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CIRROSE HEPATICA

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UNIVERSIDADE POTIGUAR
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ESCOLA DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
CIRROSE HEPÁTICA
NATAL
2014
CASO CLÍNICO
E.B.L, 45 anos, masculino, branco, casado, natural e procedente de Parnamirim, previamente hígido, cuja queixa principal é náuseas, edemas nas pernas, icterícia, ascite, agitação, vermelhidão nos pés ou nas mãos, pequenos vasos sanguíneos vermelhos na pele em formato de aranha, constipação, fadiga, urina escura, volume abdominal, a 2 semanas apresentou sangue no vomito, associado a dor abdominal (mal caracterizada), intensidade 6 (entre 0-10) com melhora ao uso de dipirona. Referiu plenitude gástrica ao consumir bebida alcoólica seguida de náuseas e vômitos, relatou quando para de beber os sintomas desaparecem. História de etilismo importante durante 20 anos, seguidos de tabagismo, diagnosticado hipertenso há 2 anos.
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho abordará a cirrose hepática que é um distúrbio hepático crônico que se caracteriza pela substituição do tecido hepático normal por fibrose difusa, a qual acaba por romper com a estrutura e a função do fígado. Discorrerá sobre os tipos de cirrose, abordará a fisiopatologia as manifestações clinicas que aumentam a medida em que a doença evolui. Abordará como o médico faz o diagnóstico da doença e o tratamento que geralmente se baseia no sintomas apresentados.
O QUE É CIRROSE HEPÁTICA
 A cirrose é uma doença crônica que se caracteriza por fibrose difusa que substitui o tecido hepático normal, que rompe com a estrutura e função do fígado. É um processo cicatricial e acontece em virtude da ação de diversos elementos agressores. Com isso, o órgão perde sua especificidade funcional, porque o tecido fibroso não desempenha qualquer função fisiológica. Geralmente o termo cirrose, sem adjetivação, é utilizado para designar a fibrose do fígado porque esse é, de longe, o tipo mais comum de cirrose. Surge devido a um processo crônico e progressivo de inflamações, que resultam numa fibrose difusa, na formação de nódulos, e frequentemente, necrose celular. Esse processo estrangula a circulação do sangue que chega ao fígado através da veia porta (grande tronco venoso que drena o sangue vindo do sistema digestivo para o fígado), provocando um aumento de pressão no interior desta veia e a uma insuficiência hepática progressiva que pode terminar numa falência total do fígado.
FISIOPATOLOGIA
 O consumo de álcool é considerado o principal fator etiológico da cirrose, que ocorre com uma frequência máxima entre os alcoólicos. A ingesta proteica reduzida causa deficiência nutricional da mesma forma que a ingesta excessiva de álcool é o principal fator etiológico no fígado gorduroso e em suas consequências, contribuindo assim para a destruição do fígado. Mas a cirrose acomete também pessoas que não consomem álcool e aquelas que consomem uma dieta normal e apresentam elevada ingesta de álcool.  Há, também, uma cirrose criptogênica, de causa desconhecida. A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado e para ela convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crônico. 
TIPOS DE DOENÇAS QUE CAUSAM CIRROSE HEPÁTICA
Cirrose alcoólica - É uma causa prevenível de cirrose. O consumo diário e prolongado de álcool pode levar ao desenvolvimento de lesões hepáticas. Por mais que algumas pessoas achem pouco, 720 ml de cerveja ou 300 ml de vinho consumidos diariamente já são considerados fatores de risco para doenças do fígado, principalmente em mulheres.
O consumo regular de álcool leva a esteatose hepática (fígado gorduroso), que pode evoluir para hepatite alcoólica, e por fim, para cirrose e falência hepática.
Hepatites virais - As hepatites virais crônicas, principalmente B e C, são causas comuns de lesão do fígado, podendo levar a cirrose após anos de doença ativa. Muitas vezes o paciente sequer desconfia ser portador de um dos vírus, só descobrindo muitos anos depois quando os sintomas da cirrose começam a se manifestar.
Hepatite auto-imune - É uma doença autoimune, onde os nosso organismo começa inapropriadamente a produzir anticorpos contra o próprio fígado, como se este fosse um ser invasor, um corpo estranho que não nos pertence.
Esteatose hepática não alcoólica - Não só o consumo regular de álcool, mas outros fatores também podem levar à um fígado gorduroso. A esteatose hepática pode evoluir para hepatite e posteriormente cirrose. As principais causas são obesidade, diabetes, uso crônico de corticoides.
Cirrose biliar primária - Também um doença de origem autoimune onde há destruição das vias biliares e consequentemente do fígado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Durante um bom tempo praticamente não há sintomas, porque a parte saudável do fígado consegue compensar as funções das partes afetadas. Mais tarde podem surgir sinais e sintomas devidos ao aumento de pressão na veia porta, como ascite, esplenomegalia e hemorragia digestiva, entre outros, e de insuficiência hepática, desnutrição, hipoproteinemia, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática. Outros sintomas podem ocorrer, na dependência do grau de evolução e da natureza da doença como, por exemplo, aranhas vasculares na pele, cãibras, síndrome hepatorrenal, eritema palmar, unhas abauladas em forma de baquetes, fraqueza, adinamia, fadiga, anorexia, náuseas, irregularidades menstruais.
