Buscar

JOGOS EDUCATIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

[2: Aluna do Curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia: Clinica e Institucional. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso, no Curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia: Clinica e Institucional da Faculdade Internacional de Curitiba. FACINTER, 2013.2Orientadora de TCC – Psicopedagoga Clínica e Institucional – IBPEX; Especialista em EAD – IBPEX; Pós-graduada em Educação Infantil e Alfabetização – UTP; Pedagoga – UTP; Orientadora do Grupo UNINTER.]
JOGOS EDUCATIVOS
RESUMO
Os jogos educativos, com certeza são riquíssimos recursos para o desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades dos alunos, se bem elaborados e explorados. Os jogos não são apenas brincadeiras e atualmente educadores e pesquisadores procuram entender de que forma a sua utilização permite motivar e auxiliar os objetivos qualitativos educacionais. Objetivo é mostrar a importância da inserção do lúdico, jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo aprendizagem, como um modelo prático de vivência e de uma pedagogia escolar transformadora num exercício do aprender infantil.Por Jogos Educacionais, entende-se que é algo que ultrapassa o ato de brincar, favorecendo o desenvolvimento e aprendizado do aluno com apoio também do entretenimento. Baseados no ato de agregar o lazer e a diversão nos processos de aprendizagem, os jogos educacionais tem por objetivo motivar, explorar, auxiliar as atividades pedagógicas curricular, dando ao aluno novas alternativas de aprendizagens.
PALAVRAS CHAVE: Jogos educativos. Lúdico. Aprendizagem. 
INTRODUÇÃO
Os jogos educativos são, com certeza, recursos riquíssimos para desenvolver o conhecimento e habilidades se bem elaborados e explorados. O jogo e a brincadeira infantil são formas da criança manejar experiências, criar situações para dominar a realidade e experimentá-la. Brincando, ela explora o mundo, constrói o seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação e se autorealizar.
O jogo na sala de aula pode ser um rico recurso de aprendizagem, explorado de maneiras diferenciadas de acordo com as situações e objetivos almejados, favorecendo os processos de ensino-aprendizagem. Bem elaborados e explorados, os jogos podem ser vistos como uma estratégia de ensino, podendo atingir diferentes objetivos que variam desde o simples treinamento, até a construção de um determinado conhecimento. E para isso existe uma infinidades de jogos que podem auxiliar no processo ensino aprendizagem nas várias etapas do ensino. Com isso o principal objetivo é mostrar a importância da inserção do lúdico, jogos brinquedos e brincadeiras na construção do processo aprendizagem, como um modelo prático de vivência e de uma pedagogia escolar transformadora num exercício do aprender infantil e com isso o professor tem como apoio a técnica dos jogos.
A importância deste artigo é revelar que a brincadeira, os brinquedos e os jogos são ferramentas e parceiros que desafiam a criança possibilitando as descobertas e permite a compreensão de que o mundo está cheio de possibilidades e oportunidades para expansão da vida com alegria, emoção e prazer em vivência grupal. 
PENSADORES E O LÚDICO
Platão (427-348) um dos maiores pensadores afirma que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância e em jardins de crianças e que a educação propriamente dita deveria iniciar-se aos sete anos. Platão dava ao esporte tão difundido na época, valor educativo, moral, colocando em pé de igualdade com a cultura intelectual e em estreita colaboração com ela na formação do caráter e da personalidade. Por isso se investia contra o espírito competitivo dos jogos que muitas vezes, usados de forma institucional pelo estado, causavam danos à formação das crianças e dos jovens. Platão também introduziu de modo bastante diferente uma prática matemática lúdica, enfatizada hoje em dia. Ele aplicava exercícios de cálculos ligados a problemas concretos, extraídos da vida e dos negócios e afirmava: “todas as crianças devem estudar a matemática, pelo menos o grau elementar, introduzindo desde o início, atrativos em forma de jogo.” “Platão, não queria que problemas elementares de cálculos tivessem apenas aplicações práticas; queria que atingissem um nível superior de abstração”.
