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17 Epiderme: camada basal, espinhosa, granulosa, lúcida (coxins palmo-plantares e narinas) e córnea. Células de Merckel (2%): funções táteis e sensitivas. Derme superficial: contato com a epiderme. Abrange os folículos pilosos e glândulas Derme profunda: feixes de fibras colágenas paralelos à superfície. Pêlos e folículos: - Pêlo primário: Glândula Sebácea, 1 músculo eretor do pêlo e 1 poro para cada pêlo. Felinos, caninos, caprinos, ovinos e suínos - Pêlo secundário: vários pêlos por poro. Bovinos e equinos Proporção: 1 primário/5-20 secundários Ciclo do pêlo: - Fase anágena: crescimento, intensa atividade da matriz. - Fase catágena: interrupção do crescimento, redução do tamanho. - Fase telógena: folículos quiescentes, pêlos prestes a desprender. Por que um pitbull suja m ais a casa de pêlos do que um poodle? Porque, por se tratar de um animal de pêlo curto, o ciclo do pêlo nele é mais rápido. Glândulas sudoríparas: - Epitriquiais: f unção antimicrobiana e ferormônios. Todos os m amíferos domésticos possuem. - Atriquiais: presentes nos coxins dos carnívoros. Sudorese: - Equinos: termorregulação – grande quantidade de suor. - Ruminantes: termorregulação – pequena quantidade de suor. - Cães e gatos: coxins palmo-plantares. Vascularização: - Plexo profundo, subdérmico ou subcutâneo - Plexo intermediário ou cutâneo - Plexo Superficial ou subpapilar Hipoderme: Tecido subcutâneo ou panículo adiposo. 18 Depósito nutritivo de reserva Isolamento térmico. Proteção mecânica Deslizamento da pele. Exame da pele: Erros x ansiedade do proprietário: o exame da pele deve ser feito por completo, analisando o animal como um todo. Passos para o exame: 1. Identificação: - Etária: doenças da infância: demodicose em cães, dermatofitose em g atos, papilomatose em bezerros. Alergias: adultos jovens e maduros Alterações hormonais: adultos maduros Idosos: neoplasias, outras doenças não específicas ligadas à idade. - Sexual: dermatopatias relacionadas a hormônios sexuais. Tendências: fístulas perianais em cães, abcessos em gatos. Estro: acometimento marcante. Metaestro: a progesterona causa queda do pêlo. - Racial: Akita – adenite sebácea Felino Persa: complexo granuloma eosinofílico Equino Apaloosa: Pênfigo foliáceo Bovino Simental: astenia cutânea. Suíno Landrace: dermatose vegetante. - Cor do pelame: doença do mutante de cor em cães de pêlos azulados; carcinoma espinocelular em gatos brancos; melanoma em equinos tordilhos; fotossensibilização em gado claro ou branco. 2. Anamnese - Primordial e completa! - Queixa principal - Antecedentes: recentes e distantes - Início do quadro e evolução: agudo x crônico - Periodicidade - Contactantes: animais e humanos, rebanhos - Terapia: já utilizada, em utilização no momento, resultados 31 Alterações na frequência: Taquipnéia: aumento da frequência respiratória Bradipnéia: redução da frequência respiratória Dispnéia: dificuldade respiratória. Envolve o tipo, ritmo e a fr equência. Pode estar presente na taquipnéia, na bradipinéia ou na normopnéia. Podem ser: Dispnéia inspiratória Dispnéia expiratória Dispnéia mista. Obs: tem q ue especificar qual é o tipo de dispnéia, pois se falar apenas dispnéia f ica subentendido que se trata de dispnéia mista. Exame dos movimentos respiratórios: Posicionar-se atrás do animal e observar do lado direito (em ruminantes esse lado t em a vantagem de não ter a concorrência dos movimentos ruminais, mas pode ser feito do lado esquerdo também) e lado esquerdo em equinos. Observar o tipo de m ovimento respiratório (o normal é costo-abdominal) e contar a frequência respiratória. - Inspeção e palpação: Musculatura intercostal: inspecionar