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PROCESSO CIVIL TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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PROCESSO CIVIL 
 TEORIA GERAL DOS RECURSOS
	RECORRER
SENTEÇA 	CUMPRIR A DECISÃO
	NÃO RECORRER E	CUMPRIMENTO DE SENTENÇA /
	NÃO CUMPRIR A DECISÃO		PROCESSO DE EXECUÇÃO
Meios de impugnação judicial: recursos, ações autônomas (ação rescisória, ação de mandado de segurança, querela nulitatis) e sucedanius recursais (reexame necessário, pedido de reconsideração.
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
- CONCEITO DE RECURSO: recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a REFORMA, a INVALIDAÇÃO, o ESCLARECIMENTO ou a INTEGRAÇÃO de DECISÃO JUDICIAL que se impugna. 
- Quando se refere a “dentro do mesmo processo” quer dizer que o recurso prolonga a litispendência sem instaurar processo novo. (ação rescisória não é recurso).
- é remédio voluntário, pois exclui a remessa necessária do conceito. (quando for necessário não é recurso).
REFORMA – erro in judicando – quando se afirma que a decisão não aplicou corretamente o direito material. Ex: condenou o réu a pagar quantia superior ao provado no processo.
INVALIDAÇÃO – erro in procedendo – quando se afirma que a decisão não observou o direito processual, erro formal. Ex: sentença sem fundamentação, sentença prolatada sem ter feito instrução probatória. 
ESCLARECIMENTO – quando a decisão se encontra obscura ou contraditória objetivando o recurso que seja dada a mesma decisão de forma mais clara. Ex: decisão que tem fundamentação pela procedência e dispositivo com improcedência do pedido.
INTEGRAÇÃO – quando a decisão é lacunosa. Ex: condena o réu ao cumprimento de obrigação rejeitando a alegação de nulidade contratual, mas não se pronunciando sobre prescrição aventada pelo réu.
Obs: só cabe recurso contra provimentos judiciais com conteúdo decisório – despacho – artigo 1001 NCPC.
Art. 1.001.  Dos despachos não cabe recurso.
- CLASSIFICAÇÃO: 
Art. 1.002.  A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.
TOTAL:é o recurso que impugna tudo o que poderia ser questionado. Se a parte não especificar a parte em que impugna a decisão, entender-se-á total o recurso.
PARCIAL: é o recurso que impugna parte do que poderia ser questionado. Assim, o tribunal não poderá examinar qualquer aspecto do capitulo não impugnado.
ORDINÁRIO: tutela do direito subjetivo.
EXTRAORDINÁRIO: tutela de direito objetivo. Ex: recurso extraordinário, especial e embargos de divergência.
- JUIZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO:
O juízo de admissibilidade é um juízo sobre a VALIDADE DO PROCEDIMENTO e a ele deve ser aplicado todo o sistema de invalidades processuais, construído exatamente para que invalidades não sejam decretadas. O juízo de admissibilidade é sempre preliminar ao juízo de mérito. No primeiro, julga-se a postulação admissível ou inadmissível, no segundo, procedente ou improcedente. 
- Interposto o recurso, portanto, inicia-se a sua apreciação, o que se faz com a realização do juízo de admissibilidade. Trata-se da análise da regularidade do procedimento. Observam-se os aspectos formais do recurso. O resultado desse juízo será o conhecimento ou não de um recurso
A regra é a existência de uma dupla analise do juízo de admissibilidade.
 A quo = originário; "receber” e "não receber” após contrarrazões “dá seguimento” ou “nega seguimento ao recurso”.
Ad quem = destinatário; relator “dá seguimento” ou “nega seguimento ao recurso”, no órgão colegiado “conhece ou não conhece do recurso”.
O juízo de admissibilidade pode ser positivo (recurso conhecido) ou negativo (recurso não
conhecido). Também pode ser provisório ou definitivo. Normalmente, o órgão a quo exerce o juízo
provisório de admissibilidade, enquanto o órgão ad quem exerce o juízo definitivo.
