV-1 (mais comum) e HIV-2 (infectividade e patogenicidade menor) - Possuem mecanismos de evasão da resposta imune: ▪ Bloqueia inibidores inatos de vírus (como a APOBEC3G) ▪ Infecta linfócitos TCD4 e, com isso, inibe o controle da imune celular ▪ Evade dos anticorpos através de mutações constantes ▪ Adquire resistência aos antirretrovirais também em função das mutações Bárbara Gonçalves – Turma XXIV CICLO VIRAL - A infecção se inicia com a entrada do vírus na célula que ocorre através da ligação da proteína de superfície gp120 com o receptor de membrana denominado CD4. • O CD4 está presente na superfície das seguintes células: Linfócito T helper (TCD4), células dendríticas e macrófagos/monócitos. - A interação com o CD4 induz uma mudança conformacional na gp120, que expõe os sítios de ligação para dois correceptores presentes na célula do hospedeiro: CCR5 (para vírus macrofagotrópicos) e CXCR4 (para os que tem tropismo por linfócitos). Sem a ligação com os correceptores não ocorre a entrada do vírus na célula. - Em seguida, ocorre a fusão do envoltório lipoproteico do vírus com a membrana da célula, que é mediada pelo gp41. Assim, o capsídeo (contendo proteínas e enzimas) e o material genético são liberados no citoplasma. - No citoplasma, o RNA viral é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa. - A dupla fita de DNA formada é levada ao núcleo e integrada ao genoma da célula hospedeira, através da enzima integrase. - Uma vez integrado, o DNA viral permanece na célula enquanto ela estiver viva. - O DNA viral é transcrito em RNAm e, a partir dele, são produzidas as proteínas que irão compor a nova partícula viral. - A enzima protease processa as proteínas produzidas tornando-as menores e capazes de realizar suas funções. - O RNA genômico que irá compor os novos vírus é produzido da mesma forma que o RNA mensageiro. - Após a produção e montagem de todos os componentes virais, o vírus é liberado por brotamento. A infecção pelo HIV TRANSMISSÃO - As vias de transmissão do vírus são: • Contato sexual (principal forma de contágio) - Qualquer forma de intercurso sexual na qual ocorra troca de fluidos entre os parceiros apresenta risco de transmissão do HIV. - O vírus pode ser transmitido diretamente para o sangue (mucosa lesada, úlcera genitais) ou através da membrana mucosa. - O sexo anal receptivo é a atividade sexual de maior risco pela maior probabilidade de trauma. - O risco de transmissão de HIV durante uma relação sexual é em torno de 0,1%. - A probabilidade de transmissão de um homem infectado para uma mulher é maior do que a da mulher infectada para o seu parceiro. (VERONESI) - O sexo oral é uma via de transmissão do vírus, embora seja incomum. Bárbara Gonçalves – Turma XXIV - A transmissão do vírus é mais provável nos estágios de maior viremia (na infecção primária e na fase avançada). - O uso de antirretrovirais ajuda na diminuição do risco de transmissão, porém, não zera. - Homens circuncisados tem menor risco de adquirir o vírus (60x menos chances). - O uso de preservativos de látex reduz em quase 100% o risco de contágio. • Através do sangue (compartilhamento de agulhas, hemotransfusões, acidentes no ambiente de trabalho) - É a via mais efetiva em transmitir o HIV. Isso se deve tanto pela alta concentração viral encontrada no sangue (maior que em quaisquer outros fluidos corporais) quanto pela introdução direta do vírus na corrente sanguínea. - A transmissão do vírus através da transfusão sanguínea diminuiu drasticamente após a triagem sorológica feita nos bancos de sangue (1:1.100.000). - A possibilidade residual de transmissão do HIV por transfusão sanguínea se deve à existência de doadores no período de janela imunológica (fase indetectável em testes sorológicos). - O compartilhamento de agulha ocorre frequentemente nos grupos de usuários de drogas injetáveis, que são, em sua maioria jovens do sexo masculino. - Nesse grupo, a transmissão pode ocorrer de duas formas: direta através do compartilhamento do equipamento de injeção e indireta ao praticarem sexo sem proteção. - A forma indireta ocorre, pois, o efeito da droga dificulta a escolha de parceiros, o uso de preservativos e a prevenção de contato com secreções. - O uso de