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MÓDULO 3: Método de solução de problemas – MASP M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 2 Introdução Chegamos ao Módulo n. 3. Nesse módulo, estudaremos o método de análise e solução de problemas. Veremos como funciona e se aplica o método de análise e solução de problemas. A ideia é fornecer ao leitor uma visão do MASP, suas fases e como aplicá-lo na prática. Ao final do curso, você será capaz de resolver os problemas que serão objeto de estudo de caso. Objetivos: Ao final do módulo, você deverá ser capaz de: • Compreender o conceito de “Shake-down” de problemas; • Identificar as fases do “Shake-down” de problemas; • Compreender as fases do método de análise e de solução de problemas; • Compreender o conceito MASP ou Qc Story; • Compreender o ciclo PDCA; • Compreender a aplicação do ciclo PDCA no método MASP; • Identificar as fases do ciclo PDCA. • Compreender as fases do ciclo PDCA. • Identificar as fases do método de análise e de solução de problemas; • Compreender as fases do método de análise e de solução de problemas; Desenvolvimento do módulo Prelúdio Campos (2013, p. 25) ensina que existem dois tipos de metas, a saber: resultados que desejamos melhorar e resultados que desejamos manter. 3 O módulo anterior nos demonstrou que quando as metas não são atingidas surge para o gestor um problema. Portanto, quer quando tenhamos por meta melhorar, quer quando tenhamos por meta manter um resultado, sempre que a situação atual ou real estiver em desacordo com o resultado almejado, o gerente estará diante de um problema e terá, portanto, que agir na solução desse problema. Campos (2013, p. 24) leciona que: O método gerencial (método de solução de problemas) é único, mas existem várias denominações utilizadas por consultorias que querem fazer crer que seu método é melhor. São denominações comerciais. Todas as denominações são boas, pois o método é único. Adoto a denominação PDCA (Plan – Do – Check – Act) oriunda dos japoneses e já muito difundida no Brasil e no mundo. O método PDCA é a alma do Sistema Toyota de Produção (...). Como se pode inferir da lição retro destacada, existem diversos métodos de solução de problemas, com as mais diversas denominações, contudo, segundo Campos, o método é único e suas variações são apenas terminológicas. No seguimento, estudaremos o “Shake-down” de problemas e o MASP - método de análise e de solução de problemas, buscando compreender seus conceitos, aplicação prática, fases, etc. “Shake-down” de problemas Quando um gerente dá início ao seu trabalho de melhoria, nem sempre ele tem conhecimento pleno de seus problemas e das causas desses problemas. Campos (1998, p. 114) assevera que: “(...) Como você não tem todos os seus itens de controle definidos, sua situação atual conhecida e as metas estabelecidas, você não conhece os seus problemas”. Como restou deslindado no capítulo 2.3.2.3, Campos (1998, p. 109) sugere que “(...) O gerente deve iniciar o seu trabalho de melhoria (atingimento de metas ou solução de problemas) pelo ‘pior problema’ ou ‘meta mais prioritária’ ou ‘produto mais problemático’.”. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 4 Campos (1998, p. 114) sugere, ainda, que, nessa fase inaugural, o gerente deve fazer um shake-down de problemas. Mas o que é um “shake-down” de problemas? Segundo Campos (1998, p. 114) o shake-down de problemas “(...) é um levantamento sumário dos problemas de sua gerência por você, seu staff e seus colabores imediatos (...)”