Philippe Áries, pesquisador da vida social da criança e da família, afirma em relação aos jogos: “os padres compreenderam desde o início que não era possível nem desejável suprimi-los ou mesmo fazê-los depender de permissões precárias e vergonhosas, ao contrario, propuseram-se assimilá-los e a introduzi-los oficialmente em seus programas e regulamentados e controlá-los, assim disciplinados os jogos, reconhecidos como bons, foram admitidos, recomendados e considerados a partir de então como meio de educação tão estimáveis quanto os estudos. Um sentimento novo surgiu à educação adotou os jogos que então havia proscrito e tolerado como um mal menor. Os jesuítas editaram em latim tratado de ginástica que forneciam regras dos jogos de ginástica que forneciam regras dos jogos recomendados e passaram a aplicar nos colégios a dança, a comédia, os jogos de azar, transformados em práticas educativas para aprendizagem da ortografia e da gramática”. Outras teorias, percussores dos novos métodos ativos da educação deram a importância ao lúdico na educação da criança proclama Rabelais, ainda no século XVI, “Ensina-lhes a afeição à leitura e aos desenhos, e até os jogos de cartas e fichas servem para o ensino da geometria e da aritmética”.
Montaigne (1533-1592) já partia para o campo da observação, que a criança adquire curiosidade por todas as coisas como: um edifício, uma ponte, um homem, um lugar ou uma paisagem de Carlo Magno ou César. 
Comênio (1592-1671) resumia seu método em três idéias fundamentais que foram bases da nova didática naturalidade, instituição e ato atividade, esse método natural, que obedeceu às leis desenvolvimento da criança, traz consigo rapidez, facilidade e consciência no aprendizado.
Pestalozzi (1746-1827) graças ao espírito da observação sobre o progresso do desenvolvimento psicológico dos alunos e sobre o exílio ou fracasso das técnicas pedagógicas empregadas, abriu um novo rumo para a educação moderna. Segundo ele, a escola é uma verdadeira sociedade, o jogo é um fator decisivo que enriquece o senso de responsabilidade e fortifica as normas de cooperação.
Froebel (1782-1852) discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deve considerar a criança como atividade criadora, o despertar, mediante estímulos, suas faculdades próprias para a criação produtiva, na verdade como Frobel se fortalecem os métodos lúdicos na educação o grande educador faz o jogo uma arte, um admirável instrumento para promover a educação para as crianças.
Froebel considerava a Educação infantil indispensável para a formação da criança e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação que vieram depois dele, o objetivo das atividades nos jardins de infância era possibilitar brincadeira criativa as atividades e o materiais escolares eram determinados de antemão para oferecer o máximo e tirar proveito educativo da atividade lúdica Froebel desenhou o círculo, esferas, cubos e outros objetos que tinham por objetivo estimular o aprendizado.
Para Piaget, os jogos tornaram-se mais significativos à medida que a criança desenvolve, pois a partir da livre manipulação de matérias variadas, ela passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação, que lhe deve ser realizada pela infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação com acomodação. É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais do trabalho afetivo, a ponto de nas classes elementares de uma escola ativa, todas as transições espontâneas ocorrem entre o jogo e o trabalho. Conclui: “que em educação das criançasexigem que se forneça a criança um material conveniente, a fim de que, jogando cheguem a assimilar as realidades intelectuais, que sem isso permanecem exteriores à inteligência infantil”. Para ele, sendo o homem o sujeito de sua própria história, toda ação educativa deverá promover o indivíduo sua relação com o mundo por meio da consciência crítica, da libertação e de sua ação concreta com o objetivo de transformá-lo. Assim ninguém se atirara a uma atividade eminentemente séria, penosa, transformadora (visão de uma realidade futura feliz) se não tiver, no presente, a alegria real, ou seja, o mínimo de prazer, satisfação e predisposição para isso. 
A ação de buscar e de apropriar-se dos conhecimentos para transformar exige dos estudantes esforço, participação, indagação, criação, reflexão, socialização com prazer, relações essas que constituem a essência psicológica da educação lúdica, que se opõe a concepção política ingênua, a passividade, ao espontaneísmo, à jocosidade, à alienação, a submissão, condicionantes da pedagogia dominadora.
PRÁTICA DOCENTE COM OS JOGOS
Ao referir-se a intervenção do professor na prática da pedagogia tradicional, não quero dizer que deve haver rigidez absoluta, insistência no pavor, no medo, no sacrifício, muito menos no livresco, no gratuito desprovido de qualquer significação, mas no equilíbrio entre o esforço, a busca, a disciplina como prazer e a satisfação.
Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de esforço com uma leve dose de brincadeiras transformaria o trabalho, o aprendizado num jogo, bem sucedido momento em que a criança mergulha profundamente sem se dar conta disso.
É preciso não esquecer que o objetivo da escola é transmitir o conhecimento historicamente acumulado e é por isso que fazemos constantemente uso da reflexão ,inteligência , adaptações e a capacidade de solucionar problemas, não medindo para tanto o esforço ,prazer, instrução e diversão para uma educação que será sinônimo de vida, educação para a vida.
Todo jogo deve ser analisado pelo professor antes de ser aplicado com os alunos. Também acrescenta Lara (2004) que não se deve tornar o jogo algo obrigatório; sempre buscar jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitido que vença aquele que descobrir as melhores estratégias; estabelecer regras, que podem ser modificadas no decorrer do jogo; trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de minimizá-la; estudar o jogo antes de aplicá-lo e analisar as jogadas durante e depois da prática.
O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco. Leif diz que "jogar educa, assim como viver educa: sempre sobra alguma coisa".[LEI 78].
A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem, entre elas destaca-se: o jogo é um impulso natural da criança funcionando assim como um grande motivador; a criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo do jogo; o jogo mobilizaesquemas mentais: estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço; o jogo integra várias dimensões da personalidade: afetiva, social, motora e cognitiva; o jogo favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação, destreza, rapidez, força, concentração, etc; o uso da informática na educação através de softwares educativos é uma das áreas da informática na educação que ganhou mais terreno ultimamente. Isto, deve-se principalmente a que é possível a criação de ambientes de ensino e aprendizagem individualizados, somado às vantagens que os jogos trazem consigo: entusiasmo, concentração, motivação, entre outros. 
Os jogos mantêm uma relação estreita com construção do conhecimento e possui influência como elemento motivador no processo de ensino e aprendizagem. A participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, senso de justiça, iniciativa pessoal e grupal. O jogo é o vínculo que une a vontade e o prazer durante a realização de uma atividade. O ensino utilizando meios lúdicos cria ambientes gratificantes e atraentes servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança.
JOGOS LÚDICOS 
Desde a época da pré-história, existem brinquedos. O ser humano, em todas as fases da vida, está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas por meio do contato com outro. Ele nasceu para aprender, para descobrir e apropriar-se de todos os conhecimentos.
Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o que leva à descontração e, conseqüentemente, ao surgimento de novas ideias criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida.
O jogo é uma atividade com objetivos claros para o desenvolvimento da criança, que constrói, por meio da interação, a percepção futura de mundo do sujeito.
 Na educação, o brincar deve ser tão valorizado quanto o cuidado, o amor, o descanso e a nutrição. O brincar em movimento, para a criança, é a representação de seu cotidiano.
A educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. Ela é uma ação inerente na criança, no jovem no adulto.
Educar ludicamente tem significado muito importante e está presente em todos os segmentos da vida, desenvolvendo inúmeras funções cognitivas e sociais. Os jogos constituem sempre uma forma de atividade inerente ao ser humano. Entre os primitivos, as atividades de dança, caça, pesca, lutas, eram uma forma de sobrevivência, mas muitas vezes o caráter de divertimento e prazer natural.
Na Grécia Antiga, Platão (427-348) afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos.
A partir do séc. XVI, os humanistas perceberam o valor educativo dos jogos e os colégios Jesuítas foram os primeiros a recolocá-los em prática.
A educação lúdica esteve presente em todas as épocas, povos, contextos de inúmeros pesquisadores, formando hoje, uma vasta rede de conhecimentos não só no campo da educação, da psicologia, fisiologia, como nas demais áreas do conhecimento.
Os jogos não devem ser classificados pela faixa etária da criança, mas sim pelo que eles objetivam desenvolver, devendo-se observar o contexto em que serão desenvolvidos e como estarão integrados e interligados no restante dos conteúdos, pois não adianta trabalhar uma única vez com um determinado jogo, visando a desenvolver uma determinada habilidade na criança, já que isto não acontecerá se este aspecto não for continuamente explorado em outras atividades.