Ultrapassado o juízo de admissibilidade passa-se ao juízo de mérito, onde o órgão jurisdicional competente passa a conhecer da pretensão manifestada pelo recorrente. Sendo procedente tal pretensão, dá-se provimento ao recurso. Em caso contrário, nega-se provimento ao mesmo.
Mérito do recurso não corresponde, necessariamente, ao mérito da causa Ex: recurso em que se pede a reforma de decisão que considerou ausente alguma das "condições da ação”.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADES DO RECURSO:
- Subjetivos - atinentes à pessoa que interpõe o recurso. 
- Objetivos - concernentes ao recurso considerado em si próprio.
- Intrínsecos - referentes à existência do direito de recorrer.
- Extrínsecos - concernentes ao exercício de tal direito.
INTRÍNSECOS 				EXTRÍNSECOS
	- CABIMENTO
	- PREPARO
	- LEGITIMAÇÃO
	- TEMPESTIVIDADE
	- INTERESSE
	- REGULARIDADE FORMAL
	- INEXISTENCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRER
	
- Condições dos recursos e pressupostos processuais recursais:
- As "condições do recurso” são os requisitos exigidos para que se possa considerar legítimo o exercício do poder de ação sendo esta manifestação consistente na interposição do recurso. 
- Os pressupostos recursais são os requisitos de existência e validade do recurso.
SÃO:
LEGITIMIDADE PARA RECORRER - Art. 996 CPC.
Art. 996.  O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único.  Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
OBS: Podem ainda recorrer o assistente simples (subsidiariedade) e o qualificado, o nomeado à autoria, o litisdenunciado, o arrematante de um bem no processo executivo.
Terceiro prejudicado - Ele terá que demonstrar o prejuízo que a decisão, de que pretende recorrer, causou à sua esfera jurídica. Poderão interpor recurso, nessa condição, aquele que poderia ter sido assistente simples ou litisconsorcial mas não o foi, o litisconsórcio necessário, que não integrou a lide. Caso não tenha conhecimento a tempo, poderá se insurgir contra a decisão por meio de ação autônoma – o mandado de segurança, por exemplo.
Só se admite o recurso de terceiro juridicamente prejudicado, titular da mesma relação jurídica discutida ou de uma relação jurídica conexa. Assim, o terceiro deverá demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.
O réu revel art. 346, p.u. CPC
Art. 346.  Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Parágrafo único.  O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
Perito não tem legitimidade para recorrer na ação para a qual foi designado. Já decidiu o STJ pelo cabimento de mandado de segurança, contra decisão do juiz que imputou multa ao perito, por conduta desidiosa no processo. 
Advogado também é legitimado para recorrer do capítulo acessório da sentença relativo à sucumbência. 
O juiz tem legitimidade para recorrer das decisões proferidas em incidentes que lhe dizem respeito, como a exceção de suspeição.
Litisconsórcio e recursos - Art. 1.005 CPC. Isto ocorre quando o litisconsórcio é unitário. Quando o litisconsórcio é simples, decorrente da solidariedade passiva entre os devedores, cujas defesas, em relação ao credor, são comuns.
Art. 1.005.  O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único.  Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Ministério Público - Súmula: 99 STJ: o ministério público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte.Súmula nº 202 do STJ: “A impetração de mandado de segurança, por terceiro, contra ato judicial, não se condiciona à interposição de recurso”.
- INTERESSE: utilidade + necessidade: o recorrente deve esperar do julgamento do recurso SITUAÇÃO MAIS VANTAJOSA e deve ser NECESSÁRIO USAR AS VIAS RECURSAIS para alcançar esse objetivo. Ou seja, utilidade do provimento pleiteado através do recurso, o interesse em recorrer é o binômio necessidade + adequação do recurso.
Interesse - Necessidade - o recurso for o único meio colocado à disposição de quem o interpõe, a fim de que alcance, dentro do processo, situação jurídica mais favorável do que a proporcionada pela decisão recorrida.