. Grifei. Recomenda, também, o renomado autor (CAMPOS, 1998, p. 114) que, na reunião de levantamento sumário dos problemas, se busque separar o problema do que não é problema, ou seja, do que é causa do problema. É comum, nessas reuniões, a equipe confundir o problema com suas causas. Normalmente, se diz que a insuficiência de mão de obra nas unidades judiciárias é um problema. Note-se que essa assertiva está errada, haja vista que a insuficiência de mão de obra poderá ser uma causa do problema e não o problema em si. O objetivo das unidades judiciárias não é aumentar seu efetivo, mas, antes, dentre outros, produzir mais do que a demanda. Se a mão de obra é insuficiente e, por conseguinte, não alcançamos esse objetivo, logo, a insuficiência de mão de obra é uma causa do problema. Campos (1998, p. 115) descreve oito fases para aplicação do método simplificado de identificação de resultados ruins na sua gerência, quais sejam: 5 N. FASES: 1 Reunião com sua equipe para palestra sobre o que é um problema. 2 Listagem dos principais problemas (a equipe deverá, em um papel, listar os principais problemas existentes). 3 Coleta das opiniões listadas e análise das opiniões para seleção dos que são, de fato, resultados indesejados. 4 Listagem de problemas adicionais (caso a equipe entenda conveniente, faça novo levantamento de problemas). 5 Classificação dos problemas em “controláveis” e “não controláveis” (controláveis são os problemas que se pode exercer controle dentro da própria gerência). 6 Seleção dos problemas controláveis mais simples de serem resolvidos em curto prazo (cerca de três meses) e aplicação do PDCA como forma de solução desses problemas. 7 Solução interfuncional dos problemas que dependem de outras gerências para solução (problemas “não controláveis”). 8 Formação, pela Diretoria da empresa, de comitê e grupo de trabalho interfuncional para solução de problemas vitais para a organização, cuja solução depende da organização. Quadro adaptado de tabela encontrada na obra de Campos (1998, p. 115). Método de Solução de Problemas – MASP ou Qc Story Conceito de MASP ou Qc Story O Qc Story ou MASP é um método de solução de problemas que tem por escopo a busca da qualidade nos produtos ou serviços de uma organização. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 6 Campos (2004, p. 238) esclarece que o Qc Story é um método de solução de problemas da JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers). No Brasil o Qc Story Japonês é conhecido como MASP. Esse método, em última análise, representa a aplicação do Ciclo PDCA, mas não se confunde com ele. O MASP, portanto, se vale do conceito do PDCA, o qual, por sua vez, representa um ciclo que busca a melhoria contínua. Método PDCA Como visto, o MASP se vale do conceito do Ciclo PDCA, mas o que é e como funciona o Ciclo PDCA? O professor Abrantes (2009, p. 303) leciona que o Cíclo PDCA foi desenvolvido por Walter A. Shewhart, na década de 1920, porém só ficou conhecido na década de 1950, graças a Deming. Rodrigues (2006, p. 89) assevera que: “O Ciclo PDCA busca monitorar com eficácia a gestão dos processos produtivos, através do diagnóstico das situações indesejáveis e da consequente busca de soluções que devem ser precedidas de uma definição e de um planejamento adequado do processo”. O conceito retro destacado demonstra que o PDCA é uma ferramenta de análise e de solução de problemas, haja vista que o diagnóstico de situações indesejáveis (problemas) e a consequente busca de soluções são fases do processo de solução de problemas. Abrantes (2009, p. 304) corrobora a assertiva retro ao lecionar que: “O Ciclo PDCA também é utilizado como a ferramenta básica do Método de Análise e Solução de Problemas – MASP, sendo conhecido no Japão como QC Story (...)”