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IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 1 de 34 LIMITES E CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO O que estudaremos em: Limites: 1. Definição e Notações 2. Análise de um Limite graficamente 3. Cálculo de um Limite algebricamente 4. Encontrando Assíntotas através de Limites 5. Propriedades dos Limites 6. Limites Fundamentais Continuidade: 1. Definição de Continuidade num ponto 2. Definição de Continuidade em extremidades e num intervalo 3. Tipos de Descontinuidade 4. Aplicações Por que estudaremos Limites? Os valores de algumas funções variam continuamente: quanto menor a variação da variável independente [normalmente representada por x], menor a variação no valor [f(x)] da função. Outras funções têm seus valores variando de forma imprevisível ou ainda, “saltando” de um valor para outro, quando variamos “controladamente” os valores da variável independente. A noção de Limite é uma ferramenta matemática que permite analisar e identificar tais comportamentos, permitindo com isso uma interpretação mais apurada da função como um todo. A determinação das equações de assíntotas, presentes na representação gráfica de algumas funções, também faz parte dessa interpretação mais apurada. Durante muito tempo, o conceito de Limite foi ferramenta essencial para a construção de gráficos de funções mais complexas. Atualmente, é muito simples encontrarmos em sites da internet, ou mesmo em celulares, softwares que fazem rapidamente o gráfico de muitos tipos de funções. Entretanto, até os “bons” softwares apresentam limitações que podem “confundir” os menos avisados. Algumas dessas limitações apresentadas pelos programas gráficos podem ser superadas, aplicando-se convenientemente algum conceito de Limite e Continuidade. Veremos isso no decorrer do nosso estudo. No cálculo superior, existem o que chamamos de “as sete indeterminações”, que são operações matemáticas envolvendo os números 0 [zero] e 1 [um] e também o infinito [] e que não possuem um resultado determinado. O estudo dos Limites possibilitará um importante contato com essas entidades, embora não faremos um estudo específico para isso. Finalmente, o conceito de Limite é uma das ideias essenciais para o entendimento de um importante conceito: a derivada [que será nosso próximo tópico de estudo] e também de vários outros conceitos subsequentes presentes no Cálculo Diferencial e Integral. NOTA: O estudo “completo” de Limites é amplo e rigoroso [você deve verificar isso na bibliografia dada a seguir] e foge do objetivo do nosso curso. Por isso, trabalharemos com a definição “informal” de Limite e o estudo dos Limites algébricos abordará casos envolvendo apenas alguns tipos de indeterminações, até por que, com o conhecimento da Regra de L'Hopital [que será um tópico dentro do estudo das Derivadas], podemos dispensar vários “artifícios” que tradicionalmente são explorados no estudo dos Limites. O que se espera que você saiba sobre Limites pode ser alcançado sem a necessidade de um estudo profundo, e sim da forma como abordaremos neste material. Será contemplado o que se julga necessário para desenvolver com desenvoltura, qualquer tema de Cálculo I e II do seu curso de Graduação, que envolva de alguma maneira o conceito de Limite. Além disso, você estará apto a interagir em situações que necessite do entendimento de Limites nas unidades curriculares “técnicas” do seu curso. Por que estudaremos Continuidade de uma função? Muitas “ferramentas” e conceitos que serão desenvolvidos no decorrer das unidades curriculares que envolvem o Cálculo Superior são aplicados [ou possíveis] para Funções Contínuas. Inúmeros fenômenos físicos são contínuos. Será comum você encontrar definições do tipo: ...”considere uma função contínua para todo o intervalo dado”... Em casos como estes, podemos dizer que situações de descontinuidade são desfavoráveis. Assim, o conceito de Continuidade será abordado de forma direta e objetiva, priorizando o entendimento amplo e o aspecto geométrico. IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 2 de 34 REFERÊNCIAS Este material foi produzido com base em parte da bibliografia abaixo e também através da experiência docente do autor, contando ainda com contribuições de colegas professores. Normalmente, as Referências Bibliográficas aparecem nas últimas páginas de um livro ou material. Apresento estas referências aqui, objetivando sempre lembrá-lo que a busca por outras fontes de informação é um fator essencial e de grande importância em qualquer tipo de estudo que se queira realizar. Os títulos apresentados a seguir são de ótima qualidade e podem ser encontrados em nossa biblioteca. Consulte-os! THOMAS, George B. et al. Cálculo v. 1. 11. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008. ANTON, Howard; BIVENS, Irl; DAVIS, Stephen. Cálculo. v. 1. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. FLEMMING, Diva M.; GONÇALVES, Mirian B. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. STEWART, James. Cálculo. v. 1. 6. ed. Cengage Learning, 2009. HUGHES-HALLETT, Deborah et al. Cálculo de uma variável. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. HIMONAS, A. Alexandrou; HOWARD, Alan. Cálculo: Conceitos e Aplicações. 