 Interesse - Adequação - para que o recurso possa ser admitido, que se tenha interposto o recurso adequado, ou seja, que se tenha interposto o recurso cabível contra o tipo de provimento impugnado.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO RECURSO: está ligada à recorribilidade do provimento judicial que se quer impugnar, somente se podendo considerar juridicamente possível o recurso quando interposto contra provimento que, em tese, admite recurso:
decisão que já tenha sido coberta pela coisa julgada formal
despacho de mero expediente
- PRESSUPOSTOS RECURSAIS:
Órgão ad quem (juízo de instância superior) investido de jurisdição: Para a validade do recurso é necessário que este seja dirigido ao órgão ad quem investido de jurisdição para a hipótese. Juízo estadual, em hipótese em que este exerça "jurisdição federal”(art. 109, §§ 3º 2º e 4º, da CR. ) – TRF.
Capacidade processual das partes para o recurso - a parte que não tenha capacidade para estar em juízo não pode recorrer. art. 41,§ 2º, da Lei nº 9.099/1995 JEC.
Regularidade formal do recurso: Só admite a interposição de recurso contra decisões judiciais através de petição escrita.
- Exigência de fundamentação – ‘razões’ do recurso.
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Tempestividade do recurso – (art. 1.003 CPC) a lei processual impõe prazos a serem observados para a interposição de recursos. O decurso do prazo sem que o recurso seja interposto implica preclusão temporal, com o consequente trânsito em julgado do provimento judicial irrecorrido.
- O prazo, em regra, de interposição do recurso é de quinze dias (art. 1.003 §5º), mas comporta exceções como o prazo de 05 dias o prazo para interpor embargo de declaração.
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
Prazo diferenciado :
- LITISCONSÓRCIO:
Art. 229.  Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
- MINISTÉRIO PÚBLICO:
Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
- FAZENDA PÚBLICA:
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público.
- DEFENSORIA PÚBLICA:
Art. 186.  A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
§ 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada.
 - ESCRITÓRIOS DE PRÁTICA JURÍDICA:
Art. 186.  A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
Súmula nº 641 do STF: Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido.
Preparo – pagamento das custas processuais devidas em razão da interposição deste meio de impugnação das decisões judiciais. Como regra, os recursos estão sujeitos a preparo. consiste no adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso.
- Preparo = TAXA JUDICIÁRIA + DESPESAS POSTAIS.
- Falta de preparo = deserção (sanção).
- Causa objetiva de inadmissibilidade, prescinde de qualquer indagação quanto à vontade do omisso. Deve ser comprovado no ato da interposição do recurso, sob pena de se ter o mesmo como deserto. art. 1.007 CPC.
Dispensa art.1007 §§ 1º e 3º
Preparo insuficiente art.1007 § 2º
Ausência de preparo art.1007 §§ 4º e 5º 
Justo impedimento art.1007 § 6º
art.1007 § 7º jurisdição defensiva
Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso,o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
Súmula nº187 do STJ: “É deserto o recurso interposto para o Superior Tribunal de Justiça, quando o recorrente não recolhe, na origem, a importância das despesas de remessa e retorno dos autos”.
Súmula nº484 do STJ: “Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário”.
RECURSO ADESIVO:
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Não é espécie recursal e sim MODO DE RECORRER.
Ocorrer sucumbência recíproca art. 997 § 1º, Só pode haver interposição adesiva em caso de SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA (ambos os litigantes são em parte vencedores e vencidos). Nesse caso, publicada a decisão, embora ambos pudessem ter recorrido de forma independente, um deles espera o comportamento do outro, para só então recorrer.