. Abrantes (2009, p. 303) leciona que o Ciclo PDCA: É uma técnica simples que visa ao controle do processo, podendo ser usado de forma contínua para o gerenciamento das atividades de uma empresa. É um eficiente modo de apresentar uma melhoria 7 no processo. Padroniza as informações do controle da qualidade, evita erros lógicos nasanálises, e torna as informações mais fáceis de entender. Pode também ser usado a fim de facilitar a transição para o estilo de administração direcionada para melhoria contínua. Este ciclo está composto de quatro fases básicas: Planejar, Executar, Verificar e Atuar corretivamente (...). O Ciclo PDCA, portanto, é um método de gestão que representa uma sequência de: a) planejamento; b) desenvolvimento ou execução do planejamento; c) checagem dos resultados obtidos para verificação se estão em conformidade com os resultados planejados e d) ação corretiva em caso de insucesso. (act)A Ação TomarAção Aprimorada Veri�car os Resultados Executar o Trabalho Treinar para executar De�nir métodos para atingir metas De�nir metas (Check)C Veri�car D (Do) Executar P (Plan) Planejar Fonte: http://www.qualificaassessoria.com.br/2013/08/ciclo-pdca. html. Acesso em: 05/05/2015 Werkema (2013, p. 31) ensina que a etapa do planejamento consiste em estabelecer metas e o método para que as metas sejam atingidas. A fase de desenvolvimento, por sua vez, consiste em executar as tarefas como planejadas, coletando dados para a próxima etapa, qual seja: a de verificação. Nessa fase, deve-se educar e treinar as equipes nas atividades que serão executadas. Na fase de verificação, de posse dos dados coletados, deve-se proceder a checagem, comparando o estado atual com o estado desejado (meta). Por fim, na quarta fase do PDCA, segundo leciona, ainda, a professora Werkema, existem duas posturas a serem adotadas, alternativamente, a saber: padronizar o plano M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 8 proposto, caso a meta tenha sido atingida ou agir, então, caso a meta não tenha sido atingida, sobre as causas do não atingimento da meta. Com vistas a facilitar a compreensão acerca da aplicação prática do Ciclo PDCA, tomemos, por exemplo, um processo de trabalho muito comum nas unidades judiciárias, a saber: expedição de documentos. Na fase de planejamento, sabedor da capacidade instalada da unidade judiciária, o gestor judicial, em consenso com a equipe, estabelece uma meta diária de 50 (cinquenta) documentos expedidos por Servidor. Em seguida, o gestor judicial define o método que será utilizado para se atingir essa meta. Concluída a fase de planejamento, o Gestor deverá continuar o Ciclo PDCA executando o planejamento. Deverá, portanto, educar e treinar a equipe que irá expedir documentos para que siga à risca o padrão metodológico estabelecido para se atingir a meta definida, coletando dados para checagem. Como se trata de um processo de trabalho com meta de produção diária, logo, por conseguinte, a frequência de verificação deverá ser também diária. Feita a checagem e constatado que a meta foi atingida, deve o Gestor Judicial padronizar o plano proposto, o que equivale dizer: manter o método e a meta. No entanto, caso a meta não tenha sido atingida, deverá, então, o Gestor Judicial adotar ações corretivas, atuando na causa do problema, assim como no resultado. Atuar na causa significa buscar as possíveis causas que impediram que o resultado desejado (meta) fosse atingido, com vistas a eliminar essas causas. Se o não atingimento da meta se deveu, por exemplo, ao mau funcionamento de algum equipamento, deve o Gestor Judicial mandar reparar ou trocar o equipamento (atua no resultado) e, ainda, descobrir o motivo do mau funcionamento, com vistas a evitar o reaparecimento do desvio, eliminando-se, assim, a causa do problema (atua na causa). Nessa fase, utiliza-se a ferramenta 6 Ms ou diagrama de causa e efeito, a qual será objeto de estudado na próxima unidade. 