1. ed. LTC, 2005. Nota: Além de rever toda a teoria e resolver todos os exercícios deste material, você pode melhorar seus conhecimentos procurando por sites na internet e vídeos no youtube que tenham a teoria e/ou exercícios sobre o assunto. Experimente! Não tenha medo de crescer lentamente. Apenas tenha medo de ficar parado. [Provérbio chinês] IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 3 de 34 LIMITES Conceitos Iniciais e Notações Básicas [Situação 1] Sob temperatura constante, o volume de certa massa de um gás (perfeito) é função da pressão a que o mesmo está submetido. O gráfico abaixo representa tal relação e sua lei de associação é: P k V , onde k é uma constante que depende da massa e da temperatura do gás em questão e 0P [não tem sentido físico considerar a pressão P como sendo nula ou negativa]. a) Com respeito à função P k V , o que se pode dizer de V quando P diminui, tendendo a zero? b) Para essa função, o que acontece com V quando P cresce, tornando-se um valor muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, quando P tende para o infinito positivo? Resolução: a) Quando P diminui, tendendo a zero, escrevemos: 0P , ou seja, P tende a zero por valores maiores que zero [dizemos que P tende a zero pela direita]. Quando isto acontece, o valor de V se torna muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, V tende para um valor infinitamente grande e escrevemos: V [dizemos que V tende para “mais” infinito]. Para exprimir essa simultaneidade de tendências, utilizamos a notação de limite: )/(limlim 00 PkV PP . b) Quando P aumenta, tornando-se muito grande, tão grande quanto se queira, isto é, quando P ; V tenderá a zero, ou seja, 0V . Isto não significa que o volume será zero! Utilizandonovamente a linguagem de limite, temos: 0)/(limlim PkV PP . [Situação 2] Calcule a soma da série infinita: ... 16 1 8 1 4 1 2 1 Resolução: A seqüência apresentada neste caso é uma progressão geométrica [PG] de infinitos termos em que 2 1 1 a [1º termo] e 2 1 q [razão]. Logo a soma solicitada pode ser calculada através da expressão já conhecida no ensino médio: )2/1(1 2/1 1 1 q a S e, portanto 1S . Podemos detalhar a notação: 1lim 2 1 lim 1 2 SSN N N n nN . 0 10 20 30 40 50 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Pressão (atm) Vo lum e ( cm 3 ) IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 4 de 34 Para tornar mais visual o resultado que acabamos de obter, imaginemos um quadrado de lado unitário e assim, o número 1 [um] representa a sua área. Vamos encaixar no espaço desse quadrado o retângulo, que será representado pelo número 2 1 [que é sua área]. Em seguida encaixemos, no espaço restante do quadrado original, o quadrado de área 4 1 . Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o retângulo (que representará o número 8 1 ). Em seguida encaixemos, no espaço restante no quadrado original, o quadrado (que representará o número 16 1 ). E assim sucessivamente vamos encaixando, no espaço restante do quadrado original, os retângulos e quadrados, que têm suas áreas representadas na seqüência infinita de números: ,... 256 1 , 128 1 , 64 1 , 32 1 que formam uma PG. Dessa forma, parece-nos que fica intuitivo perceber que, com um número finito de encaixes, o espaço do quadrado original nunca será totalmente preenchido (o que mostra 1nS ). Por outro lado, com um número convenientemente grande de retângulos e quadrados, podemos tornar o espaço restante no quadrado original tão pequeno quanto desejarmos (o que mostra que 1nS ou, em outros símbolos, 1S ). Observação: Com a aplicação conveniente do conceito de limites, em algumas situações, podemos encontrar informações que “inicialmente” podem ser difíceis de identificar. 1 u c IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 5 de 34 Noção Intuitiva Seja a função 12)( xxf . Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1), e calcular o valor correspondente a y: x y = 2x+1 x y = 2x+1 0,5 2 1,5 4 0,7 2,4 1,3 3,6 0,9 2,8 1,1 3,2 0,95 2,9 1,05 3,1 0,98 2,96 1,02 3,04 0,99 2,98 1,01 3,02 0,999 2,998 1,001 3,002 Representação gráfica: Notamos que, à medida que x se aproxima de 1 [tanto pela direita quanto pela esquerda], y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende para 1 [ escrevemos 1x ], y tende para 3 [ escrevemos 3y ]. Para isso, escrevemos: 3)(lim 1 xf x ou 3)12(lim1 xx Definição INFORMAL: De forma geral, escrevemos: Lxf ax )(lim quando x se aproxima de a [ ax ] e )(xf se aproxima de L [ Lxf )( ]. A definição acima foi denominada “informal”, pois a definição mais precisa de limite requer um estudo mais profundo, que no momento não é de extrema necessidade. Destaca-se ainda que a expressão “se aproxima” é relativamente imprecisa, pois a aproximação depende de um contexto [o que é “aproximado” para um caso pode não ser para outro – pense a respeito!]