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DIREITO INTERNACIONAL AULAS 1 A 13

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Direito Internacional
CASO CONCRETO 1 
Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, as convenções internacionais, que podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente de sua denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ. Analise a afirmativa e com base no aprendizado, julgue e fundamente sua resposta. (CESPE – adaptada)
Resposta: A afirmativa não está correta, tendo em vista que o Decreto número1984 1, de 22 de outubro de1945, que promulga a Carta das Nações Unidas fazendo parte integrante o Estatuto da Corte Internacional de Justiça em seu artigo 38, alíneas a, b, c e d prevê um rol taxativo onde se pode observar somente tratados, convenções, costumes, princípios, jurisprudência e doutrina.
AULA 2
A República de Utopia e o Reino de Lilliput são dois Estados nacionais vizinhos cuja relação tornou-se conflituosa nos últimos anos devido à existência de sérios indícios de que Lilliput estaria prestes a desenvolver tecnologia suficiente para a fabricação de armamentos nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça direta a sua segurança. Após várias tentativas frustradas de fazer cessar o programa nuclear lilliputiano, a República de Utopia promoveu uma invasão armada a Lilliput em dezembro de 2001 e, após uma guerra que durou três meses, depôs o rei e promoveu a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, que outorgou a Lilliput sua atual constituição. Nessa constituição, que é democrática e republicana, as antigas províncias foram convertidas em estados e foi instituído, no lugar do antigo Reino de Lilliput, a atual República Federativa Lilliputiana. Assim, podemos afirmar que a República Federativa Lilliputiana deve obediência aos costumes internacionais gerais que eram vigentes no momento em que ela adquiriu personalidade jurídica de direito internacional, não obstante essas regras terem sido estabelecidas antes do próprio surgimento desse Estado. (CESPE – adaptada)
Resposta: Não, uma vez que a prática reiterada, pacífica e com expectativa de direito, era anterior a emancipação do referido estado, a partir do momento que ele se emancipa, torna-se um estado soberano de direito, com personalidade jurídica, passa a tomar suas próprias decisões, decidindo se quer permanecer ou não com as normas impostas preteritamente a essa emancipação.
AULA 3
Caso Concreto 1 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar -Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós -britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C . R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
Artigo 38 – Corte Internacional de Justiça 
 
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a. as convenções internacionais , quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressam ente reconhecidas pelos Esta dos litigantes; 
b. o costume internacional, como prova de um a prática geral aceita com o sendo o direito; 
c. os princípios ger ais de direito , reconhecidos p elas nações civilizadas ; 
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias(jurisprudência s) e a doutrina dos juristas m ais qualificados das dif erentes nações, c omo meio auxiliar para a determ inação das regras de direito. 
 