medicamentos por via parenteral, realizados em serviços de saúde ou não, também pode levar à contaminação, desde que realizados sem as técnicas corretas de assepsia. - Os profissionais de saúde também são um grupo de risco de contaminação pelo vírus, devido o alto contato com sangue, secreções e fluidos no ambiente de trabalho. Entretanto, em função das medidas de precaução, a taxa de contaminação atualmente encontra-se baixa. • Transmissão vertical (intra-útero, durante o parto ou através da amamentação) - É a forma mais comum de aquisição do vírus pelas crianças. - Pode ser afetada por diversos fatores como: estágio da infecção da mãe, idade materna, duração e tipo de parto. - As taxas de transmissão em países desenvolvidos variam entre 15-25% e nos países em desenvolvimento de 25-35%. - A utilização de antrorretrovirais durante a gestação, o parto e o pós-parto reduz significativamente as chances de transmissão, pois, diminui a replicação e a carga viral. - O aleitamento materno por mães HIV positivo é desaconselhado pelo risco de transmissão. - Vias menos comuns:• Transplante de órgãos • Diálise • Inseminação artificial EPIDEMIOLOGIA - Os primeiros casos da doença foram notificados em grupos de homossexuais – homens jovens, de classe social alta, moradores de grandes cidades. - Entretanto, a partir de 1990, ocorreu uma transição do perfil epidemiológico da doença resultando na heterossexualiazação, feminização, envelhecimento, pauperização e interiorização. - A proporção de mulheres infectadas pelo HIV vem aumentando significativamente, o que resulta em um aumento do número de casos em crianças por transmissão vertical. FISIOPATOLOGIA Infecção primária e Fase aguda - Ao adquirir o HIV por via sexual, a primeira célula ao entrar em contato com o vírus é a célula dendrítica da mucosa genital ou retal. Bárbara Gonçalves – Turma XXIV - Essa célula captura o vírus, entra na corrente linfática e chega nos tecidos linfoides (linfonodos, baço, placas de peyer do intestino), onde se encontra a maior concentração de linfócitos TCD4 – o principal alvo do vírus. - A disseminação do vírus ocorre primeiro para os linfonodos regionais e depois sistemicamente. - Nos tecidos linfoides, o HIV infecta os linfócitos T CD4 e se replica continuamente, gerando novos vírus. Estes são lançado na corrente sanguínea, disseminando-se por outros órgãos e provocando o primeiro pico de viremia, que ocorre por volta de 21-28 dias após a exposição pelo HIV. - Concomitante à viremia, ocorre uma queda transitória do número de células T CD4. - Dependendo do volume da infecção, do subtipo de vírus e da competência imunológica do hospedeiro, o paciente poderá ou não apresentar manifestações clínicas (Síndrome Retroviral Aguda) Obs: Nos linfonodos, os vírus alteram sua arquitetura, destruindo os centros germinativos e diminuindo a função imunológica. Obs: Com a viremia, pode haver intensa migração do vírus para o Sistema Nervoso Central. Resposta imune - A primeira resposta do organismo à presença do vírus é a ativação da imunidade inata, que reconhece a existência de um patógeno e responde com a produção de citocinas. - As citocinas, ao mesmo tempo que ajudam no combate do microrganismo, também mobilizam a resposta imune adquirida. Os macrófagos e as células dendríticas fazem a ponte entre esses dois sistemas. ➢ Linfócitos TCD4: é apresentado aos antígenos virais do HIV pelas células dendríticas provenientes da mucosa genital ou retal infectada. - Em infecções virais comuns, os LTCD4, ao reconhecerem o antígeno, são ativados e produzem interleucinas que ativam Linfócitos TCD8 e Linfócitos B – responsáveis pelo combate dos patógenos virais. - No caso do HIV, o vírus infecta os próprios LTCD4, gerando alterações celulares que os tornam incapazes de realizar suas funções. Com isso, não ocorre ativação de LT CD8 e LB e, consequentemente, não há resposta imune específica efetiva para combater a infecção. Além disso, o HIV induz a destruição progressiva dos LTCD4, por citotoxidade direta ou por indução da apoptose. - Como as células TCD4 são cruciais para manter a função imune normal, sua diminuição torna o paciente suscetível a infecções oportunistas e cânceres. - Na fase aguda, há uma