. Teorema: Uma função )(xf terá um limite quando x se aproximar de a , se e somente se, existir um limite lateral à direita e um à esquerda, e esses dois limites laterais forem iguais. Simbolicamente: Lxf ax )(lim )(lim)(lim xfLxf axax IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 6 de 34 Exemplos: 1) Seja a função racional 3 9 )( 2 x x xf com }3|{ xxD . Graficamente, temos: Assim, determine o que se pede abaixo: 6)(lim 3 xf x 6)(lim 3 xf x 6)(lim 3 xf x ])([)3( xfparaexistenãof Nota: Veremos mais adiante que um limite também pode ser encontrado algebricamente. Importante: O valor do limite de uma função )(xf quando kx não depende de como a função é definida para )(kf . Veja: 2)(lim1 xfx 2)(lim1 xgx 2)(lim1 xhx )1(f 1)1( g 2)1( h Observe que os limites das funções )(xf , )(xg e )(xh quando 1x são iguais, entretanto temos )1()1()1( hgf . A função )(xh é dita contínua no ponto em que 1x , enquanto as funções )(xf e )(xg são descontínuas no ponto em que 1x [trataremos sobre a “continuidade” de uma função, num estudo logo a seguir]. É muito importante que você sempre considere que no cálculo de )(lim xf ax o que nos “interessa” é o comportamento de )(xf quando x se aproxima de a e NÃO o que ocorre com )(xf quando ax . 0 3 6 y x – 3 3 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 7 de 34 Observação: 0 1 e 0 1 Pense a respeito e tire suas próprias conclusões! 2) Dada a função )(xf abaixo, construa o seu gráfico. 3,2 3,5 3,7 )( xse xse xsex xf Determine, se existir: a) 2)(lim 3 xf x e) 2)(lim xf x b) 4)(lim 3 xf x f) )(lim xf x c) )(lim 3 xf x g) 1)(lim 6 xf x d) 5)3( f h) 2)(lim 0 xf x 3) Calcule algebricamente os limites dados a seguir: a) 14)77(lim3 xx c) 2)82(lim 3/1 0 t t e) 12)12(lim5 x b) 1)11(lim 1973 12 n n d) 04 33 lim 1 a a f) 7 1 5 72 lim 2 2 x x x 4) Dada a função x xf 2)( , esboce o seu gráfico e determine: a) )(lim xfx b) 0)(lim xf x c) A equação da assíntota horizontal: 0y Definição – Assíntota Horizontal: A reta ny é uma assíntota horizontal do gráfico da função )(xf se: nxf x )(lim ou nxf x )(lim . IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 8 de 34 5) A população de uma determinada espécie animal em um zoológico varia através da seguinte lei: 4/45 95)( te tN , onde )(tN é o número de animais e t é o tempo em semanas. Descreva o que acontece com a população no decorrer do tempo. Verifique a sua conclusão calculando: )(lim tN t . 6) Dada a função racional xx xx y 2 2 2 e o seu gráfico [abaixo], determine a equação da assíntota vertical e também o domínio dessa função. Definição – Assíntota Vertical: A reta kx é uma assíntota vertical do gráfico da função )(xf se: )(lim xf kx e/ou )(lim xf kx . Nota: As Sete Indeterminações do Cálculo: 1,,0,0,,, 0 0 00 . IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 9 de 34 EXERCÍCIOS – Limites 1) Os cientistas P. F. Verhulst, R. Pearl e L. J. Reed, contrariando a teoria de Malthus de que as populações crescem em progressão geométrica, propuseram uma lei de crescimento populacional cujo gráfico tem o seguinte aspecto: Para Pearl e Reed as condições físicas determinavam um limite superior L para a população de uma região ou país e, utilizando os censos norte- americanos de 1790 a 1910, obtiveram a lei experimental: t P )03,1.32,671 274,197 ( onde P é a população norte-americana, em milhões de habitantes, t anos após 1790. Assim, calcule o limite da função P , quando t . 2) Considere uma lente delgada convergente de distância focal f (nas lentes convergentes, 0f ). E seja “e” o eixo principal dessa lente: Seja P um objeto situado em “e”, e P a imagem correspondente. As abscissas p de P e p de P , tomadas em relação ao centro óptico O da lente, se relacionam através da equação de Gauss: fpp 111 Dessa equação tiramos que: fp fp p . E se construirmos o gráfico de p em função de p , obteremos: Observando o gráfico dado, calcule: a) p P lim d) p fP lim b) p P 0 lim e) p P f 2 lim c) p fP lim f) p P lim 3) A população de uma colônia de bactérias varia segundo a função definida por: te tP 75 60 )( , onde )(tP é dada em bilhões e t em dias. Descreva o que acontece com a população no decorrer do tempo. Verifique a sua conclusão achando o valor do )(lim tP t . 4) Seja a função definida por 373 31 )( x, se x x, se x xf . Calcule os limites: a) )(lim –3 xf x b) )(lim 3 xf x c) )(lim 3 xf x d) )(lim 5 xf x e) )(lim 13 xf x IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 10 de 34 5) Considere a função modular |4|)( xxf . Determine os limites indicados e construa o gráfico de )(xf . a) )(lim 4 xf x b) )(lim –4 xf x c) )(lim 4 xf x 6) Dada a função: 12 12/3 10 0/1 )( 2 xx, se x, se x, se x x , se x xf , construa seu gráfico e calcule os limites indicados, se existirem. a) )(lim –1 xf x b) )(lim 1 xf x c) )(lim 0 xf x d) )(lim –0 xf x e) )(lim 0 xf x f) )(lim 2 xf x g) )(lim –2 xf x h) )(lim 2 xf x 7) Determine os limites dados a seguir, caso existam. a) 3 2 lim xx c) )/1(2 1 lim xx e) )/1(3 )/7(5 lim 2 x x x b) 3 2 lim xx d) )/1(2 1 lim xx f) )/1(3 )/7(5 lim 2 x x x 8) Discuta o comportamento da função 2 /1)( xxf próximo de 0x e também quando x e x . 9) Discuta o comportamento da função xxf /1)( próximo de 0x e também quando x e x . 