e palpar (grandes animais com as duas mãos e pequenos com apenas uma) dos dois lados a musculatura intercostal e a costela ao longo de todo o seu trajeto, principalmente nas articulações, observando sua mobilidade e volume. Costelas e articulações: Identificar na palpação mobilidade anormal e soluções de continuidade (às vezes o animal não demonstra dor). - Percussão de tórax: Técnica e objetivo: primeiro fazer a delimitação anatomotopográfica do pulmão através da projeção anatomotopográfica dos órgãos na superfície do corpo do animal. O utro objetivo da percurssão de tórax é examinar a sonoridade afim de verificar o tamanho do órgão, a sua saúde interna e confirmar se a sua posição está de acordo com a anatomia topográfica normal do órgão. Cada órgão vai emitir um som específico q ue vai permitir a sua delimitação externa, e essas sonoridades específicas são alteradas por doenças. Ex: uma pneumonia pode alterar a sonoridade do pulmão, m as isso pode ocorrer apenas em um espaço de 2cm, por esse motivo, a percussão precisa ser feita ao longo de todo o espaço intercostal para que não se perca nenhum ponto. 32 Para proceder a percussão é necessário um ambiente silencioso, sem r uídos de baixa frequência. Instrumentos: martelo e plexímetro para grandes animais e percussão dígito-digital para pequenos. Característica sonora: a natureza dos tecidos determina diferentes sons, de acordo com a presença, quantidade e distribuição dos espaços vazios. Ex: durante a percussão do pulmão, foi encontrado um ponto de som maciço onde era para ser som claro. Primeiro, repetir a percussão no ponto para confirmar, segundo, delimitar a área, f azendo a percussão em pontos ao redor o ponto alterado, ou seja, acima e abaixo no mesmo espaço intercostal e depois na m esma altura os espaços intercostais anterior e posterior ao que foi identificada a alteração. Delimitação topográfica do pulmão: Cães: 11° Espaço intercostal na altura do íleo. 10° EIC na altura da tuberosidade isquiádica. 6º EIC na altura da articulação escápulo-umeral. Equinos: Limite dorsal: linha situada a mais ou menos 3 a 4 dedos abaixo da coluna vertebral, até o 17º espaço intercostal, onde temos o limite caudal. Limite dorso-ventral: do limite caudal passa -se uma linha ventro-cranial, passando pelo 16º espaço intercostal (ao nível da asa o íleo), para o 14º espaço intercostal (ao nível do ísquio), 10º espaço intercostal ( correspondente a linha escápulo umeral) e 6º espaço intercostal, na direção do esterno (4 a 5 dedos acima deste). Limite cranial: Borda caudal da escápula Bovinos: para delimitar os pulmões, é necessário q ue o animal esteja com os membros juntos num piso plano. Fazer uma avaliação de aprumos para ver se o animal tem alguma alteração grave. 11º EIC no lado esquerdo: limite caudo dorsal. (No lado direito: 12º EIC) Metade na 9º costela: ponto caudo ventral. 6º EIC três dedos acima do olécrano: ponto ventral. Apófises transversas: limite dorsal. Musculatura que recobre a escápula e o úmero: limite cranial. 31 39 - Avaliação do Estado Circulatório Periférico: TPC – para avaliar o estado hídrico do animal (sinais de desidratação, anemia, hipovolemia). - Avaliação dos Vasos Sanguíneos: avaliação da veia jugular (dilatações – massas intratorácicas, endocardite, efusão pericárdica ou sobrecarga iatrogênica de volume são causas de dilatação na veia jugular). Inspeção da área cardíaca: Objetivo: observar a integridade da área cardíaca (esquerda e direita) e o choque cardíaco. O choque cardíaco é a vibração da parede torácica decorrente da movimentação do coração durante a sístole. É a manifestação funcional do coração. Em animais obesos é difícil inspecionar o choq