diminuição transitória do número de células TCD4 que acompanha o pico de viremia. Em seguida há uma recuperação do número de células em função da ativação parcial de LT citotóxicos, que conseguem conter, em parte, a replicação viral e reduzir a viremia. Com isso, instala-se o período de latência clínica, em que o paciente não manifesta sintomas, a replicação viral é lenta e as células TCD4 diminuem gradativamente. Uma diminuição abaixo de 200 cópias (350 no Brasil) de TCD4 marca a evolução para AIDS. ➢ Linfócitos B: diferenciam-se em plasmócitos e iniciam a produção de anticorpos específicos contra o HIV, que são identificados no sangue e fluidos corporais em 4 semanas a 6 meses após a infecção pelo HIV (Janela Imunológica ou Janela Sorológica). - Apesar de presentes, os anticorpos neutralizantes são produzidos em níveis insuficientes para combater o vírus. - O HIV é capaz de evadir dos anticorpos através de mutações constantes. Obs: A desregulação das células T leva à hiperproliferação de células B e consequente hipergamaglobulinemia. Entre as imunoglobulinas liberadas por células B estão os autoanticorpos – responsáveis por alterações autoimunes encontradas em indivíduos HIV positivo. ➢ Linfócitos T citotóxicos: diante do aumento da viremia e da queda nos níveis de LTD4 na fase aguda, os linfócitos TCD8 são ativados pelos LTCD4 remanescentes. Eles controlam a replicação viral e diminuem a viremia, o que gera o desaparecimento dos sintomas da Síndrome Retroviral Aguda. Bárbara Gonçalves – Turma XXIV Período de latência clínica - Após a fase aguda, sintomática ou assintomática, o paciente entra na fase crônica assintomática da infecção pelo vírus, em que o sistema imune controla parcialmente a replicação viral. - É uma fase de latência clínica, pois, o paciente não manifesta sintomas. Entretanto, não ocorre latência virológica. O vírus continua se multiplicando, de forma lenta e persistente, principalmente, em LTCD4 dos centros germinativos de linfonodos, que passam a ser o maior reservatório do HIV. - O LTCD4 são progressivamente depletados. - O paciente continua transmitindo o vírus pelo sangue, esperma e secreções vaginais. - Essa fase costuma durar vários anos (em torno de 10). Sindrome Pré-Aids - Com a evolução da doença, o número de LTCD4 nos gânglios vai diminuindo por esgotamento dos centros germinativos e a carga viral plasmática aumenta progressivamente. Assim, a imunidade do indivíduo diminui e surgem as primeiras infecções oportunistas. - Quando essas doenças começam a ocorrer, prevê-se uma evolução para AIDS em menos de 2 anos. AIDS - A medida que a carga viral aumenta e a contagem de linfócitos TCD4 diminui para limiares menores que 200 células, 100 células, 50 células, os pacientes tornam-se suscetíveis a grupos adicionais de microrganismos e doenças, que geralmente, levam o paciente ao óbito em pouco tempo. QUADRO CLÍNICO Período de incubação: 2-4 semanas 1) Infecção Aguda: é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. • 40% dos pacientes em fase aguda são assintomáticos • O restante pode apresentar o quadro de Síndrome Retroviral Aguda no período de 2-4 semanas após a infecção: ❖ O paciente apresenta sintomas inespecíficos. ❖ Geralmente ocorre: febre moderada ou elevada, cefaleia, mialgias, artralgias, cansaço, linfadenopatia e faringite. ❖ Em pacientes com resposta inflamatória mais exacerbada, pode ocorrer sintomatologia mais intensa com: vômitos, diarreia, náuseas, gengivites, candidíase oral, ulcerações mucocutâneas (boca, esôfago, genitálias). ❖ Eventualmente pode ocorrer exantema maculopapular eritematoso e não-pruriginoso de início em face e tronco e, depois, nos membros. ❖ As manifestações têm duração média de 2 semanas. ❖ Diagnóstico diferencial: deve ser feito com a mononucleose infecciosa e com outras infecções que se manifestam com uma Síndrome mononucleose-símile: sífilis secundária, citomegalovirose, toxoplasmose, gonococcemia, dengue, paracoccidioidomicose aguda, tuberculose. ❖ A medida que a viremia diminui e a carga viral se estabiliza (pela ação dos LT citotóxicos), os sintomas desaparecem. ❖ A síndrome retroviral aguda precede a elevação dos anticorpos, sugerindo que as manifestações dessa fase são mediadas por células imunológicas e por citocinas pró- inflamatórias. Obs: Nessa fase, como ainda não ocorreu soroconversão, testes sorológicos anti-HIV não são úteis para diagnóstico. ➢ Nos testeslaboratoriais, observa-se linfopenia às custas de linfócito. 