10) Seja )(xf a função definida em cada gráfico apresentado a seguir. Intuitivamente, encontre se existir: a) b) )(lim )(lim )(lim 2 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim 2 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 11 de 34 c) d) )(lim )(lim )(lim 1 1 1 xf xf xf x x x )(lim )(lim )1( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim 0 0 0 xf xf xf x x x )(lim )(lim )0( xf xf f x x e) f) )(lim )(lim )(lim 0 0 0 xf xf xf x x x )(lim )(lim )0( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim 2 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x Reflita se puder... O homem é uma fração, cujo numerador corresponde ao que ele é, enquanto o denominador, é o que acredita ser. [Tolstoi] 2 y x 2 1 0 –1 4 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 12 de 34 g) h) )(lim )(lim )(lim 2 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim 3 3 3 xf xf xf x x x )(lim )(lim )3( xf xf f x x i) j) )(lim )(lim )(lim 2 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim0 0 0 xf xf xf x x x )(lim )(lim )(lim 5,1 xf xf xf x x x IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 13 de 34 k) l) )(lim )(lim )(lim 1 2 2 xf xf xf x x x )(lim )(lim )2( xf xf f x x )(lim )(lim )(lim 1 1 1 xf xf xf x x x )(lim )(lim )1( xf xf f x x 11) Seja 3,1 3,1 3,3 )( xse xse xse xf a função representada pelo gráfico abaixo: Determine, se existir: a) )(lim –3 xf x b) )(lim 3 xf x c) )(lim 3 xf x d) )(lim xf x e) )(lim xf x f) )(lim 5 xf x g) )(lim 14 xf x h) )(lim 0 xf x Para descontrair [se puder...] Para refletir: Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito. [Aristóteles] 1 Nota: a “piadinha matemática” ao lado, apesar de bem bolada, apresenta um erro sutil. Você é capaz de dizer qual é? 0 y x 3 1 3 –1 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 14 de 34 RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS 1) L = 197,274 milhões de habitantes 2a) f 2b) 0 2c) – 2d) 2e) 2f 2f) f 3) Com o decorrer do tempo, a população se aproxima de 12 bilhões de bactérias 4a) 2 4b) 2 4c) 2 4d) 8 4e) –14 5a) 0 5b) 0 5c) 0 Gráfico logo abaixo! 6a) 1 6b) 1 6c) 0 6d) – 6e) não existe 6f) 0 6g) 0 6h) 0 Gráfico abaixo! [Gráfico Questão 5] [Gráfico Questão 6] 7a) –3 7b) –3 7c) 1/2 7d) 1/2 7e) –5/3 7f) –5/3 8) )(lim)(lim)(lim 000 xfxfxf xxx . Isso implica que a função tem assíntota vertical com equação: 0x . 0)(lim)(lim xfxf xx . Isso implica que a função tem assíntota horizontal com equação: 0y . Nota: Veja o gráfico da questão 8 na página seguinte! 9) )(lim 0 xf x e )(lim 0 xf x . Isso implica que a função tem assíntota vertical com equação: 0x . 0)(lim)(lim xfxf xx . Isso implica que a função tem assíntota horizontal com equação: 0y . Nota: Veja o gráfico da questão 9 na página seguinte! Para refletir: É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer. [Aristóteles] IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 15 de 34 Gráfico de 2 /1)( xxf [Questão 8] Gráfico de xxf /1)( [Questão 9] 10) As respostas estão abaixo! a) 4)( 2 lim xf x )( 2 lim xf x )( 2 lim xf x 4)2( f 4)(lim xf x )(lim xf x b) )( 2 lim xf x )( 2 lim xf x )( 2 lim xf x 3)2( f 1)(lim xf x 1)(lim xf x c) 5)( 1 lim xf x 5)( 1 lim xf x 5)( 1 lim xf x 0)1( f 1)(lim xf x )(lim xf x d) )( 0 lim xf x )( 0 lim xf x )( 0 lim xf x 0)0( f 1)(lim xf x 1)(lim xf x e) 3)( 0 lim xf x )( 0 lim xf x )( 0 lim xf x 3)0( f )(lim xf x 1)(lim xf x f) 4)( 2 lim xf x 1)( 2 lim xf x )( 2 lim xf x 2)2( f 1)(lim xf x 4)(lim xf x g) 3)( 2 lim xf x 0)( 2 lim xf x )( 2 lim xf x 2)2( f 6)(lim xf x )(lim xf x h) )( 3 lim xf x )( 3 lim xf x )( 3 lim xf x 1)3( f 4)(lim xf x 1)(lim xf x i) 0)( 2 lim xf x 0)( 2 lim xf x 0)( 2 lim xf x )2(f )(lim xf x )(lim xf x j) 0)( 0 lim xf x 0)( 0 lim xf x 0)( 0 lim xf x )(lim xf x )(lim xf x 5,2)( 5,1 lim xf x k) 0)( 2 lim xf x 0)( 2 lim xf x 1)( 1 lim xf x 0)2( f )(lim xf x )(lim xf x l) 2 1 )( 1 lim xf x )( 1 lim xf x )( 1 lim xf x 2 1 )1( f )(lim xf x 2 1 )(lim xf x 11a) –1 11b) 3 11c) Não existe 11d) –1 11e) 3 11f) 3 11g) 3 11h) –1 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 16 de 34 A Definição Formal de Limite Seja )(xf uma função definida em um intervalo aberto em torno de 0x , exceto talvez em 0x . Dizemos que )(xf tem limite L quando x tende a 0x e escrevemos: ,)(lim 0 Lxf xx se para cada número 0 existir um número correspondente 0 tal que, para todos os valores de x , ||0 0xx |)(| Lxf . Propriedades dos Limites Considere, para este estudo, que a notação lim representa uma das notações: xxaxaxax lim ,lim ,lim ,lim ,lim – . Assim, se existirem 1)(lim Lxf e 2)(lim Lxg , então: 1) kk lim , sendo k uma constante. Exemplos: 55lim 2 x e 1414lim x 2) 1])(lim[])([lim Lkxfkxfk , onde k é uma constante. Exemplo: 10)2(5)11(5)1(lim5)]1.(5[lim)55(lim 111 xxx xxx 3) 21)](lim[)](lim[])()([lim LLxgxfxgxf Exemplo: 8264)2()23()2()2(lim)3(lim)(lim)23(lim 2 22 2 2 2 2 xxxx xxxx 4) 21)](lim[)](lim[])()([lim LLxgxfxgxf Exemplo: 60106)2.5()2.3()5(lim)3(lim)53(lim 222 xxxx xxx Ao lado, temos uma ilustração que destaca a relação entre e na definição de limite.IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 17 de 34 5) 2 1 )(lim )(lim )( )( lim L L xg xf xg xf , desde que 02 L . Exemplo: 2 1 4 2 )31( )1.2( )3(lim )2(lim 3 2 lim 1 1 1 x x x x x x x 6) nnn Lxfxf 1)(lim)(lim , desde que 01 L quando n for par. Exemplo: 391816)14(lim14lim 4 2 4 2 xxxx xx 7) nnn Lxfxf ][])(lim[])([lim 1 , desde que n L ][ 1 seja um número real. Exemplo: 9]3[]21[])2(lim[)2(lim 222 1 2 1 xx xx 8) [ [ ][ln)](limln)](lnlim 1Lxfxf , desde que 01 L , sendo a propriedade análoga para )]([log xfa Exemplo: 110log]lim[log)(loglim 1010 xx xx 9) ][)](lim)](lim 1Lsenxfsenxfsen [ [ ou ][cos)](limcos)](coslim 1Lxfxf [ [ Exemplo: 13cos]3lim[cos)3(coslim xx xx Casos Especiais: 10) Limite de Polinômios quando x O polinômio n nxcxccxp ...)