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Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 31 Aula 02 DECRETO N.¼ 31.198/2013 Sumrio Sumrio ................................................................................................................................. 2 1 - Apresentao Inicial ...................................................................................................... 3 2 - Cdigo de tica Profissional.......................................................................................... 5 3 - Decreto n.¼ 31.198/2013................................................................................................. 6 Conduta tica.................................................................................................................. 9 Abrangncia do Cdigo de tica............................................................................... 10 Princpios.......................................................................................................................... 12 Da conduta tica das autoridades administrao estadual .................................. 15 Conflitos de interesses .................................................................................................... 16 Do relacionamento entre as autoridades pblicas ................................................... 18 Da conduta tica dos agentes pblicos .................................................................... 18 Sanes ticas ............................................................................................................... 20 4 - Questes Propostas ...................................................................................................... 22 Gabaritos......................................................................................................................... 25 5- Questes Comentadas................................................................................................. 25 www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 31 1 - Apresentao Inicial Oi, amigo (a)! Tudo bem? Seja muito bem-vindo! Meu nome Tiago Elias Zanolla, Engenheiro de Produo de formao. Estou envolvido com concursos pblicos desde 2009, ano em que prestei meus primeiros concursos. Atualmente, resido em Cascavel e, desde 2011, sou servidor do Tribunal de Justia do Estado do Paran, exercendo o cargo de Tcnico Judicirio Cumpridor de Mandados. Cargo que me trouxe enorme satisfao pessoal e profissional. Atuo como professor em diversos preparatrios pelo pas, ministrando cursos de legislaes especficas de Tribunais (Estaduais e Federais) e de demais rgos, como, por exemplo, MPU, DPEÕs, SEFAZ-GO, SEFAZ-SP, CREAs, Autarquias Estatuais etc. Voc pode conhece-los no link abaixo: https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/tiago-zanolla-3550/ Juntando tudo isso, em parceria com o Estratgia Concursos, que referncia nacional em concursos pblicos, trazemos a voc a experincia como servidor pblico, como professor e como concurseiro. Essa uma grande vantagem, pois sempre poderei lhes passar a melhor viso, incrementando as aulas e as respostas s dvidas com possveis dicas sobre as provas, as bancas, o modo de agir em dias de provas, como se preparar para elas etc. Estamos aqui para trabalhar o CîDIGO DE TICA DOS SERVIDORES PòBLICOS CIVIS DO ESTADO DO CEARç. O cdigo ser tratado ponto a ponto, com LINGUAGEM OBJETIVA, CLARA, ATUALIZADA e de FçCIL ABSORÌO. Teremos, ainda, videoaulas da matria para que voc possa complementar o estudo da teoria. Outro ponto que merece destaque sobre a doutrina e jurisprudncia. Eu adoraria discuti-las, mas isso, alm de demandar um curso completo de direito (e vrios meses), mais atrapalharia do que ajudaria na hora da prova. As discusses doutrinrias aprofundadas voc encontrar nos cursos especficos, os quais so, igualmente, oferecidos aqui no Estratgia. De todo foram, trataremos da doutrina e da jurisprudncia na medida necessria para fins de prova. Tudo isso ocorre porque quando se pede legislao especfica em concursos, pelo fato de serem normas restritas ao rgo, a cobrana em provas tem-se restringido ao texto de lei e a sua interpretao. E o nosso contedo se enquadra bastante nessa modalidade. Pensando nisso, ao escrevermos o presente material, contemplamos, de forma compilada, os pontos mais importantes, sem que ocorra, contudo, a limitao ao texto de lei. De forma paciente e