É um recurso subordinado ao recurso principal interposto pela outra parte. art. 997 § 2º
O recurso adesivo pode ser interposto no prazo de que a parte dispõe para responder ao recurso principal (ou seja, no prazo para oferecer suas contrarrazões). art. 997 § 2º, I
Será admissível na APELAÇÃO, no RECURSO EXTRAORDINÁRIO e no RECURSO ESPECIAL. art. 997 § 2º, II
Não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. art. 997 § 2º, III
Posição dominante nega a legitimidade do terceiro prejudicado e do ministério público, fiscal da lei para recorrer adesivamente.
Recurso adesivo é o recurso contraposto ao da parte adversa, por aquela que se dispunha a não impugnar a decisão, e só veio a impugná-la porque o fizera o outro litigante.
- Se a sentença julgou totalmente improcedente o pedido do autor, não se admite recurso adesivo do réu, pois falta-lhe interesse (o réu não é sucumbente). A apelação do autor devolverá ao tribunal todos os fundamentos que o réu levantara no processo, sem que ele precise, para tanto, recorrer adesivamente.
- Não se admite recurso adesivo pelo particular em reexame necessário, pois ele não espera o comportamento da Fazenda Pública, já que os autos seguirão, forçosamente, ao tribunal. Em demandas contra o Poder Público só cabe recurso adesivo pelo particular se não houver reexame necessário. Diversamente, o Poder Público poderá aderir ao recurso da outra parte.
RENÚNCIA: A renúncia é ato unilateral, o que significa dizer que sua eficácia independe de aceitação pela parte contrária. 
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
DESISTÊNCIA: A desistência independe, para produzir efeitos, de consentimento da parte contrária.
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
ACEITAÇÃO DA DECISÃO: Expressa ou tácita, quando a parte pratica ato incompatível com a vontade de impugná-la. 
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
- EFEITOS DOS RECURSOS: dois tipos de efeito: efeitos da interposição e efeitos do julgamento.
- efeitos da interposição: impedir o trânsito em julgado, efeito devolutivo e suspensivo.
- efeitos do julgamento dos recursos: substituir ou anular o provimento recorrido.
Impedir o trânsito em julgado da decisão recorrida – efeito obstativo: a interposição do recurso IMPEDE o trânsito em julgado, o recurso prolonga a litispendência.
- Comum a todos os recursos admissíveis.
- Sendo negativo o juízo de admissibilidade, o trânsito em julgado já terá ocorrido anteriormente à decisão que Deixou de admitir o recurso.
- No caso de recurso parcial , os capítulos não impugnados da sentença sobre eles se operará o efeito da coisa julgada.
Efeito devolutivo (tantum devolutum quanto appellatum): Transferir, para órgão diverso daquele que proferiu a decisão recorrida, o conhecimento da matéria impugnada. A interposição do recurso transfere ao órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada. É comum a TODOS OS RECURSOS, que provocam o reexame da decisão.
- O órgão ad quem está adstrito ao que tiver sido objeto de impugnação através do recurso, não podendo julgar extra, ultra ou citra petita, salvo matéria de ordem pública. Só se opera o efeito devolutivo quando o órgão ad quem é diverso do órgão a quo.
- Atualmente, contudo, deve-se considerar que o efeito devolutivo decorre da interposição de qualquer recurso, equivalendo a um efeito de transferência da matéria ou de renovação do julgamento para outro ou para o mesmo órgão julgador.
Proibição da reformatio in peius - não se pode, no julgamento de um recurso, agravar a situação de quem recorreu em benefício de quem não recorreu.
Efeito translativo: O órgão ad quem poderá analisar toda a matéria existente nos autos relativa à matéria impugnada, independentemente dela constar nas razões ou contrarrazões das partes.
- Matérias de ordem pública podem elas serem conhecidas mesmo que não tenham sido alegadas em nenhum momento, constituindo uma verdadeira exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus
- Relação entre o efeito translativo e o efeito devolutivo
mesmo que seja reconhecido algum vício que possa ser conhecido ex officio, este só atingirá o capítulo apelado, sob pena de violação à coisa julgada material.