( 10 , comporta-se exatamente como o seu termo de maior grau quando x . O sinal varia conforme o esquema a seguir: n x xlim , ...,3,2,1npara ...n, para ... n, para x n x ,5,3,1 ,6,4,2 lim Nota: Quando se multiplica o termo n x por um número real positivo, não se afeta o valor do limite, entretanto quando se multiplica n x por um número real negativo, inverte-se o sinal do respectivo limite. Observe os exemplos a seguir: Exemplos: )7(lim)9247(lim 535 xxxx xx )6(lim)2856(lim 323 xxxx xx 52lim x x 64lim x x 87lim x x 52lim x x 64lim x x 87lim x x Observe: )9(limlim 162 9limlim 162 9.lim)1629(lim 4 43 4 43 434 xxxxxx x xxx x xxx xxxx 4 9lim x x Portanto: 434 9lim)1629(lim xxxx xx 0 0 0 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 18 de 34 11) Limite de Funções Racionais quando x Lembre-se que uma função racional )(xf é uma razão entre polinômios. Simbolicamente: )( )( )( xq xp xf com 0)( xq . Após a eliminação dos termos de menor grau, aplicamos: n se m nmse b a nse m xb xa n m x 0 lim 0 0 0 0 Exemplos: ● nmpoisx x x xx xx x çãosimplifica x epropriedad x )9lim9lim 73 941 lim ( 2 3 2 32 ● nmpois x x xx x x çãosimplifica x epropriedad x 2 1 10 5 lim 10 5 lim 310 145 lim 4 4 4 4 ● nmpois xx x xx x x çãosimplifica x epropriedad x 0 8 lim 8 lim 6 873 lim 22 ● Dada a função racional xx xx y 2 2 2 e o seu gráfico [abaixo], determine a equação da assíntota horizontal e também o conjunto imagem dessa função. 12) Limite de Funções Racionais quando ocorre indeterminação [do tipo 0/0] Quando calculamos algebricamente um limite, existem situações em que, quando substituímos ax no limite )(lim xf ax , encontramos uma das sete indeterminações do Cálculo: 1,,0,0,,, 0 0 00 . Como existem muitos tipos de funções para cada uma das indeterminações, também existem diversos artifícios algébricos para resolvê-los. Neste momento, abordaremos apenas uma situação. Veja: Exemplos: 1) Calcule o valor de: 3 )3)(24( lim 3 x xx x Resolução: Fazendo a substituição de 3x no limite dado, temos: 0 0 3 )3)(24( lim 3 x xx x Indeterminação! IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 19 de 34 Quando a substituição do valor de x resulta em uma indeterminação [como neste caso], não significa que o limite não exista, até porque estamos interessados no comportamento da função quando 3x e não quando 3x . Assim, devemos fazer uso de artifícios matemáticos para “eliminar” a indeterminação para então chegarmos ao verdadeiro valor do limite. Sabendo disso, podemos observar que a função racional em questão 3 )3)(24( )( x xx xf tem fatores do 1º grau )3( x comuns no numerador e no denominador. Logo, simplificando a função, damos origem a uma nova: 3 )3)(24( )( x xx xf 24)( xxs . Finalmente, podemos escrever o valor do limite procurado: 14)24(lim 3 )3)(24( lim 33 x x xx xx Nota: Vale destacar que as funções 3 )3)(24( )( x xx xf e 24)( xxs são diferentes em 3x , entretanto temos que: )(lim)(lim 33 xsxf xx . 2) Calcule: 2422 123 lim 24 xx x x Resolução: Fazendo a substituição de 4x no limite dado, temos: 0 0 2422 123 lim 24 xx x x Indeterminação! Neste tipo de limite, se o numerador e o denominador se aproximam de zero quando ax , então o numerador e o denominador terão um fator comum )( ax e o limite pode [frequentemente] ser obtido cancelando-se os fatores comuns. Veja: 14 3 )3.(2 3 lim )3).(4.(2 )4.(3 lim 2422 123 lim 4424 xxx x xx x xxx 14 3 2422 123 lim 24 xx x x Nota: O denominador da função racional [no limite em questão] é representado por uma função quadrática. Eis que tal expressão pode ser fatorada em termos do primeiro grau. Formalmente, podemos escrever: ))((2 xxxxacbxax sendo que x e x são as raízes da equação 02 cbxax . Resolvendo a equação do 2º grau 02422 2 xx [pela fórmula de Bhaskara ou por qualquer outro método adequado] encontramos as raízes 4x e 3x . Assim, neste caso temos: )3(]).4[.(22422 2 xxxx Simplificando a expressão: )3).(4.(22422 2 xxxx Observação: Vale relembrar que, neste estudo, consideramos x , x ℝ. Nota: A expressãoquadrática 962 xx pode ser escrita de duas maneiras: )3)(3(962 xxxx ou 22 )3(96 xxx IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 20 de 34 Exemplo: Revisitando o exemplo 1 [página 6] – Encontrando o limite algebricamente! Seja a função racional 3 9 )( 2 x x xf com }3|{ xxD . Determine )(lim 3 xf x algebricamente. Resolução: Como queremos encontrar o 3 9 lim 2 3 x x x algebricamente, podemos substituir o valor de 3x no mesmo para “tentarmos” encontrar o seu valor correspondente [lembre-se que no limite ocorre que 3x e não que 3x ]. Fazendo isso, encontramos: 3 9 lim 2 3 x x x 33 932 0 0 [?] o que já era esperado, pois }3|{ xxD f . A expressão 0 0 é uma INDETERMINAÇÃO do Cálculo [uma das sete existentes] o que impossibilita determinar o limite diretamente. Para isto, utilizaremos um artifício matemático para transformar a função )(xf em outra função que tenha o mesmo limite para 3x . Assim, faremos aqui o uso do produto notável: 22 )).(( bababa . Veja a seguir: 3 9 lim 2 3 x x x 3 3 lim 22 3 x x x 3 )3)(3( lim 3 x xx x )3(lim 3 x x 6)33( 6 3 9 lim 2 3 x x x Note que o gráfico da função 3 9 )( 2 x x xf com }3|{ xxD difere do gráfico da função simplificada 3)( xxs com D apenas no ponto )6,3( , pois: )()6,3( xs e )()6,3( xf . Entretanto: 6)(lim)(lim 33 xsxf xx Graficamente, temos: }3|{ xxD D 3 9 )( 2 x x xf 0 3 6 y x – 3 3 3)( xxs 0 3 6 y x – 3 3 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 21 de 34 Alguns Lembretes Úteis! Fatoração de Polinômios: ● ))(( 2 xxxxacbxax sendo que x e x são as raízes da equação 0 2 cbxax ● ))()(( 23 xxxxxxadcxbxax sendo que x , x e x são as raízes da equação 0 23 dcxbxax Produtos Notáveis: ● 2222 2)()( babababa ● 2222 2)()( babababa ● 32233 33)( babbaaba ● 32233 33)( babbaaba ● )).