9 GLOSSÁRIO Capacidade Instalada A capacidade instalada de uma empresa re�ete o seu potencial total de produção, com base nos recursos de que dispõe, o que inclui equipamentos, mão de obra, conhecimentos, estoque, etc. De maneira simpli�cada, quando se fala que uma empresa está operando com 90% de sua capacidade, isto signi�ca que a empresa está produzindo 90% da sua capacidade instalada, ou seja, 90% do seu potencial total de produção. Glossário: http://www.foregon.com/glossario/737/capa cidade-instalada.aspx. Acessado em 13/05/2015. GLOSSÁRIO Método Método é uma palavra que se originou do grego e é a soma dos palavras gregas Meta e Hodós. Meta signi�ca “Resultado a ser atingido” e Hodós signi�ca “Caminho”. Portanto, o método pode ser entendido como o “caminho para o resultado” ou então como uma “sequência de ações necessárias para se atingir certo resultado desejado”. (CAMPOS, 2013, p. 20). Segundo Campos (2013, p. 25): Existem dois tipos de metas que se procura atingir em qualquer organização: resultados que desejamos melhorar e resultados que desejamos manter. (...) Na verdade, qualquer resultado que se M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 10 melhora deve, imediatamente, ser estabilizado nas operações do dia a dia por meio da padronização e do treinamento no trabalho (...). Sempre que queremos gerenciar (resolver problemas), devemos utilizar o PDCA para melhorar em conjunto com o PDCA para manter. Chamamos o PDCA para manter de SDCA porque na operação o plano (P) é o padrão (S de Standardize). Podemos concluir, então, da lição retro destacada que temos três tipos de PDCA, a saber: PDCA - “diretriz de controle” (planejamento); SDCA – “Manutenção do nível de controle” e PDCA de “melhoria”, o qual implica em alteração da “diretriz de controle”, ou seja, alteração da meta e do método. No exemplo proposto em linhas pretéritas, ao estabelecer meta diária de 50 (cinquenta) documentos por Servidor e ao definir um método para se atingir essa meta, o Gestor Judicial estabeleceu uma “diretriz de controle” (PDCA). Ao constatar que a meta foi atingida, o Gestor comprovou que o método utilizado teve efetividade, sendo, portanto, necessária a adoção desse método como padrão de produção, surgindo dai o SDCA (PDCA de manutenção). Da mesma forma, se o Gestor constatar que a meta não foi atingida e, adotando uma ação corretiva, vier a solucionar o problema, também deverá padronizar essa ação, pois teve efetividade (SDCA). Campos (2013, p. 25) assevera que: “Não existe solução de problemas sem que o novo resultado seja adotado na operação via SDCA”. Caso o Gestor Judicial, por algum fator, resolva, mais tarde, melhorar os resultados da expedição de documentos, alterando a meta de 50 (cinquenta) para 100 (cem) documentos por dia, por Servidor, nesse caso, terá, obrigatoriamente, que alterar o método, surgindo o PDCA de “melhoria”. 11 A B C Tempo Manutenção do resultado Melhoria continua (kaizen) 1° Giro PDCA Melhoria continua (kaizen) 2° Giro PDCA SDCA como sustentação dos ciclos de melhoria (kaizen - Planos de ação bem sucedidos) P DC A P DC A P DC A P DC A Nível do Resultado Fases do Método MASP ou Qc Story Compreendido o que é o PDCA e como este ciclo funciona, passamos, nesse momento, ao estudo das fases do método Qc Story, o qual, como já restou deslindado, adota o conceito do PDCA. Campos (1998, p. 226) deixa claro que o método Qc Story e composto das seguintes fases: • Identificação do problema; • Observação do problema; • Análise do problema; • Plano de ação; • Execução do plano de ação; • Verificação; • Padronização; • Conclusão. Fase n. 1 - Identificação do problema A identificação do problema é a fase em que o gerente e sua equipe irão identificar resultados indesejados em seu setor. Nessa fase, segundo leciona Campos (1998, p. 227) devem ser realizadas cinco tarefas, a saber: • Escolha do problema; M Ó D U LO 3: M étodo de soluçãode problem as - M A SP 12 • Histórico do problema; • Mostrar perdas atuais e ganhos viáveis; • Fazer a análise de Pareto; • Nomear responsáveis. Na escolha do problema devem-se priorizar os problemas mais importantes. Como já foi mencionado alhures, em unidades judiciárias, de regra, há problemas prioritários nos processos de trabalho de expedição de documentos, de autuações de iniciais, de juntadas de peças e de audiências, haja vista a produção insuficiente frente à demanda, o que gera acúmulo de processos aguardando tais atividades. Note-se