Efeito suspensivo e eficácia imediata dos recursos: a interposição do recurso prolonga o estado de ineficácia em que se encontrava a decisão (os efeitos dessa decisão não se produzem). A regra é que os recursos sejam dotados de efeito suspensivo. Se o recurso não possuir esse efeito, deverá constar expressamente do texto legal. Consiste em não permitir que a decisão recorrida produza efeitos antes do julgamento do recurso, impedindo a produção de efeitos declaratórios, constitutivos ou condenatórios da decisão.
- Atenção: o efeito suspensivo não decorre da interposição do recurso, mas resulta da mera recorribilidade do ato.
- Impedirá que sejam praticados atos de sequencia do procedimento até que haja decisão sobre o recurso interposto.
- Regra; os recursos não possuem efeito suspensivo art. 995 caput.
- Exceção: apelação e concessão pelo relator Art.995 p.u.
Art. 995.  Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único.A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Substituir ou anular o provimento recorrido -  Efeito Substitutivo: Não podem conviver duas decisões sobre a mesma questão no mesmo processo.
Os recursos podem: - Negar provimento ao recurso por error in iudicando ou error in procedendo.
- Dar provimento ao recurso por error in iudicando.
- Dar provimento ao recurso por error in procedendo
Haverá substituição da decisão nos dois primeiros casos; e retorno do processo ao juízo originário no terceiro.
A substituição irá ocorrer, mesmo que a reformar da decisão recorrida seja apenas parcial, sendo a substituição, neste caso, também parcial. 
Art. 1.008.  O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
- PRINCÍPIOS RECURSAIS
Princípio do duplo grau de jurisdição: Diz respeito à possibilidade de um novo julgamento de questão já decidida. toda decisão judicial é passível de ser revista, em regra por outro órgão, por meio de recurso.
Princípio constitucional implícito, inferido da CR, quando da competência dos tribunais para julgar causas originariamente e em grau de recurso.
Princípio não é absoluto ex: filtros recursais como a repercussão geral para fins de admissibilidade do recurso extraordinário.
Princípio da taxatividade - no sistema processual brasileiro, são recursos somente aqueles criados por lei federal, pois compete privativamente à união federal legislar sobre essa matéria (CF, art.22, i) art. 994 do CPC. Não impede que os tribunais editem normas administrativas, com vistas a regulamentar aspectos da interposição desses recursos, como os relacionados ao protocolo e ao valor do preparo, desde que não inovem. O recurso inominado no âmbito dos JECS.
Princípio da proibição da “reformatio in pejus”
Princípio da unirrecorribilidade, singularidade ou unicidade: Para cada espécie de pronunciamento judicial, existe um tipo de recurso. Cabimento.
Princípio da voluntariedade
Princípio da dialeticidade: ao recorrer deverá expor as razões do seu inconformismo, de forma clara e fundamentada, sob pena da inadmissibilidade do recurso por ausência de regularidade formal.
Súmula nº 287/STF: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou no do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”.
Princípios da consumação e da complementariedade: Uma vez interposto o recurso, consumou-se o direito de fazê-lo, não podendo a parte, por exemplo, complementar suas razões.
Princípio da fungibilidade: Segundo esse princípio deve-se admitir recurso que, por equívoco, foi interposto no lugar de outro, se houver dúvida objetiva sobre qual deles seria cabível.
Dúvida objetiva - decorre da existência de posicionamentos conflitantes na doutrina e/ou jurisprudência
Não pode haver erro grosseiro 
Ex: os tribunais de sobreposição não admitem fungibilidade na utilização indevida dos recursos extraordinários (em sentido amplo). Súmula 272 e 281 STF; 118 STJ .
			DA ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS
A "ordem dos processos nos tribunais” regula disposições esparsas, referentes a diversos temas ligados ao desenvolvimento dos processos nos tribunais:
- Os recursos.
- Processos de competência originária.
- Os incidentes processuais que venham a surgir, ex: o incidente de uniformização da jurisprudência.
DISTRIBUIÇÃO: SORTEIO E ALTERNATIVIDADE.