2) Soroconversão Bárbara Gonçalves – Turma XXIV 3) Período de Latência Clínica - 50 a 70% dos pacientes infectados podem apresentar linfadenopatia generalizada persistente. 4) Infecção Sintomática Inicial (Pré-AIDS) - As doenças que surgem nessa fase são consideradas menos graves: candidíase oral e vaginal, leucoplasia pilosa, herpes zoster, quelite angular, gengivite, ulceras recorrentes na boca, infecções respiratórias altas e de repetição. 5) AIDS - É definido como portador de AIDS o paciente HIV positivo, que: ➢ Tenha uma contagem de linfócitos TCD4 menor que 350 (Tavares) ou 200 (CDC), independente de outras causas de imunodeficiência ➢ Apresente uma doença definidora de AIDS com qualquer nível de TCD4. Doenças Definidoras de AIDS ▪ Candidíase esofágica ou de traqueia, brônquios ou pulmões ▪ Pneumocistose ▪ Pneumonia bacteriana recorrente (dois ou mais episódios em um ano) ▪ Herpes simples com úlceras mucocutâneas (duração > 1 mês) ou visceral em qualquer localização ▪ Tuberculose extrapulmonar ▪ Neurotoxoplasmose ▪ Criptococose extrapulmonar ▪ Doença por Citomegalovírus (retiniana ou disseminada) ▪ Infecção disseminada por micobactérias atípicas ▪ Criptosporidiose intestinal crônica (com diarreia > 1 mês) ▪ Isosporíase intestinal crônica (com diarreia > 1 mês) ▪ Linfoma não-Hodgkin primário do sistema nervoso central ▪ Linfoma não-Hodgkins (Burkitt ou Imunoblástico) ▪ Coccidiodomicose extrapulmonar ▪ Reativação de doença de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite) ▪ Leishmaniose atípica disseminada DIAGNÓSTICO - Confirma-se diagnóstico com: • Elisa positivo + WB sequencial positivo, na mesma amostra. Em seguida, deve-se realizar um novo Elisa, com uma amostra diferente, para anular as possibilidades de troca de amostra. Se o segundo Elisa vier positivo, o diagnóstico está confirmado. • Dois testes rápidos positivos de marcas diferentes, realizados com amostras diferentes. - Obs: em pacientes com exposição de risco os testes deverão ser repetidos em 1,3,6 meses. - Exames para avaliação e acompanhamento: • Contagem de linfócitos CD4+: feita por meio da citometria de fluxo. - Os valores normais são de 800 a 1000 células/mm³. - Indicações para realização: estadiamento da doença e monitorização do tratamento. - A imunossupressão leva à inversão na relação de linfócitos CD4 e CD8. • Carga viral do HIV: avalia o prognóstico da infecção e risco de transmissão vertical; útil na monitorização do tratamento. EXAMES - Deverão ser solicitados na 1ª consulta: VDRL, anti-HAV IgG, anti-HCV, anti-HBs, radiografia de tórax PA e perfil - Deverão ser solicitados para acompanhamento: hemograma, TGO/TGP, ureia, creatinina, glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicerídeos, urina rotina, EPF, carga viral e CD4. Bárbara Gonçalves – Turma XXIV TRATAMENTO - Classes de drogas antirretrovirais: ➢ Inibidores da transcriptase reversa: Impedem a transcrição reversa do RNA viral em DNA. Subtipos: ❖ Análogos de nucleosídeos (INTR): comportam-se como bases nitrogenadas e portanto, são incorporados ao DNA viral no momento da transcrição reversa. Com isso, o DNA viral é lido de maneira errada e as proteínas virais não são produzidas corretamente. ❖ Não análogos de nucleosídeos (INNTR): inibem a enzima transcriptase reversa diretamente, competindo com seu substrato. ➢ Inibidores da protease (IP): Inibem a atividade da protease, impedindo o processamento das proteínas virais e a formação de novos vírus. ➢ Inibidores da fusão: Impedem a fusão da membrana viral com a membrana celular, evitando que o vírus entre na célula do hospedeiro. ➢ Inibidores da entrada: Atuam impedindo a ligação do vírus ao receptor CD4 ou aos correceptores (CCR5 ou CXC4). ➢ Inibidores da integrase: impedem que o DNA viral entre no núcleo da célula e seja integrado ao genoma do hospedeiro. Esquemas terapêuticos: ✓ Primeira linha: 2 ITRN + 1 ITRNN ✓ Segunda linha: 2 ITRN + 1 IP
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