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Aula_08-TRANSPORTE MARITIMO INTERNACIONAL

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TRANSPORTE MARITIMO INTERNACIONAL
Aula 8 - Fretes marítimos 
Tema da Apresentação
TRANSPORTE MARITIMO INTERNACIONAL
Aula 8 - Fretes marítimos 
Conteúdo Programático desta aula
Interpretar a natureza, a composição e a aplicação dos fretes marítimos e adicionais de frete;
Compreender as funções do Conhecimento de carga no transporte marítimo e as respectivas responsabilidades dele decorrentes.
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O frete marítimo deve cobrir:
Custos fixos (retorno do capital, juros, depreciação, docagens, seguros, etc.);
Custos variáveis (tripulação, alimentação, água potável, combustível, manutenção e reparos);
Custos portuários diretos (infraestrutura portuária terrestre e marítima, utilização de equipamentos e mão-de-obra portuária, operações de carga e descarga);
Custos portuários indiretos (praticagem, rebocadores, amarradores, lanchas e outros).
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Peculiaridades da rota que afetam os fretes:
Condições operacionais dos portos de escala; 
Volume de cargas disponíveis e equilíbrio na distribuição dos fluxos na rota;
Intensidade da concorrência no tráfego.
Na rota New York / Rotterdam (3.635 milhas náuticas), as condições operacionais são boas, há muita carga em ambos os sentidos e há muita concorrência. Por sua vez, na rota Santos / Luanda (3.654 milhas náuticas), as condições operacionais não são boas, só há carga na ida (o navio retorna vazio) e há pouca concorrência. 
Portanto, pode-se afirmar que os fretes na rota Santos /Luanda são bem elevados do que na rota New York / Rotterdam. 
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Características das cargas que afetam os fretes:
a) Fragilidade, perecibilidade ou periculosidade;
b) Tipo de movimentação (tempo de operação e despesas);
c) Restrições de estivagem ou cuidados adicionais;
d) Valor (suscetibilidade a furtos e roubos).
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Linhas regulares de navegação (Liner Terms):
Quando o frete é cotado fechado, trata-se do valor final, sem nenhum acréscimo (Lump Sum, Gross Freight ou All In).
Principais tipos de fretes marítimos abertos:
Frete Mínimo (Minimum Freight): Quando o lote é inferior a 500 kg ou a 0,500 m³.
Frete Básico (Basic Freight): Cobrado de acordo com o peso ou o volume da mercadoria (o que gerar maior valor). 
Frete Temporário (Temporary Freight): Inferior à taxa básica, por um período determinado. Estimula novos negócios em uma área geográfica emergente ou em algum novo porto. 
Frete Aberto (Open Freight): Frete sazonal no mercado de commodities, conforme a demanda.
Not Otherwise Specified: Fretes para cargas de projeto. Cada frete é calculado para atender uma situação específica. 
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Adicionais de Frete (1):
Emissão de B/L: Cobrado para emitir o Conhecimento de Carga (em media, de USD 100 a USD 150). 
Fator de Ajuste Cambial - CAF (Change Adjustment Freight): Quando o frete é em outra moeda que não dólares norte-americanos.
Congestion Surcharge: % sobre o frete básico para portos onde há fila de espera para atracar.
Bunker Surcharge: % sobre o frete básico para cobrir o custeio com combustível durante a viagem. 
Minor Port Additional: Porto secundário, com acesso difícil, mal aparelhado ou fora da rota. 
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Taxa de Prosseguimento (Through Rate): Cobrado para a carga prosseguir via marítima ou terrestre até o destino final, incluindo o custo do transbordo entre os dois transportadores. 
Ad Valorem: % cobrado sobre mercadorias de alto valor (mais de US$ 1.000,00 por tonelada). 
Heavy Lift Charge: Mercadorias não conteinerizadas acima de 10 toneladas. Costuma ser cobrado progressivamente. 
Extra Lenght Charge: Volumes com comprimento maior que 12 metros (contêiner de 40’), independentemente do peso. 
Protusion (Over Dimension): Volumes com excesso lateral (largura do contêiner - 8’ ou 2,44 metros) ou altura superior a 9’ 06” (2,90 metros). Se conteinerizada, essa carga só poderá ser colocada em um contêiner especial do tipo Flat Rack.
Adicionais de Frete (2):
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Pagamento de fretes:
Pré-Pago (Freight Prepaid): O frete será pago pelo Exportador no porto de embarque, imediatamente após o embarque, antes de retirar o B/L. 
 Pagável do Destino (Freight Payable at Destination): O frete será pago pelo importador no destino, antes da retirada da mercadoria.
 A pagar (Freight Collect ou Freight To Pay Abroad): O frete pode ser pago em qualquer parte do mundo, em locais diferentes do porto de embarque ou do porto de destino. O transportador será avisado pelo seu Agente Marítimo sobre o recebimento, para liberar a carga.
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Conhecimento de Embarque (Bill of Lading - B/L)
Funções básicas: Recibo de entrega da carga ao transportador; 
prova de contrato de transporte; título de propriedade da mercadoria (transferível e negociável). 
O B/L pode ser emitido À Ordem (em nome do Embarcador, à sua ordem ou à ordem de seu representante no porto de destino) ou Nominal (em nome do Consignatário). 
Pode ser B/L Direto (a mercadoria segue diretamente até o porto de destino) ou B/L Indireto (transbordo para outro navio).
O B/L pode ter inúmeras vias, sendo comum ser emitido em 6 vias: 3 não negociáveis e 3 negociáveis. As vias negociáveis são entregues ao Embarcador para apresentar ao banco e receber o valor cambial da venda. 
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Endosso de BL:
O B/L pode ser endossado a terceiros. No Endosso em Branco, o B/L é endossado ao Portador. Quem estiver com a sua posse pode retirar a mercadoria no destino. No Endosso em Preto, o B/L é endossado a alguém previamente definido, e somente este poderá retirar a mercadoria.
Conhecimento Limpo (B/L Clean on Board): Sem ressalva quanto ao estado ou à quantidade da carga. Confirma a quantidade embarcada nas condições descritas, sem registrar qualquer avaria ou defeito. É um recibo da entrega da mercadoria ao transportador.
Conhecimento Sujo (B/L With Remarks): Tem ressalvas, divergindo qualitativa ou quantitativamente do que foi informado pelo Embarcador. Esta ação gera embaraços ao Exportador, pois isenta o transportador de responsabilidades anteriores ao embarque e algumas vezes inviabiliza o pagamento relativo à venda da mercadoria.
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Responsabilidades legais do transportador marítimo
Descritas na "Convenção Internacional para a Unificação de Certas Regras de Direito Concernentes aos Conhecimentos Marítimos", firmada em 25/08/1924, em Bruxelas, em seus artigos 1, b; e 3, itens 4 e 7, mantidos nas emendas de Bruxelas, de 1968, chamada Regras de Haya-Visby (em vigor a partir de 23/06/1977), assim como na Convenção  Internacional sobre Certas Regras do Transporte de Mercadorias por Mar, Regras de Hamburgo (Hamburg Rules), de 1978, em seu artigo 7. Esta Convenção só entrou em vigor em 1994.
Há também os sistemas legais dos países que não ratificaram nem a Convenção de Bruxelas de 1924 e nem a Convenção de Hamburgo de 1978 (caso do Brasil), cuja ordenação jurídica se baseia na responsabilidade presumida do transportador, sendo admitidas apenas 3 situações capazes de excluir essa responsabilidade:
1) Vício próprio (insuficiência da carga ou de sua embalagem);
2) Caso Fortuito ou Força Maior;
3) Inadequação de Embalagem.
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