(()).(( 22 bababababa ● ))(( 2233 babababa ● ))(( 2233 babababa 13) Limites em que ocorrem “outras” Indeterminações Vimos anteriormente como resolver limites de funções racionais quando ocorre a indeterminação 0 0 . Para resolvermos algebricamente limites em que ocorrem outras indeterminações 1,,0,0,, 00 , aplicamos procedimentos específicos para cada caso. Veja dois deles: Exemplos: 1) 53 12 lim 2 x x x Indeterminação! x x x x x x x x 5 3 1 2 lim 53 12 lim 22 2 2 Substituindo x temos: 3 2 5 3 1 2 lim 2 x x x 2) xx x 12lim Indeterminação! xxxx xx xx xx xxx xx 1 1 1 1 1 1 22 22 2 2 2 limlim1lim Substituindo x temos: 1 lim 1 1 2 xxx 0lim 12 xx x Nota: Pesquise outros “artifícios” existentes que possibilitem resolver limites em que ocorrem as outras indeterminações! Para refletir: Ouvi dizer que o governo iria cobrar impostos mais caros dos ignorantes em Matemática. Engraçado! Eu pensei que a loteria já era justamente isso! [Gallagher] No nível de estudo que nos encontramos, você já deve ter memorizado a fórmula que resolve uma equação quadrática do tipo: 0 2 cbxax , conhecida como fórmula de Bhaskara: a b x 2 sendo que: acb 4 2 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 22 de 34 14) Limites Fundamentais São três os chamados limites fundamentais: a) 1lim 0 x xsen x b) e x x x 1 1lim c) a x a x x ln 1 lim 0 [com a > 0 e a 1] Abaixo, a representação gráfica da função x x xf 1 1)( , onde o “limite fundamental” indica a existência de uma assíntota horizontal de equação: ey . Exercícios Resolvidos 1) Determine o valor de x xsen x 2 lim 0 . Podemos encontrar o limite em questão através de duas maneiras: Resolução [I]: Multiplicando a função presente no limite por 2 2 temos: 2]1[2 2 2 lim2 2 2 2lim 2 22lim 2 lim 02000 x xsen x xsen x xsen x xsen xxxx Resolução [II]: Fazemos ux 2 . Assim quando 0x segue que 0)2/( u 0u . Substituindo no limite, temos: 2]1[2lim22lim 2/ lim 2 lim 000 2 0 u usen u usen u usen x xsen uuu ux x e Lembre-se que: e = 2,71828182... [Número de Euler] Lembre-se que: 1lim 0 sen IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 23 de 34 2) Determinar ]/1 0 )1ln([lim t t t . Resolução: Fazemos t x 1 . Assim, quando 0t segue que x . Substituindo no limite, temos: 1ln11limln11lnlim])1ln([lim /1/1 0 e xx t x x x x txt t 3) Calcule x ba xx x 0 lim , com 0, ba e 1, ba . Resolução: b a b a x b a b x b a b x b a b x ba x x x x x x x x x x x x xx x lnln]1[ 1 limlim 1 lim 1 limlim 00000 Exercícios – Propriedades dos Limites 1) Calculeos limites aplicando as propriedades: a) )573(lim 2 0 xx x b) )273(lim 2 3 xx x c) ][ 13 1 )2(.)4(lim xx x d) 13 4 lim 2 x x x e) 2 3 lim 2 t t t f) 1 13 lim 4 x x x g) 2 654 lim 5 2 t tt t h) 3 2 lim 46 x xx x i) 100 lim x x j) x x 14 lim k) x x x 3 8 lim 3 l) 37 6 lim 3 3 t t t 2) Obtenha os limites das funções racionais algebricamente, “eliminando” a indeterminação: a) 3 9 lim 2 3 x x x b) x x x 7 49 lim 2 7 c) 25 25 5 lim x x x d) xx xx x 3 lim 2 2 0 e) xx x x 2 3 0 2 lim f) 1 34 lim 2 1 x xx x g) 4 127 lim 2 4 x xx x h) 23 1 lim 21 xx x x i) 1 12 lim 2 1 x xx x j) 4 2 lim 22 x x x k) 2 8 lim 3 2 x x x l) 65 27 lim 2 3 3 xx x x m) 1 34 lim 3 2 1 x xx x n) 23 1 lim 21 xx x x o) 2 65 lim 2 2 t tt t p) 1 1 lim 2 1 x x x q) xx xx x 142 lim 2 2 0 r) x xx x 312 21840lim 2 4 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 24 de 34 3) Calcule os limites dados abaixo: a) 3 96 lim 2 x xx x b) 2 4 lim 3 2 x xx x c) 4 2 lim 4 x x x d) 1 1 lim 1 x x x e) 2 1 lim 2 2 1 xx x x f) xx xx x 3 3 12 lim g) 1 1 lim 4 1 x x x h) 1lim x x i) 1lim x x 4) Calcule os limites dados a seguir, fazendo uso dos limites fundamentais: a) x xsen x )( lim 0 b) xsen xsen x 4 3 lim 0 c) x xtg x 0 lim d) x x x 4 – 1 1lim e) x x x 2 1 1lim f) x x x 3 1 1lim g) x x x 4 2 1 1lim h) 20 cos1 lim x x x [Dica: aplique a relação fundamental da trigonometria] RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS 1a) 3 1b) 8 1c) 27 1d) 6/5 1e) 5/4 1f) 1g) 0 1h) 1i) 1j) 0 1k) 1l) –1/7 2a) 6 2b) 14 2c) 1/10 2d) –1/3 2e) 0 2f) –2 2g) 1 2h) –1 2i) 0 2j) 1/4 2k) 12 2l) 27 2m) –2/3 2n) 1 2o) –1 2p) 2 2q) 1/14 2r) 2/3 3a) 3b) 22 3c) 1/4 3d) 2 3e) 2/3 3f) 1 3g) 4 3h) 3i) Não existe! 4a) 4b) 3/4 4c) 1 4d) 4e 4e) e 4f) 3 e 4g) 2e 4h) 1/2 “Love Moment” at Limits... IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 25 de 34 TÓPICO EXTRA: Resolvendo limites através da DIVISÃO DE POLINÔMIOS Podemos resolver algebricamente limites de Funções Racionais )( )( )( xD xP xf através da divisão do polinômio )(xP pelo polinômio )(xD . Isso pode ser feito quando o polinômio )(xP tem grau maior ou igual ao polinômio )(xD , simbolicamente escrevemos: )()( DgrPgr . Então vamos calcular o limite: 3 27 lim 3 3 x x x Note que neste caso ocorre a indeterminação do tipo 0 0 Resolução 1: Através da aplicação de produtos notáveis [como vimos anteriormente] temos: 3 27 lim 3 3 x x x 279)3(33)93(lim 3 )93)(3( lim 22 3 2 3 xx x xxx xx Resolução 2: Agora, vamos aplicar a DIVISÃO DE POLINÔMIOS pelo Método da Chave. Assim temos: 0 )279( 279 )93( 03 93)3( 2 2 223 23 32700 x x xx xx xxxx xxxx Então: )()()()( xRxQxDxP ou )()( )( )( xRxQ xD xP 0)93).