JOGOS EDUCATIVOS DIGITAIS
De uma forma geral, os jogos fazem parte da nossa vida desde os tempos mais remotos, estando presentes não só na infância, mas como em outros momentos. Podem ser ferramentas instrucionais eficientes, pois eles divertem enquanto motivam, facilitam o aprendizado e aumentam a capacidade de detenção do que foi ensinado, exercitando as funções mentais e intelectuais da criança na educação infantil. 
Os jogos, também permitem o reconhecimento e o entendimento de regras, a identificação de determinados contextos das quais estão sendo utilizadas e o estabelecimento de novas situações para a modificação dessas regras. Jogar é participar do mundo de faz de conta, dispor-se às incertezas e enfrentar desafios em busca de entretenimento. Através do jogo se revelam a autonomia, criatividade, originalidade e a possibilidade de simular e experimentar situações perigosas e proibidas no nosso cotidiano. 
Os jogos educativos digitais possibilitam ao aluno uma aprendizagem de forma mais atraente do que as práticas pedagógicas tradicionais, uma vez que acontece de forma lúdica. Com o jogo as crianças aprendem a trabalhar em equipe e interagir de maneira mais efetiva. Além disso, devido à constante interação por parteda criança o conhecimento é adquirido de maneira mais autônoma.   
Existe uma variedade de sites de jogos digitais que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, especialmente na educação infantil, com diversos tipos de jogos e objetivos diferenciados. Os jogos são de ação, aventura, lógicos, estratégicos, esportivos, entre outros. Nesses sites também apresentam modalidades de apetrechos tecnológicos para facilitar e tornar os jogos mais realistas, como lousas interativas, luvas e outros itens que proporcionam uma interação mais direta do jogador. 
A lousa, que também é chamada de quadro digital interativo, é um recurso onde uma caneta magnética é tocada diretamente na tela dispensando o uso do mouse. Outro aparato são os óculos em 3D que dão mais realismo para o jogador no cenário do jogo, facilitando assim o processo cognitivo. 
O professor deverá está sempre atento às novas tecnologias para suprir as demandas eventuais, no sentido eliminar as dificuldades que por ventura surgirem dos seus alunos na aplicação de qualquer tipo de jogo, em sala de aula.   
A PSICOPEDAGOGIA E O ATO DE BRINCAR
A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem. Conforme Bossa (2007) este termo refere-se à aplicação da psicologia à pedagogia, interligando-se a vários outros interdisciplinares que compõem seu referencial teórico para prevenção e correção do seu objeto de estudo a aprendizagem humana em seus estados normais e patológicos, bem como a influência do meio como: família, escola, sociedade no seu desenvolvimento.
A Psicopedagogia tem se constituído no espaço privilegiado para pensar sobre as questões de ensino-aprendizagem. Sendo assim, está intimamente ligada ao ato de brincar, como fonte de conhecimento. Por meio de técnicas e métodos próprios o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem. O processo de aprendizagem da criança é compreendido como um processo mais abrangente, implicando componentes de vários eixos de estruturação como afetividade, cognitivo, social, cultural. 
O processo de aprendizagem, bem como suas dificuldades, deixa de focalizar somente o aluno e o professor isoladamente e passa a ser visto como um processo de interações entre ambas as partes com inúmeras variações que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo professor e psicopedagogo. Sendo assim, é possível constatar que uma das formas de trabalho psicopedagógico é fazendo uso do lúdico, quer seja no diagnóstico, ou no tratamento. Pois bem, segundo Bossa (2007, p. 31) “nesse trabalho de ensinar a aprender, o psicopedagogo recorre a critérios diagnósticos no sentido de compreender a falha na aprendizagem [...]” este sendo um trabalho clínico com o seu objetivo de prevenção dos problemas de aprendizagem, assim no diagnóstico, a atividade lúdica é um rico instrumento de investigação clínica, pois permite ao sujeito expressar-se livremente, através da ação do ato de brincar, a criança constrói um espaço entre a realidade e a imaginação. Sendo assim é nas atividades lúdicas, que aprende a lidar com o mundo real, desenvolvendo suas potencialidades, incorporando valores, conceitos e conteúdos.