prazerosa, comentaremos os princpios basilares www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 31 da norma e os artigos nele contidos com maior probabilidade de serem cobrados em eventuais questes de prova. Alinhado a isso, imprescindvel a leitura da lei seca, por isso, apresentaremos os itens do normativo e explicaremos/esquematizando o que mais importante. Geralmente, transformamos verso (a lei) em prosa (pargrafos). Essa uma maneira excelente de tornar o estudo agradvel e eficiente. Destaco que existem tambm assuntos que no valem o aprofundamento. Nesses tpicos, passaremos de maneira mais rpida, para que possamos nos aprofundar nos assuntos mais importantes e com maior probabilidade de cair na prova. Em outros pontos, base memorizar a letra pura de lei que j o suficiente para acertar questes. Isso acontece principalmente quando falamos de vedaes e deveres. Sobre as questes, devemos saber que a resoluo destas uma das tcnicas mais eficazes para a absoro do conhecimento e uma importante ferramenta para sua preparao, pois alm de aprender a parte terica, voc aprende a fazera prova. Quanto mais questes forem feitas, melhor tende a ser o ndice de acertos. O motivo muito simples: quando falamos em provas de concurso, todo aluno deve ter em mente que o seu objetivo aprender a resolver questes da forma como elas so elaboradas e cobradas pelas bancas. S que temos um probleminha a. S existem duas questes de provas anteriormente aplicadas. Destaco que j um nmero muito pequeno de questes anteriores. Por esse motivo, a maioria das questes apresentadas sero inditas. Por esse motivo, a maioria das questes apresentadas no curso sero inditas. Acreditamos que a nossa metodologia seja o ideal para o nosso objetivo: Fazer voc acertar as questes de prova. Temos certeza que estamos no caminho certo quando recebemos avaliaes dos cursos como as abaixo: www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 31 Outro ponto que nos motiva a escrever o curso so os resultados obtidos de nossos alunos: Naturalmente, ainda que em nmero infinitamente menor, tambm recebo sugestes e crticas. Quando isso acontece, trabalhamos o mais rapidamente possvel para sanar possveis falhas e trazer as melhorias pertinentes ao material. 2 - Cdigo de tica Profissional Um cdigo de tica profissional oferece, implicitamente, uma srie de responsabilidades ao indivduo. Trata de um o conjunto de reflexes que normatizam as condutas que devero ser postas em prtica no exerccio da profisso. Esse instrumento, busca a realizao dos princpios, viso e misso da categoria. Seria a ao "reguladora" da tica agindo no desempenho das profisses, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exerccio da sua profisso. De forma ampla, o Cdigo de tica tem a expectativa de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres dos servidores e oferecer diretrizes para balizar os julgamentos das suas aes, PRESERVANDO A IMAGEM DA INSTITUIÌO PERANTE A SOCIEDADE. Destaco que um Cdigo de tica no trata da positivao de normas tcnicas ou cientficas, mas sim de padres que nortearo a conduta dos profissionais perante www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 31 a sociedade. Os atos, comportamentos e atitudes dos servidores devero incluir sempre uma avaliao de natureza tica, para harmonizar prticas pessoais e valores institucionais. Em suma, esse regramento, de observncia obrigatria, exprime algumas Òboas prticasÓ incentivando os profissionais a orientarem suas aes para a promoo do bem comum na administrao pblica. Trata-se, na verdade, de um instrumento formal, elevando as normas ticas categoria de lei. Acerca da padronizao comportamental, despreza-se valores de carter individual, por se tratar de questes de traos individuais. No entanto, considera-se quando tais valores individuais so tratados de forma coletiva. Tais condutas so desejadas no s porque Òtem que ser assimÓ ou por um capricho. A tica se impe como Òmodo de vidaÓ do profissional por um importante motivo: o bem comum com base nos valores relevantes para a sociedade. Com dito en passant, apesar de no ser uma lei propriamente dita, sua observncia obrigatria aos profissionais da categoria e sua aplicao coercitiva, ou seja, em caso de transgresso ao cdigo, o profissional est sujeito a penalidades ticas. Para nossa sorte, o presente normativo apenas nos remete ao Estatuto. Concluindo, para que possamos iniciar efetivamente o estudo do cdigo de tica, o conceito de tica subjacente aos cdigos de tica o da tica de responsabilidade. Isso quer dizer que, implicitamente, um cdigo de tica manifesta um rol de condutas aceitas e repudiadas pela comunidade. Sobre a teoria da tica tem muito mais, porm e voc j viu na aula do Professor Paulo Guimares. Avancemos!!! 