					
A UM COLEGIADO			RELATOR 		 	PRESIDENTE
- DO RELATOR:
Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
- DO PRESIDENTE: 
Art. 934.  Em seguida, os autos serão apresentados ao presidente, que designará dia para julgamento, ordenando, em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da pauta no órgão oficial.
SESSÃO DE JULGAMENTO: 
 RELATOR 		SUSTENTAÇÃO ORAL 		 VOTAÇÃO			RESULTADO
 RELATOR	PAR	PRESIDENTE
DO RELATOR: exposição de todos os fatos relevantes da causa.
DA SUSTENTAÇÃO ORAL: Art. 937.  Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021:
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
III - no recurso especial;
IV - no recurso extraordinário;
V - nos embargos de divergência;
VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação;
VII - (VETADO);
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
§ 1o A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas observará o disposto no art. 984, no que couber.
§ 2o O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais.
§ 3o Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga.
§ 4o É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.
DO RESULTADO: o presidente proclamará o resultado, designando para redator do acórdão o relator ou, se este for vencido, o juiz que tiver prolatado o primeiro voto vencedor.
Art. 941.  Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor.
§ 1o O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído.
§ 2o No julgamentode apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes.
§ 3o O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento.
VOTAÇÃO: RELATOR PAR 	 PRESIDENTE
- AGRAVO PENDENTE DE JULGAMENTO (SE HOUVER)
- TUTELA DE URGENCIA								RESULTADO
- PRELIMINARES
- MÉRITO
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 947.  É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
§ 1o Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.
§ 2o O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3o O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.
A finalidade do instituto é impedir que, sobre relevantes questões de direito, com grande repercussão social, mas que não possam ser objeto incidente de resolução de demandas repetitivas, ou de julgamento de recurso especial ou extraordinário repetitivos, possa haver divergência entre órgãos fracionários (câmaras ou turmas do Tribunal).(MARCUS VINICIUS).
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 948.  Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
Art. 949.  Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único.  Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
- Não cabe mais recurso contra a decisão do pleno, mas caberão outros recursos contra a do órgão fracionário. 
Súmula 513 do STF (“A decisão que enseja a interposição do recurso ordinário ou extraordinário não é a do plenário, que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão — Câmaras, Grupos ou Turmas — que completa o julgamento do feito”).
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
- Positivo ou negativo
- Legitimidade:
Art. 953.  O conflito será suscitado ao tribunal:
I - pelo juiz, por ofício;
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.
Parágrafo único.  O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à prova do conflito.
- Decisões urgentes e julgamento de plano:
Art. 955.  O relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, determinar, quando o conflito for positivo, o sobrestamento do processo e, nesse caso, bem como no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.
Parágrafo único.  O relator poderá julgar de plano o conflito de competência quando sua decisão se fundar em:
I - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
II - tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
- Julgamento:
Art. 957.  Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juízo competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juízo incompetente.
Parágrafo único.  Os autos do processo em que se manifestou o conflito serão remetidos ao juiz declarado competente.
 - Conflito entre outros órgãos:
Art. 958.  No conflito que envolva órgãos fracionários dos tribunais, desembargadores e juízes em exercício no tribunal, observar-se-á o que dispuser o regimento interno do tribunal.
Art. 959.  O regimento interno do tribunal regulará o processo e o julgamento do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e autoridade administrativa.
AÇÃO RESCISÓRIA 
- CABIMENTO:
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
§ 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
§ 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.
§ 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.
§ 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.
§ 5º  Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento.
§ 6º  Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica.
COISA JULGADA: a coisa julgada, na definição do código, é caráter de que reserve a sentença já não mais sujeita a recurso, tornando-a imutável e indiscutível.
- Juízo reincidente e juízo rescisório:
Art. 974.  Julgando procedente o pedido, o tribunal rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito a que se refere o inciso II do art. 968.