Elemento subjetivo – aceitação 
Elemento objetivo – pratica reiterada
2) Como ela é definida? 
O Costume Internacional encontra definição no art. 38, “b” do Estatuto da 
Corte de Justiça Internacional, trata-se de uma espécie de norma formada pela 
reiterada prática dos sujeitos do Direito Internacional, consiste, portanto, numa 
“prática geral aceita como sendo o direito”.
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
É o elemento subjetivo que torna o costume norma juridica entre os países, 
conforme o art. 38, “b” do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. 
Caso concreto 2 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: 
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos. (...). 
No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais". 
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda:
 - Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre aposição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional.
Resposta: A atribuição de personalidade jurídica a um individuo como sujeito de direito internacional vem do pós II Guerra Mundial, inicialmente como uma proteção especifica contra atos praticados por estados soberanos e organizações internacionais. A personalidade do individuo no Direito internacional é limitada, porque ele é destinatário da norma de direito internacional, mas ele não participa do processo de formação dessas normas.
AULA 4
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV – adaptada)
Resposta: Poderá ser concedida a extradição, porque o extraditando 
Não é brasileiro nato; identidade de tipificação; equivalência entre a dosimetria das penas; reciprocidade no tratado de extradição; não pode está prescrito nas duas legislações; não ser crime político; não pode haver risco ao juízo de tribunal de exceção; local onde o crime foi cometido.
AULA 5
Tendo em vista o interesse comum de Brasil e Paraguai em realizar o aproveitamento hidroelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países desde e inclusive o salto Grande de Sete Quedas ou salto de Guairá até a foz do rio Iguaçu, foi aprovado o Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973, criando a entidade binacional Itaipu, considerada um modelo de integração. Contudo, passados mais de trinta anos, os paraguaios começaram a se insurgir contra as disposições desse Tratado, alegando que há uma relação de exploração em favor do Brasil, que se aproveita do seu poder econômico para submeter o Paraguai a uma condição subalterna. A polêmica se acentuou com a eleição de Fernando Lugo à Presidência da República do Paraguai. Com relação a esse Tratado e às polêmicas que gera, é correto que As reivindicações dos paraguaios são pertinentes, uma vez que, segundo o Tratado de Itaipu, ao Brasil cabem 95% da energia produzida pela Itaipu e ao Paraguai os 5% restantes, proporcionais ao aporte financeiro realizado por cada país na construção da usina e Por ser uma entidade binacional, as instalações e obras realizadas em cumprimento ao Tratado de Itaipu conferem ao Brasil e ao Paraguai o direito de propriedade ou de jurisdição sobre o território um do outro. (UFPR ? adaptada)
Resposta: É reconhecido tanto ao Brasil como ao Paraguai o direito de aquisição da energia que não seja utilizada pelo outro para seu consumo próprio. Podem prestar serviços à Itaipu os funcionários públicos, empregados de autarquias e os de sociedade de economia mista, brasileiros e paraguaios, sem perda do vínculo original e dos benefícios de aposentadoria e/ou previdência social, tendo-se em conta as respectivas legislações nacionais. 
AULA 6
Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo jurídico brasileiro, como nas demais democracias modernas, tratados passam a integrar o direito interno estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A respeito dessa temática, uma vez firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda que criem compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto que são aprovados por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada a afirmativa e fundamente. (CESPE – adaptada)
Resposta: A resposta está errada, pois são aprovados por decreto legislativo no Congresso Nacional, os tratados podem ser promulgados pelo presidente da República.
AULA 7
Presentes em todos os continentes, as organizações não governamentais (ONGs) desempenham importante papel na defesa de causas de interesse comum da humanidade. Assim, não obstante suas peculiaridades jurídicas, o Greenpeace, além de ter atuado como parte nas negociações do Protocolo de Quioto, firmou e ratificou o referido tratado. Julgue a afirmação e fundamente sua resposta.
Resposta: Para esta teoria, é evidente que a sociedade internacional já não tem mais nos entes estatais e nos organismos internacionais seus únicos atores relevantes. Com isso, uma doutrina mais recente vem admitindo a existência de outros sujeitos de Direito Internacional, que são o indivíduo, as empresas e as organizações- não -governamentai s (ONGs), que podem invocar normas internacionais e que devem cumpri-las, dispondo, ademais, da faculdade de recorrer a certos foros internacionais. Entretanto, cabe destacar que nenhuma das novas pessoas internacionais detém todas as prerrogativas dos Estados e organismos internacionais, como a capacidade de celebrar tratados, contando, outros sim, com possibilidades muito restritas de recorrer a mecanismos internacionais de solução de controvérsias. Por conta dessas limitações, parte da doutrina classifica os indivíduos, empresas e ONGs como “sujeitos fragmentários” do Direito das Gentes e, pelos mesmos motivos, há quem não reconheça sua personalidade internacional.
Aula 8
No Direito Internacional, há necessidade de previsões normativas para os períodos pacíficos e para os períodos turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações Unidas e outras convenções internacionais procuram tratar dos mecanismos de resolução de conflitos, bem como disciplinam a ética dos conflitos bélicos e a efetiva proteção dos direitos humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos. A ONU deve exercer papel relevante na resolução de conflitos, podendo, inclusive, praticar ação coercitiva para a busca da paz. Analise se correta ou errada e fundamente.
Resposta: Sim, esta correta, pois a ONU tem um papel relevante na resolução de conflitos, buscando resolver os conflitos internos, no sentido de buscar a paz. Caso não obtenha resultados favoráveis, poderá, inclusive, praticar ação coercitiva para a busca da paz. Arts. 41 e 42 da carta da ONU.
Aula 9
Como antecipou Joaquim Nabuco, a escravidão e o tráfico de escravos, graves violações aos direitos humanos, estão hoje proscritos pelo direito internacional. À luz das normas de direito internacional aplicáveis ao tema, o tráfico de pessoas como modalidade de crime organizado internacional limita -se à exploração de mão de obra escrava. Julgue e fundamente. (CESPE – adaptada)
Resposta: Não. Pois existem vários tipos de violações de direitos humanos. Não somente o uso da exploração de mão de obra escrava. Conforme podemos observar na Convenção de Palermo é definido a questão de tráfico de drogas, com o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamenro, o acolhimento de pessoas, contendo-se de ameaça ou uso da força, a fraude, o engano com a finalifade de exploração.
Aula 10
Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa extradição não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua dependência econômica. Analise e decida se correta ou errada e fundamente. (CESPE – adaptada)
Resposta: A questão em tela está errada. Poderá ser concedida a extradição, conforme os requisitos a seguir: 
Nãoé brasileiro nato; identidade de tipificação; equivalência entre a dosimetria das penas; reciprocidade no tratado de extradição; não pode está prescrito nas duas legislações; não ser crime político; não pode haver risco ao juízo de tribunal de exceção; local onde o crime foi cometido.
Aula 13
Um jato privado, pertencente a uma empresa norte- americana, se envolve em um incidente que resulta na queda de uma aeronave comercial brasileira em território brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma das vítimas brasileiras inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte- americana, pedindo danos materiais e morais. A empresa norte-americana alega que a competência para julgar o caso é da justiça americana. Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro tem competência concorrente porque a vítima tinha nacionalidade brasileira. Com base em seu conhecimento diga se correta ou errada a afirmativa e fundamente (FGV – adaptada)
Resposta: Está correta, com relacão a competência da autoridade judiciária brasileira, pois poderá processar e julgar a lide. Porque o acidente ocorreu em território brasileiro. Conforme art. 21, III, CPC

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