3 - Decreto n.¼ 31.198/2013 A conduta do agente pblico no desempenho de suas atividades deve ser pautada pela objetividade, imparcialidade, segurana e rapidez com vistas ao interesse pblico. A tica indispensvel ao profissional e o primeiro passo para aproximar- se do comportamento correto e desejado pela sociedade. Entre as principais caractersticas requeridas dos ocupantes de cargos pblicos incluem concentrao no trabalho, dedicao, empenho para servir a comunidade e competncia tcnica. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 31 Ressalto que o comportamento varia de indivduo para indivduo. O cdigo de tica no estabelece uma nica conduta, mas sim uma srie de regras gerais de conduta para direcionar suas atitudes em servio. Eis que surge o Decreto 31.198/2013 que institui o cdigo de tica e conduta da administrao pblica estadual, ou seja, um cdigo de tica profissional. Este normativo estabelece uma srie de condutas que devem ser observadas pelos servidores pblicos no mbito da administrao pblica estadual. Refere-se ao ideal de conduta do profissional, ao conjunto de atitudes desejveis ao assumir no desempenho de sua profisso. Os atos, comportamentos e atitudes dos servidores devero incluir sempre uma avaliao de natureza tica, para harmonizar prticas pessoais e valores institucionais. para isso que serve o Cdigo de tica. Esse regramento, de observncia obrigatria, exprime algumas Òboas prticasÓ incentivando os profissionais a orientarem suas aes para a promoo do bem comum na administrao pblica e evita que haja conflito entre o interesse privado e o da Administrao Pblica. Isso, porque ser servidor pblico grande oportunidade, mas o cargo traz consigo imensa responsabilidade. Infelizmente, e no so poucas as vezes, que alguns vem ao setor pblico com uma viso de ganhar bem e trabalhar pouco. Se voc tem essa viso, lamento lhe dizer, est completamente equivocado. Claro, o servio pblico tem a estabilidade, porm, se olharmos todos os diplomas legais vigentes, observaremos que existem muito mais deveres do que direitos. As vezes um simples deslize gera consequncias gigantescas. A interlocuo com o setor privado outro grande problema enfrentado pelos servidores. No fcil cumprir seus deveres observando estritamente todos os regulamentos. No estou falando aqui para voc que deva burlar a lei, nada disso, o que estou dizendo que extremamente difcil completar eficientemente suas tarefas sem ter que Òse ajustarÓ. Ento, voil! Eis que surge o Decreto n.¼ 31.198/2013. Sua finalidade maior produzir no servidor pblico a conscincia de sua adeso s normas preexistentes atravs de um esprito crtico, o que certamente facilitar a prtica do cumprimento dos deveres legais por parte de cada um. Os cdigos de tica profissional existentes em îrgos e Entidades especficos mantm a vigncia no que no conflitem com o presente Decreto (Art. 22). O estabelecimento de um cdigo de tica para o exerccio das funes pblicas busca garantir que as diferenas individuais no sejam tratadas de modo particular, arbitrrio, ou seja, com base na vontade do agente pblico que presta determinado servio. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 31 Olha s! Ns nem comeamos a estudar o Decreto e j possvel responder questes de provas quanto a ele. Ateno ao fato da questo solicitar que seja anotado a alternativa INCORRETA. Dissemos acima que o um cdigo de tica, fundamentalmente, tem quatro aspectos: Infere-se, fundamentalmente, queum cdigo de tica tem quatro aspectos: 1) Impe uma padronizao comportamental categoria, estabelecendo uma srie de condutas; 2) Tem carter coercitivo, pois o rgo fiscaliza e pune os infratores. 