(3(27 23 xxxx ou 0)93( 3 27 2 3 xx x x Assim: 3 27 lim 3 3 x x x 279)3(33)93(lim 22 3 xx x Observação: Quando a divisão de polinômios for do tipo ax xP )( podemos aplicar o Método de Briot-Ruffini, simplificando muito o processo de divisão. Interessou? Pesquise e procure saber mais! Note que se: )( )( )()( xR xQ xDxP ocorre que: )()()()( xRxQxDxP Onde: )(xP Polinômio que será dividido [dividendo] )(xD Polinômio que dividirá [divisor] )(xQ Polinômio resultante [quociente] )(xR Polinômio que sobra [resto] IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 26 de 34 CONTINUIDADE DE FUNÇÕES Quando colocamos em um sistema de coordenadas alguns pontos do gráfico de uma função cujos valores foram gerados em experimentos laboratoriais ou coletados em campo, geralmente unimos esses pontos por uma curva não interrompida para mostrar quais seriam os prováveis valores da função em todos os instantes em que não medimos [veja Figura A]. Fazendo isso, supomos que estamos trabalhando com uma função contínua, então os valores variam continuamente e não saltam de um valor para o outro sem assumir todos os valores entre eles [valores esses do domínio da função]. Qualquer função y = f(x) cujo gráfico possa ser esboçado, sobre seu domínio, em um único movimento contínuo, “sem levantar o lápis do papel”, é um exemplo de função contínua, o que não ocorre na função representada na Figura B [veja acima]. Fonte: THOMAS, George B. Cálculo. v.1. Pearson, 2009. Uma função é contínua em um intervalo, se e somente se, for contínua em cada ponto desse intervalo. Assim, podemos analisar a continuidade em um ponto através de um “teste de continuidade”, ou seja, através da definição: Definição – Continuidade em um Ponto: Uma função )(xf é contínua num ponto com cx , se e somente se, obedecer às três condições: (i) )(cf existe [ c está no domínio de )(xf ] (ii) )(lim xf cx existe [ )(xf tem um limite quando cx ] (iii) )()(lim cfxf cx [ o limite é igual ao valor da função / o resultado obtido em (i) é igual ao obtido em (ii) ] Exemplo 1: Verifique se a função 2)( xxf é contínua no ponto em que 2x . Resolução: (i) 42)2( 2 f [Existe!] (ii) 4lim)(lim 2 22 xxf xx [Existe!] (iii) )2()(lim 2 fxf x [OK! – O resultado obtido em (i) é igual ao resultado obtido em (ii)] Logo, como as três condições da definição foram verificadas, a função 2)( xxf é contínua em 2x . Figura A: Unindo os pontos por uma curva não interrompida a partir dos dados experimentais Q1 , Q2 , Q3 , Q4 e P de um objeto em queda. Figura B: A função f(x) apresentada acima é contínua no intervalo [0 , 4], exceto nos pontos em que x = 1 , x = 2 e x = 4. IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 27 de 34 Exemplo 2: Considere as funções e as informações dadas a seguir, e então, verifique a continuidade em 1x . 2)(lim1 xfx 2)(lim1 xgx 2)(lim1 xhx )1(f 1)1( g 2)1( h Resolução: A função )(xh é contínua no ponto em que 1x , enquanto as funções )(xf e )(xg são descontínuas em 1x . Nota: Observe que os limites das funções )(xf , )(xg e )(xh quando 1x são iguais, entretanto )1()1()1( hgf . Exemplo 3: A função 143)( xxg é contínua no ponto em que 8x ? Resolução: Vamos aplicar a definição de continuidade em um ponto. (i) 1014)8.(3)8( g [Existe!] (ii) 10)143(lim)(lim 88 xxg xx [Existe!] (iii) )8()(lim 8 gxg x [OK! – O resultado obtido em (i) é igual ao resultado obtido em (ii)] Logo, como as três condições da definição foram verificadas, a função 143)( xxg é contínua em 8x . Observação: A função 143)( xxf é contínua para qualquer valor real de x . Exemplo 4: A função x xf 14 )( é contínua no ponto em que 0x ? Resolução: Vamos aplicar a definição de continuidade em um ponto. (i) 0 14 )0(f [NÃO existe )0(f , pois não resulta em um número real!] Logo, como a condição (i) da definição NÃO foi verificada, a função x xf 14 )( NÃO é contínua em 0x . Pense a respeito! As funções polinomiais, exponenciais e logarítmicas são CONTÍNUAS para todos os valores dos seus respectivos domínios. Você é capaz de identificar outros tipos de funções que também são contínuas para todos os valores de seus domínios? IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 28 de 34 Definição – Continuidade em Extremidades: Uma função )(xf é contínua à direita de um ponto ax extremo, se: (i) )(af existe (ii) )(lim xf ax existe (iii) )()(lim afxf ax Uma função )(xf é contínua à esquerda de um ponto bx extremo, se: (i) )(bf existe (ii) )(lim xf bx existe (iii) )()(lim bfxf bx Continuidade em Intervalos: Definição 1: Uma função )(xf é contínua num intervalo aberto ),( ba , se )(xf é contínua em todo x do intervalo ),( ba . Definição 2: Uma função é contínua num intervalo fechado ],[ ba , se é contínua em todo x do intervalo e se ela é contínua a direita de “ a ” e a esquerda de “ b ”. Propriedades de Funções Contínuas: Se as funções )(xf e )(xg são contínuas em cx , então as funções: )()( xgxf )()( xgxf 0)()(/)( cgquevezumaxgxf Rkparaxfk )( também são contínuas em cx . )(xf )(xf ),( ba Fonte: THOMAS, George B. Cálculo. v.1. Pearson, 2009. IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 29 de 34 Tipos de Descontinuidade: Podemos classificar