Parágrafo único.  Considerando, por unanimidade, inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal determinará a reversão, em favor do réu, da importância do depósito, sem prejuízo do disposto no § 2o do art. 82.
- prazo: 
Art. 975.  O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
§ 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense.
§ 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsitoem julgado da última decisão proferida no processo.
§ 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.
- prevaricação, concussão:
prevaricação – consiste em retardar ou deixa de praticar, indevidamente, ato de oficio ou pratica-lo contra disposição expressa de lei para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
concussão – vem a ser a exigência de si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, de vantagem indevida.
ação simulada.
duas sentenças transitada em julgado.
V Súmula 343 do STF: “Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais”
- legitimidade:
Art. 967.  Têm legitimidade para propor a ação rescisória:
I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;
II - o terceiro juridicamente interessado;
III - o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei;
c) em outros casos em que se imponha sua atuação;
IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.
Parágrafo único.  Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte.
- petição inicial e caução:
Art. 968.  A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.
§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
§ 2o O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos.
§ 3o Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste artigo.
§ 4o Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332.
§ 5o Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda:
I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966;
II - tiver sido substituída por decisão posterior.
§ 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente.
- cumprimento da decisão objeto de rescisão:
Art. 969.  A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.
- cabe rescisória da rescisória: possibilidade de rescindir-se a decisão proferida em ação rescisória.
- DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS:
A finalidade do instituto é assegurar um julgamento único da questão jurídica que seja objeto de demandas repetitivas, com eficácia vinculante sobre os processos em curso.
CABIMENTO E REQUISITOS:
Art. 976.  É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
§ 1o A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do incidente.
§ 2o Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono.
§ 3o A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o requisito, seja o incidente novamente suscitado.
§ 4o É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
§ 5o Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas repetitivas.
LEGITIMIDADE:
Art. 977.  O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal:
I - pelo juiz ou relator, por ofício;
II - pelas partes, por petição;
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.
Parágrafo único.  O ofício ou a petição será instruído com os documentos necessários à demonstração do preenchimento dos pressupostos para a instauração do incidente.
COMPETÊNCIA E JULGAMENTO:
Art. 978.  O julgamento do incidente caberá ao órgão indicado pelo regimento interno dentre aqueles responsáveis pela uniformização de jurisprudência do tribunal.
Parágrafo único.  O órgão colegiado incumbido de julgar o incidente e de fixar a tese jurídica julgará igualmente o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se originou o incidente.
CONSEQUÊNCIAS E REVISÃO:
Art. 985.  Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986.
§ 1o Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
§ 2o Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
Art. 986.  A revisão da tese jurídica firmada no incidente far-se-á pelo mesmo tribunal, de ofício ou mediante requerimento dos legitimados mencionados no art. 977, inciso III.
RECURSO:
Art. 987.  Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.
§ 1o O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.
§ 2o Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça será aplicada no território nacional a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito.
ORDEM DO JULGAMENTO:
Art. 984.  No julgamento do incidente, observar-se-á a seguinte ordem:
I - o relator fará a exposição do objeto do incidente;
II - poderão sustentar suas razões, sucessivamente:
a) o autor e o réu do processo originário e o Ministério Público, pelo prazo de 30 (trinta) minutos;
b) os demais interessados, no prazo de 30 (trinta) minutos, divididos entre todos, sendo exigida inscrição com 2 (dois) dias de antecedência.
§ 1o Considerando o número de inscritos, o prazo poderá ser ampliado.
§ 2o O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou contrários.
DA RECLAMAÇÃO - Instituto que visa fazer valer posicionamento jurisprudencial e competência dos tribunais frente a decisão primeiro grau conflitante.
Art.988.  Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III - garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade
IV - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência.
§ 1o A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.
§ 2o A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.
§ 3o Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível.
§ 4o As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.
§  5º É inadmissível a reclamação.
I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias.
§ 6o A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.
JULGAMENTO E CONSEQUENCIAS:
Art. 992.  Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia.
DA REMESSA NECESSÁRIA:
Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público.
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

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