que nessa fase não se buscam causas do problema, mas apenas identificar os resultados indesejados, os quais podem ser nas áreas de entrega (tempo e quantidade), custo, qualidade, moral e segurança. Campos (1998, p. 227), na análise histórica do problema, orienta no sentido de que sejam verificadas a frequência do problema e como ele ocorre. Já na análise das perdas atuais e ganhos viáveis a orientação é no sentido de se verificar o que está se perdendo (custo da qualidade) e o que é possível ganhar. Rodrigues (2006, p. 137) leciona que: “O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras verticais que permite determinar quais problemas resolver e quais as prioridades. Ele deve ser construído tomando como suporte uma Lista de Verificação. Este diagrama é importante para explicar os problemas prioritários de um processo, através da relação 20/80 (20% das causas explicam 80% dos problemas). Essa ‘regra’ prática tem sido bastante útil para identificar e priorizar os problemas mais frequentes”. Fazer a análise de Pareto significa, portanto, aplicar essa ferramenta para identificar e priorizar os problemas mais frequentes, por intermédio da relação 20/80, onde, como visto na lição retro, 20% das causas são responsáveis por 80% dos problemas. No módulo n. 4 estudaremos como aplicar, na prática, o Diagrama de Pareto e a lista de verificação para identificação de problemas. 13 CURIOSIDADE... Vilfredo Pareto foi um economista italiano que viveu no Século XIX. Em um de seus estudos concluiu que “20% da população �cam com 80% da arrecadação, enquanto que para 80% da população restam apenas 20% da arrecadação. Esta foi a origem da relação 20/80. (RODRIGUES, 2006, p. 137). Na última tarefa dessa fase, qual seja: nomear responsáveis, Campos (1998, p. 227) recomenda que seja nomeada uma pessoa, ou o grupo responsável e o líder para solucionar o problema, propondo-se uma data limite. ATENÇÃO! Nessa fase: Devem-se observar os cuidados e recomendações constantes no capítulo que trata sobre “identi�cação de problemas” (2.3.2.3); . Não se buscam causas do problema, mas apenas identi�car os resultados indesejados. Fase n. 2 - Observação do problema A observação do problema é a fase em que se investigam as condições em que o problema ocorre e suas características específicas. Visa, portanto, coletar informações úteis para a etapa posterior, qual seja: de análise do problema. A fase de observação, segundo Campos (1998, p. 228) é a fase em que o problema deve ser observado por intermédio de coleta de dados e de observação no local. Com os dados coletados, passa- se à fase de análise do problema, onde se buscarão as causas fundamentais do problema. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 14 Fase n. 3 - Análise do problema Campos (2004, p. 237) ressalta a importância da análise de processo para solução dos problemas. Segundo ele: “A análise de processo é uma sequência de procedimentos lógicos, baseada em fatos e dados, que objetiva localizar a causa fundamental dos problemas (...)”. Complementa Campos (2004, p. 236) que: É necessário que nós compreendamos que nenhuma decisão gerencial deveria ser AUTORIZADA sem que fosse competentemente apoiada por uma análise de processo baseada em fatos e dados, por meio do método de solução de problemas. Campos quer, portanto, demonstrar que a solução de problemas não pode se dar apenas com base em experiência ou no que achamos certo, mas como consequência de uma aprofundada análise, baseada em fatos e dados que nos levem a descobrir a ou as causas do problema. Nessa fase, são utilizadas diversas ferramentas, a saber: brainstorming (tempestade cerebral), Diagrama de causa e efeito, Lista de verificação, histogramas, etc. Todas essas ferramentas serão objeto de estudo no módulo seguinte. Fase n. 4 - Plano de ação Descoberta a causa ou as causas do problema passa-se ao plano de ação, onde serão definidas as estratégias de ação e será elaborado um plano de ação para bloquear as causas do problema. Nessa fase, utiliza-se como ferramenta o 5w1h, de modo que, em reunião com a equipe, o Gestor Judicial deve definir: o que será feito (what); por que será feito (Why); como será feito (How); quem fará (Who); onde será feito (Where) e quando será feito (When). Essa Ferramenta será objeto de estudo no módulo seguinte. Campos (1998, p. 230) recomenda, ainda, que, no plano de ação, seja determinada a meta a ser atingida, assim como o item de controle e de verificação. 