as “descontinuidades” em quatro tipos. São elas: Removível gráfico (b) e (c) De salto gráfico (d) Infinita gráfico (e) Oscilante gráfico (f) Para conhecer e refletir! A função xy ou xy int está representada graficamente ao lado e é conhecida como função maior inteiro [contido]. Ela é contínua em todo ponto em que x não é inteiro, entretanto note que essa função é contínua à direita, mas não à esquerda de cada ponto em que x é inteiro. Assim, trata-se de uma função com descontinuidades em todos os pontos em que x é inteiro, pois não existe limite para qualquer valor inteiro n na função. Veja: 1][intlim nx nx e nx nx ][intlim Nota: A função do gráfico (a) abaixo é continua em 0x , e [obviamente] as demais não são. IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 30 de 34 Exercícios – Continuidade de Funções 1) Verifique se as funções )(xf a seguir, são contínuas no ponto 0x indicado. a) 0|;|)( 0 xxxf e) 1 1 )( 2 x xf ; 10 x b) 1,2 1, )1( 1 )( 2 xse x se xxf ; 10 x f) 0,1 0,1 )( 2 xse x sex xf ; 00 x c) 2)( 2 xxf ; 20 x g) x xx xf 2 )( ; 00 x d) 1 1 )( x xf ; 00 x 2) Nos gráficos a seguir [de 1. até 4.], diga se a função apresentada é contínua em ]3,1[ . Se não, onde ela deixa de ser continua e por quê? 3) Abaixo, a função )(xf e sua representação gráfica. 32,0 21,42 1,1 10,2 01,1 )( 2 xse xsex xse xsex xsex xf Então responda: a) Existe )1(f ? b) Existe )(lim 1 xf x ? c) Existe )1(f ? d) Existe )(lim 1 xf x ? e) Em quais valores de x , a função f é contínua? 2 1 IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 31 de 34 RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS 1a) É contínua em 00 x 1b) NÃO é contínua em 10 x 1c) É contínua em 20 x 1d) É contínua em 00 x 1e) NÃO é contínua em 10 x 1f) É contínua em 00 x 1g) NÃO é contínua em 00 x 2 [1.] Não é contínua em ]3,1[ . É descontínua em 2x , pois não é definida nesse ponto: )2(f . 2 [2.] Não é contínua em ]3,1[ . É descontínua no extremo 3x , pois ocorre que: )3()(lim 3 gxg x . 2 [3.] A função )(xh é contínua em todo o intervalo ]3,1[ . 2 [4.] Não é contínua em ]3,1[ . É descontínua em 1x ,pois ocorre que: )(lim1 xkx . 3a) Sim, pois 0)1( f 3b) Sim, pois 0)(lim 1 xf x 3c) Sim, pois 1)1( f 3d) Sim, pois 2)(lim 1 xf x 3e) A função f é contínua para }2,1,031/{ xxxexRx EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES [Alguns Resolvidos] – Limites, Continuidade de Funções e Aplicações: 1) [FUVEST–SP / Adaptada] A altura de uma árvore, em metros, é definida experimentalmente pela fórmula: t h 10 100 7 61 onde “t” é a idade deste tipo de árvore, em anos. Qual a altura máxima que essa espécie de árvore pode atingir? Resposta: Aprox. 8,7 m. 2) [THOMAS] De acordo com a teoria da relatividade, o comprimento de um objeto, POR EXEMPLO, de um foguete, parece a um observador depender da velocidade com que o objeto se desloca em relação ao próprio observador. Se ele medir o comprimento 0L do foguete em repouso e depois com a velocidade v , o comprimento aparentará ser: 2 2 0 1 c v LL Resposta: L tende a zero. Por que foi necessário empregar o limite lateral à esquerda? Justifique isso com uma análise matemática. Resposta: Por que a função L NÃO está definida para cv . Note que em 2 2 0 1 c v LL temos que 2 2 c v tem valor máximo igual a 1 . Essa é a equação da Contração de Lorentz, onde c é a velocidade da luz no vácuo, cerca de 8103 m/s. O que acontece com L à medida que v aumenta. Verifique isso fazendo: ][lim L cv IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 32 de 34 3) Determine algebricamente [através da aplicação das propriedades estudadas] os limites pedidos a seguir. a) xxx xx x 145 44 lim 23 2 2 Resposta: zero b) xxx xx x 145 44 lim 23 2 0 Resposta: 0 0 xse xse c) 4 24142lim 2 4 x xx x Resposta: 2 d) 214 6753 lim 32 32 xx xxx x Resposta: –1/2 4) Através da aplicação de Limites, verifique se a função 22 104 )( x x xf , apresenta alguma assíntota horizontal. Em caso afirmativo, escreva a(s) equação(ções) dessa(s) assíntota(s). Resposta: Fazendo 5)]([lim xf x existe assíntota de equação: 5y . 5) Escreva a equação da assíntota vertical de 22 34 )( x x xf , caso ela exista. Verifique isso através da aplicação de um limite. Resposta: Fazendo )]([ 1 lim xf x existe assíntota de equação: 1x . 6) Na análise do crescimento de populações, um tipo de relação conhecida como função logística oferece um modelo mais realista que o crescimento exponencial tradicional. Por exemplo, alguns cientistas modelam a população mundial usando a função logística: xe xP 016,09,51,6 2,73 )( onde “ x ” é o número de anos após 2000 e )(xP é a população mundial em bilhões de habitantes (aproximadamente). Aplicando convenientemente o conceito de limite, qual a tendência [numérica] da população mundial em longo prazo? Faça um esboço do gráfico da função dada, apresentando o valor “inicial” da população [valor da “bolinha” no gráfico abaixo] e o valor da “tendência” dessa população [assíntota] em longo prazo. 0 P(x) x [anos] IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 33 de 34 Resolução: Qual é o comportamento em longo prazo? Resolução: R7) R8) IFSC / Limites e Continuidade de uma Função Prof. Júlio César TOMIO Página 34 de 34 Observação: u.m. unidades monetárias Resolução: e Graficamente: R9) 10)
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