ue. Em pequenos animais,e em grandes animais magros, é facilmente visualizável. Para fazer a inspeção é necessário saber o local correto do choque em cada espécie animal. Palpação: É além e avaliar o choque cardíaco, ainda avalia a manifestação funcional do coração. Objetivos: localizar e avaliar a força (grau de agressividade que ele faz no meu dedo) e o ritmo do choque, além de verificar a sensibilidade dolorosa da área car dioreticular (comprimir a área cardioreticular com um bastão de f erro ou madeira para ver se o animal sente dor). Pode ser feita pelo método direto ou indireto (com o bastão de vidro ou acrílico). Obs.: o exame do choque é o exame do coração, pois quando avalio a força do choque, estou avaliando a força de contração do coração, e quando avalio o ritmo do choque, estou avaliando o ritmo cardíaco. Se o choque está fora do lugar, é indicativo de ectopia cardíaca. Alterações do choque cardíaco: Aumentado ou diminuído: Fisiológico (exercício), patológico. Ex: A diminuição ocorre na pericardite em estágio inicial (está enchendo o saco pericárdico de edema, o q ue reduz a propagação da vibração do coração na parede), na obesidade (porque aumenta a espessura da parede), na dilatação cardíaca (redução da força de contração do coração). 40 Ausência: Piotórax, hidrotórax Obs: como saber se a alteração no choque é fisiológica ou patológica? Dando um tempo para o animal se recuperar de um possível e xercício ou estresse. Se for f isiológico, ele vai se normalizar após esse tempo. Desviado: - Cranial: uma peritonite avançada desloca o choque do 5º para o 4º ou 3º EIC nos cães. - Caudal: abcesso de linfonodo do mediastino desloca do 5º para o 6º ou 7º EIC no cão. - Lateral: ectopia cardíaca por desvio lateral – pode se deslocar para o lado direito. Ex: um tumor intercostal esquerdo pode deslocar o choque para o lado direito. Percussão: Objetivo: delimitação t opográfica da área cardíaca, cujo som é do tipo maciço absoluto em equinos e maciço absoluto com uma área de som maciço relativo em bovinos. Método: direto e indireto. Digital, digito-digital ou martelo pleximétrico. Obs.: no bovino, só consigo fazer a percussão do 5º EIC, e em pequenos animais é feito no 4º EIC esse som maciço. O som maciço relativo encontrado dentro da área topográfica do coração revela que ele está na posição anatomotopográfica correta. Auscultação: Método direto (colocar o ouvido diretamente na área cardíaca do animal), e indireto (estetoscópio). A primeira coisa a se levar em conta na auscultação são os principais fatores q ue interferem no exame clínico: interação com o animal, concentração, manipulação, ambiente, silêncio. Focos de auscultação cardíaca: todos só têm um ponto de auscultação. - Na área cardíaca esquerda: BOVINOS: Foco pulmonar (P): 3º EIC, na extremidade mais ventral; Foco aórtico (A): 4º EIC, no extremo mais dorsal; Foco mitral (M): 5º EIC, no extremo dorsal ligeiramente abaixo do foco aórtico. Auscultação no sentido cranio-caudal (PAM) 104 Referências: Professores: Luiz Alberto do Lago Adriane P imenta da Costa-Val Rubens Antonio Carneiro Roteiro de Aulas Práticas – Semiologia de Equinos, Professoras Maristela Palhares e Renata Maranhão. UFMG. FEITOSA F.L.F. Semiologia Ve terinária: A arte do diagnóstico. 2 ed. São Paulo: Roca, 2008. PDF Exame Clínic o - Neurológico e m Cães e Gatos – Bernardo de Caro Martins Thais Coelho, Monitora de Semiologia Veterinária, 2015. Agradecimentos: Aos anima is, que exaustivamente nos proporcionam a possibilidade de aprendizado: Crioula, Jersinha, S noopy, S pock, Tigresa, Thor, Branca Augusta, Pre ta Maria, Pavão, Soraia, Andreia, Catarina.
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