3) Preserva a imagem da instituio e do agente pblico; 4) Previne o conflito de interesses. Analisando as alternativas, a opo B no est de acordo com tais aspectos, pois o CîDIGO busca p reservar a imagem e a reputao do administrador pblico cuja conduta esteja DE ACORDO (e no em desacordo) com as normas ticas estabelecidas. GABARITO: Letra B Conduta tica Quando estudamos teoria da tica, aprendemos que TICA significa COMPORTAMENTO, sendo um conjunto de valores morais e princpios que norteiam a conduta humana na sociedade. A distino entre o certo e o errado ocorre por meio da experincia, do resultado do procedimento e da observao sensorial do que de fato ocorre no mundo. Alinhado a essa corrente de pensamento, o Decreto 31.198 conceitua as condutas ticas da seguinte forma: Art.4¼ Considera-se conduta tica a reflexo acerca da ao humana e de seus valores universais, no se confundindo com as normas disciplinares impostas pelo ordenamento jurdico. A tica no servio pblico est diretamente relacionada com a conduta dos ocupantes de cargos pblicos. Tais indivduos devem agir conforme um padro tico, exibindo valores morais como a boa f e outros princpios necessrios para uma vida saudvel no seio da sociedade. tica diz respeito ao cuidado do servidor pblico com a sua conduta, de modo a considerar sempre os efeitos desta na realizao dos prprios interesses. No exerccio de suas funes, as pessoas abrangidas por este cdigo devero pautar-se pelos padres da tica, sobretudo no que diz respeito integridade, www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 31 moralidade, clareza de posies e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiana do pblico em geral (Art.6¼). Emprestando a fala do Cdigo de tica Federal (Decreto 1.171/91), a dignidade, o decoro, o zelo, a eficcia e a conscincia dos princpios morais so primados maiores que devem nortear o servidor pblico, seja no exerccio do cargo ou funo, ou fora dele, j que refletir o exerccio da vocao do prprio poder estatal. Art. 6¼. Pargrafo nico. Os padres ticos de que trata este artigo so exigidos no exerccio e na relao entre suas atividades pblicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. O servidor deve manter-se tico no apenas no trabalho, mas tambm fora dele. Isso, pois, o servidor representa o prprio Estado perante a sociedade. E sabe por que isso importante? Lembra do caso do Juiz que foi parado na blitz da Lei Seca e deu voz de priso agente? Ele agiu certo? A atitude dele, sujou a imagem da Entidade a qual trabalha. Imagine um prefeito que dirige bbado e pego em uma blitz ou mesmo causa um acidente. Ele certamente manchar a imagem dele e denigrir a do poder pblico municipal. Abrangncia do Cdigo de tica O cdigo regulamenta as regras de conduta dos agentes pblicos civis no mbito da Administrao Pblica Estadual. Por ser um Decreto e no uma Lei, o Cdigo de tica no aplicvel aos Municpios, nem aos poderes Judicirio e Legislativo, bem como as Foras Armadas. O Decreto 31.198 aplicvel apenas aos servidores pblicos dos rgos da esfera estadual do Poder Executivo (Administrao Direta e Indireta). Vamos dar uma olhada no artigo 1¼ que trata da abrangncia do cdigo de tica: Art.1¼ Fica institudo o Cdigo de tica e Conduta da Administrao Publica Estadual, na forma disposta neste Decreto, cujas normas aplicam-se aos agentes pblicos civis e s seguintes autoridades da Administrao Pblica Estadual: I - Secretrios de Estado, Secretrios Adjuntos, Secretrios Executivos e quaisquer ocupantes de cargos equiparados a esses, segundo a legislao vigente; II Ð Superintendente da Policia Civil, Delegado Superintendente Adjunto da Polcia Civil, Perito Geral do Estado, Perito Geral Adjunto do Estado e quaisquer ocupantes de cargos equiparados a esses, segundo a legislao vigente; III - Dirigentes de Autarquias, inclusive as especiais, fundaes mantidas pelo Poder Pblico, empresas pblicas e sociedades de economia mista. Essa a abrangncia estrita, ou seja, traz expressamente o rol daqueles que devem se submeter a este cdigo. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 31 Essa uma previso expressa dos agentes a que o cdigo de tica se aplica. Existe tambm uma previso abstrata da aplicao: Pargrafo ònico. Est tambm sujeito ao Cdigo de tica e Conduta da Administrao Pblica Estadual todo aquele que exera atividade, ainda que transitoriamente e sem remunerao, por nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo em rgo ou entidade da Administrao Pblica Direta e Indireta do Estado. Temos, com isso, o conceito de servidores pblicos em sentido amplo. Parece confuso n? Vamos explicar. Estuda-se muito essas acepes de Òservidor pblicoÓ em Direito Administrativo. Segundo o mestre Carvalho Filho, Servidor Pblico em sentido amplo : Conjunto de pessoas que, Òa qualquer ttuloÓ, exercem uma funo pblica como prepostos do Estados. Essa funo, mister que se diga, pode ser remunerada ou gratuita, definitiva ou transitria, poltica ou jurdica. Depreende-se que SERVIDOR PòBLICO P/ APLICAÌO DO DECRETO 31.198/2013 todo aquele que exerce, a qualquer ttulo, seja temporrio ou permanente, remunerado ou no, de alguma forma vinculado ao interesse do Estado, seja servidor estatutrio ou celetistas (empregado-CLT) da Administrao Pblica direta e indireta, autrquica e fundacional, sociedades de economia mista, das empresas pblicas e aos servidores das Autarquias Bem, eu te contei tudo isso para que fique bem resguardado a uma possvel questo de prova que pergunte sobre algum rgo especfico. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 31 III Ð preservar a imagem e a reputao do administrador pblico cuja conduta esteja de acordo com as normas ticas estabelecidas neste Cdigo; IV Ð estabelecer regras bsicas sobre conflitos de interesses pblicos e privados e limitaes s atividades profissionais posteriores ao exerccio de cargo pblico; V Ð reduzir a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades pblicas da Administrao Pblica Estadual; VI Ð criar mecanismo de consulta destinado a possibilitar o prvio e pronto esclarecimento de dvidas quanto conduta tica do administrador. Conflitos de interesses O conflito de interesse a situao gerada pelo choque entre interesse pblico e privado, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprpria, o desempenho da funo pblica. Pode ficar caracterizado o conflito de interesses ainda que no ocorra leso ao patrimnio pblico. Tambm no h necessidade de recebimento de qualquer vantagem ou retribuio pelo agente pblico, ex-agente ou por terceiro. Por isso o trabalho voluntrio em organizaes do terceiro setor, sem finalidade de lucro, tambm dever ser observar o conflito de interesses. Chamo especial ateno ao fato de que o servidor deve se abster de manter RELAÍES PROFISSIONAIS e PESSOAIS em situaes que geram conflito de interesse. Vejamos item a item: Art.7¼ Configura conflito de interesse e conduta atica o investimento em bens cujo valor ou cotao possa ser afetadopor deciso ou poltica governamental a respeito da qual a autoridade pblica tenha informaes privilegiadas, em razo do cargo ou funo. Tal circunstncia cria um mecanismo que evita, pela sua natureza, implicar o uso de informao qual a autoridade tenha acesso em razo do cargo e no seja de conhecimento pblico. Art.8¼ Configura conflito de interesse e conduta atica aceitar custeio de despesas por particulares de forma a permitir configurao de situao que venha influenciar nas decises administrativas. Imagine que alguma autoridade est sempre viajando com um avio de uma construtora e que esta empresa tenha vrios contratos com o estado. No que isso acontea no Brasil. Tal circunstncia, se ocorrer, pode transmitir dvida opinio pblica dvida a respeito da integridade e moralidade dos contratos. Art.9¼ No relacionamento com outros îrgos e Entidades da Administrao Pblica, a autoridade pblica dever esclarecer a existncia de eventual conflito de interesses, www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 31 bem como comunicar qualquer circunstncia ou fato impeditivo de sua participao em deciso coletiva ou em rgo e entidade colegiados. Na hiptese de conflito de interesses especfico e transitrio quando tratar com outros rgos, a autoridade deve comunicar e esclarecer o fato impeditivo. Em se tratando de deciso coletiva, abstendo-se de votar ou participar da discusso do assunto. Art.10. As propostas de trabalho ou de negcio futuro no setor privado, bem como qualquer negociao que envolva conflito de interesses, devero ser imediatamente informadas pela autoridade pblica Comisso de tica Pblica - CEP, independentemente da sua aceitao ou rejeio. Art.12. A autoridade pblica, ou aquele que tenha sido, poder consultar previamente a CEP a respeito de ato especfico ou situao concreta, nos termos do Art.7¼, Inciso I, do Decreto n¼29.887, de 31 de agosto de 2009, que instituiu o Sistema de tica e Transparncia do Poder Executivo Estadual. As consultas dirigidas Comisso de tica Pblica devero estar acompanhadas dos elementos pertinentes legalidade da situao exposta. A CEP ao receber a comunicao de exerccio de atividade privada ou de recebimento de propostas de trabalho, contrato ou negcio no setor privado, dever informar a autoridade as situaes que suscitem potencial conflito de interesses entre a atividade pblica e a atividade privada do agente. Para evitar o uso de informaes privilegiadas, o Decreto prev o que chamamos de ÒquarentenaÓ, ou seja, aps o fim do vnculo com a administrao pblica, as autoridades no podem exercer algumas funes. Tal circunstncia consignada no termo de posse do interessado. Art.11. As autoridades regidas por este Cdigo de tica, ao assumir cargo, emprego ou funo pblica, devero firmar termo de compromisso de que, ao deixar o cargo, nos 6 meses seguintes, no podero: I - atuar em benefcio ou em nome de pessoa fsica ou jurdica, inclusive sindicato ou associao de classe, em processo ou negcio do qual tenha participado, em razo do cargo, nos seis meses anteriores ao trmino do exerccio de funo pblica; II - prestar consultoria a pessoa fsica ou jurdica, inclusive sindicato ou associao de classe, valendo-se de informaes no divulgadas publicamente a respeito de programas ou polticas do îrgo ou da Entidade da Administrao Pblica Estadual a que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante. Para melhorar a compreenso, a quarenta se divide em duas: ¥ 06 meses aps o vnculo, no pode atuar em benefcio de outrem em processo que o interessado foi alvo nos ltimos seis meses de atuao da autoridade. ¥ Sem prazo definido, valendo-se de informaes no divulgadas ao publico. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 31 Do relacionamento entre as autoridades pblicas A essncia que a autoridade pblica vinculada ao Cdigo de tica no poder expor publicamente divergncias com outra autoridade ou criticar-lhe a honorabilidade e o desempenho funcional. Deve resolver as divergncias administrativamente. Art.13. Eventuais divergncias, oriundas do exerccio do cargo, entre as autoridades pblicas referidas no Art.1¼, devem ser resolvidas na rea administrativa, no lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matria que no seja afeta a sua rea de competncia. Art.14. vedado autoridade pblica, referida no Art.1¼, opinar publicamente a respeito: I - da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade pblica; e II - do mrito de questo que lhe ser submetida, para deciso individual ou em rgo e entidade colegiados, sem prejuzo do disposto no Art.13. Da conduta tica dos agentes pblicos Ns veremos agora as GARANTIAS, os DEVERES e as VEDAÍES aplicveis aos agentes submetidos ao cdigo de tica. Art.20. Os preceitos relacionados neste Cdigo no substituem os deveres, proibies e sanes constantes dos Estatutos dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Cear. Ns poderamos discutir um a um, mas isso, como mencionado outrora, seria intil para fins de prova. Alm disso, seu tempo de estudo escasso e deve ser utilizado para aprofundar o que realmente necessrio ser aprofundado. O que o examinador faz nas questes provas inverter os deveres com as vedaes ou com as garantias e vice e versa. Algumas vezes tambm mistura os conceitos colocando um sim no lugar do no e vice e versa. Como nosso objetivo fazer voc acertar as questes de prova, tenha em mente que os direitos so prerrogativas dos agentes pblicos, os deveres nos remetem a aes e as vedaes a omisses. www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org d) dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana e) exercer atividade profissional tica ou ligar o seu nome a empreendimentos pblicos. Comentrios Vejamos as vedaes trazidas pelo Cdigo de tica: Art.18. vedado ao Agente Pblico: I Ð utilizar-se de cargo, emprego ou funo, de facilidades, amizades, posio e influncias, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem em qualquer rgo pblico; II Ð imputar a outrem fato desabonador da moral e da tica que sabe no ser verdade; III Ð ser conivente com erro ou infrao a este Cdigo de tica e Conduta da Administrao Estadual; IV Ð usar de artifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio regular de direito por qualquer pessoa; V Ð permitir que interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o pblico ou com colegas; VI Ð Faltar com a verdade com qualquer pessoa que necessite do atendimento em servios pblicos; VII Ð dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; VIII Ð exercer atividade profissional antitica ou ligar o seu nome a empreendimentos que atentem contra a moral pblica. Observamos que apenas a pela E est errada! GABARITO: Letra E www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org www.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurseirosunidos.org
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