15 GLOSSÁRIO 5W1H – Ferramenta da qualidade O 5W1H é um documento de forma organizada que identi�ca as ações e as responsabilidades de quem irá executar, através de um questionamento capaz de orientar as diversas ações que deverão ser implementadas. Deve ser estruturado para permitir uma rápida identi�cação dos elementos necessários à implantação do projeto. Os elementos podem ser descritos como: WHAT – O que será feito (etapas) HOW – Como deverá ser realizada cada tarefa/etapa (método) WHY – Por que deve ser executada a tarefa (justi�cativa) WHERE – Onde cada etapa será executada (local) WHEN – Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo) WHO – Quem realizará as tarefas (responsabilidade) 5W1H – Ferramenta da qualidade http://marketingfuturo.com/5w1h-ferrament a-da-qualidade/. Acesso em: 17/05/2015. Fase n. 5 - Execução Na fase de execução o gerente deve treinar sua equipe, divulgando o plano de ação a todos. Essa fase se inicia com treinamento e capacitação da equipe para execução do plano de ação. Após, passa-se à execução do plano de ação. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 16 Fase n. 6 - Verificação Iniciada a execução, o gerente deve, então, checar os resultados para verificar se o problema foi resolvido ou não. Caso o bloqueio não tenha sido efetivo, o gerente deverá retornar à fase de observação (coleta de dados) para nova avaliação das causas do problema. Se a causa do problema, no entanto, foi bloqueada e o problema, portanto, foi resolvido, logo, deve o Gerente padronizar as ações que geraram um impacto positivo no bloqueio das causas. Fase n. 7 - Padronização A padronização, portanto, consistirá em elaborar ou em alterar um padrão já existente, gerando uma nova forma de operar o processo. Nessa fase, podem ser utilizadas as seguintes ferramentas: POP’s (Procedimento Operacional Padrão) e fluxogramas. Essas ferramentas serão estudadas no módulo seguinte. GLOSSÁRIO Procedimento Operacional Padrão (POP) O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento organizacional que traduz o planejamento dotrabalho a ser executado. É uma descrição detalhada de todas as medidas necessárias para a realização de umatarefa. MARTINS, Rosemary. http://www.blogdaqualidade.com.br/proced imento-operacional-padrao-pop/. Acesso em 17/05/2015. 17 GLOSSÁRIO Conceito de Fluxograma O termo Fluxograma designa uma representação grá�ca de um determinado processo ou �uxo de trabalho, efectuado geralmente com recurso a �guras geométricas normalizadas e a setas unindo essas �guras geométricas. Através destarepresentação grá�ca é possível compreender de forma rápida e fácil a transição de informações ou documentos entre os elementos que participam no processo em causa. NUNES, Paulo. http://www.knoow.net/cienceconempr/gesta o/�uxograma.htm. Acesso em: 17/05/2015. Fase n. 8 - Conclusão Por fim, na conclusão, conforme se conclui da lição de Campos (1998, p. 233), o gerente buscará identificar os problemas remanescentes e dará início ao planejamento do ataque aos problemas remanescentes importantes. Nessa fase, ainda, todos os documentos produzidos serão amplamente divulgados e, após, arquivados, tornando-se capital intelectual da organização, permitindo, assim, que, em caso de eventuais novos problemas semelhantes, a empresa já saiba como bloquear as causas do problema. Na tabela abaixo, você poderá ver, de forma esquemática, um fluxo de todas essas fases do método Qc Story. Na unidade seguinte, estudaremos as principais ferramentas utilizadas no método MASP. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 18 Tabela 01- baseada na tabela encontrada na obra de Campos (2004, p. 239), que demonstra as fases do método Qc Story, dentro do Ciclo PDCA. PDCA FLUXO - GRAMA FASES OBJETIVOS Identificação do problema Definir claramente o problema e reconhecer sua importância Observação Investigar as características específicas do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista Análise Descobrir as causas fundamentais Plano de ação Conceber um plano para bloquear as causas fundamentais Ação Bloquear as causas fundamentais Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo (Bloqueio foi efetivo?) Padronização Prevenir contra o reaparecimento do problema Conclusão Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro P D C A 5 6 4 3 7 8 2 1 ? N S 19 Considerações finais O estudo do método MASP demonstrou o quão importante esse método é para o sucesso das organizações. Somente a aplicação criteriosa e completa de todas as fases do MASP permite uma segura e cabal solução de problemas e a consequente melhoria de resultados. Os gestores judiciais necessitam desenvolver a habilidade de aplicação do MASP em todos os níveis administrativos do Judiciário. Só assim o Poder Judiciário logrará melhores resultados. Continuar atuando apenas no resultado, via mutirões, sem realizar uma análise criteriosa das causas dos problemas no Judiciário, sobretudo no primeiro grau de jurisdição, e sem adotar ações corretivas que bloqueiem essas causas, não levará o Poder Judiciário a lugar algum. Encerramos aqui, portanto, as questões relativas ao método MASP e a sua aplicação. Convido você agora a iniciar o estudo da Unidade IV que se concentra especificamente nas questões relativas às principais ferramentas utilizadas no método MASP. ATIVIDADE... Agora, você, aluno, deve ir ao ambiente virtual de aprendizagem e participar no Fórum X, ou responder ao Questionário Y. M Ó D U LO 3: M étodo de solução de problem as - M A SP 20 Referências ABRANTES, José. Gestão da Qualidade. Rio de Janeiro, RJ: Interciência, 2009. CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia. 7. ed. Belo Horizonte, MG: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998. CAMPOS, Vicente Falconi. TQC Controle da Qualidade Total no estilo Japonês. 8. ed. Nova Lima, MG: INDG, 2004. CAMPOS, Vicente Falconi. O verdadeiro Poder – práticas de gestão que conduzem a resultados revolucionários. 2. ed. Nova Lima, MG: Editora Falconi, 2013. GLOSSÁRIO: <http://www.foregon.com/glossario/737/ capacidade-instalada.aspx>. Acesso em 13/05/2015. MARTINS, Rosemary.<http://www.blogdaqualidade.com. br/procedimento-operacional-padrao-pop/>. Acesso em 17/05/2015. NUNES, Paulo.<http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/ fluxograma.htm>. Acesso em: 17/05/2015. RODRIGUES, M. V. C. Ações para a qualidade GEIQ: Gestão Integrada para a Qualidade: Padrão Seis sigma, Classe Mundial. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark, 2006. WERKEMA, Cristina. Método PDCA E DMAIC E SUAS FERRAMENTAS ANALÍTICAS. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2013. 5W1H – Ferramenta da qualidade:<http://marketingfuturo. com/5w1h-ferramenta-da-qualidade/>. Acesso em: 17/05/2015. 21 Resumo do módulo O estudo dessa unidade nos permitiu entender o que são e como se aplicam os métodos MASP e “Shake-down” de problemas. Estudamos as fases de cada um desses métodos e vimos a importância da aplicação dos mesmos para a o bom desempenho de qualquer organização. Nessa unidade, também, entendemos o que é e como se aplica o método PDCA e que o mesmo representa a principal ferramenta do método MASP. Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sevidores do Poder Juduciário
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