Aumento do fígado- no início o fígado tende a ser grande e suas células estão carregadas de gordura, mostrando-se firme e apresentando borda pontiaguda perceptível a palpação. A dor abdominal pode estar presente por causa deste aumento recente e rápido do fígado que produz tensão nos revestimentos fibrosos do mesmo. O fígado diminui com a evolução da doença á medida em que o tecido cicatricial contrai o tecido hepático.
Obstrução porta e ascite- são manifestações tardias que se devem em parte a insuficiência crônica da função hepática e em parte a obstrução da circulação porta. O fígado cirrótico não permite a livre passagem do sangue, e este então reflui para dentro do baço e do trato GI, ficando estes órgãos estagnados com o sangue não funcionando adequadamente. O líquido rico em proteína pode se acumular na cavidade peritoneal produzindo assim a ascite.
Varizes Gastrintestinais- Por causa da obstrução do fluxo sanguíneo resultante das alterações fibróticas forma-se vasos colaterais no sistema GI e nos desvio do sangue dos vasos porta para dentro dos vasos sanguíneos com pressões menores, em consequência a isto o paciente apresenta vasos sanguíneos abdominais distendidos e proeminentes, que são visíveis a palpação. O esôfago, estômago parte inferior do reto são sítios comuns de vasos sanguíneos colaterais, esses vasos sanguíneos distendidos formam varizes ou hemorroidas, dependendo de sua localização. Estes vasos não suportam a transportam a alta pressão e volume de sangue impostos pela cirrose e eles podem romper e sangrar.
Edema- sintoma tardio que é atribuído a insuficiência hepática crônica, devido a concentração plasmática reduzida de albumina é que se predispõe o edema, que é generalizado, mas afeta frequentemente os membros inferiores, superiores a área pré-sacral.
COMO O MÉDICO DIAGNOSTICA A CIRROSE HEPÁTICA
 O diagnóstico precoce é difícil, porque durante muito tempo a parte sadia do fígado compensa a parte lesada, mas o diagnóstico de cirrose deve ser suspeitado toda vez que existam indícios clínicos e laboratoriais de insuficiência hepática. Na dependência da gravidade da enfermidade esses sinais podem ser muito discretos (como fadiga ou hipoalbuminemia, por exemplo) ou muito intensos (como hemorragias por varizes, por exemplo). Exames de imagem podem ajudar no diagnóstico, mas a confirmação deve ser feita pela biópsia hepática. Quando a cirrose já está estabelecida, as provas de funções hepáticas geralmente são muito alteradas. O
médico procurará, também, pela causa da cirrose que, em alguns casos, não conseguirá determinar.
TRATAMENTO
O único tratamento definitivo e eficaz para a cirrose hepática é o transplante de fígado, mas também pode haver melhoras se for possível suspender o agente agressor que tenha originado a doença. E isso porque a capacidade regenerativa do fígado é muito grande: é possível ao órgão perder mais de dois terços da sua estrutura e a porção restante voltar a crescer até praticamente o tamanho normal. É algo semelhante ao que ocorre no transplante, em que o receptor recebe apenas uma porção do fígado do doador, que depois cresce. Como o transplante só está indicado em casos muito graves, nos outros casos deve-se tentar a detecção precoce e o tratamento das complicações, procedendo-se às intervenções necessárias.
EVOLUÇÃO
 Se possível, as doenças que lesam o fígado devem ser tratadas antes que a cirrose se estabeleça. O diagnóstico precoce pode lentificar a progressão da cirrose ou até mesmo impedir o aparecimento dela. A cirrose instalada causa sérias limitações físicas, alimentares e medicamentosas e pode evoluir para complicações graves como hemorragias digestivas, ascite, encefalopatias etc., e em casos graves pode terminar em morte
CONCLUSÃO
Através do presente trabalho conclui-se que que existe vários tipos de doenças que podem ocasionar a cirrose hepática e que a cirrose alcoólica é uma das mais comuns. O diagnóstico precoce da cirrose por ser uma doença crônica também como de qualquer outra patologia é sempre primordial para que se consiga alcançar um bom prognóstico. Na fase inicial tem tratamento, como também em um estado avançado há o transplante de fígado, mas que pra isso temos que esperar muitos tempos na fila de espera de transplante, e que infelizmente nem sempre o paciente resiste devido ao estado avançado da doença.
REFERÊNCIAS
ABC.MED.BR, 2013. Cirrose Hepática: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/363564/cirrose-hepatica-definicao-causas-sintomas-diagnostico-tratamento-e-evolucao.htm>. Acesso em: 22/04/2014
Erika Doretto Blaques, Cirrose. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAgLAAI/cirrose>. Acesso em: 22/04/2014
Visita museu de drogas, Cirrose Hepática. Disponível em: <http://visitamuseudedrogas-6anoe-grupo4.blogspot.com.br/2013/08/cirrose-hepatica_7618.html>. Acesso em: 22/04/2014

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