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CUIDANDO DO CUIDADOR Luana Trindade Sousa de Oliveira

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Luana Trindade Sousa de Oliveira
CUIDANDO DO CUIDADOR
O cuidado é uma forma de dar atenção, proteger, dedicar, dar carinho. É servir o outro de alguma maneira. O processo de cuidar vai muito além do físico e incorpora várias outras ações que lidam com o emocional, sentimentos e a própria vida da pessoa que oferece e da que recebe os cuidados. (Brasil, 2008)
Qualquer pessoa pode assumir o papel de cuidador, aquele que exerce o cuidado, mas existem pessoas que podem exercê-lo de uma forma mais eficaz que outras. O cuidador pode ser um profissional de saúde ou um próprio familiar que se proponha a cuidar do outro de uma forma holística e integral. (Barros, 2010)
O cuidador se vê como uma pessoa que tem uma enorme responsabilidade de cuidar do outro que necessita do cuidado e na maioria das vezes esquece de si mesmo. O cuidador deve se sentir bem fisicamente, espiritualmente e mentalmente para que essa assistência seja realizada de forma integral e eficaz. (Monzani, 2005). O cuidador geralmente se sobrecarrega com o cuidado do outro e acaba se esquecendo que também necessita de cuidados.
Segundo Patrocínio (2011), para que o cuidador possa exercer de forma eficaz o cuidado ele deve seguir dois aspectos:
Melhor preparo e orientação;
Reservar um espaço no seu dia a dia para o autocuidado;
Algumas das dicas para o autocuidado são:
Automassagem: para que possa relaxar, acalmar, diminuir as dores e desconfortos , melhorar a ansiedade.
Alongamentos: promovendo o relaxamento;
Relaxamento: ouvir musicas tranquilas objetivando descansar a mente e aliviar o estresse;
Ler um bom livro;
Viajar: assim que possível realizar alguma viagem para recompor as energias.
Quando nos referimos aos profissionais de saúde, com ênfase no médico, são pessoas que lidam o tempo todo com o sofrimento, doenças, dor, morte de seus pacientes. O médico na maioria das vezes se esquece que é um cuidador, pois oferece o cuidado ao outro. Uma das manifestações mais comuns de acontecer é a síndrome de Burnout, que é uma síndrome relacionada com a atividade empregatícia e está diretamente relacionada com uma tensão emocional crônica.
De acordo com Kovács (apud Tamayo) essa síndrome tem 3 componentes relacionados:;
Exaustão emocional;
Despersonalização;
Diminuição da realização pessoal.
Com a convivência dos conflitos frente ao sofrimento dos pacientes ou da própria equipe em que o profissional trabalha. Esse convívio traz sofrimentos internos, fragilidade, medos e incertezas que às vezes não conseguem ser superados.
Existem algumas técnicas que podem ser facilitadoras nesse processo de autocuidado do cuidador:
Desconexão:
Auxiliar no desligamento dos estímulos externos que possam estar atrapalhando ou influenciando a vivencia;
Instrospeção:
Ter um maior contato com vivências anteriores, através de atividades de relaxamento;
Relatos verbais:
Relatar experiências vividas que podem nos fortalecer e compartilhar as vivências.
Atividades expressivas:
Usar atividades como arte para que se possa expressar.
Outra metodologia de extrema importância é o grupo Balint. De acordo com Brant (2009), os participantes do grupo devem relatar casos, com riquezas de detalhes que possam esclarecer alguma situação, para que assim possa trazer ao grupo os seus sentimentos, reações e reflexões que envolvam atendimentos, transferência, contratransferência e dentre outros. Esse método favorece no cuidado, proporcionando o autoconhecimento.
Dessa forma, pretendo que durante minha vida profissional, eu possa prestar a assistência do cuidado, tanto para o paciente quanto para a pessoa que está exercendo o papel de cuidador, seja ele parente ou profissional de saúde. Com o cuidador, sempre mostrar que estamos a disposição para eventuais problemas, incentivar a atividades físicas e outras atividades que lhe tragam prazer. Já como uma futura cuidadora, quando médica, pretendo sempre me autoconhecer e nunca deixar que as situações do cotidiano me afetem de tal forma que não deixem render o suficiente para oferecer uma assistência eficaz aos meus pacientes e a equipe em que estarei inserida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brandt JA. Balint Group: their specificities and its potential for a clinic working relations. Rev. SPAGESP vol.10 no.1 Ribeirão Preto jun. 2009.
Kovács MJ. Suffering of the health team in a hospital context: caring for professional carers. O mundo da saúde. São Paulo: 2010;34(4):420-429.
Patrocínio WP. Cuidando do cuidador. Revista portal de divulgação. n.17. dez. 2011.
Monzani EE. O cuidado com o cuidador. São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.psicoexistencial.com.br/o-cuidado-com-o-cuidador/. Acesso em 10 de março de 2018.
Barros JDS; ect al. Percepção e expectativas de cuidadores no processo saúde/doença na pessoa idosa. Rev. Saúde UNG-SER. v.4. n.2, 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador. Brasília- DF, 2008.

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