A utilização de brinquedos e jogos educativos como materiais pedagógicos, do ponto de vista da psicopedagogia, necessita da percepção do contexto em que se encontram inseridos, ou seja, estes instrumentos não são objetos comuns e sim objetos que trazem um saber em potencial que pode ser ou não ativado pelo aluno. Assim, são através do ato de brincar que observamos prazeres, frustrações, desejos, enfim, pode trabalhar na construção do conhecimento. E ainda, o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para todas as crianças, pois, trata-se de um instrumento dinâmico que se altera de acordo com a imaginação do individuo, pois pode ocorrer uma reinterpretação do mundo, abrindo lugar para invenção e a produção de novos significados, saberes e práticas.
A psicopedagogia, no âmbito institucional tem sua atuação preventiva, na relação de problemas de aprendizagem, preocupando-se especialmente com a instituição educacional. Porto (2007) relata que a psicopedagogia institucional dedica-se a áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, tendo sua colaboração com os planos educacionais e sanitários no âmbito das organizações, e ainda auxilia no resgate da identidade da instituição com o saber mediando e resgatando o processo do ensino-aprendizagem. Portanto, inserida a esta realidade, cabe ao educador definir quais objetivos pretende alcançar, utilizando uma metodologia adequada, onde estará selecionando jogos, brincadeiras e brinquedos coerentes, buscando explorar ao máximo os conhecimentos da criança.
A psicopedagogia surgiu para responder os problemas decorrentes do processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento. A aprendizagem humana, portanto é determinada pela interação entre o indivíduo e o meio, da qual participam os aspectos biológicos, psicológicos e sociais.
No movimento de procurar entender estes aspectos é que o psicopedagogo constrói o seu trabalho, visando à diminuição dos problemas de aprendizagem e do fracasso escolar é nesse contexto de múltiplas interações que as atividades lúdicas são utilizadas no diagnóstico psicopedagógico, pois fazem com que as crianças revelem aspectos que não aparecem em situações mais formais do diagnóstico. Assim, a psicopedagogia visa buscar a melhoria das relações com a aprendizagem, bem como a melhoria da qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores. Fica, portanto, evidenciado a essencialidade do lúdico no trabalho psicopedagógico, tanto no aspecto clínico quanto no institucional. No próprio diagnóstico, este pode ser encarado como uma possibilidade de compreender o funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Objetivo deste artigo foi realizar uma reflexão sobre o brincar e o uso dos jogos educativos no desenvolvimento dos educandos, além de promover a discussão sobre o espaço oferecido pelo uso dos jogos educativos, como recursos e estratégias que possibilitem o ensino – aprendizagem.
Fazer uso dos jogos na prática de ensino significa a possibilidade de uma educação tendo em vista a formação integral da criança. O prazer, criatividade, motivação, cooperação, capacidade de iniciação e o lúdico estiveram intrinsecamente vinculados à construção de conhecimentos a partir das vivências das crianças propiciadas pelos jogos e brincadeiras.
O ato de jogar é uma característica inerente ao ser humano, e o brincar essencial na vida da criança. A aprendizagem e ludicidade não podem ser vistos como ações com objetivos distintos, mas um meio facilitador da aprendizagem tanto para a criança, quanto para o professor.
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FROEBEL. F. A Educação do Homem. Tradução de Maria H. C. Bastos. Passo Fundo, RS: UPF, 2001.
LARA, Isabel Cristina Machado de. Jogando com a Matemática de 5ª a 8ª série. São Paulo: Rêspel, 2004.
LEIF, J.; BRUNELLE, L. O Jogo pelo jogo: A atividade lúdica na educação de crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
MONTAIGNE, Michel. Sobre a educação das crianças. Os ensaios. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
PESTALOZZI, J.H.  Antologia de Pestalozzi . Trad. Lorenzo Luzuriaga.Buenos Aires: Losada, 1946.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imitaçãoe representação. Rio de Janeiro: LTC, 1990.
PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional: teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. 2. ed., Rio de Janeiro: Wak ed., 2007.
PORTAL SÃO FRANCISCO/ www.portalsaofranciso.com.br
PSICOLOGIA E DUCACIONAL/www.caminhadopsicologia.no.caminhando.net
PSICOPEDAGOGIA BRASIL/ www.psicopedagogiabrasil.com.br
REVISTA NOVA ESCOLA
http://revista.fundacaoaprender.org.br/index.php?id=148, acesso em 10/01/2013.
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_24/artigo_sobre_a_importancia_do_psicopedagogo, acesso em 10/01/2013.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes